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Dia: 9 de março de 2021

Diocese de Roraima acolhe abertura do processo de canonização do Bem-aventurado José Allamano

A Diocese de Roraima deu início neste domingo, 7 de março, o inquérito de canonização do Bem-aventurado José Allamano, fundador dos missionários e das missionárias da Consolata, presentes em Roraima desde há mais de 70 anos. A ele é atribuída a cura milagrosa do indígena Sorino, da etnia Yanomami. Ao longo de mais de uma semana, de 7 a 15 de março, a diocese de Roraima tem elaborado uma programação da fase diocesana do processo de canonização. Na abertura, que contou com a presença do bispo diocesano, Dom Mário Antônio da Silva, foi composta a comissão do tribunal. Além do bispo, fazem parte dela o padre Lúcio Nicoletto, vigário geral da diocese de Roraima, padre Raimundo Vantuy Neto, chanceler da Cúria da Diocese de Roraima, padre Michelangelo Piovano, missionário da Consolata e notário, Elizabete Sales de Lucena Vida, secretária da Cúria diocesana e doutor Augusto Affonso Botelho Neto, médico. Além da comissão, também estiveram presentes o padre Giacomo Mazzotti, missionário da Consolata, o diácono Augusto Monteiro, as irmãs missionárias da Consolata Renata Conti e Maria José. A abertura do inquérito acontece, segundo Dom Mário Antônio, em tempo de pandemia, mas também no tempo quaresmal que nos faz recordar que “é tempo de graça, tempo favorável, tempo de conversão e de santidade, é oportuno para progredir no conhecimento de Jesus Cristo correspondendo no Seu amor por uma vida santa”. O bispo lembrava que “José Allamano, o nosso querido beato, ele que ensinava os que desejam tornar-se verdadeiramente santos, Deus os ajuda e santifica. Deixou um testemunho de santidade vivendo de maneira heroica as virtudes cristãs”. Na solenidade, o postulador da causa de canonização, padre Giacomo Mazzotti, missionário da Consolata, apresentou oficialmente a petição para o presumido milagre. O pedido foi acolhido por Dom Mário Antônio, que após relembrar alguns pontos da história da vida e santidade do Bem-aventurado José Allamano, diz esperar a oração e apoio de todos que acompanharão este processo durante estes dias. Fonte: http://imc.consolata.org.br/abertura-do-inquerito-bem-aventurado-jose-allamano-a-caminho-da-canonizacao/

Núcleo de Mulheres da REPAM é espaço de encontro, de confiança e de escuta das mulheres amazônicas

