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Dia: 16 de abril de 2021

“A sociedade brasileira é um tecido social, económico, político, cultural e religioso rasgado”, afirma Dom Walmor no final da 58ª AG da CNBB

Inovação tecnológica colocada ao serviço do Evangelho, essa pode ser uma das definições em referência à 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, encerrada nesta sexta-feira, 16 de abril, e que desde o dia 12 reuniu virtualmente umas 400 pessoas. Esta tem sido uma assembleia de importância histórica, em palavras de Dom Mário Antônio da Silva, que a considera como “verdadeira semeadura” para a vida do episcopado, da Igreja, da sociedade brasileira e para o mundo. Mesmo com as dificuldades geradas pelo momento atual da pandemia, a assembleia respondeu às necessidades, segundo o bispo de Roraima, tendo acontecido momentos de muita atenção e muita emoção. O segundo vice-presidente da CNBB fazia um chamado a prosseguir unidos e sempre em frente. Na sua análise da assembleia, Dom Jaime Spengler, destacava três elementos: a expectativa, a pauta e o empenho. Após não ter sido celebrada o ano passado, a 58ª Assembleia Geral da CNBB era um desafio, tendo em conta seu caráter virtual, o alto número de participantes e a necessidade de seguir os estatutos da entidade. O primeiro vice-presidente da CNBB afirma que “é possível sim, utilizar a tecnologia para este tipo de eventos”, que tem como vantagem um maior aproveitamento, a redução de custos, a atenção dos participantes, mesmo sem diminuir a importância do encontro. A pauta foi seguida mais do que satisfatoriamente, segundo o arcebispo de Porto Alegre, que afirma que fizemos o que era possível neste momento, além daquilo que prevíamos. Ele também destacava o empenho dos assessores, de vários irmãos bispos em trabalhos em equipe ao longo destes dias, e o esforço de muitos dos participantes em usar as mídias digitais. No final da assembleia Dom Walmor Azevedo de Oliveira disse ter o coração cheio de gratidão, insistindo em que a Assembleia Geral “não foi um congresso, foi um encontro de pastores e de servidores do Povo de Deus”. Tem sido um momento, segundo o presidente da CNBB, para a Igreja do Brasil “rever seus caminhos e encontrar novas respostas”, para olhar sobre o mundo sofrido e ferido, diante do qual “temos que nos debruçar para cuidar dessas feridas”, fazendo um chamado a “colocar um pilar de esperança” num mundo sofrido. Ele insistia em que os bispos saíram da assembleia fortalecidos e com alegria. Falando sobre o uso político da religião, uma questão que aparece na Mensagem ao Povo Brasileiro difundida no último dia da Assembleia, Dom Walmor insistia em que “o uso político da religião é um equívoco, uma manipulação”, afirmando a necessidade de a fé ser raiz iluminadora para a escolha da boa política. Segundo o presidente da CNBB, “a manipulação da Religião significa submeter interesses religiosos àquilo que está no âmbito político partidário”. Ele fazia um chamado para os cristãos estar na sociedade brasileira para “anunciar o Evangelho e não deixarmos crescer polarizações e muito menos judicializações em torno a questões religiosas”. O arcebispo insistia na necessidade de não cair em manipulações e sim “anunciar o Evangelho para que haja paz, justiça, solidariedade, honestidade e verdade em tudo aquilo que fizermos” Em referência à pandemia, um tema presente nos debates da assembleia, Dom Jaime Spengler, destacava as “situações de dor, necessidades de toda ordem, situações que exigiram e exigem empenho para responder aos desafios que o vírus impôs e continua nos impondo”. O arcebispo insistia a necessidade de unir fé e ciência, alabando “a solidariedade em meio a tanta dor, a tanta morte”, algo muito presente em todas as pessoas. Ele relatava a situação de desemprego, a falta de vacinas, o número de pessoas em situação de rua. Dom Jaime enfatizava