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Dia: 16 de maio de 2024

Material do Regional Norte1 para o Mês da Bíblia 2024: Ler o Profeta Ezequiel a partir da Amazônia

Uma leitura do Livro do Profeta Ezequiel a partir da realidade amazônica. Esse poderíamos dizer que é o propósito dos Encontros Bíblicos em Comunidade que o Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil preparou para o Mês da Bíblia 2024, a ser realizado no mês de setembro, que tem como lema “Porei em vós meu Espírito, e vivereis” (Ez 37,14). “A Palavra a iluminar a nossa vida, a vida das comunidades”, segundo disse o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1, cardeal Leonardo Ulrich Steiner, na apresentação do material. Ele vê o Mês da Bíblia como “oportunidade de nos aproximarmos e nos aprofundarmos no conhecimento da Palavra de Deus. Palavra que guia a humanidade ao longo da história da Salvação, pois auxilia o povo de Deus a caminhar no cotidiano e ajuda a identificar os sinais de Deus no caminhar”, destacando no profeta Ezequiel o chamado à conversão. “de um novo coração e um novo espírito, como possibilidade de transformação nas dificuldades e sofrimentos do nosso dia-a-dia”. O material está dividido em quatro círculos bíblicos, que nos interrogam “diante de situações que vivemos individual, comunitária e socialmente; julga os pensamentos e as intenções do coração”. Um caminho de conversão a ser realizado em comunidade, sendo o material, “um instrumento de ajuda para firmar e confirmar nosso ser comunidade”, destacou o presidente do Regional Norte1. O livro de Ezequiel nos coloca diante de uma das etapas mais atribuladas e trágicas da História do Povo de Deus. No exílio na Babilônia, Ezequiel, cujo nome significa “que Deus fortaleça”, descreve a experiência do encontro com Deus, que não abandona o povo sofrido (1,1ss), ajudando a manter viva a esperança dos exilados. Os círculos bíblicos têm por título: As trevas do Cativeiro, as trevas do Exílio; Ezequiel recebe a sua missão como profeta; A visão dos olhos secos; A visão da água saindo do Templo. Cada um deles tem um aprofundamento para quem prepara cada encontro, explicando os elementos principais do texto a ser debatido. O encontro inicia com um momento de acolhida, um canto e uma iluminação do encontro à luz da Palavra de Deus, uma oração, a leitura do texto bíblico e uma partilha da Palavra respondendo algumas perguntas, um fato da vida, rezando posteriormente com esse fato, o Pai Nosso, bênção final, canto e despedida. O material, que já está sendo impresso, será colocado a disposição das dioceses e prelazias do Regional Norte1 para ser refletido em pequenos grupos nas comunidades, áreas missionárias e paróquias. Ele será distribuído pelas coordenações de pastoral de cada Igreja local e pelo Regional Norte1. Aproveitemos este material elaborado pela equipe de subsídios do nosso Regional para descobrir que Deus continua se fazendo presente na vida do nosso povo e continua nos chamando a sermos profetas e profetizas. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Um Espírito que nos faça irmãos e irmãs

Na semana que antecede a Festa de Pentecostes, a Festa do Espírito Santo, somos chamados a refletir sobre a necessidade da unidade na diversidade. Poderíamos dizer que essa unidade na diversidade é o que define o próprio Deus e que aqueles que acreditamos n´Ele somos desafiados a concretizar isso, a entrar nessa dinâmica. Na apresentação da Festa de Pentecostes, o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, lembrou que “nós temos diversidade entre nós de pensamentos, de ideais, de sonhos, diversidade de raças, de culturas, temos uma diversidade grande de ideologia, mas não podemos deixar de ser irmãos e irmãs”. Uma afirmação que tem que nos levar a refletir como sociedade, como família, como homens e mulheres de fé, independentemente da religião que cada um de nós professa. A diversidade não pode ser motivo de divisão e enfrentamento, e sim riqueza que nos ajuda a crescer, a descobrir no outro aquilo que nos faz ser gente, crescer como pessoas. Numa sociedade onde muitos se empenham em dividir em todos os âmbitos da vida, também na religião, a festa de Pentecostes deveria ser uma oportunidade para refletir. Não podemos esquecer que na semana previa à Festa do Espírito Santo celebramos a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, e que muitas vezes as diferentes igrejas nasceram por motivos que pouco tem a ver com Deus. Nos empenhamos em enxergar no outro aquilo que pode nos afastar dele e ignoramos que são muitas mais as coisas que podem nos aproximar. A fraternidade, ser irmãos e irmãs, é algo que somos desafiados a cultivar na vida do dia a dia, assumindo que nem sempre é fácil avançar nesse caminho, mas sem deixar de lado a necessidade de dar passos firmes que nos permitam ir adiante. Quando o Espírito da unidade na diversidade está presente em nós, vamos descobrindo caminhos que nos ajudam a encontrar a riqueza daquele que é diferente, vamos reconhecendo os elementos presentes em cada pessoa que podem nos ajudar a nos enriquecermos como pessoas, vamos assimilando que na alteridade, no reconhecimento do outro, está a base da convivência que garante a vida em sociedade, a vida em comunidade. Pretender ser clones, copias idênticas uns dos outros, não pode ser o caminho certo. Se faz necessário nos abrirmos a realidades e pessoas que nos oferecem caminhos alternativos, muitas vezes para chegar no mesmo objetivo, a felicidade humana, a sadia convivência e a ajuda mútua, como elementos que garantem a unidade na diversidade. Ser irmãos e irmãs tem que ser uma necessidade, um anseio presente em cada pessoa que pretende crescer em humanidade. Quando imperam em nossa vida atitude contrárias a esse dinâmica não conseguiremos aquilo que garante o futuro da humanidade. Ver o outro como um inimigo nos faz pequenos, enxergar em cada pessoa a presença de um irmão, de uma irmã, garante aquilo que pode construir o que a grande maioria das pessoas quer: um mundo melhor para todos e todas. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar