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Dia: 10 de novembro de 2023

Dom Jaime Spengler no 5º CMN: “Quando o coração arde, os pés ganham asas”

Em um país que é uma mistura de raças e culturas, a Igreja do Brasil anuncia o Evangelho de diferentes modos. Uma Igreja que aos poucos vai assumindo a Missão ad Gentes, devolvendo à Igreja universal os frutos do tempo em que missionários e missionárias chegados ao Brasil foram plantando a semente do Evangelho. Missão ad Gentes Essa dimensão missionária ad gentes podemos dizer que é o elemento fundamental do 5º Congresso Missionário Nacional que se realiza em Manaus de 10 a 15 de novembro e que teve sua abertura na tarde desta sexta-feira 10 de novembro com uma Eucaristia presidida por Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre y presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Acolhidos pelo Cardeal Leonardo Steiner, os 800 participantes do Congresso receberam as “boas-vindas a nossa querida Arquidiocese de Manaus, boas-vindas a nossa querida Amazônia, bem-vindos, bem-vindas a nosso 5º Congresso Missionário Nacional”, destacando o esforço realizado pelas diferentes equipes para acolhê-los bem. Isso para que “nos nossos corações possa arder o desejo missionário e os nossos pés alegremente se coloquem cada vez mais a caminho”. O arcebispo local agradeceu aos participantes por terem vindo, por estar aqui. O que fazer? Os participantes foram questionados por Dom Jaime Spengler a se perguntar sobre o que fazer, uma pergunta que se faz o administrador da parábola do Evangelho do dia e que deve ser feita diante dos desafios com os quais nos vemos confrontados na evangelização, na missão. Ele insistiu em que Jesus elogia a esperteza do administrador, não elogia a desonestidade, mas a esperteza em aproveitar a ocasião. Algo que somos chamados a fazer como discípulos e discípulas em um mundo marcado por desigualdades e contradições. Analisando as leituras destacou a anúncio do querigma, nas palavras de Pedro e o chamado de Paulo a anunciar com bondade e ciência o que Cristo realizou. Segundo o arcebispo de Porto Alegre, Jesus nos envia, “ide anunciar o Evangelho da vida”, ressaltando com as palavras de São Paulo VI que o ser humano hoje ouvi com muita mais atenção as testemunhas do que os mestres. O amor por Cristo consome quem se sente tocado O presidente da CNBB afirmou que somos enviados para anunciar o Evangelho, a todos, em uma missão a ser assumida por todos os batizados e batizadas, dado que “o ser discípulos de Jesus nos torna missionários e missionárias”, insistiu. Segundo o arcebispo, “quando o coração arde, os pés ganham asas, o amor por Cristo consome quem se sente tocado, atingido, amado, que decide formar outros”. Ele enfatizou que não vendemos um produto, temos uma vida divina para anunciar, testemunhamos a Jesus que nos amou primeiro. Algo a ser realizado sempre, em toda parte, sermos testemunhas no jeito de ser, de conviver, que ilumina nossas decisões, escolhas, em um mundo em constantes transformações, chamados a renovar tudo para avançar, para olhar para frente, segundo Dom Jaime Spengler que afirmando que alguns querem andar para trás, fez um chamado a renovar-se, algo que requer conversão, uma forma nova anunciar a Jesus, de seu modo de acolher a todos e se fazer próximos, fazer nosso o jeitos de ser e viver de Jesus. Um Jesus que não é uma ideologia, e sim uma pessoa, definindo o Evangelho como proposta de vida e ressaltando que as pessoas com quem nos encontramos, não são um número, são pessoas que tem uma identidade, um rosto, pois em toda pessoa se formam traços do rosto amado do Pai. Mensagem do Papa Francisco Uma celebração que concluiu com a leitura da mensagem do Papa Francisco, que lembrou que “a Igreja local não deve fechar-se em si mesma, em suas fronteiras geográficas e culturais, mas é chamada a partir para os ‘confins do mundo’, levando a mensagem de Cristo a outras terras, evangelizando novas culturas”, e que, seguindo o tema do Congresso, “é necessário permitir que Jesus caminhe conosco, deixar que Ele trilhe junto de nós a estrada da nossa vida”. Ele um pedido aos participantes: “não deixeis esmorecer o ardor, que certamente experimentareis durante o Congresso”, ressaltando o fato de que “esse Congresso se realize no centro da querida Amazônia, sempre presente em minhas orações e em meu coração”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Papa Francisco ao 5º CMN: A Igreja local é chamada a levar a mensagem de Cristo a outras terras

