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Dia: 2 de junho de 2021

Rede CLAMOR reflete sobre o tráfico de pessoas para fins de recrutamento forçado

A Rede CLAMOR vem denunciando ao longo deste ano diversas situações de tráfico de pessoas na América Latina e no Caribe. Neste mês de junho o tema de reflexão é o tráfico de pessoas para fins de recrutamento forçado para conflitos armados e atividades criminosas. Segundo o vídeo divulgado, essa “é uma grave violação dos direitos humanos e que tem crescido na América Latina nos últimos anos”. Desde a Rede CLAMOR se informa que “milhares de pessoas foram afetadas, sendo meninos, meninas, jovens e adolescentes os mais afetados”.  Tudo isso vem motivado porque “os traficantes e suas redes se aproveitam da vulnerabilidade e das necessidades econômicas, emocionais e trabalhistas das vítimas, utilizando-as como objetos de guerra, colocando em risco seus projetos de vida, e capacidade de decisão”. Estamos diante de uma realidade, nos diz o vídeo, em que “os reclutas são obrigados a enfrentarem conflitos, onde se envolvem na produção e venda de drogas, uso de armas, assassinatos, entre outras práticas ilícitas”. Diante dessa realidade, a Rede CLAMOR insiste em que “os Estados, a Igreja e a sociedade devem trabalhar juntos para a prevenção do tráfico e a proteção de todas as pessoas, especialmente as mais vulneráveis“. Por isso, ninguém pode esquecer que “a vida não é uma mercadoria, é sobre pessoas”, fazendo um chamado a se juntar a eles na defesa da dignidade e dos direitos das vítimas de tráfico de pessoas. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Dom Mário Antônio da Silva denuncia “a omissão e negligência das autoridades” frente ao garimpo ilegal na TI Yanomami

Os ataques que sofre o povo Yanomami por parte do garimpo ilegal, especialmente desde o dia 10 de maio passado, em que aconteceu um tiroteio contra a aldeia Palimiú, tem sido motivo de repulsa por parte da diocese de Roraima. Numa Carta à Igreja e ao povo de Roraima, Dom Mário Antônio da Silva, denuncia que diante dos ataques, que se repetiram nos dias seguintes, “poucas providências foram tomadas da parte dos órgãos responsáveis para garantir a vida e a integridade da comunidade”. O bispo denuncia o garimpo ilegal em Roraima, “que nos últimos anos cresceu com a anuência dos poderes legislativo e executivo, inclusive com projetos de lei tentando validade e reconhecimento”. O segundo vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lembra as palavras da última assembleia, onde aparece a necessidade de se posicionar “quando a vida é ameaçada, os direitos desrespeitados, a justiça corrompida e a violência instaurada”. Por isso, Dom Mário Antônio afirma que “o garimpo nas terras indígenas é uma atividade ilegal que não pode ser acobertada”, pois ela traz violência e provoca estragos à Casa Comum. Diante da presença de mais ou menos 20 mil garimpeiros na Terra Indígena Yanomami, o bispo se pergunta quem está atrás e quem se enriquece realmente com isso. O bispo de Roraima considera inaceitáveis “a omissão e negligência das autoridades”, dado que “a proteção dos territórios indígenas é uma obrigação constitucional”, denunciando que “há um descumprimento sistemático por parte da União frente as suas obrigações, tornando-se assim principal cúmplice da violência, da depredação e da ilegalidade”, pedindo a ação urgente das autoridades. Dom Mário Antônio pede “espaços de diálogo e caminhos de futuro que não passem pela degradação ambiental, pela agressão e violência aos povos indígenas e seus territórios”. A carta finaliza manifestando a “profunda solidariedade com os Yanomami e os Ye´kwana” e todos os povos indígenas de Roraima, que estão sofrendo com o garimpo, lhes mostrando que “vocês não estão sozinhos, vamos juntos!”.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1