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Dia: 9 de junho de 2023

Cristãos Leigos e Leigas do Regional Norte 1 participa da 41° Assembleia Nacional do Laicato do Brasil

De 8 a 11 de junho, em Igarassu/PE, acontece a Assembleia Geral Ordinária (AGO) do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), com a participação de mais de 200 leigos e Leigas de todo o Brasil, com tema: Cristãos Leigos e Leigas “Não deixemos morrer a profecia” com a iluminação bíblica: “Ele me ungiu para a anunciar a Boa Nova aos pobres” (Lc 4, 18). No primeiro dia, aconteceu a abertura com a acolhida das delegações de todos os regionais presentes na 41ªAGO. Em seguida, a presidência do CNLB propôs a pauta e pediu a aprovação do regimento interno da Assembleia. A presidente do CNLB Sônia Gomes nos exorta e convida o laicato a anunciar Jesus fora da Igreja.  A professora Tânia Barcelar de Araújo conduziu a Análise de Conjuntura com as dimensões mundial, nacional e do nordeste. Na noite do primeiro dia, procissão e celebração de Corpus Christi além de reuniões privativas da presidência nacional com os presidentes regionais do CNLB e os demais participantes assistiram o filme documentário A Carta refletindo a Laudato Si de Papa Francisco. Na sexta-feira, estamos partilhando e refletindo testemunhos de urgências falando da Criação e economia, da educação e da incidência política. À tarde seguiremos com o testemunho e profecia de Dom Helder, conduzida por Marcelo Barros, momento de partilha dos avanços dos organismos e momento orante. Próximos passos No sábado além de momento orantes vamos meditar sobre a Vocação à Profecia do Laicato e n parte da tarde com celebração da Profecia: início do itinerário Jubilar dos 50 anos do  CNLB, concluindo o domingo com os encaminhamentos e celebração eucarística de envio aos Regionais e organismos filiados. Tivemos a presença do Presidente do Regional Norte 1 Francisco Meireles, além de Antônio Nascimento da Prelazia de Tefé; Mercy Soares, da Arquidiocese de Manaus; Odete, da Diocese de São Gabriel da Cachoeira; Maria Joselha e Cleia da Diocese de Roraima, além de Patrícia Cabral que é Secretária Adjunta do CNLB Nacional e Edney Manauara da Comissão Nacional de Comunicação do CNLB. Francisco Meireles – Presidente CNLB Regional Norte1

Dom Leonardo: “Não seguimos ideologias, seguimos o pão descido do céu”

