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Dia: 8 de julho de 2023

Encontro da Coordenação Regional da PJ: “Uma juventude profundamente encarnada, que sabe das problemáticas e não se faz ausente”

A Coordenação da Pastoral da Juventude do Regional Norte1 está reunida na sede da Faculdade Católica do Amazonas em Manaus de 7 a 9 de julho com representantes das dioceses de Coari, Borba y Roraima, a prelazia de Tefé e a arquidiocese de Manaus, um encontro que contou com a presença do cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1). Os representantes das diferentes igrejas locais mostraram ao cardeal a realidade dos 700 grupos que fazem parte da PJ no Regional Norte1, uma pastoral que quer ser presença junto aos jovens e ajudá-los em seu projeto de vida e se inserir na Igreja. Eles relataram as dificuldades que muitas dioceses enfrentam pelas grandes distâncias e o alto custo dos deslocamentos. Diante disso, Dom Leonardo afirmou a necessidade da PJ retomar algumas questões no Brasil, dado sua importância em seus 50 anos de caminhada, marcando a vida de jovens que hoje tem uma alta responsabilidade no país, citando o exemplo do ministro Flávio Dino, que constantemente destaca a importância da PJ em sua vida, algo que também faz parte da vida de pessoas que participaram da PJ e hoje são uma presença no mundo da justiça e da política. A Pastoral da Juventude, segundo o arcebispo de Manaus, tem como vocação “viver o Evangelho na comunidade”, fazendo um chamado a refletir sobre a importância de seguir ligada à comunidade e de ter uma caminhada em comunhão com os agentes de pastoral. Em sua caminhada como PJ um elemento importante tem sido a Palavra de Deus, enfatizou Dom Leonardo. Ele vê na PJ “uma juventude profundamente encarnada, que sabe das problemáticas e não se faz ausente, se faz presente a partir do Evangelho”. Daí que ele veja “a realidade como ponto de partida e participar do debate como como missão da PJ”. O cardeal Steiner insistiu em levar em consideração a necessidade da PJ se fazer mais presente entre os indígenas, “ajudá-los a despertar para a grandeza do Evangelho, não como ideologia, mas como vivência existencial a partir de sua cultura, lhes ajudando a não perder sua cultura, sua língua”, insistindo em não impor. Para isso se faz necessário ânimo e coragem, pois “Jesus nos ensinou que o Reino de Deus é algo extraordinário e queremos anunciar esse Reino”. A PJ quer fazer memória dos 50 anos de caminhada, segundo a Ir. Maria Couto, assessora regional da Pastoral da Juventude, buscando assim ressignificar o rosto que tem a caminhada da PJ. Finalmente, Dom Leonardo refletiu sobre a realidade da droga e das fações, uma situação extremamente difícil que está muito presente na vida da juventude. São as fações que mandam, que controlam a vida do povo, e diante disso se faz necessário se questionar sobre como ir ao encontro dos jovens que são cooptados por esses grupos. Uma realidade marcada pelo assassinato dos jovens, em muitos casos sem ser informado na mídia. É por isso que a juventude é desafia a pensar nisso, sem medo de refletir sobre essas questões, sobre a violência, se perguntando “o que nós como Igreja estamos fazendo”, concluiu.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Encontro da Pastoral Vocacional Regional: “A vocação nunca é para mim, a vocação é para o povo de Deus”

