Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Dia: 25 de setembro de 2022

VI Seminário Nacional de Religiosos Irmãos: “Apelo da Igreja missionária que vai rumo à Amazônia”

102 religiosos irmãos de 22 congregações, se encontraram em Belém de 22 a 25 de setembro 2022 para participar do VI Seminário Nacional de Religiosos Irmãos. O objetivo foi refletir sobre a missão do Irmão em seus variados apostolados no percurso de toda sua vida. Um encontro que acontece de três em três anos, pela primeira vez no Norte do país, um “apelo da Igreja missionária que vai rumo à Amazônia”, segundo o Irmão Edimar Fernando Moreira. O religioso carmelita, membro da equipe de organização, afirmou que “A Amazônia que clama e a Igreja que vai respondendo”. Um contexto amazônico presente no tema: “No rio da Vida o irmão é missão fecundando o Reino”, e no lema: “Os braços do rio vêm trazer a alegria”. Tudo voltado para esta dinâmica de inculturação neste contexto amazônico. Um momento para identificar o que a Igreja e a sociedade pedem aos Irmãos hoje, buscando dialogar sobre seus desafios. Segundo o Irmão Jardelino Menegat, um dos palestrantes do encontro, “o irmão precisa cultivar a alegria, esperança e fraternidade, três elementos que entendemos como pilares para o religioso, porque as pessoas esperam ver no religioso um alento, alguém que cuida, que respeita, que valoriza, e a alegria, a esperança e a esperança, elas fortalecem essas atitudes que o irmão precisa ter”. No encontro, os irmãos se envolveram, participaram, trazendo experiências da vida deles, do dia a dia, “para poder mostrar que nós como irmãos desempenhamos um papel importante dentro da Igreja e como religiosos temos a disponibilidade de poder servir o povo de Deus de uma outra forma, outros carismas, a educação, a saúde, e tantas outras que podem ser ressaltadas que estão presentes”, segundo o religioso lassalista. Um dos participantes foi o Irmão Irineu Letenski, religioso da Ordem de São Basílio Magno que participa do Rito bizantino ucraniano. Ele destacou que “cada um da sua comunidade, do seu carisma, que vem aqui vivenciar nesses dias os carismas e a espiritualidade comum”, considerando o evento uma “rica experiência de convivência, rezar juntos, partilhar juntos, falar sobre a vida, divertir, brincar, cantar, tudo isso faz parte da vida comunitária”. O Reitor da Faculdade San Basílio Magno destaca a importância das relações como oportunidade para “aprimorar as virtudes, desenvolver as potencialidades”. Ele afirma que “minha vida se dá desde as relações com meu entorno, seja desde as orações, celebrações comunitárias, na confraternização, convivência, é necessária essa postura”, vendo o encontro como algo transformador, enriquecedor. Dentro do caminho sinodal que a Igreja vive, onde “a sinodalidade é caminhar junto nas diferentes formas de ser seguidor de Jesus Cristo, nas diferentes igrejas, dentro da Igreja católica nas diversas identidades que se constituem historicamente”, Frei Vanildo Zugno fez um chamado a “não se colocar numa estrutura hierárquica, mas numa estrutura circular e num caminhar junto”. Para o Coordenador da Formação Continuada da Conferência dos Religiosos do Brasil, “a palavra irmão, ela diz exatamente isso, somos todos filhos do mesmo Pai, do mesmo Deus Mãe e todos nos sentimos dentro da mesma igualdade de irmãos e irmãs”. O religioso capuchinho o encontro expressa esse desejo “de uma Igreja circular, de uma Igreja fraterna, sororal, uma Igreja que cada um nos seus diferentes ministérios, dons, carismas, constrói a única Igreja de Jesus Cristo. E ele tem essa dimensão sinodal porque como irmãos buscamos o diálogo não apenas entre nós e dentro da Igreja, nós buscamos o diálogo também com a sociedade, com os outros grupos que não sendo identificadamente Igreja, também buscam o caminho da justiça, da fraternidade, da igualdade em toda a sociedade”. Uma relação que também deve ser dar “com a Casa comum, as outras criaturas, que junto com a humanidade compartilhamos este espaço de vida”, afirma Frei Zugno. Segundo ele, esse será “um sinal, um símbolo que dê credibilidade de um mundo