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Dia: 7 de fevereiro de 2022

Eucaristia dá início ao Ano Letivo do Seminário São José

No dia 7 de fevereiro de 2022, iniciamos mais um ano de caminhada no Seminário Arquidiocesano São José de Manaus. Dom Leonardo Ulrich Steiner, Arcebispo da Arquidiocese de Manaus e Metropolita, presidiu a eucaristia e em breves palavras nos desejou um ano de discernimento e sensibilidade para ouvir os clamores do povo. Ainda na noite de domingo, o nosso reitor Padre Zenildo Lima nos exortava nos dando as boas vindas “neste itinerário de formação cuja referência é sempre a vida de Jesus de quem nos fazemos discípulos missionários e a Ele nos configuramos sempre mais. Este caminho o fazemos em comunhão, caminhamos juntos, esta é a expressão tão buscada pela Igreja nestes últimos tempos: “caminhar juntos – SINODALIDADE”.  “O tempo do seminário é um tempo precioso aonde nós fazemos a travessia, mas aprendemos também a nos deixarmos tocar pelos dramas, pelas enfermidades, pelas doenças, as dores e sofrimentos das pessoas. Mas também sabemos indicar o caminho salvífico; o caminho da transformação”, segundo Dom Leonardo. Neste novo ano, acolhemos os seminaristas que retornam das férias para dar continuidade ao processo formativo e também os novos seminaristas que compõe a turma do 1º ano de Filosofia. Todas as Igrejas particulares do nosso Regional Norte 1 estão representadas, no nosso seminário, por seus seminaristas. São José, rogai por nós! Luiz Fernando Levati Pereira – Seminarista da Arquidiocese de Manaus

Da exortação “Querida Amazônia” ao Sínodo sobre a Sinodalidade: A Igreja movida pelo mesmo Espírito

