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Dia: 24 de agosto de 2024

Assembleia da CEAMA: Entender as conectividades na Amazônia para mitigar os ataques ao bioma e seus povos

A Assembleia da Conferência Eclesial da Amazônia, que está sendo realizada em Manaus com a presença de cerca de 70 pessoas, iniciou seus trabalhos com uma análise da conjuntura na região. Esse conhecimento ajuda a conversa no Espírito a discernir os passos a serem dados como CEAMA para o futuro. Diferentes formas de conectividade O ponto de partida foi uma leitura da Amazônia a partir das diferentes formas de conectividade, algo que está presente na região há milênios. A conectividade natural, como a água, mas também a conectividade humana, estabelecida pelos habitantes da região amazônica ao longo dos séculos, criando estratégias de adaptação ao ecossistema, segundo Fernando Roca, que mostrou a influência de algumas regiões da Amazônia sobre outras. De acordo com o jesuíta peruano, muitas das formas de conectividade desenvolvidas pelos seres humanos representam uma ameaça, citando como exemplos a mineração ilegal, os madeireiros ilegais, o tráfico de drogas, o tráfico de pessoas, os grandes projetos de infraestrutura, o crescimento acelerado das cidades, a pecuária, o petróleo e o extrativismo desenfreado. Junto com isso, a existência de projetos de restauração ambiental foi destacada como um elemento positivo. Diante dessa realidade, destacou que “a CEAMA tem o desafio de assumir um papel articulador na chave do Sínodo da Amazônia com governos, autoridades políticas, empresas, organizações multilaterais, povos indígenas, para proteger, ajudar a restaurar e mitigar ações que ameaçam o bioma e a vida de seus habitantes”. Testemunhos do território Do território, vários atores testemunharam a situação vivida pelos povos amazônicos. A região do Vicariato de Pando, na Amazônia boliviana, nas palavras de José Antônio Achipa Samanaca, foi marcada pela extração da borracha e da castanha e, atualmente, pela invasão de madeireiros, pecuaristas e garimpeiros ilegais, que causaram um grave desastre ambiental. Os povos indígenas estão perdendo sua cultura, sua língua, como resultado da miscigenação com aqueles que chegaram de outras regiões do país. A Igreja acompanha a vida das comunidades indígenas, com os leigos desempenhando um papel de liderança, dada a escassez de padres. Marva é uma mulher indígena da Guiana, que falou sobre a dificuldade de chegar às comunidades, a invasão de mineiros e madeireiros, com o apoio do governo, e a falta de educação, “que nos deixa sem voz”, uma educação que não leva em conta o mundo indígena, o que levou à perda da língua e da identidade. Para combater essa situação, foi promovida a educação bilíngue em inglês e wapichana, com resultados positivos. A Amazônia brasileira é marcada pela incapacidade do Estado brasileiro de atender às disposições da Constituição de 1988, especialmente no que diz respeito ao território, o chamado Marco Temporal. Essa situação está causando grande insegurança aos povos indígenas, tendo em vista a lei aprovada pelo Congresso Nacional que impede a demarcação de terras indígenas. Junto a isso, a proposta de uma mesa de negociação, que não é aceita pelos povos indígenas, pois “os direitos originários não podem ser negociados”, segundo a irmã Laura Vicuña Pereira Manso. Isso tem levado a ataques orquestrados contra os povos indígenas em todas as regiões do Brasil, com um alto número de mortos e feridos, além de perdas materiais e grave insegurança alimentar e jurídica. Nessa situação, há sinais de resistência, como a retomada de terras e mobilizações permanentes em nível nacional e internacional, ecoando as ameaças. Educação na escuta e a partir dos territórios Falando sobre a educação no território amazônico, Patricia Correa defendeu a necessidade de a Igreja Pan-Amazônica ter um diagnóstico que lhe permita ter impacto e liderança a partir das comunidades indígenas. De acordo com a ex-ministra da Educação do Peru, a Igreja pode dizer aos governos que existe uma proposta educacional enraizada na cultura. Dada a diversidade de expressões da educação bilíngue intercultural e a dinâmica sinodal, ela afirma que isso abre uma maneira de ver como construir propostas baseadas na escuta e a partir dos territórios, do conceito e da experiência. Um caminho compartilhado, baseado em certos pressupostos, como a longa presença da Igreja no território, sua organização, a construção da proposta educacional a partir do nível local e a ideia de que todo projeto educacional é cultural. Daí surge uma pergunta: “Como podemos construir uma proposta educacional sinodal que inclua 377 povos indígenas que falam mais de 250 línguas nativas?” Essa é uma questão da qual os sistemas educacionais governamentais desistiram e para a qual a Igreja Sinodal pode dar uma resposta, que já aparece na Querida Amazônia quando fala da necessidade