que diante desses fatos, “nós como Igreja, nós como pastores não podemos nos calar, é o Evangelho que o exige, é Jesus que nos exige”. Segundo o primeiro vice-presidente da CNBB, “quando a vida é ferida, nós não podemos permanecer indiferentes”. Ele chamava a ter senso de corresponsabilidade social, a cuidar e promover a vida e a esperança. Em referência ao acordo assinado entre o Governo brasileiro e o Governo dos Estados Unidos em referência à preservação da Amazônia, Dom Walmor disse esperar que os governantes cumpram aquilo que eles dizem, destacando que “o cuidado da Amazônia é fundamental, essencial para o equilíbrio da Casa Comum”. No horizonte da Laudato Si´ os cristãos temos um grande compromisso de trabalhar pela defesa da casa comum, segundo o arcebispo de Belo Horizonte, algo que é assumido pela CNBB, que tem uma comissão nesse sentido. Junto com isso, destacava a necessidade de um novo estilo de vida para evitar outras pesadas pandemias. Ele fazia um apelo para a Igreja lutar por políticas de preservação do meio ambiente, em diálogo com a sociedade e “com governos sérios”. Pensando no futuro pastoral da Igreja na pós pandemia, Dom Jaime Spengler, destacava a Palavra de Deus, Tema Central da 58ª Assembleia Geral da CNBB “como base, como luz, como orientação necessária para que a Igreja continue desenvolvendo a obra da evangelização”, se tornando “caminho para renovar nossas comunidades”. A mesma coisa a Mensagem ao Povo Brasileiro, que ele vê “como um convite para somarmos forças e não esmorecer diante dos desafios que temos pela frente”, que tem a ver com o senso de corresponsabilidade e continuar promovendo a obra do cuidado, respeito para com vida humana, para com o luto, numa sociedade onde “falta solidariedade maior com a dor”. O arcebispo de Porto Alegre pedia cuidado para com a casa comum, afirmando a necessidade de políticas públicas muito serias, determinadas neste campo, sem querer satisfazer interesses de grupos, e resgatando o olhar divino sobre a criação. Ele fazia um chamado à unidade como empenho decidido, a querer cooperar para deixar nosso mundo, nossa sociedade, nossas comunidades melhores para as futuras gerações. Em suas palavras finais Dom Walmor Azevedo de Oliveira, após agradecer pelo serviço da comunicação, disse que “a Igreja existe para evangelizar, o anúncio do Evangelho é essencial, e para isso a Igreja tem que se comprometer com a vida em todas…
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Dom David Martínez de Aguirre: “A CEAMA quer assumir a missão de delinear o rosto amazónico da Igreja”

Integrar todo o Povo de Deus, esse é o objetivo da Conferência Eclesial da Amazónia – CEAMA, nas palavras de Dom David Martinez de Aguirre. O que se pretende é ter “este carácter misto, que é formado pelos bispos, sacerdotes, religiosas, religiosos, leigos do Povo de Deus”. Este foi o ponto de partida da sua participação na 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, que se reuniu virtualmente desde segunda-feira passada, 12 de abril, e que nesta sexta-feira encerrou os seus trabalhos. Nas palavras do seu vice-presidente, “o que a CEAMA nos diz é que esta Igreja Amazónica, que se apresentou no Sínodo com as suas dificuldades e os seus problemas específicos, problemas ambientais, problemas sociais e também problemas eclesiais, na própria Igreja nos encontramos com as nossas dificuldades e as nossas fraquezas e a nossa necessidade de procurar novos caminhos, esta Igreja, que se apresentou viva em Roma, no Sínodo, ainda está viva“. Segundo aquele que foi um dos secretários do Sínodo para a Amazónia, juntamente com o Cardeal Michael Czerny, “no Sínodo fomos confirmados, como os apóstolos, por Pedro e por toda a Igreja universal”. A partir daí, “voltámos à Amazônia e hoje a CEAMA quer ser o canal para aquele rio do Espírito Santo, aquele rio de graça, do que vivemos antes do