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Dia: 22 de setembro de 2024

Encontro Nacional de atualização para psicólogos abordou formação humano-afetiva dos seminaristas

75 representantes dos diversos regionais da Conferência Nacional dos bispos do Brasil (CNBB), dentre eles a psicóloga Maria de Nazaré Souza Gomes Castro, que acompanha os seminaristas do Seminário Arquidiocesano São José, onde se formam os seminaristas do Regional Norte1, e o bispo de Parintins e membro da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, dom José Albuquerque de Araújo, participaram de 20 a 22 de setembro de 2024, do Encontro Nacional de atualização para psicólogos, realizado em Guarulhos (SP). Realizado pela Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (OSIB Nacional), tem como tema “A Contribuição da Formação Humano-Afetiva para a dimensão pastoral dos futuros presbíteros”. Um encontro anual que, cada ano aborda uma das dimensões da formação, e que neste ano está centrado na dimensão pastoral do processo formativo. O encontro tem sido assessorado pelo bispo de Santo Amaro (SP), dom José Negri, doutor em Psicologia, e pelo padre Henrique Batista, da diocese de Osasco (SP), também doutor em Psicologia. Segundo dom José Albuquerque de Araújo, ambos refletiram sobre a importância da formação humano-afetiva, de modo especial, a atuação e acompanhamento dos psicólogos e psicólogas nas diversas etapas”. O bispo de Parintins considera o resultado muito proveitoso, destacando que “estamos, a partir deste ano, refletindo nesses encontros quais situações precisa melhorar nas nossas Diretrizes para a formação presbiteral no Brasil”, a partir do Documento 110 da CNBB. O bispo lembra que, a partir do ano que vem, essas Diretrizes vão ser revisadas, uma vez que o tempo ad experimentum do texto já foi ultrapassado. Nessa perspectiva, buscando aprovar as Diretrizes, esses encontros servem para poder refletir sobre o acompanhamento dos psicólogos, procurando ouvir contribuições para a melhoria desse texto, afirmou dom José Albuquerque de Araújo. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Cardeal Steiner: “O desejo de ser maior, sufoca, destrói, desvia do caminho de ser seguidor, seguidora de Jesus”

