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Dia: 24 de fevereiro de 2021

Os sinais de Deus em nossa casa comum

  40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  24 DE FEVEREIRO: Quarta-feira da 1ª Semana da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Naquele tempo: Quando as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: ‘Esta geração é uma geração má.Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas.Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração, e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão. No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas. (Lc 11,29-32) REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ Como no tempo de Jesus, muitas pessoas ainda hoje vivem uma religião baseada na busca de sinais espetaculares, curas milagrosas e poderes extraordinários para acreditar que Deus está em nosso meio, quando na verdade bastaria contemplar a natureza para ter a certeza da sua presença. Afinal, “todo o universo material é uma linguagem do amor de Deus, do seu carinho sem medida por nós. O solo, a água, as montanhas: tudo é carícia de Deus. A história da própria amizade com Deus desenrola-se sempre num espaço geográfico que se torna um sinal muito pessoal” (LS 84).  Por isso é que o Papa Francisco nos ensina que “não fugimos do mundo, nem negamos a natureza, quando queremos encontrar-nos com Deus” (LS 235), mas fazemos justamente o contrário, procurando e encontrando a Deus em todas as suas criaturas, nessa casa comum onde tudo está interligado. Ser conscientes disso nos faz ser mais gratos pelo dom da vida e da Criação, mas também mais comprometidos com a defesa da mesma, sobretudo onde ela estiver sendo mais ameaçada, como acontece em tantas partes da Amazônia. AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA “O Sínodo para a Amazônia se transforma assim em um sinal de esperança para o povo amazônico e para a humanidade inteira. Trata-se de uma grande oportunidade para que a Igreja possa descobrir a presença encarnada e ativa de Deus”.  (Instrumentum laboris, 33) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

Ir. Maria Inês Ribeiro: “É um avanço o Papa Francisco querer colocar cada vez mais, mulheres no serviço da Igreja”