Sínodo e durante o Sínodo, para o que a Querida Amazônia nos encoraja”, insistiu Martínez de Aguirre. Nas suas palavras ao episcopado brasileiro, que não podemos esquecer tem um papel notável na configuração da Igreja Amazónica, uma vez que ocupa mais de metade do território e encerra uma elevada percentagem das circunscrições eclesiásticas, o bispo de Puerto Maldonado, Peru, disse que “a CEAMA assume em missão o que já tinha sido proposto no Documento de Aparecida, queremos assumir a missão de delinear o rosto amazónico da Igreja nesta importante região para o mundo, promovendo uma ação pastoral como um todo, com prioridades diferenciadas e promovendo uma maior inculturação no nosso território”. Esta missão, segundo o vice-presidente da CEAMA, é realizada “em articulação com o CELAM e também com a REPAM, essa importante rede que tece o futuro da nossa Igreja na Amazónia, também com outras entidades importantes da Igreja como a CLAR e a Caritas”. Pode dizer-se que o que a CEAMA tem feito até agora é tentar compactar quais têm sido as prioridades do Sínodo da Amazónia, nas palavras do bispo. A CEAMA organizou-se em 21 áreas temáticas ou núcleos, “que a CEAMA assume como prioridades para delinear este plano pastoral”, segundo Dom David. Estas áreas estão organizadas em torno dos sonhos que o Papa Francisco delineou na Querida Amazónia. Cada um dos sonhos sociais, culturais e ecológicos engloba quatro prioridades, e o sonho eclesial inclui quatro novos sonhos. Todos eles foram apresentados de forma sucinta pelo vice-presidente da CEAMA. No sonho social, procuram-se alternativas ao atual modelo de desenvolvimento e aos impactos negativos sobre a Amazônia e as suas comunidades, para promover um mais justo com o protagonismo dos povos; o acompanhamento, defesa e articulação dos povos originários, especialmente os povos indígenas em isolamento voluntário ou em contacto inicial; a promoção da saúde intercultural para os povos e comunidades orifinárias da Amazônia, e o Observatório eclesial e socioambiental, em aliança também com o CELAM, CLAR, REPAM e Caritas. No sonho cultural, as quatro áreas referem-se à inculturação e experiência de fé, a Universidade Católica da Amazónia, a Rede de comunicação para a Amazónia, em articulação com a REPAM e a rede de educação bilingue intercultural – REIBA. O sonho ecológico, aborda a criação do ministério do cuidado do lar comum, o pecado ecológico, que incentiva a denúncia dos impactos ambientais e a defesa do território das suas comunidades, desenvolve um olhar espiritual para o cuidado da Amazônia, afirma e sensibiliza para a importância da Amazônia para o equilíbrio do clima e estabilidade planetária, em resposta ao desmatamento. Finalmente, o sonho eclesial contém a proposta do rito amazónico, que vai além da liturgia, e possibilita um estatuto próprio que nos permite enquadrar as propostas de inculturação; a passagem de uma pastoral de visita para uma pastoral de presença, superando os modelos colonizadores; promover uma cultura eclesial amazónica própria, marcadamente laica, com itinerários formativos, ministérios e comunidades de base; a força e o dom da mulher; serviços e carismas; vida missionária consagrada, formação, permanência e itinerância pastoral; novos caminhos para a formação do clero, diaconato permanente e presbitério; comunidade celebrante, sacramentos e centralidade da Eucaristia; convivência ecuménica e diálogo inter-religioso; a juventude pan-amazônica. Dom David Martínez de Aguirre destaca que se trata de articular todas estas propostas com o CELAM e a REPAM, que já está trabalhando em alguns temas. Muitos destes temas já começaram a funcionar, como a REIBA, já existe uma comissão para a Universidade da Amazónia e para o tema da juventude, bem como o tema do rito amazónico. Segundo o bispo, também foram formadas comissões em articulação com o CELAM, REPAM, Caritas e CLAR.

