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Dia: 18 de setembro de 2024

Regional Norte1: Serviços e ministérios que concretizam o movimento de vida que surge do Espírito

A sinodalidade e a ministerialidade é algo presente na vida das igrejas do Regional Norte1. Na assembleia regional que acontece em Manaus de 16 a 19 de setembro, com o tema “Igreja Sinodal que caminha na Esperança”, tem sido oportunidade para partilhar os sinais desse modo de ser Igreja. Nas igrejas locais, é comum que todos os batizados e batizadas participem dos processos de planejamento, e em muitos lugares, surgiram paróquias com a coordenação de religiosas e leigos e leigas. Uma Igreja que valoriza e reconhece o serviço de todos e todas, como parte essencial da evangelização, especialmente a colaboração direta dos leigos e leigas. Uma Igreja que precisa de todos os ministérios e serviços, marcada pela diversidade de carismas e serviços, que pede o reconhecimento e oficialização de novos ministérios, identificados nas linhas pastorais que norteiam a missão evangelizadora. Uma Igreja que fomenta a formação, a defesa da vida, ações de cuidado com a casa comum, dentre outras. Uma Igreja descentralizada, itinerante e missionária, presente nas comunidades, muitas delas lideradas por mulheres, que pensam a caminhada e assumem os diversos ministérios. Se faz necessário refletir que não é suficiente criar ministérios se depois os novos ministros e ministras também vão centralizar e manter o modelo existente.   Igualmente, assumir que a ministerialidade feminina na Igreja Local será uma bênção e deve ser reconhecido como sinal da graça de Deus. Mesmo sendo visível o caminho sinodal em muitas igrejas locais, caminhar juntos, viver a sinodalidade não é fácil, pois ainda existem algumas instâncias eclesiais que não seguem aquilo que é proposto como caminho a seguir. A Igreja do Regional Norte1 é uma Igreja discípula missionária e discípula da Palavra, com comunidades sinodais nutridas pela Palavra. Pode se dizer que, nessa Igreja, o Espírito é como um olho d’água que joga para nós o movimento de vida, que se concretiza em serviços e ministérios de diversos tipos: ligados à Casa Comum, do catequista, da consolação, litúrgicos, de assessoria, de cuidado com a vida, da mulher, considerando algo necessário que seja reconhecido aquilo que as mulheres fazem há muitos anos. Um caminhar junto que vai sendo construído aos poucos, e que a Assembleia Regional Norte1, refletiu em diversos grupos, buscando descobrir aquilo que é reafirmado e assumido no caminhar juntos e juntas. Os desafios existem, mas a esperança tem que falar mais alto para poder concretizar essa Igreja que na sinodalidade quer ser discípula e missionária. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Bispos do Regional Norte1 instituem Ministério de Catequista: “Um sopro do Espírito na nossa Igreja”