O Papa Francisco nomeou a presidenta da Conferência dos Religiosos do Brasil – CRB, consultora da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica, por cinco anos. Junto com a irmã Maria Inês Vieira Ribeiro foi nomeada a irmã Márian Ambrósio, presidenta da CRB entre os anos de 2007 e 2013. Segundo a irmã Maria Inês, o novo serviço “representa, acima de tudo, um gesto de confiança de Deus, do Papa Francisco, pela Vida Consagrada”. Ela, que é presidenta da CRB desde 2016, diz que “é uma continuidade daquilo que venho já realizando como consagrada, como responsável pela nossa Conferência”. Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, que faz parte da Congregação das Mensageiras do Amor Divino, pretende mostrar o que ela tem descoberto na realidade brasileira. Segundo ela, trata-se “de uma Igreja servidora, de uma Igreja sinodal, de uma Igreja aberta para os pobres, uma Vida Consagrada que estamos insistindo cada vez mais para o compromisso de fidelidade ao Evangelho e ao carisma de cada Instituto”. A religiosa vê o desafio de caminhar juntos, da tolerância e do respeito. Nas suas palavras, ela destaca que o Papa Francisco “desejou fazer um colégio de consultores numa paridade, que seja o mesmo número de homens e mulheres, para que possamos dar o nosso contributo”, algo que para a irmã “tem um significado muito forte, porque nós temos diferenças, a psicologia feminina é diferente da psicologia masculina, e nós temos que encaminhar isso com igualdade”. Segundo a presidenta da CRB, onde a vida “está mais sofrida e ameaçada, é o nosso lugar”. Junto com isso, insiste na necessidade de a Igreja escutar o laicato e a vida religiosa feminina, algo que ela vê estar sendo feito pelo Papa Francisco, que “está vendo que a Igreja não pode caminhar só com as pernas masculinas”. A senhora acaba de ser nomeada pelo Papa Francisco como consultora da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica. O que representa esse novo serviço que a Igreja está lhe pedindo? Para mim representa um gesto de confiança da Igreja, em primeiro lugar. Um novo chamado de Deus para minha vida consagrada, porque está sempre nos chamando cada dia à fidelidade, ao compromisso, às respostas mesmo, na generosidade. Para mim representa, acima de tudo, um gesto de confiança de Deus, do Papa Francisco, pela Vida Consagrada. Quase para mim é uma continuidade daquilo que venho já realizando como consagrada, como responsável pela nossa Conferência. Para mim é uma confirmação, um ato de confiança. A Vida Religiosa no Brasil tem coisas a aportar para a missão da Vida Religiosa na Igreja universal. O que a senhora pensa que, desde seu novo serviço, pode aportar como representante da Vida Religiosa no Brasil para a missão da Vida Religiosa no mundo? Conforme a orientação da Sagrada Congregação dos Religiosos, do Dicastério, a orientação que recebi exatamente é esta: eu vou receber consultas sobre diversos e variados assuntos que surgirem para a Congregação dos Religiosos, serei consultada a dar a minha opinião. Com certeza, eu vejo que na medida que a gente abre o coração, abre a boca para dar uma opinião sobre qualquer assunto, seja no nossos país ou para o mundo, será a partir da experiência de vida, da minha comunhão com Deus, da minha fidelidade ao Evangelho, darei a minha opinião, porque justamente essa é a missão, de consulta. Serei consultada, como diz Dom João Braz de Aviz, para as diversas situações, receberei correspondência, comunicados, e participarei de assembleias que acontecerão em Roma para todos os consultores e consultores. Para mim, o posicionamento, a resposta, como uma consagrada do Brasil, claro que vai a partir da nossa experiência também, de uma Igreja servidora, de uma Igreja sinodal, de uma Igreja aberta para os pobres, uma Vida Consagrada que estamos insistindo cada vez mais para o compromisso de fidelidade ao Evangelho e ao carisma de cada Instituto. Um desafio grande também, porque estamos vivendo situações difíceis, não só na Vida Consagrada como na Igreja. O momento agora é de dor, é de dificuldade, de problemas, que estamos vivendo na Igreja do Brasil face à Campanha da Fraternidade e outras situações. Mas eu acredito que responderei com a experiência de vida que o Senhor já me concedeu. Em que deve insistir a Vida Religiosa na missão da Igreja? Quais, segundo a senhora, deveriam ser os principais aportes e os principais desafios a serem enfrentados? Um dos principais desafios que colocaria é justamente esse caminhar juntos, essa tolerância, o respeito. O próprio Dom João Braz me disse no telefone ontem, irmã, isso é coisa do Papa Francisco, ele que desejou fazer um colégio de consultores numa paridade, que seja o mesmo número de homens e mulheres, para que possamos dar o nosso contributo. A Vida Consagrada no Brasil e no mundo deve existir sobre esse caminhar juntos, sobre esse respeito às diferenças, sobre esse amor verdadeiro às diferenças, às pessoas, amar cada vez mais as realidades que nós vivemos mais sofridas, estar onde a vida está ameaçada, este é o lugar da Vida Consagrada. Para mim temos que insistir aí, porque realmente, onde ela está mais sofrida e ameaçada, é o nosso lugar. Não precisamos ficar colocando a Vida Religiosa no destaque, no pedestal, à luz dos holofotes, mas a Vida Consagrada encarnada, inserida, humilde, simples. Esse é o grande desafio, tanto para a Igreja como para a Vida Consagrada. A senhora fala da insistência do Papa Francisco na paridade nesse conselho de consultores entre homens e mulheres. Recentemente, uma religiosa foi nomeada subsecretária do Sínodo para os Bispos, e em consequência disso, ela vai ser a primeira mulher a votar num Sínodo para os Bispos. Para a vida religiosa feminina, o que significam esses passos que o Papa Francisco está dando nos últimos anos? Isso tem um significado muito forte, porque nós temos diferenças, a psicologia feminina é diferente da psicologia masculina, e nós temos que encaminhar isso com igualdade. Para todos…
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