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Dia: 1 de dezembro de 2024

Desafios na Preparação Matrimonial foi tema da VI Assembleia da Pastoral Familiar Regional Norte1

A Pastoral Familiar do Regional Norte1 realizou de 29 de novembro a 1º de dezembro, na paróquia São Jorge de Manaus sua VI Assembleia Regional, com o tema: “Família Peregrina da Esperança“, e o lema: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (1Cor. 15, 58). Depois da acolhida e a missa de abertura, o bispo da diocese de Coari e referencial da Pastoral Familiar no Regional Norte1, refletiu sobre “O Matrimonio à luz da Sagrada Escritura”. Ao longo do encontro foi partilhado um vídeo sobre a participação do Regional no XVII Congresso Nacional da Pastoral Familiar, sendo apresentado posteriormente o balanço financeiro e sustentabilidade para evangelização da Pastoral Familiar no Regional. Os participantes refletiram sobre “o Sacramento do Matrimônio e as Normativas Canônicas sobre o Processo de Nulidades”, com a assessoria de Pietro Bianco Epis, do Tribunal Eclesiástico de Manaus, tendo a oportunidade de perguntar e resolver dúvidas. Foi feita uma partilha sobre como as igrejas locais estão realizando a preparação para o Sacramento do Matrimônio, sendo abordado posteriormente o tema da “Preparação Matrimonial como Caminho de Esperança – Aplicação do Itinerário Vivencial de Acompanhamento Personalizado para o Sacramento do Matrimônio e Documento 68”, com a assessoria de Frei José Faustino, assessor da Pastoral Familiar no Regional Norte1. Posteriormente foram pensadas estratégias de como aplicar o itinerário em cada igreja local, em vista de avançar na Implantação do Itinerário Vivencial de Acompanhamento Personalizado para o Sacramento do Matrimônio nas igrejas locais e a formação de casais catequistas. Foram realizados diversos informes visando a dinamização da Pastoral Familiar e o trabalho de integração (sinodalidade). Finalmente, a secretária executiva do Regional Norte1 repassou o que foi vivenciado na 51ª Assembleia Regional CNBB Norte1, e dom Marcos Piatek apresentou o “Documento Final do Sínodo dos Bispos Sobre a Sinodalidade”. O casal coordenador da Pastoral Familiar Norte1, Antônio Ronildo Viana dos Santos e Rosenilda Azevedo Ferreira, destacaram que ao longo do encontro foi refletido a partir dos documentos da Igreja, do Papa Francisco, da CNBB, para ver como avançar nos trabalhos que estão sendo desenvolvidos na preparação matrimonial a partir do itinerário apresentado pela Pastoral Familiar Nacional. “Momentos importantes, reflexivos, participativos que nos desafiam a continuar firmes e animados na missão da Pastoral Familiar no nosso Regional Norte1”, destacou Ronildo. Ele destacou a vivencia sinodal no Regional Norte1 e o apoio que a Pastoral Familiar recebe da presidência, fazendo um chamado a voltar com alegria para as igrejas locais para continuar a missão. Rosenilda destacou os passos dados como Pastoral Familiar no Regional e nas igrejas locais, “tem chegado às famílias a mensagem da Pastoral Familiar, aquilo que a Igreja nos encaminha, aquilo que o Papa Francisco nos interpela para ir até as famílias que estão fora da Igreja, em parceria com as demais pastorais, movimentos, serviços e organismos”, sublinhou. No final da assembleia, dom Marcos Piatek destacou a importância da assembleia para a caminhada da Pastoral Familiar, assim como a temática e o material apresentado, um itinerário que está sendo implantado nas paróquias, “muito mais amplo, mais profundos e ele já começa a trazer frutos mais profundos e positivos na preparação do Matrimonio, uma decisão que deve abranger a vida toda, e que não pode se limitar a um ou outro encontro, exige mais tempo, mais seriedade, mas aprofundamento, e quem tem que ganhar é a própria família com tudo isso”. Na Carta Final, que recolhe os passos dados ao longo a assembleia, se diz que “urge o apoio ainda maior dos senhores bispos, padres, diáconos, religiosos(as) e agentes de pastoral, à missão da Pastoral Familiar, quanto a preparação matrimonial, a partir do “Itinerário Vivencial Personalizado” em sintonia com Igreja do Brasil e do Regional Norte 1, e demais atividades, em organicidade e comunhão com nossos irmãos e irmãs dos Movimentos, Organismos, Serviços e Pastorais afins, que atuam na vivência familiar”, mostrando a disponibilidade “para apoiar, acompanhar, estreitar e partilhar nossas práticas pastorais, a partir da Pastoral Familiar”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1  

Cardeal Steiner: “O Advento é tempo para verificar o nosso desejo de Deus”

