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Dia: 2 de dezembro de 2023

Ir. Gervis Monteiro: “Para vivermos a amizade social, nós temos que nos espelhar na pessoa de Jesus”

Em 2024, a Campanha da Fraternidade completa 60 anos e tem como tema Fraternidade e Amizade Social, e como lema “Vós sois irmãos e irmãs” (Mt. 23,8). O Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos de Brasil (CNBB Norte1), realiza de 1º a 03 de dezembro de 2023 na Maromba de Manaus um seminário de estudo, algo que já é costume. A Campanha da Fraternidade 2024 “busca trazer a pessoa de Jesus, principalmente em Mateus, quando os fariseus e mestres da lei querem impor nas pessoas uma carga pesada”, afirmou a Ir. Gervis Monteiro, assessora do Iluminar, que tem como referência a Palavra de Deus e o Magistério. Segundo a religiosa paulina, “Jesus chega e fala com os discípulos, dizendo para eles devem observar sim o que esses mestres da lei e os fariseus falam, porque na realidade eles estão falando da lei, mas ao mesmo tempo, eles não vivem aquilo que falam”. A religiosa destacou que “Jesus mostra-nos que devemos ser coerentes, aquilo que falamos deve também estar na nossa prática”. Ela ressaltou que “para vivermos a amizade social, nós temos que primeiramente nos espelhar, olhar, buscar essa fonte, essa raiz na pessoa de Jesus, olhando para as atitudes, para os gestos de Jesus, e assim podermos abrir essa amizade, que é social e primeiramente entre nós”. A Ir. Gervis Monteiro afirmou que “primeiramente, para que a nossa sociedade, as nossas comunidades, nossa forma de evangelizar, nós temos que nos debruçar na Palavra, principalmente nos evangelhos, onde Jesus traz para nós o jeito de ser cristão, de ser humano, de viver um para o outro, e assim criar laços e criarmos uma cultura da paz, uma cultura do encontro”. Segundo a assessora do Seminário da Campanha da Fraternidade 2024 do Regional Norte1, “para criar essa cultura do encontro, nós temos que primeiro nos encontrar como pessoas, como filhos, como imagem de Deus”. São elementos presentes no Texto Base da Campanha, onde diz que “nós precisamos ter a consciência que Jesus é o único Mestre”. Na volta às comunidades, a religiosa espera dos participantes do seminário, “olhar para essa campanha como algo da Igreja”, fazendo um chamado a pegar o Texto Base, a Palavra de Deus e aprofundar, buscar os meios na prática, “nos reunindo, rezando juntos, partilhando juntos, buscando dialogar, compreendendo um ao outro nas suas diferenças, para poder realmente nós depois trabalharmos em unidade”. A assessora insistiu na consciência da importância de sermos batizados na Trindade Santa como caminho para “vivermos essa paz, essa unidade de sermos filhos e filhas de Deus, vivendo essa amizade social”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Padre Alcimar Araújo: A CF “é um convite a alargar a nossa tenda para acolher muitas outras pessoas”

O Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), está realizando na Maromba de Manaus, de 1º a 3 de dezembro o Seminário da Campanha da Fraternidade 2024, que tem como tema Fraternidade e Amizade Social, e como lema “Vós sois todos irmãos e irmãs”, com a participação de mais ou menos 25 pessoas das nove igrejas locais que fazem parte do Regional. A Campanha da Fraternidade, que em 2024 está fazendo 60 anos, “ela é o maior projeto de Pastoral de Conjunto que o Brasil tem”, segundo o padre Alcimar Araújo, vice-presidente da Caritas Arquidiocesana de Manaus e um dos assessores do encontro. Uma campanha que chega até as últimas comunidades, e que “é necessário retomá-la como espaço de conversão, como instrumento de conversão na Quaresma, pessoal, comunitário, eclesial e social”, insistiu. Padre Alcimar, que aprofundou no ver, na análise da realidade social e eclesial, destaca que “é um desafio construir a sociedade a partir desse projeto da fraternidade”, dizendo ser “muito importante que a gente retome isso porque isso é uma característica da Igreja, a vida comunitária, a vida fraterna, a vida solidária, a vida partilhada, a importância de uma para o outro. Se a gente como Igreja não vive, não semeia, não testemunha tudo isso que brota do Evangelho, do nosso seguimento de Jesus, a gente faz uma Campanha vazia e só de palavras”. Uma Campanha que “é para nós, é para a Igreja, é para a Igreja do Regional, é para a Igreja do Brasil”, afirmou o assessor. Segundo ele, nós somos convidados, nós somos convocados a voltar a Jesus, a voltar ao Evangelho, à originalidade do Evangelho, e viver de verdade a fraternidade, a bondade a misericórdia, o amor”. A Campanha da Fraternidade, “é um convite a alargar a nossa tenda para acolher muitas outras pessoas”, segundo Padre Alcimar Araújo. Ele lembrou que “estamos em um mundo extremamente plural, diverso, e a gente não pode ignorar essa diversidade, a gente tem que se abrir a isso, a ter a capacidade de dialogar, ter a capacidade de conversar, de ir ao encontro”. O assessor destacou o convite do Papa Francisco a “construir pontes e fazer uma cultura do encontro”, algo que ele considera muito desafiante para nós, chamando a ser sal, luz e fermento na sociedade. Igualmente destacou que a Campanha é um chamado a perceber os sinais presentes na sociedade que precisam ser estimulados, fazendo um chamado a “promover outros sinais, outros encontros, outros caminhos de fraternidade, caminhos de comunhão para que a gente, em confronto com a sociedade, possa ajudá-los junto com a gente a construir um mundo melhor”. Algo que é expressão do reinado de Deus que deve espalhado por tudo quanto é lugar, o que ele vê como responsabilidade da Igreja, esperando propostas que possam criar “esses espaços de alargamento da tenda e de ir ao encontro dessas pessoas que pensam diferente da gente, que tem outro olhar sobre si e sobre o mundo, sobre a sociedade, mas ajudá-los a entender que todos somos irmãos e irmãs”. Em uma Igreja sinodal, “ao retomar o tema da fraternidade, a gente está retomando uma coisa que é essencial a nossa fé”, segundo padre Alcimar Araújo. Ele a considera “uma questão fundamental para sobrevivência da Igreja como fermento, como sal, como luz, como testemunha de que a fraternidade, nós acreditamos nisso, nós vivemos isso, buscamos isso”, destacando que “não é fácil, porque o diferente nos confronta, o diferente às vezes causa em nós algum tipo de rejeição”. Viver no caminho da fraternidade leva a ver o diferente como um complemento, uma visão nova, um modo diferente de viver, segundo o assessor. Ele coloca como tarefa “oferecer a todos o que somos, o que temos, o que acreditamos e testemunhamos”, considerando sua retomada como algo fundamental para a vida comunitária da Igreja, dado o individualismo exacerbado imperante, presente nas comunidades e que tem dificultado a relação comunitária, o que demanda superar a auto referencialidade. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Seminário da Campanha da Fraternidade: “Treinamento, tomada de consciência e esquentar o coração”