de levar em conta as experiências locais que contribuem com as cosmovisões. Para isso, propõe-se um caminho compartilhado e articulado, com uma rota compartilhada que construa cenários para estratégias de educação bilíngue intercultural. Entre os diversos projetos presentes na Amazônia, Martín Fariña apresentou o projeto de reflorestamento em Madre de Dios (Peru), uma resposta à Laudato Si’ baseada nas capacidades e possibilidades locais, buscando fazer diferente, aprendendo com os erros, com o objetivo de restaurar a Amazônia. Conversa no Espírito para construir caminhos de futuro Seguindo o método de conversa no Espírito, os participantes da assembleia fizeram uma memória agradecida a partir das memórias da primeira assembleia, que pedia o diálogo entre os núcleos temáticos com a experiência das igrejas locais, maior interação entre os núcleos e a criação do núcleo da Casa Comum e da Ecologia Integral a partir de diferentes fundamentos. Pediu-se para conhecer a realidade de cada povo, escutar, dialogar e acompanhar os processos, com vistas a criar uma identidade amazônica para a CEAMA e promover uma Pastoral de Conjunto em um caminho compartilhado. A CEAMA, fruto mais concreto da sinodalidade, é desafiada a superar as distâncias com as igrejas locais, a se perguntar como a CEAMA chega às igrejas locais e vice-versa. Para avançar na conversa espiritual, os participantes foram convidados a responder a uma pergunta: Desde a Assembleia do ano passado (agosto de 2023) até hoje, quais foram os principais frutos e desafios que resultaram de nossa caminhada como CEAMA durante esse tempo? Das respostas dependem os caminhos para o futuro, uma construção…
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Representantes do Laicato e CEBs, junto com bispos referenciais, participam de 17º Seminário em Brasília

A Casa dom Luciano Mendes, em Brasília, acolhe de 22 a 25 de agosto de 2024 o 17º Seminário com bispos referenciais dos regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para as CEBs e para o laicato, que contou também com a participação do bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers. É uma atividade da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB, que reúne mais de 80 pessoas. Além dos bispos referenciais se fazem presentes os presidentes dos conselhos regionais do laicato, representantes das CEBs e dos diversos carismas e movimentos que fazem parte da comissão. O Regional Norte1 está representado pelo presidente do laicato, Francisco Meireles, que vê o encontro como “um grande momento de aprofundamento, estudo, escuta e partilha, para animar nossos regionais”. Segundo a presidenta do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), Sônia Gomes de Oliveira, “é um encontro de estudo, reflexão, propor atividades e alguns indicativos para a Igreja do Brasil que está sendo construído”. O ponto de partida tem sido uma análise de conjuntura, analisando temas eclesiais, políticos, que teve posteriormente uma iluminação bíblica, ajudando a trazer um olhar sobre toda essa conjuntura apresentada previamente. O tema central do encontro tem sido uma análise do Relatório da Primeira Sessão da Assembleia Sinodal do Sínodo sobre a Sinodalidade, onde participa a presidenta do CNLB, abordando as discussões e novidades, mas ao mesmo tempo como é que o laicato brasileiro pode estar contribuindo com esse processo para realmente poder trazer essa dinâmica sinodal. Posteriormente, foram apresentadas algumas experiências sinodais presentes na Igreja do Brasil e “como o laicato brasileiro pode se adaptar ou recuperar esse modelo de Igreja sinodal”, segundo Sonia Gomes de Oliveira. Nessa perspectiva, cada expressão laical partilhou como tem participado do processo sinodal e como essa participação se expressa. Igualmente os participantes do encontro apontaram caminhos para receber as definições do Sínodo sobre a Sinodalidade e transformá-las em prática pastoral na Igreja no Brasil, inserindo essa temática no planejamento das ações para 2025. No programa do encontro se fez presente um estudo sobre a Campanha da Fraternidade 2025: “Fraternidade e Ecologia Integral”, uma abordagem às Novas Diretrizes da CNBB, ao Jubileu da Esperança, a COP30, que será realiza em Belém (PA) em novembro de 2025, assim como uma partilha sobre os investimentos que podem ser realizados em vista da missão do Laicato. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Inicia em Manaus a 2ª Assembleia da CEAMA: “Oportunidade de crescermos em comunhão com Deus, uns com os outros e com a Amazônia”

