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Dia: 4 de novembro de 2023

Inicia Semana Missionária previa ao Congresso Nacional: “Mostrar uma evangelização que se faz de modo sinodal”

Inserir-se na realidade amazónica e na eclesiologia, no modo de ser da Igreja da Amazônia é um dos propósitos da Semana Missionária que de 04 a 09 de novembro será realizada na periferia da cidade de Manaus e em outros municípios da Arquidiocese, na Diocese de Borba e na Prelazia de Itacoatiara. 90 missionários e missionárias procedentes de todas as regiões do Brasil serão distribuídos nas comunidades de 10 paróquias e áreas missionárias. Os recém-chegados foram acolhidos no Centro de Treinamento de Lideranças Maromba e participaram de um momento de formação que começou com a apresentação da realidade local. O padre Geraldo Bendaham, Coordenador de Pastoral da Arquidiocese, foi relatando aquilo que faz parte da vida do povo e da Igreja da região, destacando a presença dos povos indígenas e sua importância na história e na vida local. Uma realidade que se vê condicionada pela seca histórica que está sendo vivenciada e pela grave poluição do ar em consequência das queimadas, que está influenciando na vida e na saúde do povo, também no trabalho pastoral. É nessa realidade que os missionários e missionárias estão sendo enviados, seguindo o tema do 5º Congresso Missionário Nacional, que será realizado de 10 a 15 de novembro na Arquidiocese de Manaus, “Ide da Igreja Local aos confins do mundo”, e o lema, “Corações ardentes, pés a caminho”. A Semana Missionária quer ajudar a fazer ressoar as temáticas do Congresso Missionário desde a vida das comunidades eclesiais que estão na Amazônia, segundo o padre Matheus Marques, membro da equipe de coordenação da Semana e do Congresso Missionário. A experiência missionária quer ajudar desde o tema do Congresso a entender que “nossa Igreja que está na Amazônia, nossa Igreja que está em Manaus pode ser iluminadora, pode mostrar caminhos de evangelização e de uma evangelização que se faz de modo sinodal”. Os missionários e missionárias, destaca o padre, participarão de uma realidade que “deve despertar muitos processos novos de evangelização”, insistindo em que “nós queremos ser uma Igreja aberta à missionariedade, uma Igreja que possa partir da sua realidade local aos confins do mundo”. Uma experiência missionária que ajude a conhecer outros modelos de ser Igreja, insistiu o padre Matheus Marques. A Semana Missionária quer “nos ajudar olhando a realidade aqui de Manaus como as igrejas podem ser parceiras, como a Igreja pode despertar para as igrejas irmãs poder olhar a realidade de cada um e cooperar com a missão”, segundo o padre Genilson Sousa, secretário da Pontifícia Obra da Propagação da Fé. O 5º Congresso Missionário Nacional acontece no espírito sinodal que “nos faz unir as forças da nossa Igreja do Brasil com a missão ad gentes, mas também potencializar o apoio, a oração com as igrejas da Amazônia, que necessitam de missionários e missionárias”. Uma Semana Missionária que tem sido preparada com encontros de formação on line, segundo a Ir. Rosana Marchetti, da Coordenação de Pastoral da Arquidiocese de Manaus, insistindo em que é um trabalho que está sendo feito aos poucos. A religiosa destacou a disponibilidade para escutar o que acontece na realidade local dos missionários e missionárias. A seca tem impossibilitado que os missionários e missionárias sejam enviados para as comunidades ribeirinhas, sendo enviados para algumas áreas missionárias da periferia, “onde podem entrar em contato com as realidades mais gritantes de Manaus“. A Semana Missionária será oportunidade para uma experiencia muito positiva de conhecer a vida das comunidades, entrar em contato direto com as dinâmicas sinodais presentes nas comunidades, onde o povo organiza a vida eclesial, segundo Mons. Zenildo Lima, que será ordenado bispo e assumirá a missão de Bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus, no dia 15 de novembro na Missa de Encerramento do 5º Congresso Missionário. Ele destacou a importância do Sínodo da Amazônia, como referencialidade na missão evangelizadora da Igreja, e afirmou que o Congresso Missionário é “um convite para a gente pensar um novo horizonte da evangelização desde a perspectiva do cuidado da Casa Comum”, agradecendo o esforço que os missionários e missionárias fizeram para participar da Semana e do Congresso Missionário.   Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom José Ionilton agradece o tempo vivido na Prelazia de Itacoatiara e pede orações para sua missão no Marajó

