Seminário São José inicia segundo semestre de 2024: “aqui é o lugar das perguntas, mas é o lugar do aprendizado”

O Seminário São José da Arquidiocese de Manaus, onde se formam os seminaristas do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), retomaram as atividades formativas depois de um tempo de férias e iniciaram o segundo semestre com uma missa presidida pelo arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1, cardeal Leonardo Ulrich Steiner. Voltar às atividades formativas é uma retomada do caminho vocacional, “esse desejo interior de corresponder ao chamado que cada um de nós recebeu”, segundo o cardeal Steiner, que fez um convite a “ser profundamente agradecidos pelo chamado que recebemos, agradecidos por de novo juntos estarmos diante de mais um semestre.” Seguindo as palavras do Evangelho, o arcebispo de Manaus disse que o seminário é um espaço da escuta, é um espaço da pergunta, questionando: “quantas coisas temos para perguntar”. Ele respondeu que são muitas, e que “às vezes acontece de juntos encontrar as respostas As vezes não encontramos respostas sozinhos, mas encontramos respostas juntos, porque o Mistério da fé, às vezes não quer respostas, quer fidelidade. Se soubéssemos as respostas, não precisaríamos de fé.” “Recebemos o dom da fé, porque diante do caminho que temos percorrido até agora, nós podemos voltar nosso olhar para Deus e continuarmos a perseverar”, disse o presidente do Regional Norte1 aos seminaristas, insistindo em que “aqui o é lugar das perguntas, mas é o lugar do aprendizado”. Partindo da parábola da semente, o cardeal Steiner afirmou que “é na parábola da semente que nós vamos percebendo o quanto correspondemos ou deixamos de corresponder à graça que nós recebemos”, sublinhado que isso “não no sentido moral, mas no sentido do seguimento de Jesus, o sentido de configuração com Jesus, o sentido de gratidão por termos sido chamados.” Aprofundando na parábola, o arcebispo de Manaus perguntou: “no dia a dia da nossa vida, a semente cai em quantos espaços”, destacando que “ela gostaria de receber outro espaço livre, generoso, fecundo, aberto, sem pedras, sem espinhos, onde possa germinar e dar bom fruto, e nós podemos ser esse espaço, essa terra”. Nesse sentido, dom Leonardo pediu “que este semestre que estamos iniciando seja para nós um semestre muito fecundo, um semestre realizador, um semestre onde nós abrimos cada vez mais perspectivas, cada vez mais horizontes.” O cardeal Steiner fez um convite aos seminaristas: “vamos compreender em maior profundidade o sentido de estar ao serviço das comunidades, o sentido de ser padre, cada vez em maior profundidade, não como um sonho, mas como uma possibilidade de realização de pessoas chamadas”. Comentando a primeira leitura, ele destacou a vocação diante da fraqueza, “e diante da fraqueza pensarmos que Deus castigou.” Diante disso, o arcebispo de Manaus enfatizou que “o castigo não vem de Deus, o castigo vem da nossa fraqueza, da nossa infidelidade, se é que podemos chamar de castigo, talvez seja melhor chamar de ausência, porque nos distanciamos, porque nos ausentamos, então não participamos mais da grandeza de Deus”. Segundo ele, “Deus sempre de novo é benevolente, Deus sempre de novo se mostrando a vontade, para que nós sempre de novo participar da sua atividade, e assim no seguimento de Jesus sermos a ele conformados, configurados”. Finalmente, o cardeal Steiner pediu que “Deus nos conceda a graça da fidelidade, Deus nos conceda a graça de nos servirmos uns aos outros, nos ajudarmos uns aos outros e percebermos que vamos crescendo na medida em que queremos corresponder ao chamado do ministério.” Iniciam o segundo semestre do ano 2024 no Seminário São José de Manaus 42 seminaristas: dois da diocese de Borba, dois da diocese de Roraima, cinco da diocese de Coari, sete da diocese de Alto Solimões, três da prelazia de Itacoatiara, quatro da diocese de São Gabriel da Cocheira, quatro da diocese de Parintins, e 15 da arquidiocese de Manaus. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1