            Ao celebrarmos o 2º aniversário da publicação da exortação apóstolica “Querida Amazônia”, escrita pelo Papa Francisco e apresentada ao público no dia 12 de fevereiro de 2020, muitos de nós podemos estar nos perguntando que impacto causaram as palavras e os sonhos compartilhados pelo Papa a respeito do Sínodo especial sobre a Amazônia, em relação à situação eclesial e socioambiental na Amazônia, como também em toda a Igreja universal.             Ora, partindo da minha experiência de ter participado do Sínodo Pan-Amazônico e de estar colaborando atualmente na realização deste novo Sínodo sobre a Sinodalidade, iniciado oficialmente pelo Papa Francisco no dia 9 de outubro de 2021 e cuja conclusão está prevista para acontecer na assembleia sinodal de outubro de 2023, tenho a nítida convicção de que estamos a testemunhar a ação do mesmo Espírito Santo, que continua a soprar ventos de renovação em nossos corações e em nossas estruturas, o que faz deste momento histórico do pontificado de Francisco, um tempo verdadeiramente de kairós e de conversão para toda a Igreja e para todos nós, apesar de toda resistência que isso provoca em alguns grupos de católicos (incluindo leigos, clérigos, bispos e até cardeais), sempre contrários a qualquer tipo de mudança no status quo, já que entendem que qualquer tentativa de “atualização” da fé cristã não passaria de uma forma de “mundanização” da mesma.             O que essas vozes críticas (e, às vezes, desrespeitosas) ao pensamento do Papa Francisco nunca conseguirão, contudo, frear, é o inequívoco movimento que o Espirito Santo tem suscitado na Igreja, sendo Ele o autor dos recentes e históricos acontecimentos acontecidos no âmbito eclesial. De fato, é ação renovadora do Espírito sempre esteve presente na história da salvação, como recordou o Papa em “Querida Amazônia”, citando as palavras de São João Paulo Segundo, para quem “o Espírito Santo embeleza a Igreja, mostrando-lhe novos aspectos da Revelação e presenteando-a com um novo rosto”[1]. Por isso, insistirá Francisco na sua exortação apostólica que completa dois anos, “é necessário aceitar corajosamente a novidade do Espírito capaz de criar sempre algo de novo com o tesouro inesgotável de Jesus Cristo“[2]. Aliás, o que o Papa atual nos ensina é o que a Igreja sempre afirmou sobre a ação do Espírito de Cristo sobre a sua Igreja, levando-a a atualizar constantemente em si mesma o mistério da comunhão com a comunidade cristã original e com a tradição apostólica, por meio da transmissão dos bens da salvação, como ensina o grande teólogo Bento XVI. E acrescenta o nosso Papa emérito que esta atualização permanente da presença ativa de Jesus Senhor no seu povo, realizada pelo Espírito Santo e expressa na Igreja através do ministério apostólico e a comunhão fraterna, é aquilo que em sentido teológico se quer dizer com a palavra Tradição: ela não é a simples transmissão material de quanto foi doado no início aos Apóstolos, mas a presença eficaz do Senhor Jesus, crucificado e ressuscitado, que acompanha e guia no Espírito a comunidade por ele reunida[3].      Portanto, não há dúvida da presença atualizadora, iluminadora e guiadora do Espírito em todo este movimento que vemos acontecer na Igreja em saída do Papa Franscisco, que nos convida a todos a caminhar juntos em um grande processo de encontro, escuta e discernimento sinodal, cujo ápice se dará na assembleia sinodal de 2023, mas que desde a realização dos recentes sínodos da família, da juventude e, especialmente, o da Amazônia, vem preparando a Igreja a abrir-se para este novo tempo, impelida pelo “fogo do Espírito que nos impele para a missão”[4].  De fato, já desde o Sínodo sobre “Os desafíos pastorais da família no contexto da evangelização”, realizado em outubro de 2014, Francisco quis que o Sínodo, metodologicamente, criasse mais momentos para ouvir, sobretudo a voz dos leigos,  promovendo duas reuniões pré-sinodais, antes da assembleia. Da mesma forma, no Sínodo sobre “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, em outubro de 2018, ampliou-se a modalidade de escuta, resultando em maior espaço para a participação dos jovens na fase preparatória e também na assembleia. Francisco percebeu que, para ouvir o que o Espirito Santo diz, era necessário promover um amplo processo de escuta e discernimento espiritual, anteriores à assembleia sinodal conclusiva, que se realiza geralmente no Vaticano. Contudo, o maior exemplo deste movimento do Espírito na Igreja, em direção à sinodalidade, veio com a realização do Sínodo Especial sobre a Amazônia, com o tema “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e por uma ecologia integral”, marcado por uma ampla presença do Povo de Deus em todo o processo de escuta concreta e inclusiva de todos os rostos pan-Amazônicos, como os povos indígenas, as lideranças femininas das comunidades, convidados de organismos científicos internacionais, irmãos e irmãs de outras denominações cristãs, etc.Essas experiências podem ser consideradas como as precursoras do atual momento que a Igreja vive, com a convocação de um Sínodo sobre a Sinodalidade, a ser feito em três fases distintas (diocesana, continental e universal), ao longo dos próximos dois anos. Em sua exortação “Querida Amazônia”, o Papa faz referência a experiências positivas vivenciadas pelas comunidades eclesiais pan-amazônicas, considerando-as “verdadeiras experiências de sinodalidade no caminho evangelizador da Igreja na Amazônia”. Contudo, Francisco é consciente de que os sopros de renovação do Espírito Santo sobre a Igreja implicam também em um grande processo de conversão, pessoal e institucional. Daí o seu constante apelo a que nos deixemos converter, abrindo-nos à ação do divino Espírito. Assim que, assumindo tudo o que os padres sinodais do Sínodo sobre a Amazônia disseram a respeito da necessidade de novos caminhos de conversão integral, em suas dimensões pastoral, cultural, ecológica e sinodal, o Papa em “Querida Amazônia” afirma que somente a “conversão interior é que nos permitirá chorar pela Amazônia e gritar com ela diante do Senhor”[5]. Eis por que, na celebração do segundo ano de sua publicação, esta exortação continua a ser um grito em favor da Amazônia e da Igreja na Amazônia, que deve também nos converter. E, quanto…
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Prelazia de Borba tem mais 3 diáconos permanentes

