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Dia: 22 de setembro de 2023

Congresso Missionário Regional: “Nos alimentarmos da missionariedade como Igreja é fundamental”

O Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1) realiza de 22 a 24 de setembro na Maromba de Manaus o Congresso Missionário Regional, com uma participação de umas 80 pessoas, um momento importante de preparação para o Congresso Missionário Nacional que também vai ter Manaus como sede de 10 a 15 de novembro de 2023. Os dois congressos têm o mesmo tema: “Ide! Da Igreja Local aos confins do mundo”, e o mesmo lema: “Corações ardentes, pés a caminho”, sendo a missão ad e inter gentes e a Igreja local os temas transversais. Ao longo dos três dias de congresso será abordado a espiritualidade missionária, a formação missionária e a animação missionária. Uma dinâmica de trabalho estruturada em torno a três eixos: escutar, abordando o dinamismo do Espírito Santo na missão da igreja-primazia de graça; discernir, a partir da Amazônia até os confins do mundo-testemunho de Cristo; comungar, despertar a consciência missionária ad gentes – das igrejas locais até os confina do mundo. Não podemos esquecer que “nos alimentarmos da missionariedade como Igreja é fundamental”, segundo o cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1. Ele insistiu em anunciar uma Boa Notícia, que a vida humana tem um outro sentido. Dom Leonardo chamou a descobrir que “nos alimentarmos dessa grande missão é que nos faz cada vez mais ser Igreja”, a ser “uma Igreja toda anunciando, testemunhando, visibilizando o Reino de Deus”. Uma Igreja que hoje na Amazônia é herança daqueles que fizeram missão ao longo dos anos. Um Congresso que prepara o Congresso Missionário Nacional, lembrou dom Edson Damian, bispo da diocese de São Gabriel da Cachoeira e bispo referencial da dimensão missionária no Regional Norte1, que insistiu em que o Brasil tem os olhares voltados para cá, fazendo um chamado a “aquecer os nossos corações para acolher 800 irmãos e irmãs que vem de todo o Brasil”. Um Congresso chamado a “irradiar a alegria dessa presença missionária nessa Igreja da Amazônia”, segundo a Ir. Rose Bertoldo, secretária executiva do Regional Norte1. Um Congresso que de Manaus vai para o mundo, disse dom Tadeu Canavarros dos Santos, bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus, que fez um convite a “abraçar aquilo que nós somos, a missão”. Um Congresso que é oportunidade para “levar a palavra, a semente a outras pessoas que tanto precisam dessa alegria de ser missionários”, destacou o padre Gutemberg Pinto, coordenador do Conselho Missionário Regional (COMIRE). Uma oportunidade para que “todos os participantes possam se tornar multiplicadores, assimilar os conteúdos para se tornar animadores missionários, ser missionários”, afirmou a Ir. Rosana Marchetti, da Coordenação de Pastoral da arquidiocese de Manaus. Uma presença missionária da qual participa a Vida Religiosa, segundo a Ir. Maria Couto, coordenadora da CRB Regional, que são “luzes que em vários lugares se fazem presentes como missionários e missionárias que sem medida estão doando sua vida”. “Os olhos do Brasil e do mundo estão voltados para a Amazônia, também por este momento de reflexão e conscientização missionária”, ressaltou a Ir. Regina da Costa Pedro, diretora das Pontifícias Obras Missionárias no Brasil. A religiosa do PIME fez um chamado para que o 5º Congresso Missionário Nacional, “possa acontecer não só como um evento e sim como parte de um processo de saída, de conversão missionária que a Igreja do Brasil já está vivendo”. Daí a importância de que “o que vai acontecer aqui possa ecoar para muitas outras pessoas, acolher e poder transmitir para os outros”. Falando sobre a Missão na Amazônia, o cardeal Steiner lembrou que “Jesus confia a missão aos seus discípulos, ele envia e continua a nos enviar a cada um de nós”. Por isso, ele fez um chamado a ser testemunhas, anunciar, testemunhar, visibilizar a través de gestos, insistindo em que “o caráter missionário da Igreja nasce do envio de Jesus a toda criatura, alimentada, fortalecida e inspirada pelo Espírito”. O presidente do Regional Norte1 lembrou as palavras do Papa Paulo VI, que disse que toda a Igreja é missionária, definindo a missionariedade como força, vigor, energia, que vem da missão e nos envia. Ele ressaltou que a evangelização deve levar a uma mudança de vida, e que a Igreja que evangeliza é a Igreja comunidade de fé. Segundo o cardeal, missão não é para conquistar, e sim para levar um modo de viver, não é para fazer proselitismo. Uma Igreja missionária é misericordiosa, sabe onde estão os pobres, vai ao encontro dos pobres, não tem medo dos pobres, enfatizou o arcebispo de Manaus. Falando sobre a missão na Amazônia, dom Leonardo lembrou a necessidade de levar em conta as línguas e culturas, de inserir isso na liturgia, fazer uma liturgia inculturada. Uma Igreja que vai ao encontro das pessoas, acompanha. A missão na Amazônia tem que ter em conta os sonhos do Papa Francisco na Querida Amazônia. Sonhos que não são para amanhã, são para nos impulsionar agora, segundo o cardeal. Ele também destacou a importância do Encontro de Santarém, que em 1972 insistiu na encarnação e libertação. Analisando a caminhada feita pela Igreja na Amazônia, dom Leonardo a definiu como uma Igreja sinodal, uma Igreja que sempre nos recorda a profecia, uma Igreja dos mártires, que deram a vida pela fé. Ele ressaltou que nossa missão na Amazônia é evangelizar, dizendo que não estamos anunciando uma estrutura, uma ONG, estamos anunciando a Jesus e seu Evangelho, anunciamos a Boa Nova. Finalmente enfatizou que “acreditamos que temos como Igreja um papel fundamental na Amazônia: não deixar que destruam a nossa casa”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