No 25º Domingo do Tempo Comum, o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da Conferêcia Nacional dos Bispos do Brasil, cardeal Leonardo Steiner, lembrando “Jesus no Evangelho a nos recordar o ensinamento: ‘O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens e eles o matarão. Mas, três dias após a morte, ele ressuscitará’.” Segundo o cardeal “esse ensinamento é um caminho.” Recordando o texto do evangelho, ele disse que “atravessam a Galileia e chegam a Cafarnaum. Enquanto caminhavam, estando a caminho, Jesus introduz os discípulos no caminho do verdadeiro seguimento. No atravessar a Galileia e chegar a Cafarnaum o anúncio do sofrimento e da morte e da ressurreição. E enquanto caminhavam dos discípulos buscam compreender o significado, a força, a fraqueza do ensinar: morrer e viver. O anúncio no caminhar faz nascer dúvidas, incertezas, proposições, não conclusões. No não entender do novo ensinamento, vem a percepção de um caminho desastroso.” Diante disso o arcebispo questionou “A morte deveria instaurar o novo reino? Qual o lugar de cada discípulo haveria de ocupar nesse novo reino? Qual o cargo que cada um exerceria no novo reino?” “Jesus não intervém, deixa que eles discutam, reflitam ao caminhar o novo reino. E eles o entenderam apenas como o reino do poder, dos títulos, dos lugares a ocupar. Não conseguiam perceber que há um morrer para o poder, para os títulos, para os lugares a ocuparem. No novo reino, não servem títulos, poder, lugar especial. Para entrar na vida nova que o Reino oferece, há necessidade de percorrer o caminho novo: a do ser menor, servidor. O caminho para chegar à casa onde se está em casa e onde há apenas familiaridade, convivência, serviço mútuo, conversa solta, acolhimento, prazer de estar em casa. Ali na casa não há poder, nem títulos valem; a casa é o lugar que acolhe, não se ocupa nenhum lugar, pois todos tem lugar”, sublinhou o cardeal. Citando o texto evangélico: “Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: O que discutíeis pelo caminho? Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior”, o arcebispo de Manaus disse que “ao chegarem em casa, na vila da graça, na casa de Jesus e de todos, percebem na pergunta de Jesus que as discussões estavam distantes da casa de todos. Por isso o silêncio. O silêncio que recolhe o discutido e o não discutido, o que estava fora do caminho da vida nova, do reino novo. Haviam discutido, poder e se dão conta, na casa da simplicidade, na moradia comum, que o espaço é outro, o conviver é outro: é servir, ser o último.” Analisando o relato, o cardeal Steiner, afirmou que “Jesus se senta, chama os discípulos, como uma mãe que chama o filho para uma conversa de vida, de afeto. Ali na proximidade, na intimidade, coração a coração, ensina”, disse citando o texto: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” Nessa atitude, ele destacou “quanta delicadeza de Jesus em relação aos discípulos, sem grito, sem acusação, sem dar lição de moralista, sem desfazer, se faz próximo e revela o segredo da vida que Ele anuncia: servir! O primeiro a servir, o primeiro lugar é servir, o título é servir, a autoridade do servir. Ali na intimidade de quem deseja mostrar a grandeza da nossa humanidade e divindade, Ele aponta para o horizonte do ser o último, aquele, aquela que serve a todos.” Imaginando a reação de Jesus, o cardeal disse que “em seguida, deve ter saído pelas ruas de Cafarnaum a buscar uma criança e a traz para perto dos discípulos. Na criança apresenta o modo de viver e de ser na vida que ele pode ofertar, oferecer”, citando um novo versículo: “Quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que estará acolhendo”. Diante dessa atitude, ele perguntou: “O que significa acolher a Jesus como uma criança?”, dando um exemplo concreto e iluminador: “a simplicidade e inocência da criança. A criança a vida no frescor, na limpidez e na pureza de sua origem, de sua fonte. Viver no vigor da simplicidade e da inocência original, assim como nossos primeiros pais se relacionavam e confraternizavam entre si, com o Criador e com todas as criaturas. A soberba, a vanglória, a ambição pelo primeiro lugar, ofuscam a limpidez das relações. Ao abraçar a criança e indicá-la como caminho aos discípulos, Jesus mostra que os pequenos e pobres, os simples e humildes são o nosso futuro, o caminho dos céus. É que a humildade, a simplicidade, a liberdade, o ser que tende para a maturidade é a nossa autonomia, a liberdade, a humildade da cruz, do Pão.” Segundo o cardeal, inspirado em Fernandes e Fassini, “o abraço de Jesus à criança está indicando, também, que a regência do mundo e da história, a partir Dele – o Menino Deus, de sua Encarnação – não está mais com os poderosos, mas com os pequenos, os humildes, as crianças, os anawin. Por isso, Jesus ensina os discípulos não só a acolher a criança, como também a ser, a reger-se como criança. Não nos convida a sermos crianças, infantis, ingênuos, nem mesmo viver como se fôssemos crianças, mas a serem como crianças. Como na dinâmica, no modo de viver sem ressentimentos, sem escondimentos, mas na suavidade e força da criança de Belém. Portanto, fugirmos do fingir ser criança. Ser verdadeiramente como criança, toda a possibilidade de ser. Tornar-se como criança pede virada, conversão, transformação radical: limpo, puro, inocente, ainda sem fala, sem interpretação: somente ser! Ou fala sem falar, pela doçura da presença silenciosa.” “A grandeza do ser-criança está na sua simplicidade. Simples é o que não tem dobras, isto é, o que não está enrolado em si mesmo, mas o que é um, o que é exposto e disposto na coragem e na jovialidade de ser, muito bem descrito por Guimarães Rosa, em sua obra ‘Corpo de Baile’”, disse dom Leonardo. Segundo…
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