“Com a celebração de hoje iniciamos um novo Ano Litúrgico. Nos colocamos a caminho de Belém, com o primeiro domingo do advento”, disse o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner no início de sua homilia. Segundo o presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), “o Evangelho anuncia do tempo novo que estamos por iniciar: ‘Levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.’ Ao iniciarmos o caminho até Belém somos iluminados pela palavra da libertação. A libertação se aproxima, pois está por nascer o Filho que nos será dado, o Emanuel.” O cardeal lembrou as palavras de Papa Francisco: “O Advento é o tempo que nos é concedido para acolher o Senhor que vem ao nosso encontro, também para verificar o nosso desejo de Deus, para olhar em frente e nos preparar ao regresso de Cristo. Ele voltará a nós na festa do Natal, quando fizermos memória da sua vinda histórica na humildade da condição humana; mas vem dentro de nós todas as vezes que estamos dispostos a recebê-lo, e virá de novo no fim dos tempos para ‘julgar os vivos e os mortos’. Por isso, devemos estar vigilantes e esperar o Senhor com a expetativa de o encontrar.” O arcebispo de Manaus vê o Advento como: “espera, expectativa, vinda! Ele virá, está por vir! Somos convidados a nos prepararmos para a Vinda do Senhor! Com o Advento, abrimos o ano litúrgico para celebrarmos a presença do Filho de Deus entre nós! Por isso, ‘haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. Os homens vão desmaiar de medo, só de pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas.’ A Palavra de Jesus a nos despertar para o tempo novo que está por chegar!” “O Evangelho a nos indicar a vinda do Filho do Homem ‘com grande poder e glória’ (Lc 21,27) convidando-nos a retomar o ânimo e a levantar a cabeça porque ‘a libertação está próxima’ (Lc 21,28). A palavra ‘libertação’ (“apolytrôsis”) é o ‘resgate de um cativo’. O resgate, a libertação que a Criança de Belém nos aponta. A salvação-libertação da humanidade, concretizado nas palavras e nos gestos de Jesus, é apresentado como libertação do egoísmo, do pecado, da morte. É a libertação de tudo o que nos escraviza, domina, e nos impede de viver na dignidade de filhos e filhas de Deus”, sublinhou o cardeal Steiner. O presidente do Regional Norte1 disse que “Ele chega sem aviso, sem alarde! Sua chegada silenciosa e cândida pede acolhimento, vigilância e atenção. Assim, nos encontrará de pé, vigilantes, prontos, disponíveis para acolhê-lo! E contemplaremos o Filho de Deus reclinado na manjedoura de Belém revestido de nossa fragilidade e humanidade. Tocados pela pobreza e singeleza de Deus, nos inclinamos, como os pastores, para admirá-lo, adorá-lo e servi-lo (Lc 12,35-48). A Criança-Deus, que transforma nossa humanidade, nos envia ao encontro dos mais necessitados (Lc 14,15-24).” Citando o texto bíblico: “Levanta-vos, erguei a cabeça, vigiai e orai”, ele lembrou que “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias que os discípulos da Criança de Belém experimentam; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Porque a sua comunidade é formada por homens, que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e receberam a mensagem da salvação para a comunicar a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao género humano e à sua história”, segundo diz Gaudium et Spes. Com a mesma citação: “Levantai-vos, erguei a cabeça, vigiai e orai”, afirmou que “o Evangelho a nos acordar para uma sensibilidade própria, única, capaz de despertar para a presença de Jesus-Menino que deseja nos encontrar. Deixarmo-nos encontrar por uma sensibilidade vença a nossa insensibilidade.” Ele lembrou as palavras de Papa Francisco em Evangelii Gaudium: “A situação atual do mundo ‘gera um sentido de precariedade e insegurança, que, por sua vez, favorece formas de egoísmo coletivo’. Quando as pessoas se tornam autorreferenciais e se isolam na própria consciência, aumentam a sua voracidade: quanto mais vazio está o coração da pessoa, tanto mais necessita de objetos para comprar, possuir e consumir. Em tal contexto, parece não ser possível, para uma pessoa, aceitar que a realidade lhe assinale limites; neste horizonte, não existe sequer um verdadeiro bem comum. Se este é o tipo de sujeito que tende a predominar numa sociedade, as normas serão respeitadas apenas na medida em que não contradigam as necessidades próprias. Por isso, não pensemos só na possibilidade de terríveis fenómenos climáticos ou de grandes desastres naturais, mas também nas catástrofes resultantes de crises sociais, porque a obsessão por um estilo de vida consumista, sobretudo quando poucos têm possibilidades de o manter, só poderá provocar violência e destruição recíproca.” Talvez, o advento nos possa acordar e percebermos que “nem tudo está perdido, porque nós somos capazes de tocar o fundo da degradação, também de superar-se, voltar a escolher o bem e regenerar-se, para além de qualquer condicionalismo psicológico e social que lhes seja imposto. São capazes de se olhar a si mesmos com honestidade, externar o próprio pesar e encetar caminhos novos rumo à verdadeira liberdade. Não há sistemas que anulem, por completo, a abertura ao bem, à verdade e à beleza, nem a capacidade de reagir que Deus continua a animar no mais fundo dos nossos corações. A cada pessoa deste mundo, peço para não esquecer esta sua dignidade que ninguém tem o direito de lhe tirar”, disse, citando novamente Evangelii Gaudium. “O Advento a nos recordar as três visitas do Deus à humanidade: ‘A primeira visita foi a Encarnação, o nascimento de Jesus na gruta de Belém; a segunda acontece no presente: o Senhor visita-nos…
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