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Dia: 24 de abril de 2022

Dorval de Almeida Carvalho novo diácono da Prelazia de Borba

No dia 23 de abril de 2022, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Borba (AM), Dorval de Almeida Carvalho foi ordenado diácono permanente pela imposição das mãos de Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva. A ordenação foi vivida com grande alegria pelo povo da Paróquia e da Prelazia, e contou coma presença da sua família, dos padres, dos diáconos permanentes e do povo da Prelazia, que louva e agradece a Deus pelo Sim deste irmão e sua família para a Missão de Evangelizar e ajudar na dilatação do Reino de Deus. Dorval de Almeida Carvalho, nasceu no dia 01 de setembro de 1972, no lugar Castanhal Grande no Lago do Arapapá, Rio Madeira, município de Borba-AM., filho de Otávio da Silva Carvalho e Vivina de Almeida Carvalho, tem cinco irmãos, uma já falecida, foi batizado no dia 12 de junho de 1974 na Paróquia de Santo Antônio de Pádua/Borba-AM, pelo Frei Roberto F. Glavey T.O.R. No ano 1996 foi morar na cidade de Borba, fez sua Primeira Eucaristia e Crisma no dia 07 de dezembro 1997, na Paróquia de Cristo Rei, pelas mãos de Dom José Afonso Ribeiro, Segundo Bispo Prelado de Borba. Recebeu o Sacramento do Matrimônio no dia 02 de setembro de 2001 com Laurene Queiroz Pantoja, com a qual tem quatro filhos: Lucas Otávio Pantoja Carvalho, Guilherme Augusto Pantoja Carvalho, Pedro Sávio Pantoja Carvalho e Luís Felipe Pantoja Carvalho. Cursou Técnico em Enfermagem – 2008/CETAM, Licenciatura em Matemática – 2015/UEA. É Servidor Público Municipal na Prefeitura Municipal de Borba-AM no cargo de Auxiliar Administrativo. Desde do ano de 1998 presta serviço como Líder Voluntário da Pastoral da Criança, Catequista e Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão e da Palavra de Deus. Atualmente preside a Associação Comunitária Centro Educacional lar Cristo Rei, instituição ligada a Igreja Católica que presta serviços de caridade aos menos favorecidos. Em 2018 foi convidado para as aulas da Escola Diaconal Dom Adriano, para cursar Teologia Pastoral visando formação para Diaconato Permanente. Seu lema para a missão de Diaconal é: “Em obediência a tua Palavra vou lançar as redes” (Lc 5,5). Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 (Com informações da Prelazia de Borba)

Dom Mário Antônio da Silva: O que acontece com os Yanomami é “uma vergonha para nosso país”

Numa Carta ao Povo de Deus e aos Homens e Mulheres de Boa Vontade, dada a conhecer na celebração de envio para ser Arcebispo de Cuiabá, que aconteceu neste 23 de abril, Dom Mário Antônio da Silva, tem denunciado a grave situação que vive o povo Yanomami e sua defesa irrestrita. O bispo de Roraima começa fazendo uma leitura histórica dos primeiros contatos da Igreja católica com os povos indígenas de Roraima, mostrando que pela “defesa da vida, de suas culturas e de suas terras entrou no caminho da Evangelização”. A causa dos povos indígenas foi assumida “como anúncio da dignidade humana e, por vezes, com denúncia daquilo que negava o Evangelho e os direitos humanos”, segundo o Presidente da Caritas Brasileira. Dom Mário Antônio lembrou das palavras de São Paulo VI: “Passar de condições menos humanas para condições mais humanas é Evangelizar”, algo assumido pelos missionários da Consolata, especialmente na Missão Catrimani, fundada em 1965 e no seu acompanhamento diante das invasões acontecidas desde a década de 1970: construção da perimetral norte, invasão de garimpeiros nas décadas de 80 e 90, que colocou o povo Yanomami à beira do genocídio. Nessa conjuntura começou a luta pela demarcação da terra indígena, onde participou a Igreja católica, lembrando do massacre de Haximu, “em que vários indígenas foram dizimados num confronto cruel e desigual”. Isso está sendo revivido nos últimos 3 anos, lembrou o bispo, em que “o dragão devorador da mineração tomou força novamente e avança com toda ferocidade e poder das organizações criminosas sobre a Terra Yanomami”. Isso tem provocado notícias impactantes: a draga que sugou as duas crianças no rio Parima; a violação de meninas e mulheres que são aliciadas em troca de comida pelos donos do garimpo; abusos diários contra os Yanomami. Situações que Dom Mário Antônio define como “uma vergonha para nosso país e fazem o nosso coração sentir o sofrimento e a morte que os Yanomami e a natureza estão vivendo”. Também citou a distribuição de armas e bebidas que provocam conflitos entre eles. Diante disso, a Diocese de Roraima denunciou “a omissão e a responsabilidade do Governo Federal, que ao invés de cumprir seu papel constitucional na defesa dos povos indígenas e de suas terras, patrimônio da União, incentiva as invasões e coloca na pauta do Congresso Nacional o projeto de lei, que legaliza a mineração em terras indígenas”, uma proposta que é vista como “uma ilusão enganadora de supostos benefícios”. A Carta convida a se unir “na   defesa    e   na   garantia   da   vida   e   do   território   do   povo   Yanomami, estabelecidos na Constituição Federal; a   promover   a   Justiça   e   não   compactuar   com   o   projeto   de   morte   que   autoriza   a mineração nas terras indígenas; a assumir o compromisso de defesa e do cuidado para com a Casa Comum”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Verónica Rubí: “A experiência da Ressurreição se vive em Comunidade”

