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Dia: 31 de dezembro de 2023

Dom Leonardo: “É na família que somos encarnados no mundo, que vamos construindo mundos”

Relatando o acontecido na Apresentação de Jesus no Templo iniciou o cardeal Leonardo Steiner sua homilia da Festa da Sagrada Familia. Ele disse que “Maria e José levam Jesus menino ao templo, a fim de apresentá-lo ao Senhor. Colocam-se a caminho de Jerusalém para consagrar e resgatá-lo oferenda dos pobres: um par de rolas ou dois pombinhos. Ao oferecerem os dons no Primogênito, recebem a admiração e gratidão de dois anciãos que fazem memória das promessas e, ao mesmo tempo, rendem graças por Deus ter cumprido o que prometera”. Relatando a cena, o arcebispo de Manaus disse que “Maria e José entram no templo com o Menino e encontram Simeão e Ana. A família do Menino que se apresenta para consagração e resgate; é o Menino que nos braços de Maria vai ao templo, e encontra o piedoso e justo Simeão e a profetisa Ana. São encontrados pelo Menino Deus que visibiliza a realização das promessas feita aos patriarcas e anunciado pelos profetas. Ele lhes vai ao encontro e eles são tomados de admiração e exultação, de ação de graças”. Dom Leonardo reparou na atitude dos anciãos, dizendo que “Simeão e Ana estão maravilhados diante da manifestação de Deus no Menino que vem carregado nos braços: Deus enviou o seu Filho nascido de uma mulher, a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva. (Gl 4,1-7). Eles são testemunhas do cumprimento do amor e da fidelidade de Deus. São verificadores e cantadores da graça de no Filho serem agora filho e filha”. Citando o texto do Evangelho, o cardeal lembrou que Simeão quer dizer: “ele ouviu”, “ouvinte”. Segundo Dom Leonardo, “Ele ao ser conduzido pelo Espírito ao templo, mais que viu, ouviu. Ao ver, escutou o cuidado de Deus para com seu povo, pois nova presença, finalmente realização das promessas. Os passos do Escutante são movidos pelo Espírito que leva ao encontro da salvação esperada e ansiada. Encontrado pelo Menino, o toma nos braços, louva e bendiz com gratidão: ‘Agora, Senhor, podes deixar teu servo partir em paz: porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos’. No admirado e encantado Simeão, vemos todos os homens e todas as mulheres que se alegram com a presença de Deus que se move em nossa carne e fragilidade”. “Cumpridas foram as promessas, chegou a libertação e salvação para o povo. A admiração e louvor, pois chegou a Luz para iluminar a humanidade, chegou a glória verdadeira de Israel. Na admiração e louvor de Simeão estão todas as gerações abraâmicas, todos os povos que esperaram a salvação. Na admiração do homem do Espírito vai também nossa admiração, nosso louvor, nossa gratidão”, enfatizou o presidente do Regional Norte1 da CNBB. O arcebispo de Manaus também lembro de Ana, relatando o texto que faz referência a ela, definindo-a como “a graciosa atingida por uma vida de tribulação, de pobreza e desamparo, mas tomada de esperança. Jovem viúva, perdedora do amor, se aconchega em Deus, a quem entregava o nada do não ter. Nele toda a confiança e segurança! Permaneceu na sua viuvez e desamparo nas cercanias da casa do Senhor oferecendo o esvaziamento de si mesma com os jejuns e a elevação dos sacrifícios pelas preces”. Segundo Dom Leonardo, “Dia e noite, com todos os tempos e espaços que lhe eram oferecidos, estava ela na exposição de Deus, como estar à espera do Amor; como se estivesse à espera do seu Amado. Ana, cheia de graça, que havia apreendido a olhar com o olhar de Deus, a esperar com o tempo de Deus, a plenitude do tempo. Ela a íntegra, a perseverante, a inteira, a disponível, a desejosa, a obediente, a audiente; disponível e inteira diante de Deus, justamente na sua pobreza de nada ter, e tudo ser em Deus. “Não saia do templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações”; magnifica: mais de Deus que dela mesma, toda inteira diante da face de Deus-menino, a libertação de Israel”. Continuando com o texto, ele destacou que Ana, “nem o tomou nos braços, não necessitou olhá-lo, sentiu o cheiro, o odor de Deus, na corporeidade do semblante sereno e translúcido de Deus-criança e irrompe em louvor e ação de graças: finalmente, Deus meu! Nasceste, Libertador! E a todos anunciava, a todos dizia, a todos proclamava: chegou a libertação, chegou a libertação. E nela vemos as gerações e gerações de mulheres à espera de gerarem o Filho de Deus. E a velha profetisa perdeu a viuvez, tomada pela riqueza de Deus ter sido gerado. Ela por inteira, tomada de admiração e gratidão!”. “Admiração e gratidão pela presença da Salvação. Presença salvadora que desperta a gratidão. Gratidão é próprio de quem se apercebe agraciado, cuidado, acolhido. Gratidão nasce em quem foi e é amado gratuitamente. Um amor sem porque, sem para quê, sem justificativas, sem saber por que amado, amada. Gratidão como expressão da correspondência de amor. No Pequenino apresentado no templo, Simeão e Ana rejubilam, agradecem. Gratidão, nascida da grandeza e da singeleza do encontro templário. Esses sábios da espera e da esperança, tomados, invadidos pela admiração e a gratidão”, enfatizou o cardeal. Segundo ele, “é a gratidão que move os grandes homens e as grandes mulheres. Eles encantaram-se com o amor Deus manifestado, apresentado no templo carregada nos braços da nossa humanidade. Diante de tanto amor, do nada e do pouco de Deus, diante de tamanha doação: admiração, gratidão!”. Falando da admiração de José e Maria, ele disse que “a admiração e a gratidão que fazem da família de Nazaré espaço de salvação para todo o povo. Agora a família de Nazaré que se faz família de Israel, família da humanidade. Na família de Nazaré todas as famílias com todas as gerações, passadas e futuras. Deus visitou o seu povo e o libertou!”. Dom Leonardo fez um chamado a “sermos tomados pela admiração! Sermos em nossas famílias tomados pela admiração! Significa, abrir-se aos outros, compreender as razões, os…
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Dom Mário Pasqualotto exige providências diante de novo assalto na Fazenda da Esperança de Maues

