Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Dia: 9 de fevereiro de 2023

Papa Francisco recebe Presidência da CNBB e pede perseverar na comunhão sinodal e proximidade, afirma Dom Mário Antônio da Silva

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), junto com os assessores e assessoras encerraram neste 9 de fevereiro sua visita aos Dicastérios da Cúria Romana e ao Papa Francisco realizada na última semana. “Uma visita de agradecimento e também de relatar para os Prefeitos e assessores de dicastérios os últimos quatro anos da Igreja no Brasil, sobretudo da atuação da Presidência juntamente com o episcopado brasileiro”, afirmou Dom Mário Antônio da Silva, que insistiu em que “não foi uma prestação de contas, mas foi uma partilha muito fraterna”, e mesmo com o frio enfrentado em Roma, num ambiente “muito caloroso, de muita receptividade”. Um momento de “muita acolhida, inclusive até um pouco de expectativa dos dicastérios, tendo em vista o momento eclesial do processo sinodal e tendo em vista também o momento social brasileiro, seja nas questões políticas, também nas questões sociais” destaca o 2º Vice-presidente do episcopado brasileiro. Ele vê na presença dos assessores e assessoras, “uma valorização dos leigos e leigas, da Vida Consagrada, dos demais ministros ordenados que se ocupam do serviço da CNBB”. No último dia da visita foi celebrada a Eucaristia junto ao túmulo de São Pedro, um momento que o Arcebispo de Cuiabá define como “reconhecimento e gratidão da Presidência em nome do episcopado aos assessores, em comunhão com toda a Igreja no Brasil”. Da audiência com o Papa, a quem Dom Mário Antônio define como “sempre muito paterno, mais ao mesmo tempo deixando espaço para a fraternidade e conversando conosco de irmão para irmão”, o 2º Vice-presidente da CNBB destaca “toda a preocupação da Igreja no momento com as questões do Sínodo e evidentemente tudo aquilo que circunda a nossa vida como cristãos e como cidadãos”. Segundo ele, “o Papa sempre muito preocupado em acompanhar cada momento da vida da Igreja em todos os países e mormente no Brasil, onde ele tem um grande conhecimento e tem realmente uma predileção tendo em vista a Igreja na Amazônia”. “O Papa Francisco, ele reconhece e agradece a comunhão da Igreja no Brasil a ele”, segundo Dom Mário Antônio da Silva, insistindo em que “a comunhão é mais do que uma admiração, é uma adesão aos seus ensinamentos e a suas propostas”. Um Papa “como sempre, muito atento na escuta, no discernimento para que o diálogo seja frutuoso, pediu de nós a responsabilidade, a corresponsabilidade de perseverar na comunhão e numa atuação sempre ascendente daquilo que a proposta do Sínodo para este momento ainda preparatório”. Também foi insistido pelo Santo Padre a necessidade da proximidade, “proximidade com Deus, proximidade entre nós Bispos, proximidade com o clero e Vida Consagrada, e uma proximidade exemplar com os cristãos leigos e leigas, mormente com aqueles que mais sofrem e com aqueles que por uma ocasião ou outra, talvez estejam afastados de nós”, destaco o Arcebispo de Cuiabá. Junto com isso, a recomendação clara e objetiva na “atuação junto aos nossos seminários, junto às comunidades eclesiais, fazendo com que a espiritualidade seja profunda, a vida comunitária bastante séria, saudável, através de uma missionariedade e uma pastoralidade que gere frutos e que sobretudo visibilize as bem-aventuranças do Evangelho”, enfatizou Dom Mário Antônio. ç Nos dicastérios, a Presidência da CNBB e seus assessores, puderam ouvir “as indicações para melhor atuação pastoral, missionária, também litúrgica na nossa Igreja, tanto no campo bíblico, litúrgico, como no campo pastoral, vocacional”, segundo o Arcebispo. Um momento que ele define como “uma experiência que nos faz crescer como pastores e ainda estarmos mais unidos e apaixonados pela Igreja no Brasil, na atuação que é prevista nas Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”. Uma visita que foi oportunidade para levar a Roma “o essencial da Igreja do Brasil para o coração do Papa e também de todos os dicastérios, que sempre estão atentos para o melhor prosseguimento da Igreja, seja no Brasil, seja em todo lugar”, fazendo assim crescer o “compromisso para com aquilo que já temos diante de nossos propósitos e propostas da Igreja para o Brasil”. Uma visita que acontece pouco antes de encerrar o quatriênio como Presidência da CNBB, algo que é visto por Dom Mário Antônio como “um dom de Deus que a gente agradece a toda a Igreja no Brasil pela comunhão e espírito de oração e adesão para conosco”. Reconhecendo “divergências e obstáculos que já enfrentamos e que certamente serão ainda enfrentados um longo tempo no Brasil infelizmente”, o 2º Vice-presidente da CNBB insiste em que “o saldo é muito positivo, de saber que nosso episcopado, mesmo na diversidade, comunga de uma união, de um consenso naquilo que a Presidência tem oferecido de textos e de atividades para toda nossa Igreja”. No decorrer da atual Presidência, o Arcebispo de Cuiabá destaca que “diálogo e comunhão, essa foi sempre uma grande preocupação nossa, porque o diálogo se faz entre diferentes, e até mesmo entre aqueles que divergem as opiniões buscando um consenso que vai gerar uma comunhão, senão absoluta, pelo menos num consenso de objetivo comum. Isso foi nosso esforço durante os últimos quatro anos”. Igualmente destaca como positivo a comunicação, afirmando que “não obstante várias questões ainda em andamento, a Presidência da CNBB procurou ser ágil na comunicação, até mesmo às vezes se antecipando em algumas questões que pudessem ocasionar rupturas entre o episcopado, sobretudo na atuação da Igreja neste momento eclesial e político vivenciado pelo Brasil nos últimos dois, três anos, e agora neste ano 2023”. Dom Mário Antônio da Silva ressalta a grande preocupação com a gestão, “que não é apenas econômica, mas que também se preocupa com as pessoas, não só os assessores, mas todos aqueles que estão direta ou indiretamente envolvidos com as atividades da nossa Conferência, indo além dos membros da Presidência”. Por isso, apesar das divergências, insiste em que “nós estamos vivendo um momento de comunhão, em preparação da próxima Assembleia Geral, que será eletiva, em abril em Aparecida (SP)”. Diante das expectativas, o 2º Vice-presidente reconhece que “nós da Presidência temos aí a gratidão de poder estar encerrando…
Leia mais

