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Dia: 18 de maio de 2024

Faleceu aos 61 anos a Ir. Frida Schröder, missionária na Prelazia de Tefé

Segundo informou a prelazia de Tefé em Nota de Pesar, assinada pelo bispo, dom José Altevir da Silva, CSSp, faleceu neste sábado, 18 de maio de 2024, às 7:45 horas, no Hospital 28 de agosto em Manaus, a Ir. Frida Schröder. A Nota mostra o profundo pesar da Prelazia de Tefé e de seu bispo, apresentando suas sentidas condolências aos parentes, amigos e toda a sua Congregação de Santa Catarina, “a quem a Prelazia de Tefé tem muita gratidão pelo serviço missionário que dedicou a esta Igreja Local”. A religiosa nasceu em Iporã (SC) aos 13 de março de 1963. O texto informa que “o corpo está sendo velado em Manaus, em preparação para que depois de alguns procedimentos, possa ser transladado para o Sul. Tais procedimentos serão feitos nesta segunda feira, 20 de maio”. Novas informações apontam que o velório será aberto neste domingo 19 de maio no Memorial São Francisco, em Iranduba (AM). A missa de corpo presente será celebrada na segunda-feira, 20 de maio, às 14 horas. Logo após a missa seguirá o sepultamento. Finalmente, dom José Altevir da Silva pede que “Deus a acolha em sua morada eterna. Que nossa irmã descanse em paz!” Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Diocese de Parintins cria Paróquia de São Pedro no município de Maues, com quase 70 comunidades

A diocese de Parintins tem mais uma paróquia, criada neste sábado 18 de maio na cidade de Maués. “A Paróquia São Pedro Apóstolo nasce de um desejo, de um sonho antigo, há mais de 20 anos as comunidades desta área da cidade vêm pedido para torná-la paróquia”, segundo o bispo diocesano, dom José Albuquerque de Araújo. Na cidade de Maues, que é uma das cidades com maior população do Estado do Amazonas, só havia uma paróquia, dedicada à Nossa Senhora da Conceição. A paróquia de São Pedro está formada por cinco comunidades da área urbana e 63 comunidades da área rural. O primeiro pároco, padre Ozéias Pontes Cativo, do clero diocesano, foi empossado com a criação da paróquia. Ele é natural de Parintins e tem 10 anos de ministério. A celebração eucarística de criação da paróquia e posse do novo pároco iniciou lembrando o histórico da comunidade, iniciada em 1967, a leitura do Decreto de fundação da paróquia, pelo vigário geral da diocese de Parintins, padre Dorival Nascimento, e a leitura de provisão do novo pároco, pelo coordenador de pastoral diocesano, padre Jânio Negreiros. Dom José Albuquerque fez um chamado a rezar pelo novo pároco, alguém que o bispo espera “continue sendo esse bom pastor”,  que inicia sua missão às vésperas da grande Solenidade de Pentecostes, pois “é o Espírito Santo que conduz a Igreja, é o Espirito Santo que nos ajuda a discernirmos, a agirmos sempre com prudência, sabedoria”. Após a celebração da criação da paróquia, presidida pelo bispo diocesano, o padre Ozéias disse que “iniciamos essa grande missão, juntamente com o povo de Deus, juntamente com as comunidades urbanas e rurais, esse desafio a frente dessa paróquia São Pedro Apóstolo”. Segundo o pároco, “nós queremos agradecer muito a Deus, agradecer as orações de cada um de vocês, agradecer todos os que estiveram aqui conosco, nesta manhã de sábado, véspera de Pentecostes, que celebraram conosco”. Ele insistiu em agradecer a quem colaborou, às diversas equipes de trabalho, pedindo “as orações de cada um para que possamos fazer um frutuoso trabalho, uma linda missão”. Segundo dom José Albuquerque, “foi um dia de grande comoção, de alegria, de entusiasmo, com esta nova paróquia no município de Maués”. O bispo ressaltou que “sabemos que esta paróquia, ela sempre vai estar em sintonia, em comunhão com nosso plano de evangelização, e fazemos votos para que essa sinodalidade aconteça”. A final de contas, disse o bispo diocesano de Parintins, “nós não estamos nos dividindo, mas pelo contrário, estamos nos multiplicando para atender os desafios da evangelização nesse grande município, principalmente na área rural”. Ele lembrou que a única paróquia existente até agora, Nossa Senhora da Conceição, além das comunidades da área urbana, ela tinha 126 comunidades na área rural, espalhadas numa grande região. Isso sem contar as 28 comunidades na Área Indígena, na região do Marau”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Encontro do povo Ticuna: avançar no projeto Igreja Sinodal com Rosto Magüta