Três novos diáconos foram ordenados neste sábado, 5 de fevereiro na Prelazia de Borba: Edilson de Souza Campo, João Paulo Marques Gonzaga e Luiz Rosinaldo de Lima Goes. Com os 3 novos diáconos já são 10 os diáconos ordenados nos últimos messes. A Celebração, que aconteceu na Paróquia Cristo Rei da cidade de Borba, foi presidida por Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, bispo prelado de Borba. Na homilia, o bispo destacou que “a ordenação aconteceu em um ano muito forte para nossa Prelazia: o ano da Palavra”. Em suas palavras, ele exortou os novos diáconos a levarem a Palavra às famílias e em todos os lugares que forem chamados. Os novos diáconos têm sido formados na escola diaconal Dom Adriano da Prelazia de Borba, onde tem estudado 3 anos de Teologia. Em cada paróquia da Prelazia, segundo seu bispo, há uma preparação para os ministérios, acompanhados pela equipe de formação e os párocos. Tem outros candidatos que, depois de receber o leitorado e o acolitado, serão ordenados. Entre os atuais candidatos ao diaconato, que estão participando do processo de formação, tem alguns candidatos indígenas. “A Escola diaconal Dom Adriano foi instituída para responder as necessidades pastorais em nossa Prelazia”, segundo Dom Zenildo. Ele afirma que “trata-se de homens inseridos nas paróquias, nas comunidades, nas pastorais”. O bispo também vê a escola como uma resposta seguindo a motivação da Querida Amazônia, que está completando dois anos da sua publicação, e do Sínodo para a Amazônia. A missão principal dos diáconos permanentes na Prelazia de Borba, segundo seu bispo, é o serviço da caridade, sobretudo o cuidado das obras sociais. Também a visitas às comunidades do interior, para a formação de lideranças. Dom Zenildo considera de grande importância do diaconato na Prelazia, insistindo que “nós temos em vista diáconos que são discípulos e missionários”. No Ano da Palavra, que está acontecendo na Prelazia de Borba, “estamos motivados, impulsionados pela força da Palavra de Deus para o estudo bíblico, em grupos de reflexão, congressos bíblicos, formação de lideranças em nossas comunidades, trabalhar a temática bíblica nos novenários”, segundo Dom Zenildo. Ele considera que os diáconos estão bem integrados, porque eles fazem parte das nossas decisões. O bispo insiste em que “é uma resposta, um anseio, uma grande motivação do sonho sonhado por Deus, sonhado pelo Papa Francisco, e agora concretizado nessa Prelazia de Borba, na Amazônia”. Dom Zenildo diz se mostrar feliz, esperançoso, afirmando que serão trabalhadas algumas disciplinas com os novos diáconos, sobretudo a espiritualidade. Ele insiste em que se trata de uma formação permanente, depois de ter superado a grade preparada pelo ITEPES para sua formação. Os novos diáconos devem continuar estudando disciplinas que o Dom Zenildo considera importantes, como eclesiologia ou liturgia, sempre em uma perspectiva mais prática. Também na Prelazia de Borba, neste domingo, 6 de fevereiro, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Borba, celebrou-se a missa onde o seminarista Rodrigo de Souza recebeu o ministério da Acolitado, em uma celebração presidida por Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva. Na celebração, que marcou a abertura do ano letivo do Seminário Menor/Propedêutico da Prelazia de Borba, o bispo incentivou a todos a rezarem pelas vocações. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1