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Dia: 23 de dezembro de 2021

Comunidade São Pedro, na Diocese de Coari, sofre ato de vandalismo e profanação

A comunidade São Pedro, da paróquia Nossa Senhora de Nazaré, na Diocese de Coari, sofreu na última terça-feira, 21 de dezembro de 2021, o vandalismo e a profanação da Eucaristia, dos objetos sagrados e das imagens presentes na capela. A pequena comunidade, situada no município de Beruri, tem sido alvo de um episódio de intolerância religiosa, dado que nada foi furtado. A cabeça da imagem de São Pedro, padroeiro da comunidade, foi quebrada, assim como a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, da qual foram arrancadas a cabeça e as mãos. Além disso, as hóstias consagradas foram retiradas do sacrário e diversos objetos sagrados, que estavam na sacristia foram jogados do lado de fora da capela. Em nota, o bispo diocesano, Dom Marcos Piatek, mostrou sua dor e consternação, “pelos gravíssimos atos de destruição e de intolerância religiosa”. Segundo o bispo, “os atos de vandalismo e o ódio contra os valores religiosos são sinais de cristianofóbia!”, insistindo em que “o mais grave é a profanação da Eucaristia”. Seguindo o recolhido na Constituição Brasileira, o bispo pede que os atos acontecidos sejam “veementemente condenados”, pedindo das autoridades “cuidar e proteger as nossas igrejas para evitar acontecimentos como este”. Junto com isso, Dom Marcos Piatek conclama as autoridades competentes “para apurar com extremo rigor os fatos acontecidos e punir exemplarmente os responsáveis”. Na nota, o bispo diocesano diz que realizará uma “Missa de Desagravo”, que deve acontecer no próximo dia 27 de dezembro na comunidade São Pedro da cidade de Beruri. Também pede que “nos próximos dias seja feita nas nossas paróquias da diocese, uma adoração ao Santíssimo Sacramento em desagravo”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Onde Ele vai nascer? Com certeza do seu lado, é só o enxergar

Quase na data que o calendário marca como Dia do Natal, temos que nos perguntamos se estamos preparados para celebrar esse momento marcante na vida da humanidade. Quem tem fé, quem acredita que Deus se fez gente e escolheu caminhar conosco, é desafiado a reconhecer sua presença no meio de nós. Mas onde é que a gente busca esse Deus que se faz gente? Não podemos esquecer que Ele está no meio de nós e que é por isso que nós devemos procura-lo lá onde a gente vive seu dia a dia. Deus sempre vem ao nosso encontro, continua batendo na porta da gente, esperando ser acolhido e fazer parte da nossa vida, de modo cotidiano, e não só quando a gente precisa dele. A Encarnação de Deus, o Mistério do Natal, nos leva a estar sempre atentos para reconhece-lo no momento em que ele vem ao nosso encontro. O modo concreto, o rosto e as circunstâncias é Ele que escolhe, cabendo a nós reconhecer esse jeito de Deus que muitas vezes nos surpreende. Sempre é mais fácil acreditar num Deus à medida da gente do que fazer que nossa vida seja à medida de Deus. Deus continua se encarnando nas periferias, como sempre Ele fez, nesses lugares onde poucos querem chegar, nesses ambientes onde todo mundo tem cabida, onde todos e todas, também aqueles que não contam, têm seu espaço. Quando Ele não encontra lugar entre aqueles que se autodenominam “gente de bem”, Ele vai ao encontro dos descartados, sempre com maior facilidade para entender quem é que está no meio deles. O desafio é fazer uma leitura do Mistério de Deus desde nossa realidade, desde nossas circunstâncias. Só quando a gente sente a necessidade dos outros e do Outro, vai ficar atento para descobrir sua chegada e acolher sua presença que traz vida, alegria e esperança. Na história de Deus mudam os rostos, mas as circunstâncias se repetem. Isso faz dele alguém sempre atual, sempre presente na vida do povo. Onde vou procurar Deus neste Natal, neste ano de 2021, tão carregado de situações que tem provocado tantos sentimentos encontrados? Em quem vou querer enxergar a presença do Messias, do Salvador, que com certeza vai se fazer presente na vida de cada um de nós neste tempo? Será que Ele está no barraco de uma família migrante? Será que Ele está embaixo do cobertor de quem dorme no relento da rua? Será que está na casa de uma família que passa necessidade, algo cada vez mais presente no meio de nós? O importante é estar atento, porque na vida de cada um de nós Ele vai se fazer presente de um modo diferente para cada um e cada uma de nós, mas com certeza Ele vai estar aí. De nós depende reconhecer aquele que traz a justiça e a paz, a alegria que vem de Deus, a vida que plenifica. É tempo de Natal, mas será de verdade, além de uma data marcada no calendário, se a gente reconhece e acolhe aquele que vem para estar no meio de nós, para caminhar para sempre com a gente. Feliz Natal! Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1, editorial Radio Rio Mar