Retomar as vocações na Igreja, retomar as vocações no Povo de Deus foi o desafio que Dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil apresentou aos mais ou menos 30 representantes das dioceses e prelazias do Regional que participam do Encontro da Pastoral Vocacional que se realiza no Seminário São José de Manaus de 7 a 9 de julho. Um encontro que já acontece no mês de julho por mais de 30 anos, segundo Dom José Albuquerque de Araújo, bispo de Parintins e bispo referente da Pastoral Vocacional no Regional Norte1 da CNBB, que é momento de formação, de avaliação da caminhada feita e de planejamento, um momento para compartilhar o que pode ser compartilhado o que as dioceses e prelazias estão preparando para o Mês Vocacional, que acontece todo ano no Mês de Agosto. Um momento para revitalizar a Pastoral Vocacional nas dioceses e prelazias, segundo Dom José, para acolher os novos, um dado importante dado a muita mobilidade na região, principalmente no interior, insistindo na importância da participação dos leigos “para garantir que vai haver continuidade, que cada diocese vai ter alguns leigos que façam depois esse repasse para as paróquias e comunidades”. Um encontro que “neste ano tem um sabor especial”, segundo o bispo de Parintins, dado que o Brasil está vivendo o 3º Ano Vocacional, compartilhando o que se fez desde a abertura do Ano Vocacional em novembro de 2022, buscando “se animar e contagiar outros, sempre com essa proposta de que o Serviço de Animação Vocacional, ele quer ser uma forma da gente concretiza a sinodalidade da Igreja”, pois a vocação está presente na vida de todos aqueles que fazem parte da comunidade, e tudo o que SAV realiza é “sempre com esta convocação de que todo mundo possa caminhar juntos”. Ele insistiu em “não reduzir a reflexão vocacional a simplesmente promover as seminários e as casas religiosas”, e sim para que “todo mundo se sinta chamado, vocacionado, para ser cristão e para que na comunidade possa colocar em prática os ensinamentos de Cristo”. Pertencemos todos ao povo de Deus e se faz necessário conceber a Igreja como povo de Deus destacou o cardeal Steiner, afirmando que “nós somos descendência do Verbo Encarnado, nós somos descendência de Jesus Crucificado, Ressuscitado”. Segundo o presidente do Regional Norte1, “nós todos somos chamados a viver o discipulado”, lembrando que o Documento de Aparecida nos chama a todos de discípulos e discípulas missionários, algo que nasce do Batismo, que é o primeiro chamado, pelo fato de pertencermos ao povo de Deus. Um modo de ser discípulos missionários que tem uma diversidade muito grande dentro da Igreja. Segundo o cardeal, “para que o povo de Deus caminhe, para que o povo de Deus se dinamize, para que o povo de Deus seja povo de Deus, o Espírito Santo vai suscitando dentro da Igreja ações e vai suscitando ministérios diferentes, serviços pastorais diferentes”. Por isso, ele chamou aqueles que trabalham na Pastoral Vocacional a ajudar “as nossas comunidades a refletirem, a pensarem, a rezarem as vocações a que cada um, cada uma é chamado, mas para o bem do povo de Deus”. Ele insistiu em não ver a vocação como algo em benefício próprio, afirmando que “a vocação nunca é para mim, a vocação é para o povo de Deus”. Isso todas as vocações, que são “para visibilização do Reino de Deus”, chamando a abordar a questão das vocações “para que o povo de Deus seja servido, para que o povo de Deus seja mais dinamizado, para que nossa Igreja seja cada vez mais uma Igreja em saída, para que a nossa Igreja seja cada vez mais uma Igreja samaritana, para que nossa Igreja seja cada vez mais misericordiosa, para que nossa Igreja seja cada vez mais consoladora”. O trabalho vocacional tem que olhar não só o chamado, mas a missão dentro do povo de Deus, segundo Dom Leonardo. Ele relatou sua experiência de vida na infância, numa “comunidade que tinha consciência de ser comunidade”, uma comunidade que mais de 60 anos atrás, não tendo presbítero, a comunidade se reunia para a oração e a leitura da Palavra de Deus, “sempre com a consciência de que eles pertenciam à Igreja e que eles tinham um papel importante dentro da Igreja”, até o ponto de enviar alguém para se formar para ser professor e catequista, e de rezar sempre no final das celebrações pelas vocações. Quando chegou o primeiro padre para aquela região, ele não tomou conta da comunidade, ele percebeu que era uma Igreja organizada e ele entrou dentro da dinâmica, fez ver o cardeal. É por isso que ao falar de vocação, “nós estamos falando de vocação do Batismo, essa responsabilidade de se sentir Igreja, leigos e leigas que se sentem Igreja, celebram como Igreja”, destacando a importância dos muitos ministérios presentes hoje na Igreja, “que ajudam as nossas comunidades a se sentirem comunidade, a se sentirem povo de Deus”, chamando a mostrar como Pastoral Vocacional em primeiro lugar que “nós somos povo de Deus e que como povo de Deus, o ser leigo, leiga dentro da Igreja é uma vocação”. O ponto mais essencial do serviço de acompanhamento vocacional é mostrar “esse aspecto de responsabilidade da comunidade, do batizado, da batizada, esse ser Igreja”. Nesse sentido, pensando na sinodalidade, o cardeal Steiner, que será membro da Assembleia Sinodal do Sínodo da Sinodalidade, destacou “a importância que tem a vocação laical”. Uma toma de consciência de ser povo de Deus que faria com que cada batizado fosse muito mais atuante dentro da sociedade, muito mais presentes na questão da justiça, da política, mas como Igreja. Toda vocação tem como base o ser Igreja, “nós primeiro somos batizados, depois que vamos assumindo as vocações para a qual Deus vai nos chamando”, ressaltou Dom Leonardo. O Sínodo ajuda a perceber, afirmou o cardeal, que “a nossa Igreja, ela só é Igreja na medida em que todos nós vamos participando ativamente, assumindo…
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