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Dia: 4 de março de 2022

Missionários de Guadalupe assumem Missão na Amazônia para superar as fronteiras

Os Missionários de Guadalupe, inspirados e desafiados pela mensagem da Exortação Apostólica pós-sinodal Querida Amazônia, estabeleceram o objetivo de um projeto missionário que transcende as fronteiras em uma Amazônia onde os rios se unem. A decisão foi tomada no XI Capítulo Geral dos Missionários de Guadalupe, um Instituto fundado em 1949 pelos bispos do México para impulsar a missão ad gentes, realizada em novembro de 2020 na cidade mexicana de Guadalajara, onde decidiram “ser um Instituto em movimento que responda a todas as áreas da missão“. Uma decisão que os levou a rever seus compromissos e a proceder para cumprir, preservar e abrir novos compromissos.  Querida Amazônia, em seu número 61, diz que “A Igreja é chamada a caminhar com os povos da Amazônia”. Já em seu número 90, chama “…a promover a oração pelas vocações sacerdotais” e “a ser mais generoso em levar aqueles que mostram vocação missionária a optarem pela Amazônia“. Na Tríplice Fronteira Brasil-Peru-Colômbia, os Missionários de Guadalupe trabalharão na Diocese de Alto Solimões, na cidade de Tabatinga, nos bairros da periferia Umariaçu I e II (Ticuna) e na área de Ifam-Kokama. Também o farão no lado peruano, no Vicariato de San José del Amazonas, onde assumirão a paróquia de Caballo Cocha e a Comunidade de Pebas, este último lugar, onde também colocarão o ano de formação pastoral e espiritual dos seua seminaristas (CESPA). Os Missionários de Guadalupe pretendem “retomar nosso carisma missionário de acordo com a realidade atual; responder ao chamado da Missão inspirada na Querida Amazônia: estar presentes e a serviço de nossos irmãos e irmãs dos povos originários, das comunidades ribeirinhas e das periferias; seguir uma rota amazônica de Pucallpa (Ucayali) ao Amazonas (Manaos), passando por pontos estratégicos, Solimões, Javari, etc.”. Em relação ao Povo Ticuna, pretende unir o esforço que está sendo realizado para relacionar, comunicar e integrar a atividade evangelizadora entre os Ticuna que vivem na Colômbia, no Brasil e no Peru. Para realizar esta missão, os Missionários de Guadalupe estão criando equipes missionárias formadas por missionários leigos, seminaristas, diáconos, sacerdotes diocesanos associados aos Missionários de Guadalupe e os sacerdotes Missionários de Guadalupe, em colaboração com os bispos das Igrejas particulares, onde realizarão sua missão, acompanhando e realizando os Planos Pastorais das dioceses e vicariatos. Segundo o padre Eugenio Romo, a nova missão visa realizar algo que o cardeal Pedro Barreto, presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), lhe indicou, o que o fez ver que “era necessário ir além das fronteiras geográficas e políticas para olhar a Amazônia como uma realidade territorial onde vivem grupos étnicos e precisam ser acompanhados pastoral e espiritualmente em seu caminho”. O Padre Geral afirma que “os Missionários de Guadalupe decidiram romper com esta realidade geográfica e política para ver e ir em direção a estes grupos étnicos“. Por isso decidimos concentrar nossa presença missionária no Vicariato Apostólico de Pucallpa, no Vicariato Apostólico de São José do Amazonas, na Diocese de Alto Solimões e na Arquidiocese de Manaus”, insistindo em sua decisão de acompanhar o que os bispos pedirem. Os Missionários de Guadalupe pretendem acompanhar as comunidades indígenas, algo que já fazem com diferentes povos, e que é visto por seu General como “um passo muito importante que os Missionários de Guadalupe estão dando ao considerar a Amazônia como uma missão ad gentes”, algo pelo qual eles se confiam à Virgem de Guadalupe. Uma missão que eles querem realizar junto com os leigos, “entendendo a vocação dos leigos não como alguém que vem nos ajudar como sacerdotes, mas como alguém que tem sua própria vocação para pregar Cristo“, afirma o Padre Romo, que insiste que “sacerdotes e leigos se complementam e nós podemos responder às necessidades destas comunidades”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Taracuá, na Diocese de São Gabriel da Cachoeira, acolhe voluntarias da REIBA

A comunidade indígena de Taracuá, no Rio Uaupés, na Região conhecida como Triângulo Tucano, recebeu nesta quinta-feira 3 de março as duas missionárias enviadas pela Rede de Educação Intercultural Bilíngue Amazônica (REIBA). A REIBA, que faz parte da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) está realizando o processo de articulação e fortalecimento das propostas educativas em perspectiva intercultural bilíngue nos países da Pan-Amazônia,e conta com o apoio da Confederação de Religiosos de Latino-américa e Caribe (CLAR), da Confederação dos Religiosos do Brasil (CRB), e da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA). Fundada em 2020, a REIBA quer responder aos desafios do Sínodo para a Amazônia, recolhidos no Documento Final e na Querida Amazônia, buscando novos caminhos para uma educação que responda às necessidades das comunidades, respeitando e integrando a identidade cultural e linguística. O programa conta com educadores voluntários, que acompanham a dinâmica educativa local, aprendendo com os professores das comunidades para ensinar melhor, conhecendo a cultura, a língua, o modo de ser das comunidades. A Irmã Tatiana Barbosa, chegada da Bahia, e Luciana Maran Ferreira, chegada de Belo Horizonte, são as voluntárias que vão permanecer na comunidade de Taracuá por dois anos. Elas foram acompanhadas na sua viagem desde São Gabriel da Cachoeira por Dom Edson Damian, que presidiu a Eucaristia onde as voluntárias foram apresentadas pelo bispo diocesano e acolhidas com grande alegria pela comunidade. Segundo a Ir. Mariluce Mesquita, “a chegada das missionárias significa a concretização do resultado do Sinodo da Amazônia”. A religiosa salesiana, que foi uma das representantes dos povos indígenas na Assembleia Sinodal do Sínodo para a Amazônia, e é professora na escola indígena da comunidade, afirmou que “são voluntarias da REIBA que vão colaborar na escola indígena bilíngue intercultural em Taracuá, principalmente vão ajudar aos professores de Língua Tukano que é língua materna nas séries iniciais da alfabetização”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1