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Dia: 9 de agosto de 2024

Nomeação da Ir. Regina da Costa Pedro para o Comitê Supremos das POM: “Um passo a mais para que a sinodalidade se torne uma realidade”

A Ir. Regina da Costa Pedro, diretora das Pontifícias Obras Missionárias no Brasil (POM Brasil) acaba de ser nomeada como membro do Comitê Supremo das POM para um período de cinco anos, de 01 de agosto de 2024 a 31 de julho de 2029. O Comitê Supremo tem a responsabilidade de garantir o desenvolvimento eficaz de cada uma das Pontifícias Obras Missionárias, resolvendo questões que possam surgir entre elas. É composto pelo pró-Prefeito do Dicastério, cardeal Luiz Antônio Tagle, o secretário, presidente das POM, cinco bispos representando cada continente, os secretários gerais das quatro Obras Pontifícias, a administração e cinco diretores nacionais das POM. Este grupo se reúne uma vez por ano para discutir e providenciar o necessário para o bom funcionamento das Obras. A diretora das POM Brasil considera que sua nomeação “significa uma responsabilidade, sem dúvida nenhuma, mas também um reconhecimento, que eu acredito que não seja só para mim como pessoa, mas para as Pontifícias Obras do Brasil, para toda a Igreja do Brasil”. Ela insiste em que “eu represento não só a Igreja do Brasil, mas a Igreja das Américas”, destacando o fato do Brasil ter sido escolhido para fazer parte do Comitê Supremo. No mundo são 130 diretores nacionais das Pontifícias Obras Missionárias e desses 130, seis são mulheres. Que uma delas esteja no Comitê Supremo “é muito significativo, porque me parece que aquelas decisões que o Papa Francisco está tomando de abertura da participação das mulheres em todas as instâncias, de modo particular nas instâncias de decisão, é como se isso fosse fazendo um efeito cascata nas outras decisões”. A religiosa do PIME disse que “essa decisão foi tomada pelo pro-prefeito, cardeal Tagle, mas eu acredito que já em diálogo e como uma resposta a essa abertura que o Papa Francisco está proporcionando”. É por isso que ela ressalta que “cada vez que uma mulher é escolhida na Igreja para algum serviço de maior responsabilidade, eu acredito que se abram as portas para uma participação maior dos cristãos leigos e cristãs leigas em todas as instâncias”. “A final das contas, é sempre um passo a mais para que essa sinodalidade se torne uma realidade, sinodalidade compreendida como possibilidade de que todos e todas, batizados e batizadas, possam se colocar a serviço da Igreja, de uma Igreja toda ministerial, como o Papa Francisco fala tantas vezes”, segundo a Ir. Regina. Nesse sentido, coloca que “o fato de eu estar em representatividade das mulheres é quase como se as duas coisas fossem uma coisa unida, a minha nomeação é como uma confirmação disso que já está acontecendo, e eu desejo que se realize de uma maneira sempre mais profunda essa abertura”. Para a Igreja do Brasil, mesmo reconhecendo que ela é chamada a representar as igrejas de todos os países da América, essa nomeação pode ajudar na partilha em nível maior da vivência missionária, “a vivência e as experiências que nós temos da Igreja do Brasil como projetos de animação missionária, de abertura ad gentes, tudo aquilo que nós realizamos aqui, sem dúvida eu vou levar para lá, porque é uma vivência”. A religiosa destaca que “aquilo que a gente vive é aquilo que nós partilhamos”. Para essa missão mais ampla de representar a Igreja da América acha que pode ajudar a realização do VI Congresso Missionário Americano em Porto Rico, onde participarão a maioria dos diretores da América. Ela considera que “vai ser um momento muito importante para eu também poder conversar com eles e ver quais são as expectativas que todos eles como diretores têm dessa minha representatividade no Comitê Supremo”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Pastorais Sociais do Regional Norte1 refletem sobre Ministerialidade e Sinodalidade Amazônida

A Igreja do Regional Norte1 quer avançar no caminho da ministerialidade e da sinodalidade na Amazônia. Uma temática presente no Sínodo para a Amazônia, no encontro de Santarém 2022 e que será abordada na Assembleia do Regional Norte1da Conferência Nacional dos bispos do Brasil, que será realizada em Manaus de 16 a 19 de setembro de 2024. Também no Encontro Regional das CEBs que será realizado em Roraima de 6 a 8 de setembro de 2024. Uma reflexão que se fez presente na reuniião das Pastorais Sociais realizada na sede do Regional Norte1 no dia 8 de agosto de 2024, com a assessoria da Ir. Sônia Matos. A ministerialidade nos refere ao povo de Deus, a uma Igreja povo de Deus, uma Igreja sinodal, que demanda superar a burocracia. Essa dinâmica conta com o apoio do Papa Francisco, sempre disposto  a abrir novos caminhos para a concretização de uma Igreja povo de Deus. O texto refletido pretende ajudar às comunidades, sobretudo as mais longínquas, a ter um plano de formação sistemática, buscando aprimorar os tempos dos processos de formação nos diversos ministérios. Para isso é importante a escuta do que as comunidades necessitam, sobretudo a escuta     das mulheres, e entender que assumir cada um dos ministérios é dar resposta a uma vocação. Se buscam respostas criativas para uma ministerialidade que vai além do espaço eclesial, e assim reconhecer os muitos serviços relevantes presentes na Igreja da Amazônia. O encontro das Pastorais Sociais foi oportunidade para uma primeira reflexão de um texto que pretende ajudar a entender o conceito de Ministerialidade, que muitas vezes quer paliar a carência de ministros ordenados. A Igreja do Regional Norte1 tem essa preocupação há anos. Já em 1988 fez a proposta de diversos ministérios e serviços, que tem que abranger três dimensões: o exercício e formação de lideranças, o aprofundamento e a transmissão da fé, a incidência social, algo que recolhe Evangelii Gaudium. O texto reflete sobre os serviços já existentes e faz indicações para novos ministérios: Ministério da Casa Comum, Ministerialidade feminina, Ministerialidade da assessoria. Nesse sentido, “a ministerialidade do povo de Deus na Amazônia reluz sua construção sinodal”. Uma dinâmica sinodal, vivida nas Comunidades Eclesiais de Base, que reconhece a riqueza de todas as lideranças da Igreja, respeita as referências e promove a participação de todos nas instâncias de observação, reflexão, planejamento, decisão e execução nação evangelizadora. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1