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Dia: 25 de abril de 2023

Dom Altevir: “Missão é a Carteira de Identidade da Igreja”

O tema da missão ganhou destaque nesse sétimo dia da 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Durante a plenária, realizada pela manhã, foi apresentada a I Experiência Vocacional Missionária Nacional, realizada em Manaus (AM), de 5 a 17 de janeiro deste ano, e que contou com a presença de 295 participantes, entre seminaristas, diáconos, presbíteros e bispos; de 94 dioceses e de oito congregações. A Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial pôde partilhar o trabalho realizado e as atividades em preparação durante entrevista coletiva.  Para o bispo da diocese de Rondonópolis-Guiratinga (MT), dom Maurício da Silva Jardim, a formação deve contribuir para que ser missionário seja realmente o modo de servir. “Não dá mais para pensar em formar padres que não sejam missionários”. O arcebispo de Manaus (AM), cardeal Leonardo Ulrich Steiner, considera ser preciso dar muita importância para as experiências missionárias no tempo da formação de seminaristas, pois “a missionariedade é uma graça e é importante que essas experiências aconteçam em uma realidade pobre, pois são os pobre que nos indicam o caminho de Jesus e do Evangelho”. O bispo Araçuaí (MG), dom Esmeraldo Barreto de Farias, informou ainda que a experiência será retratada em uma publicação, “que terá como tema principal o desafio de como fazer para cultivar o ardor missionário e deve estar disponível em junho ou julho deste ano”, reforça ele. Programa Missionário Nacional e Congresso Missionário O tema da missão voltou na parte da tarde, em partilha durante a coletiva de imprensa. O bispo da prelazia de Tefé (AM) e membro da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, dom José Altevir da Silva, e o bispo de Chapecó (SC) e presidente da Comissão para a Ação Missionária, dom Odelir José Magri, falaram sobre duas ações concretas que serão realizadas pela Comissão. Dom José Altevir relatou que o Programa Missionário Nacional nasceu como um dos gestos concretos da missão, com o objetivo de colaborar para que a missão seja o eixo transversal norteador das prioridades da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil – DGAE 2019-2023. “A Igreja é, por natureza, missionária. Ela nasce na missão e para a missão. É uma Igreja em saída desde a sua origem. Missão é a carteira de identidade da Igreja”, afirmou dom Altevir.  Dom Odelir José Magri, ao falar sobre o Congresso Missionário Nacional, afirmou que “os congressos missionários não querem ser um evento, mas um processo que tem o objetivo de impulsionar um novo ardor missionário nas Igrejas locais”. O 5º Congresso Missionário Nacional irá reunir missionários e missionárias de todo o Brasil na arquidiocese de Manaus (AM), entre os dias 10 e 15 de novembro. O tema “Ide! Da Igreja local aos confins do mundo” e lema o “Corações ardentes, pés a caminho” serão os inspiradores desse importante encontro. Coordenado pelas Pontifícias Obras Missionárias juntamente com o Conselho Missionário Nacional, os Congressos Missionários têm colaborado com o amadurecimento da consciência missionária dos batizados, aprofundando a responsabilidade da Igreja com a missão além-fronteiras. “Temos um longo caminho a percorrer quando se trata de assumir a missão ad agentes, caminho de apelo de conversão para assumir mais a missão missionária. Que o Congresso Missionário Nacional seja um modo de aquecer o coração para que nossos pés, na realidade local e além fronteiras, possam se colocar em missão, em saída”, reforçou dom Odelir. Vanuza Wistuba – Pastoral da Criança (Fonte CNBB)

