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Dia: 5 de agosto de 2021

Todos somos chamados, e o chamado requer uma resposta. Qual é a minha resposta?

A Igreja do Brasil celebra em agosto o Mês Vocacional, algo que nos leva a entender a nossa vida como resposta a um chamado. Nossa vida é consequência de nossas respostas, que nos levam a fazer escolhas, mas também nos comprometem a perpetuar no tempo as opções que um dia tomamos livremente. Quem é que chama? Como reconhecer esse chamado? Como superar os medos que nos paralisam e nos impedem responder diante de tantos chamados que a gente recebe ao longo da vida? A vida tem muitas mais perguntas do que respostas e as respostas que um dia a gente deu provocam novas e numerosas perguntas ao longo da nossa vida. No final das contas, o que todo mundo procura é ser feliz, sabendo que essa felicidade tem múltiplas faces e que o que é caminho de felicidade para uma pessoa é motivo de frustração para outra. O decisivo é saber responder do modo certo, sem esquecer que as circunstâncias se tornam diferentes e que isso pode provocar mudanças futuras, pois não podemos esquecer que “o homem é o homem e a sua circunstância”, segundo disse o filósofo espanhol José Ortega y Gasset. A gente não pode controlar os chamados, pois não somos nós que escolhemos as perguntas, nem o momento em que elas acontecem. Com a gente ficam as respostas ou a falta delas, e isso a gente sabe tem consequências. Aprender a responder e confirmar as respostas ao longo do tempo representa um desafio na hora em que a gente pensa em vocação. Na sociedade e na Igreja nos deparamos com pensamentos que levam as pessoas a acreditar que tem vocações mais ou menos importantes, respondendo a parâmetros sociais e eclesiais fruto de estereótipos. A melhor vocação é aquela que ajuda a nos realizarmos pessoalmente e nos tornarmos instrumentos que ajudam a melhorar a realidade e a vida das pessoas que temos em volta. Vocação tem a ver com realização e não com posição, e ela é boa quando a gente disfruta com as escolhas que um dia fez, quando a gente vai crescendo e ajudando os outros a crescer. Vocação é caminho de felicidade e isso é algo que a gente sempre procura, de diferentes modos, cada um do seu jeito, mas que sempre vai estar presente em nosso pensamento. Não tenhamos medo de responder, tenhamos a coragem de assumir os chamados que a gente vai respondendo. Fazer isso com convicção vai nos ajudar a sermos mais felizes, mas também a fazer realidade um mundo melhor para todos e todas. Nunca esqueçamos que o chamado não é por acaso e que a coragem sempre é necessária para que possamos continuar olhando para frente e avançando no caminho da felicidade. Será que a gente topa? Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar

Arquidiocese de Manaus comemora 25 anos de vida sacerdotal de Dom Jóse, padre Zenildo e padre Geraldo