O Dia Internacional da Mulher tem sido oportunidade para o Núcleo de Mulheres da Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM, apresentar um calendário (abaixe aqui) elaborado em conjunto entre as mulheres da Pan-Amazônia. O grupo, que vem refletindo sobre o papel e a importância da presença da mulher na Igreja, está formado por mulheres que tem “a consciência de um território onde estamos pisando, um território específico onde realizamos as ações, e isso nos leva a um caminho sinodal”, segundo Dorismeire Almeida de Vasconcelos. Tendo como fundamento sua identidade, conhecimento e liderança, as mulheres, que na Pan-Amazônia, segundo a auditora sinodal, assumem 70% do trabalho social e missionário, tem encontrado no grupo, um espaço de encontro, de confiança e de escuta, garantindo a presença para todas as mulheres da Pan-Amazônia. Não podemos esquecer que “elas são vítimas de uma alta taxa de violência, de sobrecarga laboral e afetiva, são vitimadas com a violação de seus direitos”. O grupo surgiu dentro do processo sinodal, “a partir da nossa diversidade cultural, da nossa organização social e da nossa experiência de Igreja, tanto como leigas quanto consagradas”, afirma Dorismeire. Ela destaca entre as propostas realizadas, refletir as realidades e experiências concretas das mulheres na Pan-Amazônia e projetar uma leitura teológica contextual, do modo que foi feito no Sínodo, que permita resgatar as vozes, propostas e apostas das mulheres neste território. O núcleo está dividido em cinco subcomissões internas, pós-pandemia e pós-sínodo, mulheres e violências, teologia e espiritualidade, formação sociopolítica pastoral, diaconato e ministérios, para estudar os documentos da Igreja buscando elaborar linhas de ação para o trabalho em diferentes áreas, descobrindo as ações das mulheres nos territórios em defesa da vida, no anúncio da Boa Nova, no acompanhamento e enfretamento dos desafios da realidade nos diferentes contextos, semeando sempre sinais de esperança. Trata-se, segundo Dorismeire, “de consolidar um espaço de reflexão, articulação e ação das mulheres da Pan-Amazônia, que ofereça respostas às principais preocupações que ameaçam a vida e subsistência das mulheres”. Junto com isso, “buscar encarnar os diferentes rostos ancestrais e construir um sentimento e pensamento coletivo desde seu ser mulheres, conectado à Criação, fortalecendo a missão social e eclesial das mulheres, prevenindo a violência e garantindo os direitos, aportando uma mudança de paradigma desde a lógica do cuidado”. O dia 8 de março é momento de “fazer memória” segundo Tania Ávila. A teóloga boliviana, que foi perita no Sínodo para a Amazônia, vê essa data como “um dia que nos toca seguir resistindo e reclamando para que tenha vida digna para as mulheres”. Ela destacava a importância das vozes de mulheres da Amazônia, recolhidas num vídeo. São mulheres que vão “somando, nos dando força, fluindo”. O Núcleo de Mulheres da REPAM também conta com a presença de mulheres indígenas. Uma delas, Anitalia Pijachi, relatava as dificuldades vividas na Amazônia colombiana durante a pandemia, mostrando as dificuldades de acesso aos direitos básicos. Tem sido um tempo para “aprender a saber resistir na nossa selva”. Estamos diante de um momento que mostra a “necessidade de estarmos mais unidos em comunidade, de procurar a sabedoria dos anciãos”. Ela denunciava o governo, “que não escuta o que acontece na Amazônia colombiana”, enfatizando que estamos vivendo “um tempo de incerteza”. “Esta pandemia tem mostrado, mais uma, vez que somos os mais esquecidos pelo Estado”, afirmava Yessica Patiachi desde a Amazônia peruana, denunciando a “falta de política clara de saúde para as comunidades indígenas”. Ela lembrava que os povos originários “temos levantado nossa voz de protesta e denunciamos quando nossos direitos são vulnerados”. Ao mesmo tempo denunciava as ameaças e perseguições, “só por defender e proteger a floresta”, o que tem provocado a morte de muitos indígenas no Peru. A líder indígena faz um chamado à luta, a não se deixar enganar pelas falsas promessas das grandes empresas, que só deixam consequências fatais. Yessica Patiachi destaca a grande capacidade de resiliência, o que a leva afirmar que “vamos continuar defendo nossa floresta diante de grandes interesses, mesmo que o Estado faça a vista grossa diante de grandes concessões extrativistas, reclamando a necessidade de consulta prévia aos povos indígenas”. No tempo de pandemia, as comunidades têm voltado à medicina tradicional, destacando “a participação da mulher indígena, que junto com os anciãos são a parte vital da transmissão de conhecimentos ancestrais”. Ela, que tem sido escolhida como conselheira, querendo “ser uma voz importante para mostrar o sentir e as demandas das mulheres indígenas”, destaca a importância da REPAM como aliado importante para a resistência indígena. 8 de março é momento de “fazer memória das lutas”, segundo Rose Bertoldo, que apresentava e compartilhava o calendário, “que as mulheres da Pan-Amazônia têm construindo coletivamente”. Segundo a auditora sinodal, estamos diante de “um material de formação e informação que nos inspira passar por todo o ano como uma presença criativa e propositiva”. O calendário tem sido construído a partir de palavras, mandalas, frases, cores e fotos, tendo a terra, o fogo, a água e o ar “como elementos que nos sustentam nessa caminhada, nessa construção”, segundo a religiosa. “O calendário recolhe a inspiração que cada mulher teve nessa construção coletiva, recolhe muitos sinais dos povos da Amazônia, que tem grande diversidade”, afirma Rose Bertoldo. Estamos diante de um instrumento que teve a capacidade de “incluir muitos olhares da Pan-Amazônia, que nos possibilita ampliar para outras mulheres”. Por isso, ela ressalta que “o que aprece no calendário é expressão dessa presença do Espírito que habita na Amazônia e está presente e ativa em cada ser”. Daí a religiosa coloca como objetivo “que está rica diversidade nos impulsione a continuar a cuidar de todas as formas de vida na nossa casa comum”. O Núcleo de Mulheres REPAM é “um espaço que tem a fortaleza de nos permitir pensar juntas, sonhar juntas e construir juntas”, afirma Maria Eugenia Carrizo. Ela define o futuro “como tempo para pensar juntas que Igreja sonhamos, o que pensamos como futuro de nossa Igreja, qual o rosto amazônico que desejamos que ela tenha e em função disso a mirada ministerial, numa…
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Buscando uma vida em harmonia com a criação

40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  9 DE MARÇO: Terça-feira da 3ª Semana da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Senhor, estamos hoje reduzidos ao menor de todos os povos, somos hoje o mais humilde em toda a terra, por causa de nossos pecados; neste tempo estamos sem chefes, sem profetas, sem guia, não há holocausto nem sacrifício, não há oblação nem incenso, não há um lugar para oferecermos em tua presença as primícias, e encontrarmos benevolência; mas, de alma contrita e em espírito de humildade, sejamos acolhidos, e como nos holocaustos de carneiros e touros e como nos sacrifícios de milhares de cordeiros gordos, assim se efetue hoje nosso sacrifício em tua presença, e tu faças que nós te sigamos até ao fim; não se sentirá frustrado quem põe em ti sua confiança. De agora em diante, queremos, de todo o coração, seguir-te, temer-te, buscar tua face; não nos deixes confundidos, mas trata-nos segundo a tua clemência e segundo a tua imensa misericórdia; liberta-nos com o poder de tuas maravilhas e torna teu nome glorificado, Senhor’. (Dn 3,37-43)   REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ Falando do santo que sempre o inspirou e do qual tomou o mesmo nome, o Papa Francisco recorda que Francisco de Assis “manifestou uma atenção particular pela criação de Deus e pelos mais pobres e abandonados. Amava e era amado pela sua alegria, a sua dedicação generosa, o seu coração universal. Era um místico e um peregrino que vivia com simplicidade e numa maravilhosa harmonia com Deus, com os outros, com a natureza e consigo mesmo” (LS 10). A Quaresma é um tempo propício para que, também nós, nos perguntemos como vai a nossa relação com Deus, com os outros, com a natureza e conosco mesmo. Que o exemplo do “pobre irmão de Assis” também nos contagie a buscar viver em harmonia com toda a criação. AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA “Queremos abraçar uma espiritualidade de ecologia integral, a fim de promover o cuidado da criação”. (Documento Final do Sínodo para a Amazônia, 81) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