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Dia: 5 de janeiro de 2023

Comitiva da Arquidiocese de Ancona (Itália) faz visita missionária em Alto Solimões

O Sínodo para a Amazônia representou um chamado a toda a Igreja para enviar missionários para a região amazônica. A Arquidiocese de Ancona-Osimo quer responder a esse convite da Igreja e está visitando de 3 a 14 de janeiro a Diocese de Alto Solimões, onde a comitiva, liderada por Dom Ângelo Spina chegou após dois dias de viagem, sendo recebidos por Dom Adolfo Zon Pereira. A comitiva inclui Alessandro Andreoli, diretor do centro missionário, Simone Breccia, diretora da Caritas, o Padre Lorenzo Rossini, diretor do escritório litúrgico, e três seminaristas: Jacopo, Luigi e Pietro. Eles querem conhecer melhor a realidade com a qual iniciaram uma geminação missionária há alguns anos, ligando a Arquidiocese de Ancona-Osimo à de Alto Solimões. Os recém-chegados destacaram que foram recebidos “por um ar quente e úmido bem diferente daquele que deixamos na Itália…”, e “como convidados especiais!”. Aos poucos eles irão visitando diferentes paróquias da Diocese do Alto Solimões, conhecendo a realidade da Amazônia e da Igreja que nela caminha e testemunha sua fé. Uma Igreja que acompanha o povo das comunidades urbanas, muitas delas nas periferias, mas também das comunidades indígenas e ribeirinhas. Uns dias que estão sendo vividos como tempo de graça, de “ver duas igrejas caminhando juntas, olhando com fé para o Senhor Jesus, Salvador e Redentor”, segundo relatam os visitantes. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

A democracia está de volta, mas ela vai ficar se o empenho for de todos

Os ataques contra o sistema democrático por parte daqueles que deveriam salvaguardá-lo se tornou uma constante nos últimos quatro anos. Isso com o apoio de uma parcela da população que ainda hoje, depois da posse do novo Presidente da República, não aceitam o resultado das últimas eleições, instrumento fundamental em toda democracia, onde o povo elege seus legítimos representantes. Sabemos que a democracia não é um sistema político perfeito, mas somos muitos os que pensamos que é o melhor sistema para dirigir o destino de uma nação. Na democracia o poder reside no povo, que faz uso da vontade popular para escolher o caminho a ser seguido. Mesmo com a deturpação da democracia, um elemento que não pode ser negado, é melhor se colocar nas mãos do povo do que sob o comando de pequenos grupos que sempre vão procurar o interesse próprio ou daqueles que garantem seu poder. O grande desafio do povo brasileiro nos próximos anos é lutar pela consolidação da democracia, um regime que voltou em 1988 após de mais de 20 anos de ditadura militar, um período obscuro na história do país, que coartou liberdades e perseguiu, muitas vezes sem motivo, aqueles que não liam na cartilha de quem ocupava o poder à força. Nos últimos dias temos visto sinais esperançosos em relação com um câmbio de conjuntura social, económica e política no país, mas isso tem que ser consolidado, o que demanda um empenho comum de parte de todos aqueles que fazem parte da sociedade brasileira. Também de parte do Estado e das instituições que garantem o respeito pelas leis democráticas. No sistema democrático todo mundo é gente, uma afirmação que pode ser questionada em relação ao Brasil, pois muitas pessoas deixaram de ser vistas e tratadas como gente nos últimos anos. A perda de direitos, a fome, a falta de acesso a direitos básicos como é uma saúde e uma educação de qualidade, dentre outros muitos elementos, nos mostra que a democracia foi definhando no Brasil. Será que ainda tem tempo para virar o jogo? Que todos os brasileiros e brasileiras participem em plenitude dos direitos garantidos no sistema democrático é ainda uma possibilidade real? Poder conviver com quem pensa diferente, um dos princípios do sistema democrático, ainda pode ser visto como algo além de uma utopia? São perguntas que esperam uma resposta, que muita gente cobra, sem entender que cada um se torna responsável para que a democracia volte de verdade, para que esse sistema se torne guia e salvaguarda das relações sociais no país. É tempo de olhar para frente, de concretizar os sonhos daqueles que no mês de outubro depositaram seu voto sonhando em não perder o que tanto custou conquistar: a democracia no Brasil. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar