Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Dia: 18 de março de 2023

“CEBs, jeito de ser Igreja Sinodal”: Encontro Diocesano CEBs de Parintins

As Comunidades Eclesiais de Base da Diocese de Parintins realizaram nos dias 17 e 18 de março seu encontro diocesano, que teve como tema: “CEBs, jeito de ser Igreja Sinodal“. O encontro foi iniciado com uma celebração eucarística, presidida pelo Pe. Jânio Negreiros, Coordenador Diocesano de Pastoral, e seguidamente foi partilhada a caminhada das CEBs na Diocese de Parintins. Com a assessoria de Cleomar Silva, os participantes do encontro refletiram sobre “CEBs, suas raízes e nossa história”, e posteriormente abordaram o tema central do encontro, com a assessoria do Coordenador de Pastoral Diocesano. Finalmente, de novo com a assessoria de Cleomar Silva, foi refletido sobre o tema: “O que faz as CEBs no dia a dia?”. Após os encaminhamentos para a escolha da Comissão Diocesana das CEBs, os participantes realizaram o planejamento para o ano 2023 e encerraram o encontro diocesano com a celebração da Eucaristia, presidida por Dom Giuliano Frigeni, Bispo emérito da Diocese de Parintins. Cleomar Fernandes Souza, vice coordenadora das CEBs Regional Norte1, destacou a necessidade de um maior fervor missionário, “a gente precisa ser mais sal e luz nessa caminhada, as pessoas têm que se disponibilizar, se doar, e amar seu próximo, não deixar nada para depois e dar continuidade no trabalho na messe, que é muito grande”. Ela faz um chamado a “cada vez mais, ser multiplicadores, as CEBs não podem morrer, elas têm que cada vez mais ser solidárias, ser comprometidas, e ao mesmo tempo ser políticas, ter uma ação social para ajudar os nossos irmãos e irmãs excluídos e excluídas”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Com informações do Padre Jânio Negreiros

Dom Tadeu Canavarros participa de encontro da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB

A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), se reuniu em São Paulo de 15 a 17 de março, com a presença de representantes de 17 regionais. Em representação do Regional Norte1 se fez presente Dom Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Manaus e Vice-presidente do Regional, que também é o referente da Juventude no Regional. Um encontro que foi visto pelos participantes como uma oportunidade de conhecimento direto dos evangelizadores da Juventude. A assessoria do encontro foi realizada pela Irmã Valéria Leal (CEPJ), Assessora da Comissão Episcopal de Pastoral da CNBB, o Pe. João Chagas, do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, onde é responsável pelo cuidado pastoral dos jovens, e o Pe. Roque Luiz Sibione, SDB. Os assessores refletiram sobre as realidades juvenis no Brasil e a vivência religiosa assim como o distanciamento institucional. Outro assunto muito importante foi o aprofundamento do documento “Ao seu lado”, o novo projeto de evangelização. Ao longo do encontro foi tratado sobre a Jornada Mundial da Juventude 2023, que será realizada em Lisboa (Portugal), no próximo mês de agosto, e a capacitação de multiplicadores sobre a Prevenção de Suicídio de Jovens e Adolescentes por regionais. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

4º Domingo da Quaresma: “Somos cegos quando olhamos e não conseguimos ver as tantas realidades de sofrimento”

No 4º Domingo da Quaresma é celebrado o Domingo da Alegria, nos lembra a Ir. Rose Bertoldo no comentário ao Evangelho desse dia, afirmando que “nos alegramos, pois a festa da Páscoa se aproxima”. Segundo a religiosa, “a liturgia deste domingo nos faz perceber o grande amor de Deus para com toda humanidade e se revela em forma de luz: ‘somos reflexos da luz, filhos da luz, e o fruto da luz é bondade, justiça, verdade’”. Ela destaca que “o Evangelho deste domingo nos põe em contato com Jesus que traz Luz. Ele não só se revela como Luz, mas, se revela através do toque, traz a luz presente naquele homem que não podia ver a luz do dia, pois era cego”. A Secretária Executiva do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, ressalta que “essa cegueira é a que impede de vermos a luz. Somos cegos quando nós nos fechamos em nós mesmos, quando não sentimos a dor do outro, quando olhamos e não conseguimos ver as tantas realidades de sofrimento de tantas crianças, adolescentes, jovens, mulheres e homens vítimas das mais cruéis realidades, da fome, da falta de moradia digna, falta de acesso à educação, saúde de qualidade”. Continuando com os exemplos de cegueira a Ir. Rose vê que “somos cegos quando nos tronamos intolerantes, preconceituosos, insensíveis, negativos… e resistimos em perceber a luz que habita naquele que pensa e sente de maneira diferente da gente”. Ela destaca que “Jesus é a Luz que toca, um toque que cura da cegueira e que põe a caminho, quero destacar a importância do contato físico na cura das pessoas”. A religiosa afirma que “o contato com o outro, outra, nos faz despertar, cura, alivia a dor, o sofrimento, o toque nos unem num profundo caminho de comunhão. Jesus ao longo de sua vida tocava pessoas feridas, quebradas, machucadas, aliviando suas dores, com seu toque restituía a dignidade a vida, restituía a vida”. Em relação ao texto, ela destaca que “Jesus diz ao cego que se rebele, que não permaneça cego à beira do caminho, que veja por si mesmo, que construa sua própria vida, que não dependa de ninguém, ele mesmo põe barro nos olhos do cego, terra com saliva, e lhe diz vá,  veja, não tenha medo, assume seu destino, seja protagonista de sua vida. Jesus não cria dependência, quer que as pessoas sejam livres, autônoma que ele seja autor de sua própria vida, inclusive correndo riscos de ser rejeitado”. Finalmente, a Ir. Rose mostra que “neste domingo da alegria somos convidadas a sermos luz, curandeiras das dores, dos sofrimentos, nos aproximando das pessoas feridas”. Junto com isso, “o convite a aguçar nosso olhar para sentir o outro o qual eu me torno próxima. Com nosso toque, nosso abraço, nossa escuta atenta sermos presença amorosa de Deus que alivia todas as formas de sofrimento que existe na humanidade”. “Na certeza de que o Senhor é o Pastor que nos conduz, e por isso não nos falta coisa alguma. Sejamos luz”, conclui a Secretária Executiva do Regional Norte1 da CNBB. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Seminário sobre Tráfico de Pessoas: Despertar um olhar diferenciado para identificar o tráfico

