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Dia: 17 de outubro de 2021

Abertura do Sínodo em Manaus: “Disponibilidade para novos e ousados passos missionários”

As igrejas particulares do mundo todo têm iniciado hoje, 17 de outubro de 2021, a etapa diocesana do Sínodo sobre a Sinodalidade, com o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”, inaugurado pelo Papa Francisco no domingo 10 de outubro com uma Eucaristia na Basílica de São Pedro. Em Manaus, Dom José Albuquerque presidiu na Catedral Metropolitana, a celebração de abertura dessa etapa local do Sínodo, contando com a participação do padre Geraldo Bendaham, coordenador de pastoral arquidiocesano, e o padre Zenildo Lima, reitor do Seminário São José. Na homilia, Dom José Albuquerque lembrou que “todos somos missionários”, algo que nos lembra o mês de outubro, insistindo em que “somos chamados a testemunhar em comunidade a nossa fé para que todas as pessoas possam dizer ao olharem para nós: vejam como eles se amam”. O bispo auxiliar referiu-se à mensagem do Papa Francisco para o dia de hoje, que definiu como “muito bonita, muito profunda, muito direta”. Nela, o Papa disse que “quando experimentamos a força do amor de Deus, quando reconhecemos a sua presença de Pai na nossa vida pessoal e comunitária, não podemos deixar de anunciar e partilhar o que vimos e ouvimos. A relação de Jesus com os seus discípulos, a sua humanidade que nos é revelada no mistério da Encarnação, no seu Evangelho e na sua Páscoa mostram-nos até que ponto Deus ama a nossa humanidade e assume as nossas alegrias e sofrimentos, os nossos anseios e angústias”. O bispo fez um chamado a acolher o ensinamento da Palavra e do Papa Francisco, “sempre com o coração grato”. Ele agradeceu por todos os missionários que estão na Arquidiocese de Manaus, sejam leigos e leigas, religiosas, padres. Segundo Dom José, “nós temos uma história tão bonita de pessoas que vieram de outras partes do Brasil e do mundo para nos ajudar aqui a semear o Evangelho, a nos ensinar a sermos Igreja, a caminhar junto conosco”. Seguindo esse exemplo, ele pediu “para que o Senhor nos ajude a sermos uma Igreja missionária” na Amazônia e em outras partes do mundo. Tudo isso, vivendo em comunhão, que nos leve a “participar desse diálogo, desse processo, desse caminho que nós já estamos fazendo aqui em Manaus com a Assembleia Sinodal Arquidiocesana, que deve acontecer em outubro próximo”. Nesse processo chamou a se sentir participante, corresponsável. No final da celebração, o padre Geraldo Bendaham fez leitura do decreto do arcebispo de Manaus. Dom Leonardo Steiner lembra nele que “convocados pelo Santo Padre o Papa Francisco, nos unimos à Igreja no mundo inteiro no caminho de preparação, realização e execução do Sínodo dos Bispos”. Seguindo as indicações da Secretária Geral do Sínodo, a Igreja de Manaus, segundo o decreto do seu arcebispo, “acolhemos com criativa recepção as indicações do Documento Preparatório” e os outros documentos publicados. O arcebispo lembra que a temática do Sínodo “sempre foi a identidade de nossa Arquidiocese de Manaus”, algo que tem se concretizado nas Assembleias Arquidiocesanas. A Igreja de Manaus já tinha iniciado o caminho da Assembleia Sinodal Arquidiocesana, que considera como “caminhos que se encontram e se enriquecem mutuamente”, algo que se faz presente na dinâmica de escuta de profunda reflexão sobre o modo de ser presença, e de disponibilidade para novos e ousados passos missionários”. Dom Leonardo insiste no decreto em que “os passos destes caminhos estarão sempre se completando”. Lembrando o Sínodo da Amazônia, o arcebispo pede que “no desejo que ‘o caminhar juntos’ implique novas dinâmicas estruturais e missionárias na Igreja” convoca a uma comprometida participação neste Sínodo. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