Criar uma Igreja com rosto amazônico e indígena é uma das propostas que surgiram do Sínodo para a Amazônia. Em alguns lugares, como entre o povo Ticuna na Tríplice Fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, há um desejo de avançar nessa direção. Um novo passo foi dado nos dias 15 e 17 de maio, com o encontro realizado na comunidade de Arara, na Colômbia. Durante três dias, seguindo um caminho iniciado anos atrás, essa comunidade indígena se tornou um ponto de encontro para mais de 70 catequistas, animadores e missionários do projeto Igreja Sinodal com rosto Magüta, segundo com Jonhatan S. Olarte. Esse evento reuniu agentes pastorais que trabalham nas comunidades Ticuna do povo Magüta, espalhadas ao longo do rio Amazonas, no Vicariato Apostólico de Letícia, na Colômbia; no Vicariato Apostólico de São José do Amazonas, no Peru; e na Diocese de Alto Solimões, no Brasil. Algumas das comunidades onde esse projeto está sendo realizado estiveram presentes nesse encontro: as comunidades de San José de Yanayacu, Yahuma e Barranco, do Peru, as comunidades Umariaçu I e Emaús, do Brasil, e Nazareth, Progreso e Arara, que foi a anfitriã, da Colômbia. O tema central de reflexão durante os três dias de reunião foi a comunhão, vista como essencial tanto no trabalho pastoral quanto no bem-estar das comunidades. Nessa perspectiva, foi destacada a importância da comunhão na prática cotidiana e como ela fortalece o tecido social e espiritual das comunidades Magüta. A metodologia do encontro buscou resgatar e valorizar as tradições indígenas, entrelaçando-as com a experiência cristã, criando um diálogo enriquecedor entre a fé e a cultura ancestral. Segundo os participantes, os dias foram marcados pela alegria e por momentos de partilha, onde experiências foram compartilhadas e vínculos foram fortalecidos. Essa alegria era palpável, refletindo a essência do que significa viver em comunidade e harmonia. Esse encontro não foi apenas uma reunião para discutir questões de fé, mas também uma celebração da vida e da cultura que une o povo Ticuna, formado por 35.000 pessoas que vivem nessa região da Amazônia, e no qual, pouco a pouco, vários ministérios estão surgindo para que o Evangelho possa ser anunciado a partir da realidade amazônica e indígena.   Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Hudson Ribeiro: 18 de Maio, Faça Bonito!, um chamado a “proteger as crianças e adolescentes contra todas as formas de violações”

A cada 15 minutos uma criança é vítima de espancamento ou violência sexual no Brasil, um país onde segundo a Organização Mundial da Saúde, somente 7 em cada 100 casos de exploração sexual são denunciados. Em 2023, foram denunciados 39.357 casos de abuso e exploração sexual, com 42.031 violações existentes. São números alarmantes e daí a importância do 18 de maio, o Dia Nacional de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que já conta com 24 anos de mobilização com a Campanha Faça Bonito! Denunciar se faz necessário, dado que essa é uma das formas de enfrentar essa violência silenciosa que deixa sequelas graves. A Igreja católica brasileira vem se empenhando nisso há tempo, levando esse debate para a sociedade e alertando os organismos públicos. Para avançar nesse combate foi criada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Comissão Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEETH). No caso das crianças, o tráfico humano acontece muitas vezes através de adoção ilegal, com finalidades para trabalho análogo a escravidão e exploração sexual comercial. A legislação brasileira continua avançando com novas leis e a Constituição Brasileira garante os direitos das crianças e adolescentes, mas na prática, a realidade é bem diferente e são muitas as crianças e adolescentes que sofrem violência no Brasil e se tornam vítimas do Tráfico de Pessoas. Em Manaus, como em tantas cidades do Brasil, se realizam ao longo do dia 18 de maio diversos atos para lembrar a necessidade de assumir o enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes. Representantes do poder público e da sociedade civil participaram desse momento. Para a Igreja católica, que no ato de Manaus estava representada pela Pastoral do Menor, a Cáritas, a Pastoral dos Migrantes, e a Rede um Grito pela Vida, a participação do Faça Bonito! é, segundo o bispo auxiliar de Manaus, dom Hudson Ribeiro, que lembrou as palavras de Jesus no Evangelho: “deixar vir a mim as crianças porque delas é o Reino dos Céus”, um chamado a “proteger as crianças e adolescentes contra todas as formas de violações”. O bispo auxiliar destacou que “o Dia do Faça Bonito! é o compromisso da Igreja católica com a infância e a adolescência. Precisamos proteger, defender os diretos, promover tudo aquilo que é em favor da vida de crianças e adolescentes”. Segundo dom Hudson Ribeiro, estamos diante de “um compromisso de toda a sociedade que a Igreja católica participa nesse compromisso, que é um compromisso de vida”, ressaltando que “Faça Bonito! – 18 de maio é a nossa luta em favor dos direitos de crianças e adolescentes contra todas as formas de violação”. Mesmo diante da forte chuva, “queremos continuar lutando pelos direitos das nossas crianças e adolescentes”, disse a Ir. Michele Silva, coordenadora do Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, que ressaltou a necessidade do ato em favor da “vida e proteção das nossas crianças e adolescentes”, de ser cuidadores da vida. Um clamor por direitos que também chegou desde as crianças, na voz de Vitória Sofia, criança de nove anos, representante de um dos 327 grêmios estudantis das escolas municipais de Manaus, que disse que “as crianças e adolescentes precisam ter seus direitos respeitados, essa cidade precisa ser segura para mim e tantas outras crianças como eu”, dizendo aos presentes que “é meu direito viver num mundo sem violências, é meu direito crescer e segurança”. Representantes do poder público destacaram a necessidade de assumir essa causa como uma causa diária, sendo a informação e a educação as principais ferramentas para alcançar uma sociedade mais segura para as crianças e adolescentes. Algo que tem a ver com diversos âmbitos e que demanda um trabalho em rede em busca da melhora das políticas públicas. Nessas demandas também devem ser envolvidas as crianças e adolescentes, uma luta que tem que envolver toda a sociedade para que toda criança tenha seus direitos garantidos. O ato foi oportunidade para denunciar situações presentes em Manaus, mas também na Amazônia e no Brasil, como é a gravidez na adolescência, que o diácono Alfonso Brito, secretário executivo da Caritas Arquidiocesana de Manaus, denunciou como violação das crianças e adolescentes, insistindo para que os órgãos do poder público mudem essa realidade. Ele lembrou da criação do Centro Integrado que ainda será concretizado e que vai facilitar as denúncias e o acompanhamento das crianças e adolescentes, algo que pediu ser levado a todos os municípios do Estado do Amazonas, dotando de profissionais para atender as crianças e adolescentes. Uma luta que é de todos e é diária, segundo enfatizou a representante da Rede um Grito pela Vida. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1