A Arquidiocese de Manaus celebrou neste 8 de junho a Solenidade de Corpus Christi, ocasião para “testemunharmos a presença de Jesus, uma presença humilde, simples, alimentícia”, afirmou o cardeal Leonardo Steiner no início da celebração eucarística realizada nas ruas do centro da cidade, que também acolheram o decorrer da procissão posterior. Segundo o arcebispo, “podemos testemunhar andando com Ele pelas ruas da nossa cidade essa presença de Deus que nos alimenta, nos fortifica y nos transporta”. O cardeal Steiner começou sua homilia citando as palavras de Jesus na passagem do Evangelho do dia: “Eu sou o Pão Vivo descido do Céu”. Dom Leonardo destacou que “Jesus vai descrevendo o Pão que é Ele mesmo, Ele que alimenta, a vida dele que nos é dada, nos é transmitida, a vida dele, sua palavra, que nos alimenta, nos ilumina, nos guia. Por isso, ele insistiu em que “o pão vivo descido do céu não é o fermento, é o pão vivo, a pessoa de Jesus, a pessoa de Jesus que vai nos iluminando, guiando, nos transformando, vai criando vida da comunidade”. “O pão vivo descido do céu, Jesus que veio ao nosso encontro, o sentido da nossa fé, o sentido das nossas comunidades, o sentido das nossas vocações, o sentido de nos encontrarmos aqui”, ressaltou. Ele lembrou que “quem vive de Jesus, quem se alimenta de Jesus, quem se dessedenta de Jesus, tem a vida eterna”, que segundo o arcebispo “vem na medida que vamos nos deixando tomar por Jesus, vamos nos alimentando de Jesus, vamos bebendo a vida de Jesus”. O arcebispo repassou as leituras do dia, destacando na primeira que “o povo nem sempre foi fiel, mas Deus cuidou de ter um alimento, um alimento que eles não conheciam, mas os alimentou, fez a travessia, chegaram à terra da promessa”. Segundo Dom Leonardo, “é esse pão descido do céu que nos faz fazer a travessia, que nos faz atravessar os desertos da vida, nas dores e os sofrimentos”, uma travessia de esperança, segundo o arcebispo, que nos leva à terra da promessa. Dom Leonardo comparou a terra da promessa com “o Reino novo, anunciado, transformado, vivificado por Jesus”, insistindo em que “não vivemos só de esperança, nós vivemos de uma realidade, o Reino novo, o Reino do céu”. Na segunda leitura destacou que “repartir traz comunhão”, afirmando que “Jesus se reparte, não se reserva, não se retrai, caminha, se entrega, divide, oferece a própria vida”. Se referindo à vida de casa, ele insistiu em que “criamos comunhão quando sabemos nos acolher, sabemos amar, sabemos codividir”, algo que também se dá nas comunidades, “onde existe partilha, existe comunidade, existe comunhão”. Ele também disse que “uma sociedade onde se divide há comunhão”, afirmando que “é tão difícil na nossa sociedade de hoje codividir, é mais fácil dividir, segregar, afastar, fechar a porta de quem às vezes tem um cheiro de droga, tem um cheiro de bebida alcoólica, tem cheiro de urina, tem cheiro de fezes”. O cardeal denunciou que “nós não conseguimos criar comunhão na nossa sociedade, nós vivemos segregados, nós vivemos divididos, porque não sabemos codividir, não sabemos sair ao encontro”. Igualmente destacou que “a Eucaristia é sinal de unidade”, falando de “uma unidade que cria comunhão”, algo que lhe levo a dizer que “muitas vezes como Igreja, também aqui em Manaus, nós não sabemos criar uma profunda comunhão, uma profunda unidade, é apenas os meus interesses, as minhas compreensões”. Frente a isso, insistiu em que “quando olhamos para Jesus na Eucaristia, todos nós pertencemos a Ele, todos nós dele nos alimentamos, todos nós com nosso olhar voltado para Ele, porque dele vivemos, a Ele nós seguimos. Não seguimos ideologias, seguimos o pão descido do céu”. Daí, o arcebispo fez um chamado a “que cresçamos na nossa comunhão, na nossa unidade como Igreja, como Arquidiocese”, denunciando nas comunidades “um outro grupo querendo separar, um outro grupo achando que eles são os verdadeiros adoradores”, questionando se eles são adoradores de Jesus e da Eucaristia, e chamado a que “tenhamos um grande amor a Jesus Eucaristia”.  O arcebispo lembrou dos homens e mulheres que ao longo da história “viveram de Jesus pão descido do céu, repartiram, doaram sua vida, porque olharam para Jesus e viram que a vida é para o outro”, pedindo que “Deus nos dê a graça de saber celebrar bem as nossas Eucaristias, e que Deus nos dê a graça de termos Eucaristia nas comunidades que tem às vezes duas, três vezes por ano”, inclusive na Arquidiocese de Manaus. Isso “porque toda Igreja se alimenta de Jesus, toda Igreja vive de Jesus, o pão descido do céu”. O arcebispo pediu “que Ele nos ajude a caminhar, que Ele nos ajude a esperançar, mas que Ele nos ajude também a repartir para que ninguém passe fome”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Evaristo: “Como Igreja, é necessário manter uma opção preferencial pelos povos indígenas”

Foi com cântico que os indígenas receberam Dom Evaristo Spengler, Bispo de Roraima, na concentração da manifestação contra o Marco Temporal, em Boa Vista. O bispo esteve junto a sacerdotes, religiosos e religiosas e com irmãs da Pastoral indigenista, na manhã desta quarta-feira (07), reafirmando a posição da Diocese de Roraima, contrária ao Marco Temporal e a favor da vida e direitos dos povos originários. Direcionado aos indígenas Dom Evaristo diz que a igreja é aliada e parceira dos povos originários: “Como igreja é necessário manter uma opção preferencial pelos povos indígenas. Somos aliados, somos parceiros, queremos caminhar juntos”, disse Dom Evaristo. O Bispo ainda diz que esse Marco Temporal significa uma grande injustiça: “O marco temporal  significaria cometer uma grande injustiça, porque só aceitaria com direito ao território quando o indígena estava sobre a terra em 1988, quando foi promulgada a constituição”, disse o Bispo. Dom Evaristo ainda reafirma que a igreja quer lutar contra todo projeto de morte. Cita o garimpo e diz que todo direito de vida deve ser preservada.  “O garimpo é um projeto de morte porque traz doença, violência, narcotráfico, a invasão dos territórios indígenas são violência“. “Nós queremos que a vida seja garantida e preservada em todos os seu direitos”, finalizou o Bispo. A manifestação concentra indígenas e suas lideranças contrários ao PL 490 sobre o Marco Temporal, na praça do Centro Cívico, no centro de Boa Vista. Rádio Monte Roraima