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Dia: 8 de março de 2024

8 de março em Manaus: “Sem as mulheres na Igreja da Amazônia, a gente não tinha praticamente nada”

No Dia da Mulher, as mulheres manauaras saíram às ruas da capital do Amazonas para continuar a luta pelos seus direitos. Muitos desses direitos são reconhecidos, mas não são efetivados, fazendo com que as mulheres, também na Amazônia, continuem sendo vítimas do feminicídio e de tantas outras situações que foram denunciadas ao longo da caminhada que partiu da Praça da Matriz e foi até o Largo de São Sebastião, na frente do Teatro Amazonas, um dos pontos mais emblemáticos da cidade. Dentre as mulheres participantes, muitas delas eram católicas, representantes da Vida Religiosa e lideranças das pastorais, movimentos e comunidades, onde não podemos esquecer, elas têm um papel fundamental para que a Igreja da Amazônia continue sendo semente do Reino. Ser mulher na Amazônia e na Igreja da região significa segundo a Ir. Sônia Matos “ser totalmente impregnada do Espírito de Deus que cria, ser solidária com a criação, solidária com os povos da floresta, com os povos da terra, e significa viver plenamente feliz, inserida neste território”. A superiora das irmãs adoradoras do Sangue de Cristo vê como desafios que são enfrentados, “o autoritarismo, o machismo, tanto na sociedade como na Igreja, e uma desqualificação, uma invisibilidade da mulher, que ela é excluída pelo simples fato de ser mulher, tanto na Igreja como na sociedade, ocupando nossos espaços que nos pertencem por direito e também pelo batismo”. Diante do grande machismo e violência que existe em Manaus, Conceição Silva afirma que “ser mulher é resistir”, insistindo que como mulheres amazônicas, as mulheres têm que se precaver em suas relações. Ela faz um chamado a que aqueles que participam das pastorais lutem contra essa violência. Para isso demanda a necessidade de estar juntos, “todos os movimentos, todas as pastorais, para refletir sobre esse enorme número de feminicídios”, sendo o Dia da Mulher mais uma oportunidade para estar junto e refletir. A mulher na Igreja da Amazônia, “ela tem que ter resiliência”, afirma a membro das Pastorais Sociais da Arquidiocese de Manaus. Ela destaca que “atualmente a Amazônia está sendo muito visada por todo mundo”, o que a leva a dizer que “nós como Igreja, nós temos que avançar, nós temos que lutar contra todo esse tipo de violência contra a natureza, contra os indígenas, os quilombolas, os ribeirinhos. A gente tem que estar junto com eles, porque Jesus veio para os mais necessitados, Jesus não ficou só olhando, ele esteve no meio. As pastorais, os leigos na Amazônia têm que estar dedicados a estar junto, no meio do povo, esse é o verdadeiro Evangelho”. O momento atual é de muito desafio como mulher, leiga, indígena na Amazônia, segundo Gorete Oliveira. Ela denuncia a dificuldade diante da falta de segurança, a complicação que é vivida no campo da educação, com grande dificuldade para entrar no ensino superior. A membro da Equipe Itinerante, diante dessa realidade, insiste em que “ser mulher na Amazônia é ser uma gigante, é lutar, lutar e nunca parar de lutar”. “Sem as mulheres na Igreja da Amazônia, a gente não tinha praticamente nada”, afirma Guadalupe Souza Peres. A liderança na Arquidiocese de Manaus, “a presença das mulheres na Igreja neste chão amazônico é de fundamental importância, principalmente nas comunidades”, lembrando a falta de padres em muitas comunidades falta de padres, o que faz fundamental essa presença feminina. Para esse trabalho das mulheres, ela diz que “a dificuldade é o clericalismo muito grande”. Ela insiste em que não fala de “clericalismo dos padres, mas das pessoas que querem ser donas da Igreja, e no caso as mulheres encontram muitas barreiras também nessa parte”. Se referindo à sociedade, ela disse que “a gente sabe que a gente tem esse dia, mas todos os dias a gente luta para poder ter voz e vez na sociedade que a gente vive”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

2024, Ano de Visita Pastoral na Diocese de Borba: “tempo de graça, de escuta, de sinodalidade”