novo, um mundo diferente, de uma nova sociedade, de uma nova Igreja baseada não na dominação, na sobreposição de um grupo sobre outro, mas na fraternidade, no caminhar juntos, olhando na mesma direção o Reino de Deus”. Nessa linha da ecologia integral, o Irmão João Gutemberg Sampaio afirmou que “o irmão é chamado à fraternidade universal, mas essa fraternidade se conecta com todos os seres da Criação”. O secretário executivo da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), fez um chamado a recuperar “a espiritualidade do irmão de Assis”. Para isso ajudou a revisar a Laudato Si´ conectando-a com o Sínodo para a Amazônia, os sonhos da Querida Amazônia e as conversões do Documento Final do Sínodo. Daí o religioso marista foi “trazendo para o contexto da vida, partilhando experiências e desafios onde os irmãos a partir da Amazônia podem se inspirar, se motivar e gerar esta fraternidade que é para com todos e para com tudo”. São elementos presentes na logomarca do encontro, desenhada pelo Irmão Luiz Carlos Lima. Nela, segundo o Irmão Marista se fazem presentes elementos amazónicos, diferentes águas, uma forma de broto, sinal de esperança, de vida, de fraternidade. Ele citou as três pessoas que dialogam entre si, pessoas ao redor de uma mesa, mas também semente, coração, onde o vermelho é sinal das “pessoas que se entregam na defesa da vida e na fraternidade universal entre nós e com a Criação”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Raely Cardoso: “A riqueza pode fazer murchar a fé e o senso da vida futura”

No vigésimo sexto Domingo do Tempo Comum “o Evangelho nos vem trazer a parábola do homem rico e do homem pobre”, segundo Raely Cardoso. A Secretária Regional da Pastoral da Juventude Norte1 afirma que “essa parábola não visa tratar sobre caridade, não diz que o rico negasse esmolas a Lázaro, talvez até ignorasse a presença dele na sua casa. Fechado como estava em seu bem-estar, não lhe permitia ver problema alheios”. A jovem insiste em que “Jesus quer chamar a atenção, não para a necessidade de amarmos ao próximo, mas para a importância das situações. Uma situação de poder e prazeres pode insensibilizar a mente, tornando-a insensível às necessidades dos outros, pode fechar a fome do céu, fechando a fome da vida eterna”. Segundo a secretária da PJ, “se já se julga satisfeito com seus bens é o contrário de uma situação de penúria, que entretém a fome, a sede de algo maior, que é a vida eterna”. “A riqueza honesta não é má nem condenável, assim como a pobreza não é garantia de salvação”, segundo Raely. Ela afirma que “ambas suscitam atitudes éticas que podem facilitar ou dificultar a procura de Deus. É para isso que Jesus que despertar os cristãos nessa parábola: a situação cómoda em que se acha que os ricos podem diminuir seu zelo pelas necessidades dos pobres e excluídos da sociedade”. A jovem insiste em que “Jesus chama os pobres, os que tem fome, sede e choram, de bem-aventurados, mas não pela pobreza, mas por causa de uma atitude ética, na fé, no amor que essa pobreza preserva ou vem a suscitar. E chama os ricos de infelizes, não por causa da riqueza, mas porque a riqueza pode fazer murchar a fé e o senso da vida futura”. Raely lembra que “Lázaro teve fome física e doenças, tinha fome de uma realidade melhor do que a vida terrestre. A fome material e espiritual de Lázaro era saciada ao passo que no rico, ela não existia mais”. “Alguém pode ser rico e ter um coração pobre, cultivando o desapego, a caridade, o olhar para o outro. Assim como alguém pode ser pobre, mas ter um coração de rico, sem caridade alguma, nem humildade, nenhuma prática do bem”, segundo a jovem. “Lázaro, pobre na terra, e Abraão, rico na terra, tiveram a mesma sorte final, porque ambos nas suas circunstâncias diferentes tiveram o mesmo amor, o mesmo desprendimento dos bens terrenos”. A secretária da PJ diz que “a parábola nos lembra que o céu e o inferno começam em nosso dia a dia. Não nos faltam os fatos, acontecimentos, coisas a cada dia que são objeto de santificação”. Segundo ela, “não vivemos de milagres, mas no dia a dia é nele que devemos encontrar a vida