A 2ª Assembleia da Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama), que está sendo realizada em Manaus de 23 a 26 de agosto de 2024, com o tema “Cristo aponta para a Amazônia: Comunhão, Missão e Participação”, e o lema “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5), teve início com uma celebração eucarística e a abertura oficial do evento. Na Eucaristia, o arcebispo local, Cardeal Leonardo Ulrich Steiner, comparou o Reino de Deus com “um modo de ser, um modo de conviver, um modo de amar, um modo de servir”, destacando na pessoa humana, “essa capacidade de estabelecer relações livres, recíprocas e solidárias”. Um Reino de Deus que “não conseguimos definir, mas que nos atrai”, afirmou. Segundo ele, nessa assembleia, “o Reino de Deus há de nos guiar, há de nos iluminar, perceber o como somos atraídos, não por uma organização, mas pelo Reino que fala”, insistindo em que “a beleza do Reino de Deus que nos atrai, que ele possa atingir os nossos passos nesses dias, as nossas discussões, as nossas reflexões, as nossas buscas”. Na abertura da Assembleia, onde participa o prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Michael Czerny, após dar as mais cordiais boas-vindas em nome da presidência, o Cardeal Pedro Barreto, inspirado em Karl Rahner, afirmou que “estamos vivendo um tempo de graça, um Kairos, o tempo de Deus, o momento certo e oportuno para consolidar nossa identidade como CEAMA, expressão de uma Igreja Sinodal em Missão na Amazônia”, lembrando as palavras do Relatório Síntese da Primeira Sessão da Assembleia Sinodal do Sínodo sobre Sinodalidade, que afirma: “em todos os contextos culturais, os termos ‘sinodal’ e ‘sinodalidade’ indicam um modo de ser Igreja que articula comunhão, participação e missão. Um exemplo disso é a Conferência Eclesial Amazônica (CEAMA), fruto do processo missionário sinodal naquela região”. Uma referência que, nas palavras de seu presidente, motiva a CEAMA “a continuar caminhando junto e empenhada em fortalecer nossos laços em uma Igreja Sinodal em Missão”. Para isso, o cardeal Barreto vê a assembleia como “a oportunidade de crescermos em comunhão com Deus, uns com os outros e com a Amazônia”, vendo como necessária a participação de todos e de cada um. Para isso, pediu que, a exemplo de Maria, “escutemos, discirnamos e coloquemos em prática o que o Espírito nos inspira para sermos uma Igreja sinodal em Missão que peregrina na Amazônia” e, junto com isso, que “o Espírito Santo seja o protagonista”. Junto com o presidente, falaram os vice-presidentes, que definiram a assembleia como “um momento significativo para nossa Igreja aqui na Amazônia, aonde cada vez mais vamos buscando novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”, como destacou a irmã Laura Vicuña Pereira Manso, que recordou a metodologia de conversa no Espírito utilizada para preparar esta assembleia, “um momento de fortalecermos, de consolidarmos esses novos caminhos que tanto buscamos aqui na Amazônia, e também fortalecer nossa caminhada na defesa da terra, na defesa da vida e na defesa dos direitos”. Mauricio López convidou a assembleia a trazer “este Povo de Deus a caminho em cada lugar onde se encontrem, para que possam trazê-lo aqui presente”. Em um momento em que “as coisas não estão melhores para a Amazônia”, com a violência presente, ele chamou a mantê-la presente na assembleia. A partir da responsabilidade de cada um, questionou “o quanto temos feito essa semente frutificar”, chamando a não enterrar os talentos de cada um para que a CEAMA dê vida em abundância, para produzir e espalhar vida, com o pouco ou muito que temos. Olhando para a segunda sessão da Assembleia Sinodal, ele disse que tem o mesmo desafio que a CEAMA: “buscar respostas concretas e substanciais que deem razão à nossa esperança e que façam o importante chamado que temos como CEAMA, uma pequena semente que cresce pouco a pouco, mas que pode continuar avançando para dar mais frutos”. Finalmente, o bispo auxiliar de Manaus e vice-presidente da CEAMA, dom Zenildo Lima, disse que a CEAMA “é mais experimentada do que conceituada, é uma experiência em construção, e porque uma experiência em construção, por vezes até temos necessidade de maior clareza”, uma dinâmica presente desde o Sínodo para a Amazônia, que diante da “necessidade de uma experiência que pudesse expressar a comunhão de todas as igrejas pan-amazônicas, não tínhamos muita clareza conceitual do que propor à Assembleia Sinodal, mas tínhamos uma certeza da experiência da qual nós tínhamos necessidade”. Por isso, a assembleia “vai trazendo mais solidez a nossas compreensões, aos conceitos, a nossa autocompreensão”, mas acima de tudo, “vai ficando mais nítida a experiência”, vendo a assembleia como momento em que “a continuidade da experiência, vai nos tornando cada vez mais conscientes do papel da Igreja nessa construção de novos caminhos para a evangelização e para uma ecologia integral”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Cardeal Czerny escuta a realidade das igrejas do Regional Norte1, “para descobrir exatamente o que podemos oferecer para ajudar”

