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Dia: 23 de fevereiro de 2021

Leve melhora nos números da Covid no Regional Norte1, mas a situação ainda é muito grave

  A Rede Eclesial Pan-Amazônica tem lançado nesta terça-feira o informe semanal que recolhe os números da Covid-19 na Pan-Amazônia. Até 22 de fevereiro de 2021, segundo os números oficiais, os casos já chegaram em 2.114.223 e o número de mortes é de 52.448. Na última semana, o aumento dos casos foi de 89.000 e os óbitos foram 2.084. O número mais elevado encontra-se no Brasil, onde a pandemia está fora de controlo e o programa de vacinação está sendo realizado muito lentamente, uma consequência da falta de planeamento por parte do governo. Já há 1.592.311 casos e 36.724 mortes na Amazónia brasileira, 47.020 e 1.650, respectivamente, na última semana. No Regional Norte 1 da CNBB, o número de casos é de 355.131 e os óbitos 11.171. Nos últimos 7 dias, os casos foram 14.340 e os falecidos chegaram em 661. Em referência com a semana anterior, em que os casos foram 13.791 e os óbitos foram 934, teve uma melhora significativa no número de mortos, mas aumentaram os casos registrados. Na perspectiva de “analisar as propostas para enfrentar estes fatos duros e difíceis como a Covid-19, mas também outras pandemias”, a Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM, tem se unido ao evento “O Grito da Selva: Vozes da Amazónia“, convocado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazónica – COICA, que será realizado na próxima sexta-feira e sábado, 26 e 27 de fevereiro. Segundo o cardeal Pedro Barreto, presidente da REPAM, “a segunda onda da pandemia da Covid-19 está inexoravelmente a avançar em toda a humanidade, mas especialmente no território amazónico”. Ele afirma que “os povos indígenas são seriamente afetados, mas existem também outras ‘pandemias’: a pandemia do extrativismo, a pandemia da corrupção, e outros aspectos que afetam diretamente estas comunidades indígenas”. Por esta razão, o cardeal peruano apela à participação neste evento, que ele considera muito importante. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

A palavra criadora e a nossa casa comum

40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  23 DE FEVEREIRO: Terça-feira da 1ª Semana da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Isto diz o Senhor: assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la. (Is 55, 10-11)   REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ A Palavra de Deus nunca é estéril, mas sempre dá frutos bons, irrigando e fecundado o terreno das nossas vidas e comunidades. Na Laudato Si’, o Papa Francisco explica que a Palavra de Deus é uma “palavra criadora” e que, portanto, “o mundo procede, não do caos nem do acaso, mas de uma decisão, o que o exalta ainda mais” (LS 77). Francisco ensina que a nossa casa comum é fruto do amor divino, pois “o universo não apareceu como resultado de uma omnipotência arbitrária, de uma demonstração de força ou de um desejo de auto-afirmação. A criação pertence à ordem do amor. O amor de Deus é a razão fundamental de toda a criação” (LS 77).  Olhando para a imensidão da Amazônia, o Papa “nos convida a defender esta região ameaçada, a fim de a preservar e restaurar para o bem de todos, incutindo esperança em nossas capacidades para construir o bem de todos e a Casa Comum” (Instrumento de Trabalho do Sínodo para a Amazônia, 2). Assim, também nós somos chamados a levar uma palavra de vida, de solidariedade e de fraternidade a todos os povos e criaturas da Amazônia. AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA “Como Igreja de discípulos missionários, imploramos a graça dessa conversão que ‘implica deixar escapar todas as consequências do encontro com Jesus Cristo nas relações com o mundo ao seu redor’ ( LS, 217)” (Documento Final do Sínodo para a Amazônia, 18) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