23 de setembro: Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças

Mulheres e meninas são as maiores vítimas da exploração sexual ligada ao tráfico de pessoas O tráfico para fins de exploração sexual de mulheres e meninas é uma violência velada. No Brasil, sobretudo nas fronteiras, esse crime perverso acontece com maior frequência em razão da ausência dos serviços de fiscalização. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU), estima que a exploração sexual ligada ao tráfico de pessoas movimenta mais de 30 bilhões de dólares por ano. Para enfrentar esse tipo de violência contra mulheres e crianças é necessário denunciar e ter ações concretas de conscientização. A Comissão Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEETH) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reforça a importância das ações para o dia 23 de setembro, Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças para afirmar que o tráfico de pessoas existe e precisa ser enfrentado. A data de mobilização de 23 de setembro foi definida no ano de 1999, na Conferência Mundial de Coligação contra o Tráfico de Mulheres, realizada na Argentina e com a participação de diversas representações mundiais. Desde a criação da Comissão de enfrentamento ao tráfico de pessoas da CNBB, foram realizadas diversas mobilizações para trabalhar estratégias de proteção de mulheres, meninas e meninos. Formar, informar e denunciar são ferramentas importantes de combate. Através das mobilizações das pastorais, coletivos e organizações é possível construir redes que promovem a cultura do cuidado, realizando seminários e formando agentes multiplicadores que ajudam as pessoas identificar as formas de aliciamento e detectar as situações de crimes. A irmã Marie Henriqueta Cavalcante que coordena o enfrentamento, a violência sexual e o tráfico de pessoas pela Comissão Justiça e Paz da CNBB Norte 2 e preside o Instituto de Direitos Humanos Dom José Luiz Azcona em Belém (PA), diz que as mobilizações para o dia 23 de setembro precisam ser intensificadas e desenvolver diversas formas para a sociedade tomar conhecimento desse tipo de crime que existe e precisa ser visibilizado. Recentemente (19/09) ela venceu o Prêmio Inspiradoras 2023, uma iniciativa do Instituto Avon e da plataforma Universa UOL. O prêmio  tem como missão descobrir, reconhecer e dar maior visibilidade a mulheres que se destacam na luta para transformar a vida de mulheres brasileiras. Em entrevista para o Audiorreportagem “Na Trilha do Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas” da CEETH, da qual ela também integra, falou sobre o enfrentamento realizado em rede. Porque é importante intensificar ainda mais as mobilizações nesta data do dia 23 de setembro? Henriqueta Cavalcante – É importante que todos nós, que lutamos contra esse crime, possamos intensificar as ações diversificadas. É a partir da nossa fala do conhecimento que nós levamos as informações para a população ter conhecimento que esse crime existe e precisa ser enfrentado. É preciso investir muito mais neste tema para maior visibilidade. A visibilidade conscientiza as pessoas para não aceitarem propostas enganosas para esse fim, que é a exploração sexual. Quais os sinais sociais de nossa realidade brasileira que facilita o aliciamento de mulheres, meninas e de meninos ao tráfico de pessoas, mas sobretudo o tráfico para a exploração sexual? Henriqueta Cavalcante – Consideramos quatro tipos de movimentos que envolvem o tráfico de pessoas para fins de exploração sexual. O primeiro movimento é o estrutural que é intenso. Por isso exige esforço de todas as instituições, de todos os organismos da nossa sociedade civil. Temos que levar em consideração que a questão socioeconômica das pessoas vulneráveis é desesperadora e leva a assumirem essas propostas enganosas. O segundo movimento é o da ganância. Aqueles que estão envolvidos na negociação de dívidas de vidas humanas, são capazes de tudo em nome da ganância e do capital. Por isso fazem propostas enganosas e oferecem coisas grandiosas e as pessoas também acabam caindo nessas armadilhas. Um terceiro movimento, que eu considero hoje muito grave, e que nós temos contemplado aqui na nossa região norte do país, são as redes sociais. Muitas adolescentes, muitas crianças e mulheres são enganadas e conduzidas, inclusive com muita rapidez para o crime e caem nessas organizações criminosas. E considero que um quarto movimento, que é ainda mais grave, é a impunidade destes crimes. Qual é o papel do Estado Brasileiro diante deste crime perverso que acontece no Brasil? Henriqueta Cavalcante – O papel fundamental do Estado é pensar em ações conjuntas, não é possível trabalhar isoladamente diante deste tipo de crime que é muito perigoso. É um crime organizado e nós também precisamos de ações organizadas. Então o estado brasileiro além do papel de pensar em políticas necessárias e fundamentais para esse enfrentamento, deve sustentar ações enérgicas e eficazes para fazer com que as pessoas que são envolvidas nesse crime sejam responsabilizadas pela lei. Nós precisamos fazer com que o estado cumpra as leis que estão expostas para esse enfrentamento. Ouça a entrevista completa “Na Trilha do Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas” através da plataforma do Spotify. Irmã Henriqueta fala sobre as modalidades do crime e as formas de aliciamento. Entre as ações para enfrentar o tráfico de mulheres e crianças para a exploração sexual, é importante fazer a denúncia que contribui no combate e mapear as regiões onde acontece esse tipo de violência. Mesmo que as denúncias sejam baseadas em suspeitas, pode ser feita através do Disque 100 ou pelo Disque Denúncia 181 outra forma de buscar ajuda  é procurar pelas organizações ligadas à igreja católica e solicitar orientações e ajuda. Por Cláudia Pereira| Comunicação  CEETH