CNBB completa sua Presidência e inicia eleição de presidentes das Comissões

O episcopado brasileiro vai escolhendo seus novos cargos para o período 2023-2027. Segundo informa a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta terça-feira, depois da eleição do presidente na segunda-feira, cargo que será desempenhado por Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, foram eleitos os dois vice-presidentes, o secretário executivo, e os presidentes das comissões para a Ação Missionária e a Comissão Bíblico-catequética. O primeiro vice-presidente será dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Goiânia (GO), o segundo vice-presidente será Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, bispo de Garanhuns (PE), o secretário geral será Dom Ricardo Hoepers, bispo de Rio Grande (RS). A Comissão para a Ação Missionária será presidida por Dom Maurício Jardim, bispo de Rondonópolis- Guiratinga (MT) e a Comissão Bíblico-catequética por Dom Leomar Antônio Brustolin, arcebispo de Santa Maria (RS). Dom João Justino, nomeado bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) no dia 21 de dezembro de 2011, assumiu a Arquidiocese de Goiânia (GO) em 16 de fevereiro de 2022, depois de ser arcebispo de Montes Claros (MG) desde 2017. Diante da pergunta do atual presidente, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, respondeu: “Agradeço a confiança dos senhores, conto com o apoio e orações. Aceito!”. Desde 2015 era presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação da CNBB, e em março de 2016, dom João Justino foi nomeado membro da Comissão de Cultura e Educação do Setor Universidades do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam) e responsável pelas pastorais de Educação e Cultura no Cone Sul. O bispo de Garanhuns (PE) e atual presidente do Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, foi eleito como segundo vice-presidente da entidade. Ele disse aceitar “por amor a Jesus Cristo, nosso Senhor e salvador, como serviço à Igreja, profundamente agradecido a todos os irmãos e também para garantir a presidência da região Nordeste a todos os irmãos”. Dom Paulo Jackson foi nomeado bispo no dia 20 de maio de 2015. O novo secretário geral da CNBB é Dom Ricardo Hoepers, atual presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Diante da pergunta do presidente disse assumir com muita honra. Foi nomeado bispo da diocese de Rio Grande (RS) em 2016. Dom Maurício da Silva Jardim, bispo de Rondonópolis–Guiratinga (MT), foi eleito para presidir a Comissão Episcopal para a Ação Missionária e a Cooperação Intereclesial da CNBB, assumindo sustentado em que “na Evangelii Gaudium, o Papa Francisco diz que a missão é uma paixão por Jesus Cristo e pelo povo. Por causa dessa paixão, eu aceito!”. Ele, que era diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias, foi nomeado bispo em 8 de junho de 2022. O último dos eleitos foi dom Leomar Antônio Brustolin, arcebispo de Santa Maria (RS), eleito presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB. Atualmente era coordenador das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). O arcebispo disse aceitar “porque todos nós cremos que a transmissão da fé para as novas gerações é um dos maiores desafios para a nossa missão e também por dar continuação à animação bíblica, eu aceito!”. Ele foi nomeado bispo auxiliar de Porto Alegre em 2015, sendo transferido em 2021 para a arquidiocese de Santa Maria. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Organismos do Povo de Deus: expressão da sinodalidade já acontecendo na Igreja do Brasil

A sinodalidade não é uma novidade na Igreja do Brasil, sendo uma realidade também presente nas assembleias gerais do episcopado, que de 19 a 28 de abril realiza sua 60ª edição em Aparecida (SP), onde se fazem presentes os organismos do Povo de Deus. Seus representantes insistem em que a Igreja do Brasil já vive essa sinodalidade, mas também reconhecem que o desafio é “fazer uma caminhada em conjunto, em sinodalidade”, dado que “não existe Igreja sem comunhão e sem sinodalidade”, segundo Moema Rodrigues Muricy, presidenta da Conferência Nacional dos Institutos Seculares do Brasil (CNISB). Se trata de “fortalecer essa experiencia”, insiste o padre André Luiz do Vale, presidente da Comissão Nacional dos Presbíteros (CNP), de, seguindo o pedido do Papa Francisco fazer realidade “esse processo de escuta, de fala, de união, especialmente criar essa comunhão entre todos”, destaca o diácono José Oliveira Cavalcante, presidente da Comissão Nacional dos Diáconos (CND). Uma sinodalidade que “é um desafio, mas é um belo projeto do Evangelho”, segundo a Ir. Elaine Cordeiro de Souza, presidenta da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). Uma necessidade de avançar que também destaca Gomes de Oliveira, presidenta do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, insistindo em que “essa sinodalidade já está acontecendo, essa assembleia aqui já traz quando nós já podemos participar, temos direito a voz, mas ainda é um passo longo que a gente precisa dar”, pois segundo ela “não dá para caminhar juntos com algumas restrições”. Os institutos seculares do Brasil mostram sua adesão, comunhão, participação e agradecimento à Presidência da CNBB, pedindo “a continuidade desse caminho em favor de uma sociedade mais justa, mais fraterna nessa caminhada comum”. Um sentir presente entre os diáconos, que dizem ter “a obrigação de estar sintonizados com tudo aquilo que acontece na própria Conferência Nacional dos Bispos”. Isso porque a sinodalidade “é algo necessário para que as coisas da Igreja, ou de modo geral do mundo, consigam chegar a um ponto que seja bom para todos, fortaleça a nossa Igreja e nos conduza ao Reino de Deus”, enfatiza o presidente da CND. Falar de sinodalidade é falar de comunhão, de participação, afirma a Ir. Elaine. A religiosa insiste em que “todos os organismos queremos ser o sinal visível do rosto da Igreja que Jesus quer”. Para isso se faz necessária “uma abertura maior”, pede Sônia Gomes de Oliveira, que ressalta que “o laicato está na base, ele consegue trabalhar, ele consegue fazer um papel organizativo nas paróquias, nas dioceses, mas quando chega no grande espaço de decisão, nós ainda não temos esse poder de decisão”. Os presbíteros do Brasil, na voz de seu presidente, dizem que eles vão “fortalecer ainda mais essa realidade, seja caminhar junto com o povo de Deus, com os nossos bispos”. Mas eles também pedem ser escutados, “tanto pelos bispos quanto também pelo povo de Deus”. Uma sinodalidade a ser construída numa Igreja “que tem muitas tendências”, segundo a presidenta da CRB, que insiste em que “isso é muito bom, porque é a eclesialidad, é a universalidade da Igreja”. Uma sinodalidade que “vivemos com muita aproximação, tentativa de comunhão, abertura e acreditando que o Espírito, a Divina ruah, vai fazer a obra boa dela para bem dos pobres, para bem da Igreja”, ressalta a religiosa. Pedindo ser rompidas algumas barreiras, e vencer o clericalismo, Sônia Gomes de Oliveira espera da Igreja, “enquanto instituição, enquanto CNBB, acreditar mais no protagonismo do leigo, nesse ser sujeito eclesial, nesse sujeito maduro que está aí e tem conseguido fazer coisas bonitas na Igreja e principalmente no testemunho efetivo de Jesus Cristo e na evangelização da nossa Igreja”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Adolfo Zon: Assembleia da CNBB, “foi muito bom ver tanta coisa num período tão marcado pela pandemia”

