Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Dia: 28 de janeiro de 2024

Nota de Solidariedade do Regional Norte1 da CNBB pela Páscoa de Dom Walter Ivan de Azevedo

O Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispo do Brasil publicou uma nota de solidariedade pela Páscoa de Dom Walter Ivan de Azevedo, bispo emérito da Diocese de São Gabriel da Cachoeira. Assinada pela presidência do Regional, Cardeal Leonardo Ulrich Steiner, Arcebispo da Arquidiocese de Manaus e Presidente do Regional Norte 1; Dom Adolfo Zon, Bispo da Diocese de Alto Solimões e Vice-presidente; e Dom José Altevir da Silva, Bispo de Diocese da Prelazia de Tefé e Secretário, é dirigida a Dom Edson Damian, administrador apostólico e Mons. Raimundo Vanthuy Neto, bispo eleito da Diocese de São Gabriel da Cachoeira. O texto diz ter recebido com imenso pesar “a notícia do falecimento de Dom Walter Ivan de Azevedo, bispo emérito da diocese de São Gabriel da Cachoeira, acontecida hoje, 28 de janeiro de 2024, na cidade de Manaus – AM”, monstra sua solidariedade com “a Diocese de São Gabriel da Cachoeira pela Páscoa de nosso irmão”. A nota define o bispo falecido como “um testemunho de Pastor, comprometido com a missão e as causas dos povos indígenas do Alto Rio Negro”, lembrando que “foi bispo titular da diocese de São Gabriel da Cachoeira entre 1988 e 2002”. Igualmente destaca o fato de ter sido “uma testemunha missionária salesiana fecunda e presença de comunhão e colegialidade entre os bispos em nosso Regional Norte1”. O Regional Norte1 da CNBB louva a Deus “pela vida e ministério de nosso irmão”, definindo-o como “homem das artes e intelectual que buscou compreender e viver a diversidade cultural dos povos onde missionou”. Finalmente, na nota o Regional Norte1 diz se unir “a todos e todas os que sentem sua partida, deixando saudades: diocese de São Gabriel da Cachoeira, Salesianos de Dom Bosco, familiares e amigos”. Finalmente, pedem a intercessão do Arcanjo Gabriel e Nossa Senhora da Amazônia para que o conduzam à morada da Trindade. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Faleceu aos 97 anos Dom Walter Ivan de Azevedo, bispo emérito de São Gabriel da Cachoeira

Faleceu hoje 28 de janeiro de 2024 em Manaus (AM), aos 97 anos de idade, segundo informações da Inspetoria Salesiana São Domingos Savio, Dom Walter Ivan de Azevedo, bispo emérito da Diocese de São Gabriel da Cachoeira. Nascido em São Paulo (SP) no dia 8 de maio de 1926, pertencia à Congregação dos Salesianos e recentemente, no dia 8 de dezembro de 2023 completou 70 anos de ordenação presbiteral. Dom Walter Ivan de Azevedo foi ordenado bispo em 27 de julho de 1986, assumindo o cargo de bispo-coadjutor da diocese de São Gabriel da Cachoeira. Em 27 de fevereiro de 1988 passou a ser bispo titular da diocese, e aposentou-se por limite de idade em 23 de janeiro de 2002. Sendo emérito, Dom Walter viveu nas casas da Congregação Salesiana em Manaus. O velório será realizado na paróquia São José Operário Leste de Manaus (Rua Paracuuba, 178). Será aberto à visitação 9:30 da da segunda-feira 29 de janeiro, e às 14 horas será celebrada a missa de corpo presente presidida por Dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da CNBB. Seguidamente será sepultado no Cemitério São João Batista. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Leonardo: “O espírito mau que hoje divide as nossas comunidades, as nossas famílias”

