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Dia: 6 de março de 2024

Clero de Manaus realiza Retiro, “oportunidade para renovar nosso encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo”

O clero da arquidiocese de Manaus realiza de 04 a 07 de março de 2024 seu Retiro Anual, que tem como pregador a Dom Giuliano Frigeni, bispo emérito da diocese de Parintins. Com a participação de mais ou menos 80 padres, o retiro está sendo realizado na Maromba, o Centro de Treinamento de Lideranças da arquidiocese, e tem como tema “Sempre discípulos de Cristo”, inspirado no Exercícios Espirituais que o cardeal Cláudio Hummes orientou aos membros da Cúria Vaticana em fevereiro de 2002. Um seguimento de Jesus Cristo, que segundo disse o Papa João Paulo II, no final daqueles exercícios “constitui o elemento fundamental de nossa vida”. O Retiro do Clero é um sinal de comunhão como expressão do discipulado, segundo Dom Zenildo Lima, bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus, que participa do retiro junto com Dom Hudson Ribeiro, também bispo auxiliar. Dom Zenildo destacou a importância de “dar-nos a conhecer pelas atitudes”, ressaltando a importância da eloquência das atitudes e de constituirmos uma Igreja orante. O pregador do retiro disse que é “um tempo para mobilizar novas energias, para na presença de Deus nos tornarmos irmãos e irmãs”. Dom Giuliano Frigeni insistiu no retiro como “oportunidade para renovar nosso encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo”. Refletindo sobre a temática do retiro, o bispo emérito da diocese de Parintins afirmou que “só o bom discípulo será um bom mestre da fé”, insistindo em que os ministros ordenados “somos depositários e não proprietários da Palavra de Deus”. Ele fez um chamado a “estar ao serviço da Palavra com fidelidade e disponibilidade”, dizendo que “as pastorais nascem do coração do pastor, não de um organizador”. Daí a importância de “nos educar a sermos discípulos”. Durante o Retiro do Clero os participantes têm a possibilidade, durante o tempo da quaresma, de aprofundar na oração pessoal e comunitária, sendo momento de refletir sobre a vida de cada um e o ministério ordenado. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Missão na paróquia indígena de Belém do Solimões pelos 115 anos de presença capuchinha no Amazonas e Roraima

A Custódia dos Frades Capuchinhos no Amazonas e Roraima, que estão completando 115 anos de presença na região, está celebrando seu Ano Missionário. Uma oportunidade “para fazermos memória dos nossos antepassados, daqueles que nos precederam no carisma franciscano-capuchinho” e junto com isso “nos envolver para uma reanimação missionária”, segundo expressou Frei Mário Ivon Ribeiro, superior da Custódia do Amazonas e Roraima, em carta aos confrades. Segundo o frade, o trabalho missionário dos capuchinhos ao longo de mais de 100 anos, “navegando dias ao longo dos rios, levando assistência espiritual e social à população”, considerando que essa presença “foi vital para a formação e desenvolvimento das comunidades”, buscando a promoção da vida humana, servindo “como enfermeiro, engenheiro, arquiteto, atleta, músico, professor”, produzindo um encontro intercultural em busca de “uma evangelização que abandona os horizontes do ‘civilizar-se’ e tornando-se promoção humana”. A missão iniciada por missionários italianos da Provincia Capuchinha da Úmbria, hoje é continuada e animada por frades nascidos na região, “com o rosto de uma Igreja amazônica”, segundo o superior. Ele insistiu em ver o Ano Celebrativo Missionário como momento para “nos lembrar, antes de tudo, da nossa vocação missionária”. 10 frades participam de 1º a 10 de março de 2024 na paróquia São Francisco de Assis de Belém do Solimões, diocese de Alto Solimões da Missão Capuchinha. A missão acontece numa área indígena que contempla essa presença dos capuchinhos e que consolida também a permanência dos frades, segundo frei Paulo Xavier Ribeiro. O frade destacou que “nós ficamos e continuamos a evangelização, o testemunho do projeto de Deus a partir da realidade simples, conduzindo a nossa vida a partir dos sonhos que a Querida Amazônia expressa nas palavras do Papa Francisco, um sonho  social, um sonho cultural, um sonho que pode nos ajudar a consolidar sempre mais a vida dentro dessa dimensão da ecologia, e sobretudo reconhecer que como Igreja, nós podemos sonhar com uma Igreja da simplicidade, uma Igreja da humildade, uma Igreja a partir dos povos originários”. “Essa dimensão nos ajuda a compreender que com esse impulso, nós vamos continuar a testemunhar a nossa vida de frades capuchinhos, aqui no Amazonas e Roraima, favorecendo sempre esse encontro com a cultura, com os povos, com os costumes, com a vida do povo e vivendo a partir daquilo que é a vocação dos franciscanos capuchinhos, nos exercitando nesse caminho de ser uma Igreja de comunhão, uma Igreja de participação, uma Igreja missionária”, enfatizou o frade capuchinho. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1