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Dia: 20 de março de 2022

Leitorado e admissão às ordens sacras marcam Festa de São José no Seminário

O Seminário São José de Manaus, onde se formam os seminaristas do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), celebrou hoje a festa do seu padroeiro. Na Eucaristia, presidida por Dom Leonardo Steiner e concelebrada por Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo da Prelazia de Itacoatiara, os formadores do Seminário e padres da Arquidiocese de Manaus, receberam o Ministério de Leitor Hugo Barbosa e Raimundo Nonato, e foram a admitidos as ordens sacras Leonardo Morais e Kleber Oliveira. No dia em que a Arquidiocese celebra o encerramento do Ano de São José, o Arcebispo de Manaus definiu São José como “o homem de sonhos”, como “o homem da escuta e não da palavra, ou melhor da palavra escutada, porque feito de sonhos, ouve a palavra, e no ouvir da palavra se coloca sempre a caminho”. Dom Leonardo foi descrevendo o que fez José sonhar, mas também o que significa a escuta que ele definiu como “fazer hermenêutica dos sonhos”, destacando a importância de abrir caminhos, de se colocar a caminho. Uma vida sem sonhos se torna frágil, frustrante, segundo o Arcebispo de Manaus, que pediu que “São José nos ajude a compreender os sonhos, a escutar os sonhos, para sermos aqueles que Deus confiou uma vocação e assim nos tornarmos pessoas humanas”. Àqueles que pediram a admissão às ordens sacras os perguntou se eles sonham, lembrando que “a vocação é um sonho que Deus despertou em nós”, insistindo na necessidade de escutar “para que ao assumir esse sonho, vocês estejam sempre a caminho, assim como José”. Dom Leonardo afirmou que “sonhos não são certezas, sonhos são progressões, sonhos são atrações, sonhos são impulsos, sonhos são desejos, sonhos são amores”. Aos dois seminaristas que pediram o Ministério do Leitorado, Dom Leonardo os fez ver que é um momento para se colocar ainda mais a caminho da rota presbiteral. Para isso, “necessitarão de muita escuta”, falando do seu desejo de “que sejam bons escutadores”, pois “hoje temos uma grande necessidade de escuta”, para evitar que as palavras passem e não despertem sonhos. Nesse sentido, o Arcebispo de Manaus fez ver que “quando ouvida, a palavra conduz”, lembrando que “leitores significa escutadores”, de uma Palavra que deve dizer por onde caminhar. Também mostrou a gratidão da Arquidiocese pelo pedido realizado pelos seminaristas para serem admitidos às ordens sagradas e do Leitorado. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Arquidiocese de Manaus encerra Ano de São José, a quem “o sonho o coloca de novo no caminho da receptividade”