A escuta é uma atitude muito importante no Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral. Ouvir as igrejas locais para estar perto dos territórios e poder acompanhá-las melhor é algo comum, que teve mais um episódio na reunião entre o prefeito do Dicastério, Cardeal Michael Czerny, a coordenadora regional para as Américas, Cecilia Barja, e as igrejas locais do Regional Norte1, onde estavam presentes alguns dos bispos, a secretária executiva do Regional, o coordenador pastoral da Arquidiocese de Manaus e o reitor do Seminário São José. O ponto de partida foi uma pergunta: O que impede uma vida digna para as pessoas em suas dioceses? Os participantes da reunião descreveram a situação em cada igreja local. Uma realidade marcada pela presença de uma grande diversidade de povos indígenas, dos que muitos agradecem à Igreja por ter lhes ajudado em seu processo educativo, que hoje lhes permite ser estudantes universitários, mas também com muitos deles ameaçados pelo drama da bebida alcoólica, que cria dependência entre os jovens, destruindo a vida das comunidades. Nessas comunidades, como acontece na diocese de São Gabriel da Cachoeira, o suicídio, sobretudo dos jovens, é uma realidade muito presente. Igrejas com dificuldades financeiras, com insuficiência de clero e Vida Religiosa, que tem grande participação do laicato, com uma experiência dos ministérios muito positiva, que acompanha as periferias, os migrantes e os povos indígenas, cada vez mais ameaçados pelo Marco Temporal, que nega os direitos reconhecidos na Constituição brasileira. Uma região onde as mudanças climáticas têm impactado cada vez mais no povo, provocando o empobrecimento do povo e dificuldade para a Igreja se fazer presente nas comunidades. Uma região onde o narcotráfico exerce um controle cada vez maior, aumentando o uso de drogas, de álcool e a violência contra mulheres e crianças. No Regional Norte1 é cada vez mais evidente e estado mínimo por parte do poder público, pudendo se falar de governos truculentos, manipulados por grupos de poder, que acabam enfraquecendo todas as políticas públicas. Isso se traduz em condições de moradia muito precárias, ocupações nas periferias dominadas pelo narcotráfico, sucateamento da saúde, e talvez de modo proposital, um sucateamento da segurança pública. A mobilidade humana é muito grande e muitas pessoas vivem nas ocupações em condições inumanas, tendo se dado um aumento dos pedintes, da população de rua, da fome, do trabalho informal, motivado pelo esvaziamento do poder público sem serviços sociais. O garimpo ilegal é uma ameaça, difícil de ser combatido, cooptando os indígenas e as comunidades ribeirinhas. Um fenómeno ligado ao narcotráfico, ao tráfico de mulheres, a exploração sexual. Além disso, a contaminação provocada pelo garimpo provoca problemas neurológicos. Os migrantes sofrem violência nos centros de acolhida governamentais, muitas mulheres não querem ficar mais lá, muitos vivem na rua, e são vítimas de situações análogas ao trabalho escravo. Em algumas regiões, o turismo está ligado à exploração sexual e biopirataria. As queimadas, motivadas pelo grande avanço do agronegócio, é outra realidade presente. As igrejas do Regional Norte1 têm se empenhado em acompanhar as crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, existindo grande comunhão das dioceses para acompanhar e superar essa situação. Nos próximos messes, será inaugurada em Manaus uma casa de acolhida com essa finalidade de atendimento, onde também serão atendidas crianças das outras igrejas locais. Os bispos insistem em que as igrejas estão muito engajadas em dar sua contribuição para superar esse problema. Diante dessa conjuntura, o Cardeal Michael Czerny afirmou que o peso dos problemas é muito grande. O prefeito do dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, afirmou que, do ponto de vista do dicastério, “não estamos lá para resolver os problemas, mas para acompanhar os processos que, em última análise, devem ser resolvidos pelo povo”. Do ponto de vista do Dicastério, o desafio é realizar um acompanhamento adequado e criativo. Em vista das enormes necessidades, o Cardeal Czerny destacou que é algo que “me deixa sem palavras”, agradecendo aos participantes pelo que compartilharam. Nesse sentido, “esperamos poder ajudar de alguma forma e descobrir precisamente o que podemos oferecer para ajudar no trabalho pastoral de acompanhar essas pessoas para que possam viver uma nova realidade”, destacou. Relembrando sua presença no Panamá nos últimos dias, onde participou de um encontro regional para uma pastoral migratória coordenada da Colômbia ao Canadá, ele enfatizou que foi “uma reunião positiva por causa da possibilidade de ajudar além das dioceses e dos países”. Uma oportunidade para aproveitar a realidade, para ser uma Igreja que colabora mantendo a diversidade, um ponto-chave da reforma do Papa Francisco. Nesse sentido, ressaltou que “escutar uns aos outros já ajuda nesse sentido”, destacando a possibilidade de caminhar juntos, tornando a sinodalidade uma realidade. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1