A Catedral Metropolitana de Manaus acolheu na festa de São João Maria Vianney a celebração dos 25 anos de vida sacerdotal de Dom José Albuquerque, bispo auxiliar de Manaus, e seus condiscípulos, padre Zenildo Lima, reitor do Seminário São José, onde são formados os seminaristas do Regional Norte 1, e o padre Geraldo Bendaham, coordenador de pastoral arquidiocesano. A celebração contou com a participação do arcebispo metropolitano, Dom Leonardo Steiner, o bispo auxiliar, Dom Tadeu Canavarros, o bispo auxiliar emérito Dom Mário Pasqualotto, o bispo da prelazia de Itacoatiara, Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, e Dom Gutemberg Freire, bispo emérito de Coari. Junto com eles se fizeram presentes uma representação do clero, da vida religiosa e do laicato da arquidiocese, junto com familiares e amigos dos homenageados. Na homilia, partilhada pelos três, o padre Geraldo Bendaham destacou “a alegria de celebrar 25 anos de vida sacerdotal, esse ministério tão bonito, mas também tão exigente”.  Ele destacava a graça de Deus para poder viver este ministério, e também a colaboração das pessoas para viver seu sacerdócio. O coordenador de pastoral apelava as comunidades a cuidar da vida e da vocação dos padres para poder continuar sua missão com ardor e com alegria. O padre Zenildo Lima lembrava dois discursos proferidos 25 anos atrás, um de Dom Luiz Vieira, o arcebispo que os ordenou, e que os exortava a que fossem padres de verdade, e um outro dele próprio, em que falou “como é bom sermos portadores de uma boa notícia”, insistindo em que o mundo nunca é um ambiente hostil para o ministério sacerdotal. O reitor do Seminário São José destacava a necessidade de atualizar o ministério do padre, “para que o povo não deixe de acreditar, para que o povo não deixe de sonhar com a terra prometida, para que o povo não deixe de ter esperança, para que o povo não abandone a Aliança”. Os 25 anos de vida sacerdotal tem sido um tempo, segundo o padre Zenildo, de ampliar horizontes, de alargar a missão, a exemplo da missão de Jesus. Ele destacava como ao longo desses 25 anos a missão da Arquidiocese de Manaus cresceu, lembrando do cuidado dos moradores de rua, do trabalho que realiza a Fazenda da Esperança, a quem mostrava como novos interlocutores e destinatários da missão. “25 anos depois a alegria que a gente experimenta é de uma vocação com um talho eminentemente eclesial”, lembrava o padre. Ele insistiu em que a sua “é uma vocação de Igreja, quanto mais cresce a missão da Igreja, mais cresce os horizontes do nosso ministério”. Finalmente Dom José Albuquerque disse que “é uma graça, é um presente do céu, poder celebrar este aniversário de ordenação no dia de São João Maria Vianney”.  Segundo o bispo auxiliar, “celebrar 25 anos é reafirmar o desejo de querer continuar” insistindo em que “se nós somos apaixonados por esta Igreja particular de Manaus é porque um dia Cristo se tornou tão próximo, tão presente, que a gente quis ser como aquele padre, como aquela religiosa, como aquele agente de pastoral”, destacando a acolhida das comunidades por onde eles passaram. Segundo o bispo, sua vocação é fruto de um trabalho missionário, de homens e mulheres que foram grandes profetas e profetizas. Para Dom José, “o amor a Cristo, o amor à Igreja, o amor ao povo, fez e faz com que a gente se torne irmãos de verdade”.  Ele pedia que “Cristo nos ajude a sermos suas testemunhas e que possamos, mesmo com as nossas fraquezas, com as nossas infidelidades, com os nossos defeitos, ser um sinal, ser um incentivo para que outros jovens acreditem na vocação”. Após renovar as promessas sacerdotais na frente de Dom Leonardo Steiner, o arcebispo de Manaus destacou que os homenageados “exercem na arquidiocese ministérios importantes, serviços importantes”. Segundo ele, “há 25 anos atrás não poderiam imaginar que poderiam dar essa grande contribuição à Igreja de Manaus”, algo que o levou a agradecer pelo seu ministério e serviços. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

“Reiteramos apoio incondicional ao sistema eletrônico de votação”, afirma CNBB e entidades do Pacto pela Vida

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), junto com outras cinco entidades da sociedade civil, emitiram uma nota de solidariedade ao Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ministro Luís Roberto Barroso. A nota lembra a postura das entidades, que fazem parte do Pacto pela Vida, que já em março de 2020, “reagiram publicamente a ameaças feitas pela autoridade máxima da Nação, contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal”, conclamando “a sociedade brasileira a zelar pelas instituições”. As entidades afirmam que “lamentavelmente, o processo de erosão democrática prossegue, atingindo contornos incompatíveis com o equilíbrio entre os Poderes e a manutenção do clima de paz e concórdia entre os cidadãos”. Por isso, criticam abertamente as tentativas a de “demolir o edifício democrático”, deixando de cuidar da pandemia, que já se cobrou mais de 550 mil vidas. O escrito denuncia as “tentativas de ruptura da ordem institucional, hoje tratadas abertamente”, afirmando não tolerar as ameaças da “não realização de eleições em 2022, caso o resultado das urnas possa vir a contrariar os interesses daquele que detém o poder”, insistindo em que “não são os políticos de plantão, nem grupos civis ou militares ligados a eles, que determinarão a integridade do processo eleitoral”, defendo o papel da Constituição. Diante da grave situação reiteram “apoio incondicional ao sistema eletrônico de votação”, apelando ao Congresso Nacional para que o proteja, dado que se trata de uma “grande conquista da sociedade e prova da eficiência da Justiça eleitoral brasileira”.