Diante de mais uma tentativa de assalto na Fazenda da Esperança de Maues, Dom Mário Pasqualotto, bispo auxiliar emérito de Manaus, que acompanhas as Fazendas da Esperança no Estado do Amazonas denunciou uma situação que já se repetiu por seis vezes nos três anos e meio em que funciona a Fazenda em Maues, manifestando sua tristeza diante do acontecido, pedindo a reação do povo diante de tanto roubo para que as autoridades e a polícia tomem providências. O bispo, que trabalhou como missionário em Maues de 95 a 98, não descarta a possibilidade de fechar a Fazenda da Esperança em Maues, manifestando o desejo de alguns dos internos de ir embora por medo diante do que está acontecendo, algo que ele diz entender. No último assalto, acontecido na noite desta sexta-feira um dos vigias foi vítima de um tiro de espingarda e teve ser levado para o hospital da cidade. Segundo Dom Mário Pasqualotto, os roubos em Maues se tornaram algo comum. A Fazenda da Esperança de Maues, em consequência da maior seca que já sofreu o Amazonas em mais de cem anos, ficou com grande dificuldade de acesso, disse o bispo, que relatou o fato acontecido na noite da última sexta-feira, mostrando sua preocupação e denunciando que “a gente vai lá para fazer o bem e nos roubam”. Ele denuncia a pouca presença policial em Maues e os poucos meios para realizar seu trabalho, um município com uma população de 66 mil habitantes, segundo dados do IBGE, tendo realizado diversas cobranças ao Governo Estadual e a Secretaria de Segurança do Estado, em vista de maior policiamento e controle. Ele insistiu várias vezes na necessidade do povo se manifestar e exigir responsabilidades ao poder público. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1