CNBB pede “imediata e exemplar correção” para o deputado Frederico D’Avila

Diante dos ataques do deputado estadual do Estado de São Paulo, Frederico D’Avila, atacando a Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e ao Papa Francisco, no último dia 14 de outubro, da Tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a CNBB tem emitido uma carta aberta em que “rejeita fortemente as abomináveis agressões proferidas pelo deputado estadual”. A carta denuncia o ódio descontrolado do parlamentar, quem “feriu e comprometeu a missão parlamentar”, pedindo a “imediata e exemplar correção pelas instâncias competentes”. Lembrando seus 69 anos de caminhada, a presidência da CNBB deixa claro que “jamais se acovardou diante das mais difíceis situações, sempre cumpriu sua missão merecedora de respeito pela relevância religiosa, moral e social na sociedade brasileira”. Junto com isso, é lembrado que a CNBB “jamais compactuou com atitudes violentas de quem quer que seja. Nunca se deixou intimidar”. Por isso, a CNBB levanta sua voz, “diante de um discurso medíocre e odioso, carente de lucidez, modelo de postura política abominável que precisa ser extirpada e judicialmente corrigida pelo bem da democracia brasileira”. O fundamento dessa postura, está no princípio que diz que “a Igreja reivindica sempre a liberdade a que tem direito, para pronunciar o seu juízo moral acerca das realidades sociais, sempre que os direitos fundamentais da pessoa, o bem comum ou a salvação humana o exigirem”, palavras recolhidas do Documento do Vaticano II Gaudium et Spes. Em nome da democracia, a CNBB espera da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, “medidas internas eficazes, legais e regimentais, para que esse ultrajante desrespeito seja reparado em proporção à sua gravidade”. Ao mesmo tempo, a CNBB afirma que “tratará esse assunto grave nos parâmetros judiciais cabíveis”, sempre nos termos da Lei. Finalmente a CNBB reafirma “o nosso incondicional respeito e o nosso afeto ao Santo Padre, o Papa Francisco, bem como a solidariedade a todos os bispos do Brasil”. A CNBB aguarda uma resposta rápida do presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Carlão Pignatari, pedindo uma “postura exemplar e inspiradora para todas as casas legislativas, instâncias judiciárias e demais segmentos para que a sociedade brasileira não seja sacrificada e nem prisioneira de mentes medíocres”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Papa Francisco erige canonicamente a Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA)

O Papa Francisco erigiu canonicamente a Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) como pessoa jurídica pública eclesiástica. Isto foi comunicado em uma carta datada de 11 de outubro pelo Cardeal Marc Ouellet, Prefeito da Congregação dos Bispos, ao Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da CEAMA, em resposta a uma carta enviada por este último em 30 de setembro. A aprovação ocorreu em 9 de outubro, durante a audiência com o Santo Padre. Após a ereção canônica, falta a aprovação dos Estatutos, que o Papa examinará pessoalmente, e o correspondente Decreto de ereção deve ser redigido, o qual, como indica a carta, será enviado o quanto antes ao presidente da CEAMA, criada após sua Assembleia fundadora, realizada de 26 a 29 de junho de 2020, época em que se iniciaram os procedimentos com diferentes Dicastérios da Cúria Romana, um processo que durou até 4 de maio de 2021. Além disso, dentro do processo de renovação e reestruturação do Celam, também foram analisados os novos Estatutos do Conselho Episcopal Latino-americano, ao qual a CEAMA está vinculada. Segundo o Cardeal Ouellet, “os dois Estatutos foram comparados a fim de coordenar suas respectivas atividades institucionais, definindo suas relações recíprocas“. O objetivo é “evitar qualquer perigo de confusão ou sobreposição de competências, a fim de garantir o bom funcionamento das atividades e da missão de cada organismo”. A aprovação final depende “da conclusão do estudo comparativo necessário e da proposta e implementação das emendas ao texto”, diz o presidente da Congregação dos Bispos. Não podemos esquecer, como menciona a carta, a natureza sem precedentes do organismo, pois estamos tratando de uma conferência eclesial e não apenas de uma conferência episcopal. Neste sentido, o Pe. Alfredo Ferro SJ, secretário executivo da CEAMA, afirma que “para a Igreja latino-americana e particularmente para a Igreja da Amazônia, é uma grande alegria” o que se expressa na carta do prefeito da Congregação dos Bispos ao presidente da CEAMA, que comunica a ereção canônica da Conferência Eclesial da Amazônia pelo Santo Padre. Segundo o jesuíta colombiano, como CEAMA “sentimo-nos não só imensamente felizes, mas também reconhecidos por este gesto de afeto do Papa, dando reconhecimento ao que é o desejo e foi o compromisso do Documento Final do Sínodo, onde ele expressou a necessidade de criar esta conferência”. Para o padre Ferro, “este reconhecimento canônico é feito no marco de um chamado que o Papa Francisco nos fez para viver a sinodalidade“. Neste contexto, nas palavras do secretário executivo da CEAMA, “temos claramente um contexto e uma situação favorável, expressa também na carta, na reestruturação e renovação do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), na preparação e celebração da próxima Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe e no início do processo do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade“. Para o padre Ferro, “sentimos que novos ventos do Espírito estão soprando nesta Igreja“, pelo que ele agradece ao Senhor e ao cardeal Pedro Barreto, nomeado na carta, que “expressou explicitamente ao Cardeal Ouellet e ao Santo Padre a necessidade deste reconhecimento canônico para que a CEAMA possa agora desenvolver mais oficialmente, com esta personalidade jurídica, suas atividades e seus propósitos em sua ampla missão de delinear um Plano Pastoral para a Igreja da Amazônia”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1