“Não podemos nos calar quando a vida está ameaçada”. Mensagem ao povo brasileiro da 58ª AG da CNBB

Numa mensagem onde se destaca o grave momento que o Brasil está vivendo, os bispos do Brasil, reunidos na 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tem enviado sua palavra ao povo brasileiro. Os bispos expressam “a nossa oração e a nossa solidariedade aos enfermos, às famílias que perderam seus entes queridos e a todos os que mais sofrem as consequências da Covid-19”, destacando sua “profunda gratidão aos profissionais de saúde e a todas as pessoas que têm doado a sua vida em favor dos doentes”. A crise que o Brasil enfrenta nos desafia, segundo a CNBB, destacando que “embora todos sofram com a pandemia, suas consequências são mais devastadoras na vida dos pobres e fragilizados”. Os bispos chamam os discípulos de Cristo a assumir posicionamentos, que “nós o fazemos por exigência do Evangelho”, insistindo em que “não podemos nos calar quando a vida é ameaçada, os direitos desrespeitados, a justiça corrompida e a violência instaurada”. O texto louva o esforço das comunidades “por amenizar as consequências da pandemia”, tantas pessoas que “movidos pelo autêntico espírito cristão, expõem suas vidas no socorro aos mais vulneráveis”. Os bispos reconhecem que mesmo sofrendo com “a restrita participação do Povo de Deus nos templos. Contudo, a sacralidade da vida humana exige de nós sensatez e responsabilidade”, fazendo um chamado “a observar as medidas sanitárias que dizem respeito às celebrações presenciais”, e destacando o papel da Igreja doméstica. Os bispos pedem “competência e lucidez” em defesa da saúde, afirmando que “são inaceitáveis discursos e atitudes que negam a realidade da pandemia, desprezam as medidas sanitárias e ameaçam o Estado Democrático de Direito”. Também reclamam “atenção à ciência, incentivar o uso de máscara, o distanciamento social e garantir a vacinação para todos, o mais breve possível”, assim como auxílio emergencial. Diante das consequências da pandemia, a CNBB pede “maiores investimentos em saúde pública”, considerando “inadmissíveis as tentativas sistemáticas de desmonte da estrutura de proteção social no país”. A mesma coisa se afirma da educação, afirmando que “é fundamental o engajamento no Pacto Educativo Global, proposto pelo Papa Francisco”. A mensagem denuncia a violência, criticando o acesso às armas, favorecido pelo Governo Federal, fazendo referência ao discurso de ódio, instalado nas redes sociais, e ao “uso da religião como instrumento de disputa política”. Junto com isso, a CNBB não esquece “o cuidado com a casa comum”, insistindo na necessidade de “superar a desigualdade social no país”, y de “promover a melhor política”. Finalmente se faz um apelo à unidade, a promover a solidariedade e a partilha, a reconstruir a “sociedade brasileira sobre os alicerces da justiça e da paz, trilhando o caminho da fraternidade e do diálogo”.

Momento de espiritualidade e pandemia marcam o 4º dia da AG da CNBB segundo Dom Marcos e Dom José

A manhã do quarto dia da 58ª Assembleia Geral virtual da CNBB foi dedicado à espiritualidade. Dom Marcos Piatek nos conta que o dia começou com a Eucaristia na sede da CNBB, em Brasília, presidida por Dom Joel, Secretário Geral. O bispo de Coari destaca que no início do retiro espiritual, Dom Walmor lembrou a frase de Santo Inácio de Antioquia: “Convém, pois, não se chamar apenas cristão, mas o ser também”.  A manhã de espiritualidade foi conduzida pelo Cardeal Seán Patrick O’Malley, OFM Cap., arcebispo de Boston – USA, que falou em português fluente e contou com 396 participantes. A primeira Palestra começou com a leitura do Evangelho de Lucas (Lc 4, 14-30). Segundo Dom Marcos, “o pregador nos levou à Terra Santa, o 5º Evangelho, e a visitar as duas cidades importantes na vida de Jesus”. Recordando as palavras do pregador, o bispo nos diz que “a vida de Jesus começa em Belém e termina em Jerusalém. Porém, a maior parte da sua vida Jesus passou em Nazaré (30 anos) e em Cafarnaum (3 anos)”. Partindo destas duas cidades “o pregador apresentou o nosso ministério episcopal e os seus elementos fundamentais”. Dom Marcos lembra que, segundo o cardeal de Boston, “existe uma