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Dia: 25 de maio de 2024

Jovens indígenas de Belém do Solimões vencem Prêmio Assis 2024

Jovens indígenas do povo ticuna de Belém do Solimões, na diocese de Alto Solimões, receberam no dia 18 de maio de 2024 o Prêmio Internacional Assis 2024 pelo Projeto “Avicultura Indígena – A Graça do Trabalho”. O Prêmio internacional “Francisco de Assis e Carlo Acutis por uma economia da fraternidade”, foi entregue no Santuário do Despojamento, em Assis (Itália), reconhecendo o projeto “A Graça do trabalho” (Avicultura Familiar Indígena, de corte e de postura), dos jovens indígenas Ticuna. Este Prêmio foi instituído pelo arcebispo de Assis em 10 de outubro de 2020, dia da beatificação de Carlo Acutis, e pretende encorajar projetos econômicos fraternos “de baixo”, a partir das difíceis condições em que se encontram nossos irmãos e irmãs menores e sofredores. O Prêmio visa inspirar generativamente pessoas com baixos recursos econômicos, especialmente jovens com menos de 35 anos e nas regiões mais pobres do mundo, incentivando a se unirem (“Fratelli tutti” – “Todos irmãos”), e apresentarem, como agentes de mudança, um projeto específico e válido, submetido ao criterioso exame e julgamento de uma Comissão de Avaliação, para beneficiar e satisfazer as necessidades concretas dos mais desfavorecidos e necessitados entre eles. Os jovens indígenas agradecem de coração os Frades Menores Capuchinhos, as Mulheres Indígenas da Associação MAPANA, o casal missionário, Rivea e Rui, da OFS, pelo constante apoio e incentivo, por acreditar nos jovens como protagonistas e caminhar juntos com eles, sempre. Fonte: Blog Povo Ticuna de Belém do Solimões

Reunião entre secretarias da Prefeitura e Arquidiocese de Manaus encontra ações em benefício da população em situação de rua

Após diversas ações de retirada de pertences, destruição de lugares de dormida, levar documentos, contra pessoas que vivem em situação de rua, por parte da Prefeitura de Manaus, fato acontecido por última vez nesta quinta-feira, 23 de maio, na Praça dos Remédios, situada no Centro da capital amazonense, aconteceu nesta sexta-feira 24 de maio uma reunião na sede da Secretaria Municipal de Infraestrutura da Prefeitura de Manaus, onde estiveram presentes o secretário da SEMINF, Renato Junior, o secretário da SEMACC, Wanderson Silva, a subsexretária da SEMMASC, Graça Prola, junto com as representantes de média complexidade, Márcia e Neila, o bispo auxiliar de Manaus, dom Hudson Ribeiro, a Pastoral do Povo da Rua e a Comunidade Nova e Eterna Alinça. Em entrevista à Rádio Rio Mar, o bispo auxiliar disse que foi falado que “a gente quer o melhor para a população em situação de rua, e que é preciso de fato que a gente cuide dos logradouros públicos, mas que de fato precisa se pensar como melhorar a abordagem em se tratando de população em situação de rua”. Reconhecendo a necessidade de pensar na melhoria da Praça dos Remédios, quanto do comércio, quanto da segurança da feira, mas pensar numa pactuação entre secretarias com a ajuda do comitê municipal intersetorial das políticas públicas para a população em situação de rua, pedindo que “ele seja consultado sobre as novas ações que devem ocorrer ali no centro da cidade para pensar em ações coletivas”. Dom Hudson Ribeiro destacou que foi uma conversa muito frutífera, mostrando a Prefeitura de Manaus que está buscando um abrigo para essa população em situação de rua, assim como ações que possam identificar melhor a população em situação de rua, escutá-la, verificar as próprias necessidades e o cadastro dessa população, um trabalho a ser realizado entre as entidades da Igreja católica que atuam nesse campo e as secretarias da Prefeitura de Manaus. Tudo isso com um planejamento continuado e buscando encontrar lugares de abrigamento para essa população no entorno do centro de Manaus. O secretario da SEMINF, Renato Junior, agradeceu a dom Hudson pela frutífera reunião, mostrando sua disposição a escutar àqueles que no dia a dia trabalham com a população em situação de rua, “para que a gente possa agora fazer uma ação em conjunto” em busca do atendimento dessas pessoas, “que precisam dessa atenção, desse cuidado, e, porque temos condição de ajudar, não nos furtaremos de fazê-lo”, mostrando sua disposição pessoal e como secretário a ajudar. Renato Junior garantiu a participação de várias secretarias no atendimento e que o prefeito terá conhecimento do abordado na reunião, “para sair daqui em diante ações diretas que mudem a vida das pessoas”, insistindo no empenho em tornar isso frutífero, em que isso dê resultados, e mostrando a disposição a trabalhar unindo as mãos, unindo propósitos, unindo vontades e fazendo uma questão delicada, mas extremamente necessária para quem está vivendo nessas condições”. Na reunião foi falado, segundo dom Hudson Ribeiro, sobre a forma de abordagem à população em situação de rua, que implica a não confiscação dos bens dessa população, respeitar os locais de dormida e abrigamento, pedindo que seja conversado por aqueles que estão presentes nas ações, que sejam comunicadas as datas, e seja feito o que for preciso para evitar que haja violação de direitos, e evitar que seja associada a violência no centro de Manaus à população em situação de rua, e que se instale um estigma de criminosos da população em situação de rua, insistindo em que “se dê uma olhada de que existe uma diferença entre alguém que é marginal e alguém que é marginalizado”. O bispo auxiliar definiu a população em situação de rua como “pessoas violentadas”, assumindo que entre essa população existem vínculos com o consumo e tráfico de drogas, mas demandando “estratégias de segurança pública que não seja apenas de coibir, de prender, mas que possa dar respostas mais inteligentes enquanto a poder atuar  ver a população que vive em situação de rua como uma aliada e não como uma inimiga, não como alguém estigmatizado, que provoca todas as situações que envolvem situações de assaltos e roubos no centro da cidade”. Dom Hudson ressaltou que “tem muita gente que chegou na rua por histórias de muito sofrimento”, vendo a rua como a última etapa antes da morte para muitos daqueles que fazem parte dessa população em situação de rua. Diante disso, o bispo disse acreditar que “muitas pessoas podem refazer suas histórias a partir de condições de ser retomada sua dignidade, de ser olhados como sujeitos de direitos”, buscando respostas que possam ajudar essas pessoas a sair daquela condição, como papel de toda a sociedade, mas sobretudo daqueles que se dizem cristãos. Após um aperto de mãos entre o secretário da SEMINF e o bispo auxiliar de Manaus, dom Hudson fez um chamado a buscar que “a gente saiba lidar, não ignorando, nem tampouco sendo perpetrador de continuidade de violência em relação à população em situação de rua, porque isso realmente a gente não quer e também não vai admitir”. Foto: Rádio Rio Mar Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1