No segundo domingo da Páscoa, Domingo da Misericórdia, festa instituída pelo Papa São João Paulo II no ano 2000, quem reflete sobre o Evangelho do dia é Verónica Rubí, missionária leiga na Diocese de Alto Solimões. Desde a Tríplice Fronteira entre o Brasil, a Colômbia e o Peru, Verónica, relatando a atitude dos discípulos “reunidos de portas fechadas, com medo”, relaciona essa situação com a vida da gente, afirmando que “aí também estamos nós, com eles, experimentando o medo pela solidão, o medo de que atentem contra nossa vida, o medo à morte, medos que nos paralisam e nos isolam”. A missionária lembra como é que Jesus se faz presente, “com uma saudação que nos conforta e nos enche de coragem: ‘A paz esteja convosco’”. Diante dessa aparição, “a alegria de vê-lo e ouvi-lo, nos confirma verdadeiramente que é ele, que está vivo, e elimina todos os nossos medos”, afirma. Igual aconteceu com os discípulos, “Jesus nos envia em missão: ‘Como o Pai me enviou, também eu vos envio’”, recorda coordenadora da Caritas Alto Solimões. Segundo ela, “não é para que fiquemos de portas fechadas, é para sair ao encontro, especialmente daqueles com quem Jesus esteve: as viúvas, os pobres, os doentes, os famintos…”. Algo que traduz à situação de hoje: “as vítimas de violência, os migrantes, os drogo-dependentes”. A missionária insiste em que “Jesus nos envia em missão com a força do Espírito Santo, experimentando o Reino pelo perdão dos pecados”. “A experiência da Ressurreição se vive em Comunidade”, destaca a missionária. Segundo ela, “Jesus se faz presente na relação com os outros, na construção coletiva, na partilha fraterna. Tomé se afastou da comunidade e perdeu essa experiência”. Essa experiência a leva a refletir sobre “quantas vezes também nós acabamos nos afastando da comunidade. Quantas vezes a soberba nos faz pensar que a nossa verdade é a mais importante, mais até do que aquela nos nossos irmãos, das nossas irmãs. Quantas vezes somos como Tomé, incrédulas, incrédulos, pessoas de pouca fé”. O relato do Evangelho nos mostra que “uma semana depois Jesus volta a nos confortar carinhosamente com sua saudação ‘a paz esteja convosco’”, nos lembra Verônica. Ela mostra que “desta vez Tomé está presente e confirma por ele mesmo a Ressurreição de Jesus, colocando seu dedo no lugar dos pregos e a mão no lado ferido pela lança”. Diante disso questiona: “E eu, como experimento a Ressurreição de Jesus? Acredito verdadeiramente que está vivo, ou ainda tenho desconfiança de sua presença no meio de nós? No meu dia a dia, sento alegria de estar com ele? Ou a tristeza, a autossuficiência, as dificuldades, me fazem não acreditar?” Finalmente, Verónica lembra que “neste Domingo da Misericórdia estamos chamadas e chamados a fazer profissão de fé e junto com Tomé, e dizer ‘Meu Senhor e meu Deus’. Acreditar sem ter visto, nos dispõe a viver a vida com um olhar de fé, reconhecendo a presença e Misericórdia de Deus que nos salva ‘Bem-aventurados os que creram sem terem visto’”.        Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Mário Antônio: “Eu não sinto mais o coração partido, sinto que tenho um coração em partida”