Buscando ajudar a capacitar, sensibilizar, informar lideranças para o enfrentamento ao tráfico de pessoas, com conhecimento aprofundado da temática referente ao trabalho análogo ao de escravo, tráfico de pessoas para outras finalidades, especificamente a exploração sexual, foi realizado no dia 17 de março de 2023, no Auditório da Maromba da Arquidiocese de Manaus o Seminário “Tráfico de Pessoas uma realidade invisibilizada”. Organizado pela Rede um Grito pela Vida e com a parceria do Instituto Religioso Barbara Maix (IRBM) e do Ministério Público do Trabalho, e com o apoio do Instituto de Assistência à Crianças e Adolescentes Santo Antônio (IACAS) e da Faculdade Católica do Amazonas, participaram “mais de 170 pessoas, vindas dos mais diversos espaços, das Pastorais Sociais, das áreas missionárias e também do Estado e do Município, a Rede de Proteção”, segundo a Ir. Rose Bertoldo. A religiosa, neste dia bem intenso, destaca que foi “um dia de sensibilização e formação, onde foram abordadas as temáticas que foram de interesse da Rede de Proteção”. A Ir. Rose destacou a “intervenção do grupo após cada palestra, trazendo muitos casos que estão presentes na realidade das comunidades”. Igualmente foi importante a representação de vários núcleos da Rede um Grito pela Vida: Manaus, Tabatinga, São Gabriel da Cachoeira, Tefé, Itacoatiara, Coari, Borba e Roraima. Um grupo muito interessado e participativo, que permaneceu até o final, insistiu a religiosa. Um seminário que vai dar novas ferramentas para trabalhar e fazer a abordagem, segundo Márcia Clea Pereira, da Rede um Grito pela Vida Núcleo Roraima. Ela lembra que em Roraima tem duas fronteiras, em Bonfim, com a Guiana, e em Pacaraima, com a Venezuela, e “com o conhecimento que a gente está tendo aqui, a gente consegue ter uma melhor escuta, um melhor olhar, para receber essas pessoas que estão entrando por essas fronteiras, e conhecer qual a finalidade de elas vir aqui no Brasil, se elas estão sendo trazidas por outras pessoas ou se elas estão vindo por conta própria para ter uma melhor vida no Brasil”. Ela disse que Roraima tem uma grande migração venezuelana e agora está tendo uma grande migração de haitianos que estão entrando pela Guiana. Daí a importância desse “melhor olhar para reforçar nosso trabalho na rede”. Márcia destaca também o início do trabalho nas escolas, o que não estava sendo feito até agora, buscando um trabalho de prevenção. Também insiste na importância do trabalho com as pessoas que foram vítimas do tráfico e como ajudá-las para não voltar a ser vítimas. O Padre Hudson Ribeiro, que participou na assessoria do encontro em nome do Projeto da Caritas Arquidiocesana de Manaus de Ação e Proteção no Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e no Tráfico de Crianças e Adolescentes para finalidade de Exploração Sexual. Uma atividade que, segundo o Diretor da Faculdade Católica do Amazonas, “se baseia na linha da prevenção, da intervenção, e ao mesmo tempo do diagnóstico, que são as pesquisas para encontrar as caraterísticas do tráfico de pessoas pela vertente da exploração sexual de crianças e adolescentes em vista de poder dar maior visibilidade e melhorar as notificações no sistema de garantia de direitos, uma vez que a ausência dessas informações faz com que os casos sejam não denunciados ou hajam casos de subnotificação, ou mesmo eles não apareçam nas instituições”. Ele destaca o trabalho realizado mediante pesquisas nos municípios da região metropolita da Manaus e com municípios de outros Estados. Nesse sentido, o Padre Hudson enfatiza que “a gente acredita que a medida que a gente vai conversando sobre esses assuntos, identificando nos relatos que normalmente chegam na especificidade do abuso sexual, a gente consegue fazer uma leitura do tráfico de pessoas naqueles casos que são específicos de abusos”, insistindo em que muitas vezes as pessoas não conseguem identificar as características. Daí a importância do Seminário que “tem ajudado a despertar nas pessoas um olhar diferenciado, a identificar características de tráfico e outras formas de violação de direitos que normalmente acabam invisíveis, ou fragmentadas ou dissolvidas em outras formas de violência e aí não se consegue trabalhar essa especificidade”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1