Como exemplo de que “ecoa fortemente na Igreja peregrina em terras brasileiras o mandato evangélico do Senhor: ‘Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura’ (Mc 16,15)”, vê o Papa Francisco a realização do 5º Congresso Missionário Nacional que se realiza em Manaus de 10 a 15 de novembro. A Igreja não deve fechar-se em si mesma Em uma mensagem dirigida aos participantes, o Santo Padre destaca que “o tema inspirador do vosso encontro recorda justamente que a Igreja local não deve fechar-se em si mesma, em suas fronteiras geográficas e culturais, mas é chamada a partir para os ‘confins do mundo’, levando a mensagem de Cristo a outras terras, evangelizando novas culturas”. Com relação ao tema, cuja escolha produz alegria no Papa, ele insiste em que: “Corações ardentes, pés a caminho”, evoca o “encontro do Senhor Ressuscitado com os discípulos que iam a caminho de Emaús, onde podemos contemplar um modelo de ação evangelizadora”. Segundo o pontífice, “é necessário permitir que Jesus caminhe conosco, deixar que Ele trilhe junto de nós a estrada da nossa vida”, algo que considera um primeiro passo. Em um segundo momento, o Papa Francisco insiste “estar atentos enquanto nos explica as Escrituras, para sentir o coração arder ao escutarmos as suas palavras”. Finalmente, ele destaca a necessidade de “reconhecê-Lo ao ‘partir o pão’, fazendo do encontro com o Senhor, presente na Eucaristia, a fonte do nosso entusiasmo pela missão e da nossa comunhão eclesial”. Não deixeis esmorecer o ardor missionário Diante disso, O Santo Padre manifestou o desejo de que “as Igrejas locais desse imenso Brasil, com o coração ardente pela paixão de evangelizar, ponham os pés a caminho, proclamando alegremente a todos os povos o Cristo Ressuscitado”, destacando um pedido a que “não deixeis esmorecer o ardor, que certamente experimentareis durante o Congresso”. O Papa Francisco se congratula “com as dioceses brasileiras que assumem o mandato missionário e ultrapassam barreiras territoriais lançando seu olhar aos confins do mundo”. Ele destacou os “belos testemunhos de missionários e missionárias que, partindo dessa querida nação, anunciam a Boa Nova em outros países, em outras culturas!”. São missionários e missionárias que “encontram-se nos lugares e continentes mais distantes, muitas vezes em situações desafiadoras, diante de uma humanidade ferida a causa de uma cultura que descarta os mais fragilizados”, ressaltou, e que mesmo diante de tantos obstáculos, “dão um sentido belo e verdadeiro às suas existências”. No coração da querida Amazônia Igualmente, o Papa Francisco destacou como significativo que “esse Congresso se realize no centro da querida Amazônia, sempre presente em minhas orações e em meu coração”. Ele insistiu que “a fé cristã chegou a essas terras como fruto do ardor missionário de homens e mulheres destemidos”. Um anúncio que tem como fruto que “o encanto pela Boa Nova que os alcançou não vos deixa acomodados em uma Igreja fechada em si mesma e amedrontada, mas vos impulsiona com a força do Espírito Santo para ir além-fronteiras”. Pedindo a intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, o Papa Francisco concedeu aos participantes do 5º Congresso Missionário Nacional sua benção, pedindo, como ele sempre faz, “que não se esqueçam de rezar por mim e pela missão que também eu recebi”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

5º Congresso Missionário Nacional: Um compromisso mais efetivo com a missão da Igreja

A missão é fundamento da vida da Igreja, nascida para anunciar o Evangelho a todos os povos. Daí o chamado que, inspirado no primeiro envio, está fazendo o 5º Congresso Missionário Nacional, que será realizado em Manaus de 10 a 15 de novembro, onde estarão presentes 800 pessoas, bispos, presbitérios, religiosas e religiosos, leigas e leigos, chegados de todos os cantos do Brasil: “Ide da Igreja local até os confins do mundo”. Em um país onde a presença de missionários e missionárias ad gentes sempre foi destacada, quer se introduzir na vida das igrejas locais o chamado à missão ad gentes, revitalizando “a identidade missionária e o desejo de um compromisso mais efetivo e cooperação mais generosa com a missão da Igreja”, segundo afirmar a apresentação do texto-base do Congresso, que é preparação para o 6º Congresso Missionário Americano (CAM 6), que será realizado em Ponce (Puerto Rico), de 17 a 24 de novembro de 2024, com o tema: “Evangelizadores com Espírito até os confins da terra”. Mais ou menos 90 dos participantes do 5º Congresso Missionário Nacional já estão em Manaus desde dia 04 de novembro, em que começou a Semana Missionária, um tempo em que esses missionários e missionárias conheceram uma realidade social e eclesial completamente desconhecida para muitos deles, descobrindo as dificuldades cotidianas de um povo que está sofrendo as consequências da devastação da Amazônia, algo que neste ano tem dado a cara com uma seca histórica e uma intensa fumaça que atinge a vida do povo, inclusive com cancelamento de alguns dos vôs onde deveriam chegar quem participa do Congresso. Ao longo de cinco dias, a reflexão em torno à missão, algo que terá início com a missa de abertura, presidida por Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e a Sessão Solene de Abertura, partirá do escutar, do caminho, da formação missionária; continuará com o iluminar, desde a dinâmica do encontro, em vista do compromisso social e profético; a partilha, o comungar, querendo assim refletir sobre a missão ad gentes; finalizando com o anunciar, o testemunho, em vista da animação missionária. Serão realizadas conferências temáticas, buscando assim uma reflexão bíblico-teológica que ajude a fundamentar a importância da missão na Igreja, painéis temáticos e grupos temáticos. Também haverá atividades tanto em nível geral, como nas paróquias e áreas missionárias onde os participantes do Congresso estão hospedados nas famílias. Um Congresso Missionário que será encerrado com um momento importante para a Igreja local de Manaus, a ordenação episcopal de Mons. Zenildo Lima, que nascido e criado na Amazônia e em sua Igreja, agora assume uma nova missão, ser bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus. Se trata de concretizar o que é hoje a missão da Igreja, a responsabilidade das igrejas locais em vista de partilhar o trabalho evangelizador da Igreja universal. Descobrir na Igreja da Amazônia, que assumiu o chamado missionário como algo próprio em Santarém 1972, e que renovou essa chamado Sínodo para a Amazônia em 2019 e com a celebração dos 50 anos de Santarém em 2022. Uma Igreja que da Amazônia quer chegar nos confins do mundo, movida por corações ardentes que com uma forte espiritualidade missionária quer colocar os pés a caminho. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1