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Dia: 15 de maio de 2021

Fazendo Bonito em São Gabriel da Cachoeira, um debate em torno ao Abuso e Exploração de Crianças e Adolescente

São Gabriel da Cachoeira, dentro das programações do 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, organizava nesta sexta-feira, 14 de maio, um encontro virtual para refletir sobre uma realidade muito presente na sociedade. A Live, que teve por nome “Fazendo Bonito em São Gabriel da Cachoeira” contou com a participação de Alissia Regina Pereira Pinheiro– psicóloga clínica no CEPEN, que assumiu a função de mediadora, Nathália Gusmão– assistente social-SEMSA/SGC, Marianne Kaliny Ferreira da Silva-enfermeira IFAM/CSGC, Dom Edson Taschetto Damian– Bispo da diocese de São Gabriel da Cachoeira, Maria Aparecida Marques Fernandes– irmã Catequista Franciscana e psicóloga da SEDUC/ SGC, e Franciane Souza– psicóloga IFAM/CSGC. O encontro foi momento para refletir sobre as faces da violência sexual, com ênfase no abuso e exploração sexual, a rede municipal de atendimento no enfrentamento ao abuso sexual, o papel da escola, família, e comunidade no enfrentamento ao abuso sexual, e a Operação Kuñatai. Segundo foi refletido durante a Live, a violência e exploração sexual de crianças e adolescentes, por sua incidência e constância, desafia continuamente o fortalecimento da rede de proteção, pois calar é consentir! Diante dessas situações, é preciso dar visibilidade e não deixar impune esta ação criminosa que traz tantos malefícios para pessoas ainda em desenvolvimento, no caso as crianças e adolescentes. A rede de proteção se fortalece, segundo refletido, com o protagonismo juvenil, o envolvimento das famílias, igrejas, escolas, entidades e a rede de atendimento: Conselho Tutelar, delegacia, Unidade Básica de Saúde, CREAS estão aptos, estruturados e com profissionais sensíveis para esta demanda. Por isso, é preciso coragem, agir com a força do coração para continuar esta luta em defesa da vida! Com informações da Ir. Maria Aparecida Marques Fernandes, Catequista Franciscana  

Papa Francisco ajuda a fazer realidade o sonho do Povo da Rua de Manaus

Um espaço que quer ser referência para o povo da rua de Manaus tem sido inaugurado nesta sexta-feira, 14 de maio de 2021, graças a sensibilidade do Papa Francisco, que enviou boa parte dos recursos para atender o povo sofrido, que enfrenta graves dificuldades em consequência da pandemia da Covid-19. O espaço tem sido construído na paroquia de Nossa Senhora dos Remédios, no centro da cidade, um local de grande presença do povo da rua, que passa o dia e a noite na praça do mesmo nome que fica em frente da Igreja. Quem tem dado nome ao novo Centro de Acolhida do Povo da Rua é Dom Sérgio Eduardo Castriani, falecido no passado mês de março, que em plena pandemia, segundo relatava Dom Leonardo Steiner, preguntava com a pouca voz que ainda lhe restava, o que estava sendo feito com o povo da rua, com aqueles que sempre tiveram um lugar especial em seu coração.   A silhueta de Dom Sérgio, alguém que segundo a coordenadora da Pastoral do Povo da Rua da Arquidiocese de Manaus, “não media esforços para que o povo da rua possa estar melhor amparado”, e facilmente reconhecível na placa de inauguração, desvelada por Dom Leonardo e dona Marisa Ferreira Campos, catadora de material reciclável, onde a gente pode ler: “O Povo da Rua agradece ao Papa Francisco os recursos para este espaço de acolhida”. Um espaço que deve ser uma casa, insistia o arcebispo de Manaus, onde deve ser vivido o acolhimento, “para que todas as pessoas que não tem casa, possam se sentir em casa”, um espaço onde “eles sejam bem recebidos e estão sempre em casa, porque se encontram com irmãos e irmãs”. A benção da casa, onde tem sido invocada a Benção de Deus, tem sido vista como oportunidade para que “todos nós tenhamos a alegria de poder servir, a alegria de poder acolher”, afirmava o arcebispo, pedindo que a casa seja um local em que pessoas encontrem “um lugar para conversar, um lugar para serem ouvidas”. A importância dessa atitude era reconhecida por dona Marisa, que dizia que “não é só uma comida que a gente precisa”, destacando a oportunidade de conversar que o povo da rua encontra naqueles que são voluntários na pastoral, algo que a faz se sentir “privilegiada e honrada” pela atenção recebida. A pandemia tem sacado o melhor e o pior das pessoas, mas a gente sempre tem que destacar àqueles que se tornam um exemplo para os outros. É o caso do senhor Aldenir Vieira Barbosa, idealizador da lavanderia do centro de acolhida. Como ele mesmo, dono de uma lavanderia, relatava, escutou o padre Hudson Ribeiro, que acompanha a Pastoral do Povo da Rua, na Rádio Rio Mar, a rádio da Arquidiocese de Manaus, falando que ele mandava lavar a roupa do povo da rua numa lavanderia. Diante disso, ligou para o padre Hudson e disse que ele gostaria de ser útil, lavando a roupa do povo da rua gratuitamente, e agora doando as máquinas para o novo centro. O Centro de Acolhida também tem contado com a parceria do Ministério Público do Trabalho. Em seu nome, a procuradora Alzira Costa, agradecia ao padre Hudson por ter ampliado a sua capacidade de amar, pela possibilidade de olhar o povo da rua de outra maneira. Tem sido um momento para perceber “quanto a caridade, ela tem um nome, que se torna e se traduz em obras concretas, através, sobretudo da nossa mutua colaboração”, destacava Dom Tadeu Canavarros, bispo auxiliar de Manaus, que fazia referência a Fratelli tutti, um texto que nos ajuda a descobrir que “aquele que mora na rua é meu irmão, minha irmã”, pedindo que esse espaço de acolhida possa ajudar a “crescer na nossa fraternidade”. A inauguração tem sido momento para agradecer às pessoas que fizeram possível o novo ambiente, segundo Dom Leonardo Steiner. Ele relatava as ajudas que têm sido dadas ao povo da rua, números significativos, “no sentido de nos estarmos juntos dessas pessoas, desses irmãos e irmãs”. O arcebispo lembrava das palavras de Teresa de Calcutá, “aqueles que o Estado e a sociedade não querem, nós cristãos queremos”. Dom Leonardo insistia em que “é a nossa missão como Igreja, a misericórdia evangeliza mais do que as nossas palavras, porque isso é visibilização da Palavra, visibilização do Reino de Deus, é a visibilização de Jesus”. O arcebispo fazia um pedido ao governo de um espaço para o pernoite do povo da rua. O padre Hudson Ribeiro explicava brevemente o funcionamento do centro e agradecia a parceria da Caritas Arquidiocesana de Manaus e da Fazenda da Esperança, assim como outras entidades e paróquias, destacando acima de tudo o trabalho dos voluntários da Pastoral do Povo de Rua e a paróquia dos Remédios e a abertura do seu pároco, o padre Mauro Cleto, para ceder o espaço. Finalmente agradecia a sensibilidade de Dom Leonardo Steiner por fazer com que “o sonho se faça realidade, e se faça realidade a partir do clamor do próprio povo”.   Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1