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Dia: 10 de novembro de 2021

Mensagem dos Bispos pela COP26: “Ações urgentes, audaciosas e eficazes”

Os bispos brasileiros, o país com o maior território amazônico, considerado um dos pulmões do Planeta e com uma importância decisiva no futuro das mudanças climáticas, tem lançado uma mensagem por ocasião da COP26 (ver aqui). Assinada pelo presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, também conta com a assinatura do Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia – CNBB, o Cardeal Dom Cláudio Hummes, de Dom Sebastião Lima Duarte, Presidente da Comissão Episcopal Especial para a Ecologia Integral e Mineração – CNBB, do Presidente da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora – CNBB e do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), Dom José Valdeci Santos Mendes, de Dom Erwin Kräutler, Presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), do Presidente da Cáritas Brasileira, Dom Mário Antônio da Silva, de Dom Roque Paloschi, Presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), e de Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, Presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT). A mensagem mostra a atenção do episcopado brasileiro “aos debates, acordos e deliberações da Conferência da ONU (COP26)”, que segundo eles “se apresenta ao mundo como esperança”. Diante do “atual contexto socioambiental que demanda ações urgentes, audaciosas e eficazes”, esperam ações que “combatam as mudanças climáticas e garantam a continuidade de todas as formas de vida”. Os bispos pedem interpelações por parte da Conferência do Clima, relatando a situação do Brasil, “que tem territórios e biomas ameaçados”, e sofre em diferentes regiões os efeitos do aumento da emissão de gases de efeito estufa. Eles também denunciam as queimadas no país, algo que contribui com o aquecimento do planeta e vai mudar as condições climáticas em algumas regiões do país, aumentando as “desigualdades sociais, degradação de territórios, fazendo desaparecer espécies animais e vegetais”. A mensagem insiste em que “a Igreja Católica no Brasil, no horizonte da Doutrina Social da Igreja e em comunhão como Papa Francisco, reafirma o seu compromisso com a justiça socioambiental, na perspectiva da Ecologia Integral”. Junto com isso, os bispos mostram sua preocupação “diante das ameaças aos povos tradicionais e seus territórios”. Afirmando que só tecnologias não conseguirão solucionar a catástrofe ambiental em curso, os bispos consideram a COP26 como “decisiva, pelo dever ético de oferecer aos governos inspirações para suas políticas locais no enfrentamento das mudanças do clima, bem como o fortalecimento da solidariedade internacional”. Também são pedidas medidas fortes para quem não promover o cuidado da Casa Comum. Finalmente, mostram seu compromisso em continuar “acompanhando as agendas socioambientais no Brasil, promovendo a dignidade da pessoa humana, o cuidado com a Casa Comum, no horizonte de uma Ecologia Integral”, assim como a exigência do cumprimento das deliberações da COP26. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Núcleo Lux Mundi promove curso de proteção de crianças, adolescente e vulneráveis

