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Dia: 31 de janeiro de 2024

Retiro do Clero de Borba: Um tempo de profunda experiência de Deus a partir da sinodalidade

O Clero da Diocese de Borba está realizando seu Retiro anual de 29 de janeiro a 1º de fevereiro na Casa de Retiro Vicente Cañas de Manaus, sob a orientação do padre Adelson Araújo dos Santos, jesuíta. Um momento para descobrir que “são essenciais, na vida cristã, a oração, a humildade, a caridade para com todos: este é o caminho da santidade”, palavras do Papa Francisco. No Retiro, o professor da Universidade Gregoriana de Roma está apresentando a bela experiência de um caminho sinodal, motivando os participantes a viver os passos espirituais do caminho sinodal: encontrar – escutar – discernir. Uma temática recolhida no livro apresentado em Manaus na no dia 25 de janeiro, que tem como título a tema do Retiro. O Retiro iniciou com uma celebração eucarística, momento em que Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, bispo da Diocese de Borba acolheu fraternamente a todos e expressou seu desejo de que este Retiro seja “tempo de meditação pessoal sobre a Palavra, tempo de revisão, tempo de encontro, tempo de silêncio”, desejando aos participantes que seja um tempo de profunda experiência de Deus a partir da sinodalidade; um tempo de rezar, celebrar, descansar e aprimorar a espiritualidade missionária, um tempo de graça, um tempo de reflexão e de encontro com Deus e com o clero diocesano. “Um tempo muito esperado pelos nossos padres, pois a comunhão presbiteral precisa ser cultivada na oração, na convivência e na missão”, insistiu o bispo. Segundo Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, o tempo de Retiro busca “que nos faça mais fraternos, que seja uma experiência de perdão de si e dos outros, que fortaleça nossa unidade e comunhão”. O Retiro está sendo realizado à luz da espiritualidade inaciana, sendo feito um convite por parte do padre jesuíta a seguir cinco passos na oração pessoal: o lugar da oração, a presença de Deus, o texto bíblico, o diálogo com Deus e anotar a experiência. Isso em vista do tema, que quer aprofundar no Caminho Sinodal nas palavras do Papa Francisco: encontrar – escutar – discernir. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Padre Geraldo Bendaham: No Jubileu 2025 “há uma necessidade de renovar a esperança”

Foto: CNBB A Casa Dom Luciano Mendes acolheu nos dias 29 e 30 de janeiro de 2024 o encontro de preparação para o Jubileu 2025, com a participação de mais ou menos 300 pessoas de todos os regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dentre eles o Regional Norte1. Um encontro que contou com a Igreja brasileira está se preparando para o Jubileu 2025, como informa a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com um encontro que contou com a presença de Dom Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização e coordenador do Jubileu 2025. Um Jubileu que será “um momento de graça para toda a Igreja“, segundo Dom Fisichella, que animou a todos a se envolver ne Jubileu. Desde o lançamento do Jubileu, que tem como tema “Peregrinos da Esperança”, pelo Papa Francisco, se deu o envolvimento da Igreja do Brasil, que criou uma comissão preparatória e traduziu e publicou os folhetos preparatórios. Dom Rino Fisichella enfatizou a necessidade de construir um futuro sustentado pela esperança, que está ligada à fé e à caridade. A partir daí, ele destacou a necessidade de cada crente ser uma testemunha crível dessa esperança e de expressar a dimensão comunitária da esperança na Igreja. Um Jubileu que deve ser uma oportunidade para avançar na missão evangelizadora, segundo Dom Leomar Brustolin, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblica e Catequética e do Regional Sul 3 da CNBB. Ele insistiu em três aspectos: os sinais dos tempos, a conversão pastoral e a missão, lembrando que o Documento de Aparecida chama a Igreja a ser uma comunidade de comunidades, a estar sempre em estado permanente de missão, a uma conversão pastoral que priorize o essencial, a renovação pessoal e comunitária em Jesus Cristo. O Jubileu tem fundamentos bíblicos, segundo analisou o segundo vice-presidente da CNBB e arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson Nóbrega. Ele comparou o Jubileu ao ano sabático, lembrando que atualmente ele se tornou uma indulgência plenária concedida pelo Papa a cada 25 anos. Por isso, ele pediu que o Jubileu seja visto como “um projeto cíclico de esperança, que busca a libertação, a superação das desigualdades, que busca a devolução das terras à suas origens, mas também tem a perspectiva da construção de um projeto que leva as pessoas a encontrarem um Deus que é salvador”. Dentre os participantes do Regional Norte1, Andrey Braga destacou a importância de sua participação como leigo neste encontro que prepara o Jubileu 2025, e a alegria de participar da construção desse Jubileu para a Igreja do Brasil e para a Igreja da Amazônia. Ele vê o Jubileu como oportunidade para refletir sobre o Vaticano II, insistindo na necessidade de que os documentos cheguem nas bases, nas comunidades. Refletindo sobre o tema do Jubileu, algo que já faz parte da tradição da Igreja, primeiro de 100 em 100 anos, depois de 50 em 50, e agora de 25 em 25, o padre Geraldo Bendaham disse que “há uma necessidade de renovar a esperança, significa que estamos em um mundo desesperançado. Mas não é uma esperança qualquer, é uma esperança cristã, que ilumina a vida, a última esperança é Cristo”. Ele ressaltou que “a esperança faz parte das três dimensões da vida cristã: fé, esperança e caridade”. Para a vivência do Jubileu foi feita uma longuíssima preparação, destacou o padre Bendaham, que inicia em 2024, dedicado à oração e para isso serão publicados vários subsídios. Ele disse ver a “necessidade de orar para estabelecer essa comunhão com o Senhor, com Deus”. Para esse Jubileu existe um Calendário de eventos em Roma, 35 segundo a lista oficial, que farão parte da programação que inicia com a abertura da Porta Santa no dia 24 de dezembro de 2024. Se esperam 32 milhões de peregrino, dentre eles 250 mil brasileiros, e tem sido elaborado um site em 10 línguas, também em português. “A dificuldade que tal vez as Igrejas locais vão encontrar para a vivência do Jubileu 2025 seja a capacidade criativa de integrar a experiência do Jubileu, que é uma proposta da Igreja universal com as inúmeras atividades que a Igreja local já tem”, destacou o padre Geraldo Bendaham. Na Arquidiocese de Manaus, onde ele é Coordenador de Pastoral, “nós estamos em um processo pastoral, nós estamos assumindo as diretrizes, as comissões. Então como é que a Igreja pode inserir tudo isso, integrando-o, sem excluir nenhum aspecto”. Finalmente chamou a refletir sobre o fato de ficar fora do Jubileu muitos grupos, como quilombolas ou povos indígenas. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1