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Dia: 23 de fevereiro de 2024

Com presença da Madre Geral, salesianas encerram a comemoração de 100 anos na Amazônia: uma presença fecunda, missionária, consoladora, educadora

A Inspetoria Salesiana Nossa Senhora da Amazônia está recebendo a visita da Madre Geral das Filhas de Maria Auxiliadora, Chiara Cazzuola. O motivo da presença da Superiora Geral da Congregação é o encerramento dos 100 anos da chegada das primeiras salesianas na Amazônia. Um momento de grande alegria para aquelas que hoje continuam o trabalho iniciado em 1923 na diocese de São Gabriel da Cachoeira, que tem esperado a chegada da Madre Geral com expectativa e muito alegria, segundo foi comentado na Missa de Ação de Graças, presidida pelo cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), realizada nesta sexta-feira 23 de fevereiro na sede da Inspetoria, em Manaus. Dom Leonardo agradeceu o convite para poder participar do encerramento da celebração dos 100 anos de presença das Filhas de Maria Auxiliadora na Amazônia, “uma presença fecunda, uma presença missionária, uma presença consoladora, uma presença educadora”. O arcebispo insistiu em “recordar tantas irmãs que deram a vida pela missão”. Uma presença inspirada nas palavras da Madre Mazzarello, fundadora do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora: “coragem, avancemos com um coração grande e generoso”. Mas também nas palavras do Papa Francisco às capitulares: “Não esquecer a graça das origens”, que as salesianas querem viver nestes dias, um tempo especial de graça, um kairós, que as leve a lembrar “as remadas nas viagens nesta exuberante Amazônia, feitas com fé, amor, alguns espinhos, coragem e gratidão”, sabendo que o rio continua. O cardeal Steiner, inspirado no texto evangélico da Visitação de Maria a Isabel, disse que “talvez, as irmãs que vieram 100 anos atrás, vieram também com passos apressados porque haviam concebido Jesus”, uma ideia presente em São Francisco de Assis, que dizia que “nós devemos conceber a Palavra de Deus a dá-lo à luz”. Ele disse imaginar “aquelas irmãs que no despojamento vieram com alegria, apressadamente, porque vieram com alegria, com disposição, com disponibilidade, vieram como verdadeiras missionárias, porque perceberam que Deus havia dado a elas uma tarefa, uma verdadeira missão”. O presidente do Regional Norte1 da CNBB destacou a falta de arrogância, o despojamento, simplicidade nas irmãs, que “tiveram que vir descalças, disponíveis, para pode fazer com que a presença fosse um anúncio”. Ele ressaltou as muitas comunidades indígenas que “pela presença de Deus nas irmãs, pela presença do Verbo Encarnado nas irmãs, começaram a perceber que havia uma novidade, que havia uma Boa Nova, que havia um Evangelho, a ser ouvido, mas também vivido”. O cardeal pediu “seguir os passos dessas primeiras irmãs, termos um mesmo passo apressado, um passo alegre, um passo disponível, um passo livre, para que de novo Deus possa se encarnar no mundo de hoje, para que a Palavra seja encarnada, vivida, para que a Palavra de novo motivo de transformação”. Se dirigindo à Madre Geral, ele pediu que sua presença seja “essa presença do carisma, e no carisma ser essa presença de Jesus”, e que sua presença “nos ajude a todos a sermos cada vez mais essa presença que anuncia”. A Madre Geral destacou que comemorar o centenário é um acontecimento muito grande, afirmando que “nós estamos aqui porque as irmãs, corajosas e sem medo, chegaram aqui com a força do amor”. A religiosa insistiu em que “hoje deus nos pede o mesmo coração, o mesmo entusiasmo, a mesma convicção”, mostrando seu desejo de que “nós saibamos encarnar a força do carisma neste momento histórico, que não é muito feliz, mas é o nosso momento”. Finalmente ela pediu que a Inspetoria possa continuar crescendo com santas vocações. A Madre Geral visitará São Gabriel da Cachoeira, o local onde iniciou a presença das salesianas na Amazônia, “um momento de celebração, de lembrança, memória, agradecimento a Deus”, segundo a Ir. Carmelita Conceição, Superiora da Inspetoria Nossa Senhora da Amazônia. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Ezequiel, o livro a ser estudado no Mês da Bíblia 2024

A Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) acaba de apresentar os materiais para o Mês da Bíblia, que em 2024 vai refletir sobre o Livro do Profeta Ezequiel, com o lema “Porei em vós meu espírito e vivereis” (cf. Ez 37,14). Além dos livretos para realizar os círculos bíblicos, será disponibilizado o texto-base para poder aprofundar no estudo do texto de Ezequiel. Segundo recolhe o site da CNBB, dom Leomar Antônio Brustolin, arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, destacou que a celebração do Mês da Bíblia, em todo o Brasil, é expressão de sinodalidade. Segundo o arcebispo, “cada comunidade, a seu modo, unida às outras no propósito comum de tornar a Palavra de Deus conhecida, rezada, meditada e, principalmente, anunciada pelo testemunho autêntico de tantos fiéis comprometidos e encantados pela Escritura”. Dom Leomar enfatizou igualmente a relação entre o testemunho do profeta Ezequiel e o convite feito pelo Papa Francisco à preparação para o Jubileu 2025: “O convite para que sejamos peregrinos de esperança nos faz ser como Ezequiel: arautos da esperança em meio àqueles que, porventura, possam ter se esquecido de Deus ou perdido o seu caminho”. Com relação ao trabalho a ser realizado nas paróquias e comunidades, o presidente da Comissão disse esperar que “este Mês da Bíblia possa ser mais um marco na caminhada evangelizadora e missionária de nossa comunidade, fazendo brilhar a luz da Palavra de Deus, que convida à esperança e ensina a direção para voltar a Deus, experimentando suas maravilhas já sinalizadas por nós”. A proposta é que ao longo do mês de setembro sejam realizados cinco encontros bíblicos, que possam ajudar a um maior conhecimento do texto bíblico e que levem aos participantes dos encontros a um contato profundo e orante com a Palavra de Deus contida no livro, usando o método da lectio divina. Segundo o arcebispo de Santa Maria (RS), os encontros buscam “oferecer ao grupo não um espaço de discussão ou de aprendizado intelectual, mas de escuta profunda do Senhor e contemplação de sua Palavra, que nos permite discernir novas direções e nos convida à conversão”. Os materiais elaborados serão disponibilizados pela CNBB e pelos regionais para que as paróquias e comunidades possam realizar a reflexão proposta para o Mês da Bíblia 2024 a partir do Livro do Profeta Ezequiel. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1