Em encontro com a imprensa local, Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo eleito da Prelazia do Marajó (PA), leu uma mensagem à parcela do Povo de Deus que está na Prelazia de Itacoatiara (AM), onde comunicou que nesta sexta-feira 03 de novembro foi transferido pelo Papa Francisco. Segundo Dom José Ionilton, emocionado disse que “a Igreja me pede e faz uma transferência de meu serviço como bispo da Prelazia de Itacoatiara para a Prelazia de Marajó”. Ele lembrou que “desde meu tempo de Religioso Vocacionista, sempre acolhi a transferência como expressão da vontade de Deus”, insistindo em que agora como bispo acolhe “esta transferência como vontade de Deus por meio da Igreja”. Ele disse ter argumentado ao bispo diante da transferência, “mas deixei que a Igreja decidisse, e ela decidiu pela minha transferência e acolhi em espírito de obediência e comunhão com o Papa Francisco”. Dom José Ionilton lembrou que ficará em Itacoatiara “nos próximos dos meses, a fim de preparar os relatórios pastoral e econômico da Prelazia”, seguindo as orientações do Núncio Apostólico. Nesse tempo deseja “visitar a Igreja Matriz de cada Paróquia, reunir o Conselho Pastoral da Prelazia, o Conselho Administrativo e Econômico, encontrar-me com os servidores da Cúria, pastorais, organismos, grupos e movimentos, ir à Associação Dom Jorge e visitar os órgãos públicos e civis com quem mantive contato nestes seis anos de serviço aqui na Prelazia na busca do bem comum do nosso povo”. O bispo eleito da Prelazia do Marajó expressou sua “gratidão a Deus e à Igreja pela missão que me foi confiada na Prelazia de Itacoatiara”. Ele agradeceu aos leigos e leigas das paróquias e comunidades por sua acolhida, aos diáconos, presbíteros diocesanos e missionários, destacando sua disposição em se aproximar dele e se colocar em comunhão e colaborar para que a missão evangelizadora e as decisões tomadas fossem se efetivando em cada paróquia. Dom José Ionilton agradeceu especialmente a Deus pelos três padres que ele ordenou para a Prelazia e a presença da Vida Religiosa, “que contribuíram de modo eficaz com a missão evangelizadora na Prelazia”, e a convivência com os seminaristas. Ele destacou que essas ações pastorais foram “fundamentadas na Palavra de Deus, no Magistério da Igreja, especialmente do Papa Francisco, da CNBB Nacional e Regional”. Foram ações, segundo o bispo, “na linha de atenção e cuidado com os empobrecidos, excluídos e marginalizados de nossa sociedade; aquelas na linha de abraçarmos o cuidado com nossa Casa Comum, de preservação de nosso Bioma, a Querida Amazônia, aquelas na linha de uma vivência coerente de fé que professamos, com a vida que vivemos no dia a dia, valorizando uma fé encarnada e uma Igreja missionária, samaritana, vocacional e ministerial”. Finalmente, ele pediu oração pelo seu novo serviço na Igreja, na Prelazia de Marajó, insistindo em que sempre rezará pelo povo e pela Prelazia de Itacoatiara, agradecendo por ter lhe ensinado a ser bispo na Amazônia, pedindo a intercessão de Nossa Senhora do Rosário. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1