A Diocese de Borba, segundo informou Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, está vivendo em 2024 a Visita Pastoral em todas as paróquias e áreas missionárias. O calendário de visitas, que iniciou no final do mês de fevereiro, tem previsto ser encerrado no mês de novembro. O bispo diocesano de Borba diz estar vivendo essa visita como um tempo de graça, de escuta, de sinodalidade, como um tempo de gerar proximidade entre o bispo e as paróquias e áreas missionárias, as lideranças e os conselhos. A visita pastoral, segundo recolhe o roteiro de orientação elaborado por Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva e enviado às paróquias e áreas missionárias, é uma das missões do Bispo, uma oportunidade para o encontro e diálogo do Bispo com os fiéis, que segundo o Direito Canônico deve ser realizada em toda a diocese a cada cinco anos. Dentre os objetivos dessa visita destaca a possibilidade do Bispo encontrar, conhecer e ouvir os fiéis, acolhendo e escutando aquilo que faz parte da vida do povo, renovando a esperança numa Igreja ministerial e sinodal. A visita pastoral também possibilita avaliar a eficiência das estruturas e instrumentos de evangelização, ajudar as comunidades a resolver dificuldades e ser um momento de encontro que ajuda a entender a natureza da Igreja. O bispo se encontra com os padres, o Conselho Pastoral, o Conselho Paroquial para Assuntos Econômicos, visita as escolas, as comunidades indígenas, os doentes, as autoridades, celebra missas na matriz, controle dos livros paroquiais. No final da visita será enviado ao pároco um relatório contendo considerações mais detalhadas da Visita Pastoral. Todas as paróquias e áreas missionárias da Diocese de Borba estão se preparando para a Visita Pastoral de Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, que destaca a importância dessa visita. A visita pastoral foi iniciada de 23 a 25 de fevereiro de 2024 na Paróquia de São José, no distrito do Novo Céu, no município de Autazes. Nesta semana, de 06 a 10 de março, está sendo realizada a visita pastoral na Paróquia de São Joaquim e Sant´Ana em Autazes, “visitando as comunidades, as obras sociais, toda nossa dinâmica missionária”, destacou o Bispo diocesano de Borba. Ele insiste em que “assim, vou visitar todas as áreas missionárias, todas as paróquias, até novembro, um calendário bem extenso para a gente marcar presença e ao mesmo tempo gerar proximidade, acompanhar nossas lideranças na missão”.   Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Clero da Diocese de Coari realiza seu encontro semestral e celebra Missa dos Santos Óleos

O clero da Diocese de Coari realizou de 04 a 07 de março de 2024, na Casa de Retiro Santo Afonso, que também é o Centro Diocesano de Formação Missionária, seu encontro semestral, que contou com a participação dos 17 Padres que evangelizam nas paróquias dessa Diocese. Os Presbíteros, junto com seu bispo Dom Marcos Piatek, rezaram, trocaram as experiencias sacerdotais, refletiram sobre a sua vocação presbiteral na nossa realidade hoje, abordando também alguns assuntos administrativos e pastorais. Durante o encontro os recém-formados teólogos pela Faculdade de Teologia do Amazonas, Leonardo Rufino da Silva e Willian da Silva Aragão, foram admitidos para a Ordenação Diaconal, que será realizada no dia 15 de junho de 2024 na Catedral de Coari. No dia 06 de março todos os Padres se reuniram na Catedral Senhora Sant´Ana para celebrar a Missa dos Santos Óleos, presidida por Dom Marcos Piatek. Os padres renovaram suas Promessas Sacerdotais. Em seguida foram abençoados e consagrados os Óleos dos Catecúmenos, da Crisma e dos Enfermos. No final da solene celebração Dom Marcos agradeceu aos Padres pela sua vida doada a Deus e ao povo da Diocese de Coari, e convidou os numerosos fiéis reunidos na catedral a colaborar e rezar pelos seus respectivos padres. Seguidamente foi entregue a cada um dos padres, além dos Santos Óleos, o livro: “Presbíteros: Testemunhas da Esperança”, da autoria do Pe. Humberto Robson Carvalho. O último dia do encontro foi dedicado à confraternização e a um passeio na Lancha Catedral, até a “Freguesia de Coari” (onde nasceu a cidade de Coari) em comemoração dos 250 anos da Paroquia Sant’Ana e São Sebastiao. Dom Marcos Piatek e o clero da Diocese de Coari agradeceram à Paroquia Sant’Ana e São Sebastião, com seus respectivos padres pela bonita organização do Encontro do Clero. O bispo diocesano desejou aos nossos padres que sejam “alegres na esperança, perseverantes na tribulação, constantes na oração” (Rm 12,12), pedindo que o Espírito Santo continue os guiando e fortalecendo na sua caminhada presbiteral. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1