A Diocese de Roraima enviou seu bispo Dom Mário Antônio da Silva para sua nova missão como Arcebispo de Cuiabá, para a qual foi nomeado pelo Papa Francisco no dia 23 de fevereiro de 2022, serviço que assumirá no dia 1º de maio. Foi uma celebração de agradecimento pelos cinco anos e meio de alguém de quem foi destacada sua presença no meio do povo, sua humanidade, sua alegria, acolhida e profecia, agradecimento por tudo aquilo que o povo da Diocese de Roraima teve a graça de aurir com a sua presença no meio deles. Foi momento para fazer memória do caminho percorrido, a través de luzes que recolheram o vivido por Dom Mário Antônio com a Vida Religiosa, o clero, as pastorais e movimentos.  Segundo o bispo são “testemunhos de palavras, de gratidão, de luz, não na minha vida, no meu ministério pessoal, mas na missão e nas páginas vivas do Evangelho da nossa Diocese de Roraima”. Dom Mário Antônio disse que no seu ministério episcopal em Roraima, “eu procurei não atrapalhar, procurei ajudar e motivar”, dizendo ter consciência de que colaborou, “porque vocês foram dóceis ao Espírito Santo e verdadeiras luzes nas situações de escuridão”. Ele disse ter ficado com o coração partido quando conheceu a notícia da sua transferência, mas que a celebração o curou, “eu não sinto mais o coração partido, sinto que tenho um coração em partida, em partida com o apoio, com a oração, com o carinho e com a benção de cada um de vocês”. O Arcebispo eleito de Cuiabá agradeceu, “por me enviarem, por me darem coragem, por me darem apoio e sustento na missão, não muitas vezes fácil e por vezes incompreendida”. Ele fez leitura de uma carta onde destacou a importância do trabalho da Igreja de Roraima com os povos indígenas, uma causa “assumida como anúncio da dignidade humana e por vezes como denúncia daquilo que negava o Evangelho e os direitos humanos”. Dom Mário Antônio insistiu, citando a São Paulo VI, em que “passar de condições menos humanas para condições mais humanas é evangelizar”. Ele foi relatando o sofrimento do povo yanomami em consequência da invasão do garimpo e a luta assumida pela Diocese em sua defesa, uma realidade que tem se acentuado nos três últimos anos, em que “o dragão devorador da mineração tomou força novamente e avança com toda a voracidade e poder das organizações criminosas sobre a Terra Yanomami”, denunciando os vários crimes que estão acontecendo com os yanomami, algo que definiu como “uma vergonha para nosso país e fazem o nosso coração sentir o sofrimento e a morte que os Yanomami e a natureza estão vivendo”. Diante disso denunciou “a omissão e a irresponsabilidade do Governo Federal, que em vez cumprir seu papel na defesa dos povos indígenas e de suas terras, patrimônio da União, incentiva as invasões e coloca na pauta do Congresso Nacional o Projeto de Lei que legaliza a mineração em terras indígenas”, o que só traz sofrimento. Por isso o bispo disse: “Deus nos livre dessa maldição!”, convidando a se unirem na defesa e na garantia da vida e do território Yanomami, a promover a justiça e assumir o compromisso para com a defesa e o cuidado da Casa Comum. No final da celebração se multiplicaram as homenagens e lembranças do vivido em seu tempo como Bispo de Roraima, para depois ser abençoado por diferentes pessoas em representação dos presentes na celebração, também os povos indígenas e seu irmão. A tudo isso, Dom Mário Antônio respondeu dizendo que “o Espirito Santo que sopra sobre nós, vai nos manter sempre em comunhão”, afirmando que “vai ser difícil sentir distância de vocês”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1