REPAM lança Mensagem de Solidariedade diante da alarmante situação da Covid-19 na Pan-Amazônia
A situação que tem sido vivida na região Pan-Amazónica nas últimas semanas em relação à pandemia de Covid-19 é catastrófica. Diante desta realidade, a Rede Eclesial Pan-Amazónica – REPAM, lançou este 18 de fevereiro uma “Mensagem de Solidariedade aos povos amazônicos“. A nota, assinada pela presidência da REPAM, diz que “observamos nos últimos meses um aumento alarmante do número de contágios e mortes causadas pela Covid19 em toda a Pan-Amazônia”. Esta é uma consequência, segundo a mensagem, das “carências do sistema sanitário“, concretizadas na “falta de vagas nos hospitais, de oxigênio e de equipamentos de proteção“, que está tendo como consequência a pobreza e as desigualdades sociais. A situação em Manaus e no Estado do Amazonas, onde até agora quase 5.000 pessoas morreram oficialmente este ano, é motivo para denunciar “a ausência de políticas eficientes de saúde pública“. A mensagem inclui o mapeamento que a REPAM tem vindo a fazer desde 17 de março de 2020, que no seu último relatório semanal atingiu 2.025.223 de casos confirmados e 50.364 mortes devido ao coronavírus em toda a Pan-Amazônia, uma situação que se agravou radicalmente nos últimos dois meses. A mensagem reconhece “o esforço e dedicação da Igreja Católica presente na Amazônia em ações emergenciais de ajuda humanitária, visando contribuir para paliar os efeitos da segunda onda da pandemia”, algo em que o Papa Francisco participou com “suas orações, solidariedade e proximidade“, bem como muita gente “que está oferecendo trabalho e recursos financeiros para cuidar do próximo”. A REPAM destaca o trabalho conjunto com a Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazónica (COICA), a que se juntaram “na realização da campanha “O Grito da Selva – Vozes da Amazônia”, que será lançada nos próximos dias, com o objetivo de fortalecer a luta dos povos indígenas pelo direito à saúde integral”. É por isso que pedem aos governos “não meçam esforços para a compra e destinação das vacinas para a região amazônica“, seguindo o pedido do Papa Francisco. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1