A Maromba de Manaus acolhe de 1º a 3 de dezembro de 2023 0 Seminário da Campanha da Fraternidade 2024, que tem por tema Fraternidade e Amizade Social e como lema Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt. 23,8). Com a participação de mais ou menos 25 representantes das nove igrejas locais que formam o Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), é um momento de “treinamento, tomada de consciência e esquentar o coração”, segundo dom Adolfo Zon, bispo da diocese de Alto Solimões, vice-presidente do Regional Norte1 e bispo referencial das Pastorais Sociais. Em 2024, a Igreja do Brasil realiza sua 60ª Campanha da Fraternidade, sempre uma necessidade para o povo, que precisa de fraternidade, e que em 2024 deveria mexer no fundamento da sociedade, segundo dom Adolfo Zon. Ele vê o seminário como uma oportunidade para que as dioceses e prelazias possam realizar um trabalho de formação nas bases sobre uma temática importante que vai ajudar na vivência da Quaresma que a Igreja nos propõe. O vice-presidente do Regional Norte1 destaca a Campanha da fraternidade como modo de aprofundar na Doutrina Social da Igreja. Diante da postura contrária de alguns grupos em relação à Campanha da Fraternidade o bispo referencial das Pastorais Sociais no Regional Norte1 disse que “a Campanha da Fraternidade é uma oportunidade ímpar de que as comunidades e as pessoas possamos não só tomar consciência e refletir sobre a dimensão sociotransformadora da fé”. O bispo de Alto Solimões afirma que “a Quaresma, ela fala de conversão, e assim como temos que ter uma conversão pessoal, temos também que realizar todos juntos uma conversão como povo, como comunidade, como Igreja”. Segundo dom Adolfo, “a Campanha da Fraternidade sempre nos traz à tona uma temática que envolve todos os sujeitos da sociedade”. Ele insistiu em que “a metodologia que a Campanha desenvolve temos um olhar ao nosso redor como está a situação, um julgar ou um discernir, nos deixando interpelar pela Palavra de Deus e pelo Magistério”. Isso em vista de poder realizar “as transformações que precisamos para nosso crescimento como pessoas e como grupos”, sublinhou. A fraternidade é uma experiência vivida de diversos modos, que nos ajudam “a concretizar algo que é muito próprio da nossa Igreja”, afirmou o bispo. Ele lembrou que a fraternidade marcou a vida da Igreja nos três primeiros séculos, fazendo um chamado a vivenciar hoje a amizade social, para que “entre todos possamos construir um novo projeto alicerçado na fraternidade”, que considera superior à liberdade e à igualdade. Dom Adolfo Zon fez um chamado a construir fraternidade, “onde todos os povos e todas as pessoas possam ser respeitadas em sua subjetividade”. Segundo o padre Alcimar Araújo, vice-presidente da Caritas Arquidiocesana de Manaus, que é um dos assessores do Seminário, a Campanha da Fraternidade é instrumento de vivência penitencial para a Quaresma, indo ao encontro do povo, de todas as pessoas que fazem parte da sociedade. Ele ressaltou que os temas da Campanha da Fraternidade perpassam a vida do povo através dos diferentes instrumentos que fazem parte da Campanha, segundo recolhem os objetivos apresentados aos participantes do encontro. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1