O cardeal Leonardo Steiner iniciou sua homilia do 4º Domingo do Tempo Comum lembrando que “a primeira leitura nos mostrava a origem da profecia, do profeta. Profecia que nasce no encontro do Monte Sinai, quando o povo, aterrorizado pela presença de Deus, pede que não lhe fale diretamente, mas, por meio de um mediador (cf. Ez 20,19; Dt 5,24). Deus que fala através de Moisés no Sinai e depois do Sinai, e, posteriormente, através dos profetas”. O arcebispo de Manaus disse que “estamos acostumados com as falas duras e as denúncias dos profetas. Existe a denúncia e ela é forte, dura, afiada como uma espada. A denúncia mostrava, visibilizava o afastamento do povo da sua origem, da fonte, da eleição que Deus realizara em Abraão, Isaac e Jacó. Deus envia o profeta para reconduzir, despertar, abrir os olhos, fazer ver como o povo estava distante e distanciado de Deus. A missão do profeta é reconduzir o Povo à graça da Aliança”. “Eles denunciam, para provocar a conversão. Os profetas proclamam, agem impulsionados pela palavra recebida de Deus. Eles indicam o futuro! Não uma previsão do futuro, mas o despertar para o futuro, pois receberam a missão de converter, de reconduzir à fidelidade Deus. Missão que está fontada no amor que Deus tem pelo seu povo”, destacou dom Leonardo. Ele destacou como admirável que, “por ocasião da instituição do profetismo, na primeira leitura, por duas vezes, Deus insista em proclamar que fará surgir para seu povo um profeta semelhante a Moisés”, lembrando que “um profeta que não esteja comprometido com o centro político ou religioso, mas o porta voz da palavra confiada por Deus. Por isso, a tradição judaica sempre esperou o Messias como um novo Moisés (At 3,22-23; 7,37; Jo 1,17; 5,45-47) e a tradição cristã viu e tem Jesus Cristo como o último profeta”. Analisando o texto do Evangelho, o cardeal Steiner destacou que “a nos recordar o que ouvimos no Deuteronômio”, relatando que “na sinagoga de Cafarnaum, local do ensino oficial da Lei e sua interpretação pelos mestres autorizados, Jesus começa a ensinar. É dentro do ensinamento e autoridade da Sinagoga que Jesus começa a lançar as luzes do novo ensinamento, uma nova autoridade, um reencontro com o Deus da Aliança. Seu ensinamento tem autoridade e a sua fama se espalha rapidamente por toda a região”. “Sábado, dia sagrado, destinado a recordar, celebrar e agradecer as maravilhas que Deus operara outrora em favor de seu Povo: a libertação da escravidão egípcia. A celebração, normalmente, começava com as palavras de súplica”, recordou o arcebispo de Manaus, citando as palavras do Shema Israel. Ele lembrou que “depois dessa verdadeira profissão de fé, seguiam orações, cânticos, uma leitura da Torah e outra dos Profetas. Em seguida oferecia-se aos presentes comentários às leituras. A celebração era concluída com uma benção”. Dom Leonardo enfatizou que “Jesus, certamente apresentou o seu ensinamento a partir do texto sagrado, despertando admiração”. Segundo ele, “o seu ensinamento a partir da Lei tinha outra tonância, outra força, outro horizonte, tinha autoridade. O seu ensinar remetia às fontes, às origens do povo de Israel”. É por isso que “a autoridade de Jesus, o novo e verdadeiro profeta, a sua força vivificadora se manifesta nas palavras, na autoridade de suas palavras, e no confronto com o espírito mau”. “Ao expulsar, afastar o espírito mau, devolve o espírito da descendência de Abraão, Isaac e Jacó. Nos impressiona que o espírito mau esteja dominando o homem dentro da casa da palavra e da oração. Entre os reunidos em assembleia escutante e de prece, está o espírito mau. Jesus ao intimar que saia do homem, devolve o espírito do bem, da bondade, ao homem que se encontra na sinagoga em assembleia. O espírito bom, o da misericórdia, é cheio de zelo, de fidelidade. Faz entrever a bondade, os desejos, os amores, os anseios, as buscas. As ruínas? Reconstrói. Descaminhos? reconduz. Laços rompidos? aproxima, irmana, amoriza. Trevas? Alumia. O espírito novo a conduzir as relações humanas que dignificam, santificam, salvam. O espírito da compaixão acolhe, restaura, da vida, perdoa, enobrece, frutifica. O espírito da verdade supera as diferenças, as desavenças, concede palavras apropriadas. O espírito da compaixão se faz “fraco com os fracos (…) e tudo para todos” (1 Cor 9, 22)”, destacou o presidente do Regional Norte1 da CNBB. Em suas palavras, Dom Leonardo Steiner enfatizou que “Jesus no lugar da palavra e da prece, propõe um projeto de liberdade e de vida, liberta e oferece o espírito da bondade. Ao egoísmo, Ele contrapõe a doação e a partilha; ao orgulho e à autossuficiência, propõe o serviço simples e humilde a Deus e aos irmãos; à exclusão, Ele oferece a tolerância e a misericórdia; à injustiça, ao ódio, à violência, Ele contrapõe o amor sem limites; ao medo, Ele propõe a liberdade; à morte, Ele contrapõe a vida. No expulsar o espírito mau, liberta, salva, redime! As suas palavras e ações são verdadeiramente transformadoras, capaz de libertação, abrir novos horizontes, nova vida.  Ele é a presença da Boa Nova, o espírito novo, que transformar a todos os homens e todas as mulheres da terra”. Segundo ele, “esse é o novo ensinamento de Jesus: fazer aparecer a Boa Nova do Pai nas pessoas, principalmente, aos pecadores, marginalizados, doentes, pobres, abatidos; fazer aparecer a verdadeira identidade de filhos e filhas de Deus, expulsar os espíritos maus, libertar, desacorrentar. Espírito mau que se introduz no espaço da palavra, da oração, e que não deixar saborear a palavra, distancia a Assembleia orante. Jesus um verdadeiro profeta. O profeta anunciado por Deus: Farei surgir do meio de meus irmãos, um profeta semelhante a ti. Porei em sua boca minhas palavras e ele lhes comunicará tudo o que eu mandar (cf. Dt 18,17-18)”. “O espírito mau que hoje divide as nossas comunidades, as nossas famílias. O espírito mau que nos distância dos pobres e dos necessitados. O espírito mau que nos separa como irmãos e irmãs. O espírito mau que suscita a violência, a morte, a separação. Jesus nos…
Leia mais