de santificação”, insistindo em que “muitos procuram milagres e sinais, e dizem que se Deus se fizesse mais sensível ou nos desse um sinal, seriam mais fervorosos”. Algo que Raely diz ser “pura ilusão, quem não tem fé nos dons cotidianos de Deus encontrará razones falsas para conhecer os milagres dele. Abraão responde ao rico que quem não tem o hábito da fé viva, rejeitará os sinais mais significativos”. Ela lembra que “Abraão diz haver entre o céu e o inferno um grande abismo, e isto indica que é só na vida terrestre que podemos nos converter, pois o tempo da conversão é hoje e agora”. “A morte nos estabelece uma nova condição definitiva, ou o céu para sempre ou o inferno para sempre”, lembra a jovem. Seguindo a parábola, ela diz poder concluir que “quando eu e você deixarmos este mundo, teremos uma sentença”, lembrando que “Lázaro foi levado ao seio de Abraão e o rico aos tormentos do inferno. Isso pressupõe uma sentença de Deus logo após a minha e a tua morte. Ela é definitiva, pois o mal não pode passar para o lugar dos justos nem vice-versa”. Finalmente ela questiona: “e você, para onde quer ir, para o lugar justo ou para o lugar onde nesta parábola o rico foi?”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Conselho Missionário Regional Norte1 realiza Assembleia Eletiva

O Conselho Missionário Regional Norte1 se reuniu nos dias 23 e 24 de setembro de 2022 no Centro de Formação da Arquidiocese de Manaus, Maromba, para realizar sua Assembleia Eletiva. O encontro contou com a presença de mais ou menos 20 representantes da arquidiocese de Manaus, as dioceses de Coari e São Gabriel da Cachoeira, as Prelazias de Tefé e Borba e organismos missionários, como a Infância, Adolescência, Juventude Missionária, Conselho Missionário Diocesano (COMIDI) y Conselho Missionário dos Seminaristas (COMISE), com a presença de seminaristas que se formam no Seminário São José de Manaus. Depois da oração inicial conduzida pela Alana Fernandes, da Juventude Missionária, aconteceu a apresentação das Diretrizes Regionais, que contou com a assessoria da Ir. Rose Bertoldo, Secretária Executiva do Regional Norte1 e a escuta das Dioceses e Organismos. Os desafios apresentados mesclam as questões da linguagem, de um implícito desânimo-pessimismo, na dificuldade nas comunicações. A Síntese das escutas foi apresentada pelo Seminarista Matheus Marques destacando como as Diretrizes Do Regional tocam nossa ação e como já estamos realizando-as. A nova equipe coordenadora do Conselho Missionário Regional (COMIRE) é formada pelo Pe. Gutemberg Gonçalves, da Arquidiocese de Manaus, como coordenador, o primeiro vice coordenador, José Kennedy, do COMIDI da Arquidiocese de Manaus, ficando como segunda vice oordenadora Helen Prestes do IAM da Arquidiocese de Manaus). Os tesoureiros serão Matheus Marques, da Arquidiocese de Manaus, e Hallana Jéssica do IAM Amazonas. Finalmente, foram eleitos secretários, Alfredo Leonardo, da Diocese de São Gabriel da Cachoeira e Pablo Gabriel, da Diocese de Parintins. O Bispo Referencial é Dom Edson Damian, Bispo da Diocese de São Gabriel da Cachoeira e Presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Foi proposta uma Equipe de Assessores regionais que será conhecida na medida em que aceitem cada um daqueles que foram propostos pelo Conselho Missionário Regional. Padre Raimundo Gordiano expôs um breve relatório da 37ª Assembleia do Conselho Missionário Nacional (COMINA), sobre três pontos: os assuntos principais, os destaques e  encaminhamentos. O encontro foi momento para realizar alguns apontamentos em vista da Experiência Missionária de Seminaristas que ocorrerá em Manaus no mês de janeiro de 2023, e para o 5º Congresso Missionário Nacional, também a ser realizado em Manaus de 10 a 15 de novembro de 2023, com o tema “Ide! Da Igreja Local aos confins do mundo”, e o lema “Corações ardentes, pés a caminho”. Antes da conclusão foi apresentado o conteúdo sobre a Campanha Missionária, exposto em forma de oficina, seguindo a dinâmica da Infância e Adolescência Missionária e a Juventude Missionária.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1