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Dia: 31 de dezembro de 2022

Cardeal Leonardo Steiner: Papa Bento XVI, “Um fiel seguidor de Jesus! Homem de Igreja!”

“Papa Bento XVI foi um fiel seguidor de Jesus! Homem de Igreja!”, afirmou o cardeal Leonardo Steiner pouco depois da morte do Papa eleito aos 19 de abril de 2005. O Arcebispo de Manaus lembrou que no momento da sua eleição, o Papa Bento apresentou-se como “simples humilde trabalhador na vinha do Senhor”, sentindo-se “consolado pelo fato do Senhor saber trabalhar e agir também com instrumentos insuficientes”. No momento da sua renúncia, anunciada aos 11 de fevereiro de 2013, “despediu-se, agradecido, como ‘simples peregrino iniciando a etapa final de sua peregrinação nesta terra’, que terminou no dia de hoje”, destacou o cardeal Steiner. Da sua trajetória como Papa, ressaltou que “as catequeses, os escritos permanecem como ensinamentos, como obra teológica e catequética de inspiração”. Dom Leonardo definiu Bento XVI como “o Papa do amor!”, lembrando a Encíclica Deus caritas est, que “é um dos textos que acorda para a essência da vida humana, mas também da fé. Buscou apresentar os fundamentos da fé, especialmente ao retomar o mistério da encarnação e a fé como encontro”. Dos encontros com o Papa Bento XVI, o Arcebispo de Manaus ressaltou a sua afabilidade, que “permanece como sinal de sua personalidade, colegialidade e comunhão”. Em entrevista à Rádio Rio Mar da Arquidiocese de Manaus, ele lembrou um encontro com o Papa hoje falecido por ocasião da visita ad limina, sendo Bispo da Prelazia de São Felix do Araguaia. Naquele momento, Dom Leonardo disse ter ficado impressionado com uma pergunta em relação aos povos indígenas: “eles têm terra suficiente?”. O cardeal Steiner disse que depois até comentou com Dom Pedro Casaldáliga, “dizendo que ele tem uma percepção, ele tem uma sensibilidade e ele sabe que a terra para os povos indígenas é essencial, é a casa, é o lugar, é a morada, é a terra, mas é mais do que a terra, é o lugar da vida, do encontro”. Por isso, o Arcebispo de Manaus insistiu em relação ao Papa Bento XVI que “distante de todas essas questões, ele estava atento a questões tão importantes para os povos indígenas como era a questão da terra”. Igualmente, o cardeal destacou em seu Ministério Petrino que “serviu à causa da paz, do ecumenismo, da dignidade da pessoa humana, na fidelidade ao Concílio Ecumênico Vaticano II”. Um Papa que “viveu em um tempo muito difícil, das denúncias de pedofilia, de abusos sexuais, e ele tentou dar passos, ele deu passos, ele buscou enfrentar a questão de maneira muito digna. Também foi ele que começou uma reforma profunda dentro do Banco do Vaticano, foram realmente momentos muito exigentes para um homem que era um intelectual”. Dom Leoanrdo insistiu em destacar que estamos diante da figura de “um grande Papa, nós somos muito agradecidos a Deus por ele ter dado Bento XVI”. Após sua renúncia, “percebendo que não tinha mais condições de estar a frente da Igreja no Ministério Petrino”, Dom Leonardo Steiner afirmou que o Papa Bento XVI “continuou a servir a Igreja como Papa Emérito estando em comunhão com Papa Francisco, oferecendo a sua vida pela Igreja”, destacando desse tempo de Papa emérito que “permaneceu ali, como alguém que é fiel à Igreja, como alguém que é obediente ao Papa Francisco, essa obediência colegial, essa obediência ministerial que ele expressou de maneira tão bonita”. Finalmente, o cardeal Steiner afirmou que “unidos a Papa Francisco, rezamos agradecidos pela vida e pelo ministério de Bento XVI e que ele seja recebido no amor da Trindade Santa”, pedindo que “ele possa participar da glória da Vida, do Amor, da Trindade”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Verônica Rubi: “Louvar e Glorificar a Deus, preciosas atitudes de quem percebe a vida como um dom”

Na Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, que acontece neste domingo 1º de janeiro, Verônica Rubi nos faz ver que “continuamos a contemplar o mistério do Natal, o Deus conosco, o Jesus menino, o recém-nascido deitado na manjedoura que recebeu a visita dos pastores depois do anuncio dos anjos, eles contaram o que lhes fora dito sobre o menino”. A missionária na Diocese de Alto Solimões mostrou que “Maria guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração. Maria, mulher prudente, atente e disponível ao querer de Deus”. Guardar e Meditar, nos lembra, dizendo que “Maria ensina-nos a viver com atenção o momento presente, a voltar a passar pelo coração as experiencias da vida cotidiana, os presentes que as relações com os outros nos deixam: palavras, atitudes, olhares, silêncios das relações interpessoais. Nos ensina a viver com um olhar de fé, como quem procura perceber a presença de Deus em cada situação da vida”.   Comentando a passagem do evangelho, Verônica nos mostra que “os pastores voltaram a suas atividades habituais, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido”. Ela considera que “Louvar e Glorificar a Deus, preciosas atitudes de quem percebe a vida como um dom, com tudo que ela traz de bom e de desafio. Louvar a Deus na felicidade pode ser fácil, mas louvá-lo na dificuldade, é só para quem já descobriu que Seu Amor de Pai não produz o mal, não manda provações, não quer nosso sofrimento, Seu Amor se manifesta também na dificuldade sendo sustento na dor, conforto nas privações, por isso podemos louvá-lo e glorificá-lo sempre e a todo momento”.    Em relação ao Dia Mundial da Paz, Verônica Rubi diz que “a liturgia nos lembra na primeira leitura a benção de Deus sobretudo o criado, que essa Benção chegue a nossas vidas, famílias, lugares de trabalho, preocupações, como o Amor de Deus que foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo”. Ela lembra algumas palavras do Papa Francisco na Mensagem deste dia, que se repete por mais de 50 anos, nos fazendo ver já no título que “Ninguém pode salvar-se sozinho”. No texto aparece que “é urgente buscar e promover, juntos, os valores universais que traçam o caminho da fraternidade humana… Só a paz que nasce do amor fraterno e desinteressado nos pode ajudar a superar as crises pessoais, sociais e mundiais”, e junto com isso que “devemos repensar-nos à luz do bem comum, com um sentido comunitário, como um ‘nós’ aberto à fraternidade universal”. Por isso a missionária considera que “as reflexões do Papa no início deste novo ano são um programa de vida para alcançar a Paz, e Juntos construir a tão desejada Fraternidade universal”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1