A proteção das crianças, adolescente e vulneráveis é uma das prioridades da Igreja, uma das grandes insistências do Papa Francisco. A Igreja do Brasil criou em dezembro de 2020 o Núcleo Lux Mundi, uma parceria entre a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). Para a Igreja brasileira é fundamental enfrentar todos os casos de violências sexuais em crianças, adolescentes e vulneráveis, cometidos por presbíteros, religiosos (as), formandos (as), seminaristas e leigos. O propósito do Núcleo Lux Mundi é buscar auxiliar as dioceses na aplicação de políticas para prevenção e encaminhamentos relacionados à chaga dos casos de abusos sexuais na Igreja. Também formar e educar os conselhos diocesanos e religiosos, por meio de capacitações e itinerários orientativos personalizados. Para avançar nesse caminho, promoverá o curso de capacitação regional “O Serviço de proteção: as constituições e atribuições”. A Igreja católica no Brasil, segundo Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, avança no fortalecimento de mecanismos e ações para proteger ainda mais os pequeninos. O agir se inspira na palavra de ordem ‘Tolerância Zero’ em relação a violência! O curso, dividido em cinco sessões, acontecerá em modalidade online de 29 de novembro a 14 de dezembro e está destinado aos membros dos Conselhos Diocesanos de Proteção à Crianças e Adolescentes, como também para delegados das respectivas dioceses. O Brasil será dividido em dois grupos, o primeiro vai atingir a Região Norte e Nordeste do país, e o segundo o restante das regiões. Segundo Dom José Negri, bispo de Santo Amaro (SP) e presidente da Comissão Especial de Proteção da Criança e do Adolescente da CNBB, “será uma excelente oportunidade de encontro com diversos especialistas que aliados à Igreja contribuem educativamente nas mais variadas frentes e dimensões do indivíduo. Desde os últimos papas até o Papa Francisco, sempre tivemos essa ideia clara: Que as nossas Igrejas, nossos ambientes eclesiais precisam estar preparados para terem realmente uma segurança e as crianças, adolescentes e vulneráveis possam se sentir protegidos”. Durante oito horas e meia, que é a carga horária do curso, serão apresentados procedimentos para implementação de serviços de prevenção e combate ao abuso sexual nas estruturas pastorais da Igreja Católica, Dioceses e Congregações Religiosas com a função de cuidado e proteção empenhando-se em duas frentes: prevenção e Centro de Escuta. Entre os assessores do curso, o consultor jurídico da CNBB, dr. Hugo Sarubi Cysneiros, o bispo auxiliar de Brasília (DF), dom José Aparecido, a doutora em Bioética Daiane Priscila, a doutora em Direito Danielle Espezim, e o doutor em Teologia Moral padre Celito Moro. Com informações da CNBB e CRB Nacional

Coordenadores de Pastorais e Organismos recebem Diretrizes aprovadas na Assembleia Regional

Os coordenadores das pastorais e dos organismos do Regional Norte 1 se reuniram nesta terça-feira, 9 de outubro, na sede do Regional em Manaus. O encontro foi momento para apresentar e entregar as Diretrizes da Ação Evangelizadora do Regional Norte 1 da CNBB 2022-2024 (aqui pode baixar em PDF) , e planificar os seminários sobre a Campanha da Fraternidade e o Sínodo da Sinodalidade, que serão realizados de 22 a 25 de novembro na Maromba, com a participação de 4 representantes de cada uma das dioceses e prelazias. As Diretrizes, segundo o diácono Francisco Lima, secretário executivo do Regional Norte 1, são fruto de uma caminhada, e foram aprovadas pelos participantes da 48ª Assembleia do Regional Norte 1 da CNBB, que foi realizada de 20 a 23 de setembro. Na evangelização da Amazônia, as diretrizes colocam a centralidade da comunidade eclesial missionária, segundo afirma Dom Edson Damian, bispo de São Gabriel da Cachoeira e presidente do Regional Norte 1, na apresentação das diretrizes. Segundo Dom Edson, nas comunidades eclesiais missionárias “deve acontecer a dinamização da ministerialidade, com destaque à figura do catequista, ao protagonismo exercido por mulheres, à formação sociotransformadora”. As Diretrizes estão “em profunda comunhão com as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, atentos as indicações do Sínodo para a Amazônia e considerando a caminhada de nosso Regional”. Nelas aparecem 5 dimensões: missionariedade, Palavra, Igreja servidora e defensora da vida, Igreja irmã da Criação e Igreja Celebrante e Contemplativa. Em cada uma das dimensões são relatados elementos do caminho percorrido desde às últimas Diretrizes, onde aparecem os passos dados em diferentes níveis. Junto com isso são colocadas as propostas de novos passos, que em cada uma das dimensões respondem a um dos sonhos da Querida Amazônia. Segundo descrito na conclusão, os sonhos da Querida Amazônia, “os trouxemos para mais próximo de nós e a estes demos uma feição mais local com indicações de operacionalidade segundo as exigências dos clamores do nosso chão”.