Tráfico de Pessoas, o crime que nos questiona se somos realmente humanos

Muitas vezes a gente se pergunta se ainda somos humanos. No final das contas, o que nos faz humanos é a disposição para demostrar misericórdia, compaixão, cuidado do outro. Ontem, 8 de fevereiro, na festa de Santa Bakhita, a Igreja católica celebrou pelo nono ano o Dia de Oração e Reflexão Contra o Tráfico de Pessoas, uma data instituída pelo Papa Francisco. Ver como 50 milhões de pessoas no mundo são vítimas das redes de tráfico humano tem que nos levar a nos questionarmos sobre o nosso grau de humanidade. Mesmo que a gente faça de conta que não sabe de nada, estamos diante de uma realidade muito próxima de nós. As vítimas estão aí, ao lado da gente e isso deveria nos levar a pensar, a cuidar daqueles que podem se tornar alvo das redes de tráfico humano. Como sociedade e como Igreja somos desafiados a tomarmos consciência e assumirmos a responsabilidade de combater um crime que provoca dor, sofrimento e morte, especialmente nas pessoas mais vulneráveis, que se tornam vítimas potenciais das redes de tráfico de pessoas. Qual é minha responsabilidade pessoal no combate ao tráfico humano? O que nossa Igreja, minha comunidade deveriam fazer para que esse crime possa desaparecer? As vítimas do tráfico humano se fazem presentes na minha oração, rezamos como Igreja, como comunidade para que essa realidade que provoca tanta dor possa ser superada e as pessoas deixem de se tornar vítima do tráfico? Não podemos fechar os olhos, fazer de conta que essa realidade, esse crime não tem nada a ver comigo. No final das contas quem cala, consente, e em certa medida se torna cúmplice. O Dia instituído pelo Papa Francisco é mais uma oportunidade para pensar nas pessoas, para nos colocarmos na pele das vítimas, para rezar e nos comprometermos. O que eu vou fazer daqui para frente? Como quero me comprometer para mudar a realidade? Nas perguntas e no fato de querer responder a essas perguntas está o desejo de mudar a realidade, de que essa realidade possa mexer comigo e me levar a ter um olhar diferente. O mundo muda quando eu estou disposto a fazer o que estiver na minha mão para que isso aconteça. Fiquemos do lado das vítimas, das crianças, adolescentes e mulheres que hoje são exploradas sexualmente nos garimpos da nossa Amazônia, dos homens e mulheres escravizados nas fazendas, nas carvoarias, em tantos espaços onde os direitos foram esquecidos e a vida clama em meio a tanta dor e sofrimento. É tempo de agir, de escolher o lado, de dizer não a um sistema que despreza as pessoas, tirando seus direitos e sua dignidade. É tempo de dizer que o direito a viver em plenitude tem que ser universal e de mostrar que só é gente, só é humano quem trata o outro como ser humano com todos os seus direitos. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Padre Luís Carlos Oliveira representa Regional Norte1 no encontro da Comissão Nacional dos Presbíteros

Salvador (BA) acolhe de 6 a 10 de fevereiro a reunião da Comissão Nacional Ampliada dos Presbíteros, com a presença dos membros da Presidência da Comissão e os representantes dos Presbíteros de todos os Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Em representação do Regional Norte1 da CNBB participa do encontro o padre Luís Carlos Oliveira, presbítero da Diocese de Parintins. O encontro, onde participam 19 padres, tem como objetivo ouvir como está a caminhada dos regionais, as conquistas e as dificuldades, também para planejar metas para os próximos anos, a caminhada da pastoral Presbiteral nos diversos regionais. Um momento de conhecimento e comunhão entre os representantes dos regionais com a Presidência Nacional. No encontro se faz presente Dom André Vital Félix da Silva, Bispo de Limoeiro do Norte (CE), e referencial episcopal na Comissão Nacional dos Presbíteros. Durante a reunião foi planejado o próximo encontro nacional de presbíteros, que acontecerá em 2024 com o tema: “Presbíteros: testemunhas da esperança“, e o Lema “Sede alegres na esperança,  perseverantes na tribulação, constantes na oração ” (Rm 12, 12). Durante o Encontro a Presidência da Comissão Nacional dos Presbíteros fez a prestação de contas. Um encontro que os organizadores esperam possa dar muitos frutos para a vida presbiteral no Brasil. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1