tensão entre Nazaré e Cafarnaum: estar em casa, rezar, estudar, trabalhar, contemplar, vida cotidiana (Nazaré) e o nosso agir pastoral, o nosso fazer (Cafarnaum). São duas realidades que se complementam. Sem Nazaré não se consegue viver bem em Cafarnaum”. Dom Marcos Piatek diz que “após a rica partilha os bispos rezamos pelas vítimas da pandemia, que ultrapassaram 360 mil mortos”. Ele lembra que na segunda palestra, o Cardeal O’Malley “recorreu ao Evangelho de Lucas (Lc 15, 1-7) que fala da ovelha perdida”. Segundo o bispo, “a primeira prioridade de Jesus não era a pregação, mas assistir aos doentes, pobres, pecadores, realizar a misericórdia”. Na sua reflexão, “o pregador lembrou os mártires da América Latina: São Oscar Romero e Juan José, que doaram a vida defendendo os direitos humanos”, nos diz o bispo de Coari, que afirma que “depois da misericórdia de Jesus vem a sua pregação”. A palestra, afirma o bispo, “foi dedicada à misericórdia de Deus, à libertação do pecado e ao Sacramento da Reconciliação”. Dom Marcos insiste em que “nós bispos experimentamos a misericórdia de Deus e devemos ser misericordiosos no nosso ministério. Somos penitentes e confessores!”.  Após a reflexão, houve uma rica partilha entre os bispos e o Card. O’Malley. A manhã foi encerrada com “o vídeo-mensagem com as palavras muito profundas do Papa Francisco dirigidas não só aos bispos, mas a toda a nossa nação brasileira”, finaliza Dom Marcos Piatek. Na parte da tarde, como está acontecendo ao longo dos dias, teve uma pauta bem extensa, segundo Dom José Albuquerque. Depois da oração inicial, que acompanha as sessões da Assembleia, Laudes de manhã e Hora Média de tarde, “os trabalhos começaram com algumas comunicações, e o ponto alto foi a partilha de Dom Leonardo, nosso arcebispo, e de Dom Wilson, bispo de Florianópolis, que nos colocaram diante deste quadro da pandemia e da pós pandemia, como é que as nossas dioceses, como os nossos padres, como os nossos bispos, estão enfrentando, ainda em várias partes do Brasil, as consequências dessa terrível pandemia”. Segundo o bispo auxiliar de Manaus, “Dom Leonardo partilhou sua experiência a partir daqui de Manaus, de tudo o que ele tem vivido desde quando chegou, e Dom Wilson também nos ajudou a refletir sobre a dedicação do clero, das dioceses de um modo geral, assim como Dom Leonardo fez, relembrando alguns fatos importantes, necessários, para que pudéssemos dar esse testemunho de ser uma presença solidária e misericordiosa entre aqueles que mais sofreram e estão sofrendo ainda”. A segunda parte da tarde desta quinta-feira, tem sido momento para o encontro dos regionais. Dom José lembra que os bispos do Regional se encontraram presencialmente no mês de novembro, naquele período em que a situação não estava tão grave. Foi um momento de partilha entre os bispos do nosso Regional Norte 1, de encaminhar algumas datas no calendário deste ano. Aproveitando o encontro dos bispos da Amazônia, que deve acontecer nos dias 18 e 19 de maio, os bispos irão se reencontrar, segundo Dom José Albuquerque, após o dia 20 de maio. O bispo vê esse momento como oportunidade “da gente partilhar nossas alegrias, nossas preocupações”. Segundo Dom José, “o nosso Regional ele é muito coeso, é muito unido, a gente percebe que cada bispo no seu lugar procura ser um pastor, um elo de unidade e também de uma voz profética, porque a gente também escutou isso, tanto na voz de Dom Leonardo, como na voz de Dom Wilson, a realidade que nós estamos enfrentando, que de algum modo nos solicita a termos um profetismo”. O bispo auxiliar de Manaus insiste em que “não simplesmente no que diz respeito a denúncia, porque isso já a sociedade civil já está fazendo, a sociedade civil, o Ministério Público, os políticos mais sérios”. Dom José afirma que “o que nós queremos é ser uma voz profética de anunciar a esperança e de que a certeza de que neste tempo da pandemia, Deus não nos abandonou, e a caridade foi grande, aconteceram muitas iniciativas de solidariedade, dentro e fora das nossas comunidades eclesiais”. Finalmente, ele salienta, que hoje à tarde “foi um momento muito rico de partilha e de encontro”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1