Inaugurado o novo parque transmissor da Rádio Rio Mar: levar fraternidade, paz e justiça

O cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), com a presença dos bispos do Regional e de diversas autoridades, inaugurou nesta quinta-feira 21 de setembro de 2023, o novo parque transmissor da Rádio Rio Mar, situado na Morada do Sol, no bairro Aleixo da cidade de Manaus. Um momento histórico para a Rádio Rio Mar, já próxima a completar 70 anos, segundo o padre Charles Cunha, superintendente da emissora, que lembrou aqueles que semearam o sonho que neste dia se tornou realidade, fazendo com que “o sinal da Rádio Rio Mar FM chegue mais longe e com mais qualidade na região metropolitana de Manaus, especialmente nas zonas Norte e Leste da cidade”. O padre Charles Cunha lembrou que “nosso cardeal tem semeado na consciência coletiva das forças vivas da arquidiocese de Manaus a utilização das nossas estruturas não somente para a arquidiocese de Manaus, mas um dom ao serviço do Regional Norte1 também”, afirmando que “a Rádio Rio Mar é chamada mais uma vez a ir aos rincões da Amazônia”, anunciando que serão instalados 20 retransmissores no Estado do Amazonas, esperando que “sejam, a partir de uma política de comunicação eclesial, um instrumento sinodal para a escuta dos sonhos e esperanças, tristezas e angustias de nossa gente, e meio profissional propagador da Boa Nova do Reino, que aquece o coração e desperta consciência dos seus ouvintes, para engajamento no mundo por um futuro melhor para si e para os outros”. Um momento muito importante, segundo dom Luiz Soares Vieira, arcebispo emérito da arquidiocese de Manaus, que lembrou a história da Rádio Rio Mar, as dificuldades vividas no primeiro momento e como depois se tornou uma rádio muito ouvida, enfatizando a importância da rádio para a Pastoral da Igreja. O arcebispo de Manaus disse que “nós vivemos de sonhos, no dia que deixamos de sonhar, morremos, é preciso sempre sonhar, são os sonhos que nos alentam, são os sonhos que nos atraem, nos conduzem, são os sonhos que nos fazem caminhar”. Isso, “porque vivemos de esperança, a partir do Evangelho somos sempre esperançados, esperançadas, é a esperança que nos conduz e nos faz sonhar, sonhar um mundo novo, um mundo melhor, faz sonhar a justiça, faz sonhar a fraternidade, faz sonhar a sinodalidade, faz sonhar um mundo melhor”, enfatizou o cardeal. Segundo dom Leonardo Steiner, “essa é a missão da Rádio Rio Mar, levar a fraternidade, numa cidade tão violenta como Manaus, levar a fraternidade, levar a paz, anunciar a paz, anunciar a fraternidade, anunciar a fraternidade e também pedir justiça, pedir justiça para que as desigualdades sociais possam diminuir, uma grande missão que tem a nossa Rádio”. O cardeal ressaltou que a Rádio Rio Mar “também tem uma missão de anunciar o Reino de Deus, o Evangelho de Jesus, anunciar a Jesus, a sua vida, a sua morte e a sua Ressurreição”, agradecendo a todas as pessoas que ajudaram a chegar até aqui. Finalmente, o cardeal fez um chamado a apoiar os meios de comunicação da Arquidiocese, “porque nós acreditamos num mundo melhor, porque acreditamos na fraternidade, porque nos deixamos tomar pela esperança e desejamos continuar a sonhar”. Depois da benção das instalações e o descerramento da placa, o cardeal Steiner, junto com os bispos do Regional Norte1, procedeu à ligação do novo parque transmissor da Rádio Rio Mar, momento histórico para a Arquidiocese de Manaus e para a Rádio Rio Mar. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1