A 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) iniciou sua segunda semana. Depois de uma primeira semana que segundo Dom Adolfo Zon “foi preciosa, foi partilhar um pouquinho a história dos últimos quatro anos, através de um relatório frutuoso e bem substancioso da Presidência da CNBB, onde de alguma maneira estamos envolvidos todos os bispos da CNBB e todos aqueles que mais diretamente colaboram na execução de todas as linhas, que são as comissões episcopais para a ação pastoral”. O bispo da Diocese do Alto Solimões destacou que “nesse sentido foi muito bom ver tanta coisa num período tão marcado pela pandemia”. Igualmente, Dom Adolfo Zon ressaltou a importância do dia de Retiro, vivenciado pelos bispos no sábado e no domingo, com a pregação de Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, um momento para “vivenciar o amor de Deus como aquele que acompanha, ilumina e dá sentido a toda essa ação pastoral”, segundo o bispo. Esta assembleia eletiva, que nesta segunda-feira iniciou as escolhas dos novos cargos na Presidência da entidade, nas diferentes comissões, os representantes no Conselho Episcopal Latino-americano e Caribenho (Celam) e na assembleia sinodal do Sínodo 2021-2024, e que já elegeu Dom Jaime Spengler como seu Presidente para o período 2023-2027, é vista como um momento que está sendo “vivenciado com muita responsabilidade e sinodalidade, e sobretudo vendo quais são os desafios e procurar as pessoas mais capacitadas e com um perfil mais adaptado ao serviço que vai prestar dentro da Conferência”. Dom Adolfo Zon, que está participando do processo eleitoral pela terceira vez, insiste em que “isso tem que ter repercussão do dia a dia”, afirmando que “há uma união de corações para encontrar o melhor para a Igreja do Brasil”. Não escondendo que “sempre tem aquelas visões mais particulares”, ele ressalta que “ao final, mesmo com diferentes pontos de vista, o que vence é a unidade”. O bispo da Diocese de Alto Solimões foi eleito nesta 60ª Assembleia Geral da CNBB como vice-presidente do Regional Norte1 da CNBB. Diante do novo serviço, Dom Adolfo Zon disse sentir-se “no início com um pouquinho de medo, porque são responsabilidades grandes e sobretudo num Regional que tem muitos desafios e que esperemos desde a nossa pobreza contribuir para que as decisões tomadas em nível nacional possam ser contextualizadas naquela Igreja do chão amazônico”. O bispo de Alto Solimões insistiu em que “esse é o grande desafio, e também ter essa capacidade de escuta para dar continuidade a todo esse movimento sinodal na Igreja do Brasil e da Amazônia”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1