Uma Missa no Santuário São José da capital amazonense encerrou o Ano de São José na Arquidiocese de Manaus. Dom Leonardo Steiner, que presidiu a celebração, começou lembrando que “São José peregrinou pelas nossas comunidades, visitou as nossas casas, admiramos a paternidade de São José”, junto com isso “sua presença discreta, como diz o Papa Francisco, um homem que vive na sombra, não gosta de aparecer, São José o homem silêncio, o homem do trabalho, o homem da família, aquele que cuidou de Jesus”. Na homilia, o arcebispo de Manaus destacou a importância de “poder manifestar a nossa fé, nos manifestarmos em público, juntos”. Lembrando as palavras do texto do Evangelho, falou sobre o nascer de Jesus, que “é um Mistério que se manifesta na nossa realidade, mas que vai se manifestando nos sonhos, os sonhos que são para ser ouvidos, não falados. Sonhos que são ouvidos e porque José ouve, desaparece o drama, a confusão, e ele assume Maria, e cuida de Maria e do Menino Jesus, e nascido cuida até o fim”. Dom Leonardo perguntou: “Quem de nós não sonha?”, e afirmou que é “infeliz quem não sonha”. Segundo o arcebispo, “são sonhos de beleza, são sonhos dramáticos, são sonhos de amor, são sonhos de santidade, quantos sonhos cada um de nós sonha”. Por isso, ele insistiu em que “são esses sonhos, quando bem ouvidos, que nos colocam a caminho, são esses sonhos que nos abrem ao Mistério de Deus”. “Também como José, no meio da confusão, no meio da indecisão, no meio de quase abandono, o sonho o coloca de novo no caminho da bondade, no caminho do amor, no caminho da receptividade”, afirmou Dom Leonardo Steiner, que lembrou as palavras da Sagrada Escritura que o definem como “um homem justo, o homem da justiça”. O sonho relatado pelo Evangelho na Solenidade de São José é um dos seus sonhos, talvez o mais importante, pois, segundo o arcebispo, “José na sua confusão, consegue identificar a bondade de Deus”. Diante da guerra que o mundo está vivendo, mas também diante da violência que está sendo vivenciada na sociedade de Manaus, o arcebispo chamou a sonhar com a paz, algo que segundo ele fez José, “e quando ele sonhou tomou o caminho da receptividade, o caminho do acolhimento”. Dom Leonardo também refletiu sobre a realidade daqueles que “sonham com o pai que não tiveram”, fazendo um chamado a assumir a paternidade, pedindo fazer um trabalho de conscientização “para que as crianças tenham ao menos o sobrenome do pai, e quem dera que tivera um amor paterno, como teve Jesus de José”. Igualmente, Dom Leonardo chamou a sonhar com a santidade, insistindo em que “sonhar faz bem, acalenta o coração, alivia a alma, os pés se tornam mais suaves, mais ágeis, os ombros se tornam mais leves quando nós sonhamos”, sonhos cotidianos, assim como José, “um carpinteiro, que sonhou, e realizou o sonho de Deus de amar a humanidade, de amar cada um de nós e cuidando o filho seu”, pedindo realizar o sonho de Deus, “um Reino de bondade, um Reino de fraternidade, um Reino de paz”, e também sonhar como São José e nos colocarmos a caminho. No final da celebração, após os agradecimentos do pároco do Santuário São José, agradeceu a presença de todos, “uma presença bonita, participada, da nossa Igreja, que deseja publicamente manifestar a sua fé”. Também destacou a importância da visita da imagem de São José em todas as comunidades, e todos os que fizeram possível a celebração de encerramento.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Tarcísio Chagas de Castro Guimarães novo presbítero para o clero de Parintins

Na manhã desta solenidade de São José, foi Ordenado Presbítero para o Clero Diocesano da Diocese de Parintins, o Diácono Tarcísio Chagas de Castro Guimarães. Natural da Comunidade do Caburaí, do outro lado do Rio Amazonas. Tarcísio cresceu na fé em sua Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes, região de Palmares em Parintins. Sua formação na etapa do discipulado se deu na Diocese de Patos de Minas onde cursou a Filosofia. Já a etapa de configuração se desenvolveu no Seminário São José em Manaus, tendo cursado a Teologia no Instituto Regional, o ITEPES. A Celebração aconteceu na Catedral de Nossa Senhora do Carmo com presença de agentes de diversas comunidades e quase todo o Clero da Diocese de Parintins, presidida pelo Bispo Dom Giuliano Frigenni. Também estiveram presentes o Pe. Alex Mota da Prelazia de Itacoatiara, companheiro de caminhada do Tarcísio e o reitor do Seminário Arquidiocesano São José Pe. Zenildo Lima. Em sua Homilia o Bispo Dom Giuliano percorreu o caminho da realidade humana alcançada pela Graça até a Missão. À Luz do Evangelho do Bom Pastor (Jo 10), destacou a vocação como “fruto da liberdade” que se dispõe a uma relação amorosa com o mistério de Cristo. Daí brota todo autêntico desejo de cuidar do povo de Deus e, de fato, a necessidade de “estar próximo dos pobres, dos jovens, dos doentes, dos idosos, dos encarcerados… estar onde o povo de Deus estiver”, exortava Dom Giuliano. Destacou a realidade do “presbitério como o espaço de comunhão onde o ministério presbiteral se realiza” e reiterou em seu discurso a acolhida junto ao clero de Parintins. Por fim apresentou o dinamismo da missão como o horizonte do ministério e destacava, até mesmo a possibilidade de se dispor para as regiões mais longínquas e conflituosas “nem que seja a África ou Ucrânia”!  Na mesma celebração foi apresentada a provisão que nomeou Pe. Tarcísio Chagas como vigário paroquial da Paróquia São Francisco Xavier na Vila Amazônia. Em seu discurso de agradecimento o novo presbítero resgatou seu trajeto de caminhada vocacional e não sem comoção, destacou o testemunho de seus pais na constância da oração: “vocês foram a minha segurança”. Na mesma celebração foram recordados os 23 anos da Ordenação Episcopal de Dom Giuliano Frigeni. A primeira Missa do Pe. Tarcísio acontecerá neste domingo, 20 de março as 17 horas em sua paróquia de origem, Nossa Senhora de Lourdes. Padre Zenildo Lima, reitor do Seminário São José de Manaus