No dia 10 de maio de 2021, o Papa Francisco assinou a Carta Apostólica sob forma de Motu Próprio “Antiquum Ministerium”, pela qual se instituiu o Ministério de Catequista. Aos poucos, catequistas têm sido instituídos nesse ministério, um passo dado no Regional Norte1 na celebração realizada nesta quarta-feira 18 de setembro, como parte da Assembleia Regional que está sendo realizada em Manaus de 16 a 19 de setembro de 2024, com o tema “Igreja Sinodal que caminha na Esperança”. Na celebração, presidida pelo arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1, cardeal Leonardo Steiner, ele lembrou que em 2012, no Sínodo para a Nova Evangelização, a Igreja do Brasil pediu a instituição do ministério de catequista, algo que foi lembrado ao Papa Francisco posteriormente em diversos momentos pela Presidência da Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), dado que esse é o ministério mais importante. Segundo o cardeal, “é tão extraordinário nós vermos e percebermos como nossa Igreja está na mão dos catequistas, é tão extraordinário ver que onde tem bons catequistas, boas catequistas, que as nossas comunidades são vivas, porque o catequista é para a comunidade, a catequista é para a comunidade, é da comunidade que nascem os catequistas”, mostrando o que acontece na África, onde são os catequistas que dirigem as comunidades, o que foi testemunhado pelo bispo da diocese de Roraima, dom Evaristo Spengler, que foi missionário em Angola, mostrando o grande compromisso dos catequistas para sustentar a fé, sobretudo no tempo da guerra que assolou o país, quando grande parte das comunidades do país não podiam contar com a presença dos presbíteros. Um testemunho que levou o presidente do Regional Norte1 a dizer que “talvez nós, no Brasil, não demos a importância devida a esse ministério”, afirmando que “com a instituição do ministério, talvez nós consigamos retomar a importância do catequista, da catequista, na vida das nossas comunidades”. Catequistas que muitas vezes continuam perseverantes, mesmo quem vai avançando em sua idade, que “tem o dom de transmitir a vida do Evangelho”, pessoas com idade demais na transmissão do caminho do Evangelho, que conseguem entusiasmar. “Ao instituirmos hoje aqui em nosso Regional esses irmãos e irmãs como catequistas, que já são, mas agora instituídos conforme o nosso Ritual, que nós possamos cada vez mais mostrar às nossas comunidades a grandeza desse ministério”, destacou o cardeal Steiner. Ele lembrou a importância de pessoas que “permanentemente na comunidade estão introduzindo às pessoas, não são catequistas de passagem, foram instituídos para a comunidade”. O arcebispo de Manaus enfatizou que “é uma grandeza poder levar as pessoas até a presença de Jesus”. Seguindo o texto da Primeira Leitura do dia, “nos despertar para que só o amor realmente permaneça em nós”, disse o arcebispo de Manaus. Segundo ele, “a esperança nós precisamos enquanto caminhamos, porque às vezes caminhamos na desesperança diante de tantas dificuldades. Mas o que permanece mesmo é a caridade. A fé não precisaremos depois, a fé não permanece, mas permanece o amor, porque é no amor que vive a Trindade, e definitivamente seremos inseridos no amor da Trindade, viveremos no amor da trindade para sempre”, sublinhou o cardeal, que fez um chamado a levar essa grandeza para os irmãos e irmãs, pois diante das crises e quedas, “permanecêramos sempre de novo na atração de um amor que é para sempre”. Aos que receberam o ministério de catequista, ele pediu “que possam nos ajudar nesse caminho”, ressaltando que “a Igreja vive desses ministérios, porque desses ministérios todos nós participamos”, dizendo que “o primeiro catequista da diocese deve ser o bispo”. Ele pediu “que nós possamos no nosso Regional, cada vez mais, iluminar a vida das nossas comunidades com o ministério da catequese e que esse ministério nos ajude realmente a sermos uma Igreja viva, uma Igreja da esperança, uma Igreja que realmente é missionária, uma Igreja que quer levar o Reino de Deus, que quer viver o Reino de Deus, uma Igreja que não deixa de lado o profetismo, uma Igreja que sabe estar ao lado dos pequenos, dos pobres, uma Igreja que sempre de novo acolhe a todos, não tem medo de acolher a todos, porque todos, todos, são destinados a participar da vida da Trindade, e isso para sempre”. Cada bispo instituiu no ministério de catequista a catequistas das igrejas locais que fazem parte do Regional Norte1. Uma dessas catequistas é Vagna Gomes, coordenadora da Iniciação à Vida Cristã na diocese de Roraima. Ela afirma que “essa instituição vem como um sopro do Espírito na nossa Igreja para reconhecer o serviço do catequista”. São catequistas que hoje são desafiados a “sentir o outro”, para “partilhar a Palavra de Deus a partir da experiência da vida”, ressaltando a importância de sentir a realidade que o catequista está evangelizando. “Um serviço que sai da comunidade para servir à comunidade, alguém do povo que não deixa de ser do povo, não deixa de ser comunidade”, sublinhou a catequista instituída. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1