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Dia: 9 de dezembro de 2024

Conferido o ministério de Leitor ao seminarista de Manaus Luiz Fernando Levati: “Em atenção à Tua Palavra”

Um passo a mais no processo formativo no Seminário Arquidiocesano São José de Manaus foi dado no dia 8 de dezembro de 2024 pelo seminarista Luiz Fernando Levati, que foi instituído no ministério de leitor, em celebração presidida por dom Joaquim Hudson Ribeiro, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Manaus, na Comunidade Nossa Senhora de Fátima, Área Missionária São Francisco das Chagas. “Essa data marcou não apenas um passo importante na minha caminhada vocacional, mas também reafirmou a centralidade da Palavra de Deus em minha vida”, disse o novo leitor. Durante a homilia, dom Hudson ressaltou a profundidade desse ministério, exortando a Luiz Fernando a permitir que a Palavra rumine dentro dele, para que não apenas a ouça, mas a escute com o coração. O bispo auxiliar comparou a missão de cada fiel à caixa de um violão, que ecoa as vibrações das cordas. Assim também devemos ser aqueles que fazem ressoar a Palavra de Deus de forma autêntica e vibrante, para que ao nos verem, as pessoas possam lembrar-se de um versículo bíblico e pensar na própria Palavra. Com a mesma ternura e firmeza, Dom Hudson pediu a Luiz Fernando que ele fosse grande devoto de Nossa Senhora, acolhendo a Palavra como ela acolheu o Verbo, e transmitisse essa devoção àqueles que encontrar no caminho. Durante a celebração, realizada em sua comunidade de origem, o seminarista escutou daquela que foi sua catequista de Crisma, Kathllen Prestes, que relembrou sua trajetória na comunidade, um pouco de sua história de vida na comunidade: um jovem agitado, mas igualmente prestativo e zeloso, enquanto catequizando, coroinha e catequista. As palavras da catequista “emocionaram a todos e me fizeram refletir sobre como a comunidade moldou a minha vocação”, disse Luiz Fernando. O seminarista reforçou a importância de sempre rezar pelas vocações e pediu que todos continuem confiando suas preces ao Senhor por meio da oração vocacional. Ele agradeceu especialmente a dom Hudson por ter aceitado o convite de conferir-lhe o ministério, e compartilhou com os presentes a frase de força que lhe guia no ministério que lhe foi conferido: “Em atenção à tua Palavra” (Lc. 5,5), explicando que “mesmo nos momentos mais desafiadores, quando minha vontade parece gritar mais forte, é essa Palavra que me sustenta, impulsiona e me faz lançar novamente as redes”. A celebração foi encerrada com um café partilhado, símbolo da comunhão e da alegria que vivida juntos como comunidade. Luiz Fernando agradeceu a Deus por cada pessoa que fez parte desse momento especial e pediu que continuem rezando por ele, para que seja fiel à missão de fazer ressoar a Palavra de Deus em todos os lugares onde ele estiver. Finalmente, ele pediu “que Maria, a Mãe do Verbo, interceda para que eu acolha e transmita a Palavra com o mesmo amor e zelo com que ela o fez. Amém!” Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

A Igreja de Manaus celebra e caminha com a Imaculada, “que cuida de nós e sempre está próxima de nós”

A religiosidade popular na Amazônia é uma clara expressão da fé do povo, que ao longo dos séculos, especialmente nas comunidades do interior, participava da Eucaristia nas festas dos padroeiros. Muitos daqueles que tiveram essas vivências hoje moram na capital do Amazonas, que neste dia 8 de dezembro celebrava sua padroeira. Milhares desses manauaras, amazonenses, acompanharam a Maria nas ruas de Manaus e depois celebraram a Eucaristia campal nas proximidades da Catedral da Imaculada Conceição, a Matriz, como é conhecida pelo povo. Maria caminhou acompanhada pelo povo de Deus para se fazer presença de Deus na vida daqueles que a seguiam ou simplesmente a viam passar. Ela que sempre se colocou ao serviço de Deus e de seu filho, quer ser exemplo para o povo, para “cada uma das nossas comunidades que servem a Jesus, que veio do seio de Maria”, segundo disse o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Ulrich Steiner, em sua homilia. Em uma celebração onde o povo estava “para podermos louvar, bendizer e agradecer a Nossa Senhora, que tem acompanhado a nossa arquidiocese durante tanto tempo”, disse o arcebispo, que mostrou sua gratidão “por termos uma tão grande mãe, que cuida de nós e sempre está próxima de nós e a todos nos leva a Jesus.” Uma celebração onde estavam presentes bispos, padres, diáconos, seminaristas, vida consagrada, ministros, ministras, seja da Palavra, da Eucaristia, “todos os ministérios que nós estamos distribuindo para o bem da nossa querida Arquidiocese de Manaus, para o bem das nossas comunidades”, enfatizou o cardeal Steiner. Ele destacou a atitude de Deus que se aproxima, que está através dos tempos, a buscar, até que ele mesmo procurou a mulher, a filha da graça do Senhor. Na saudação do anjo “havia uma busca de Deus, havia uma procura de Deus, havia uma proximidade de Deus”, destacou o arcebispo. O cardeal Steiner enfatizou que “Deus nos amou tanto, Deus nos quis tanto, que escolheu Maria para se fazer presente no meio de nós. Ser um de nós, como nós, ou como dizia o grande pensador da igreja, não outro de nós, só nós, Deus nos fez”, ressaltando que “Ele nos procura, nos deseja sempre”. Ele destacou na figura de Maria o fato de ser cheia de graça, preservada do pecado, lembrando as palavras de Santo Agostinho, que fala de Maria dizendo: “Se forma em teu seio, enche o teu espírito, enche o teu ventre”. Segundo o arcebispo de Manaus, “a bem-aventurada Virgem Mãe de Deus, a qual nunca foi inimiga de Deus, nem em ato, em razão do pecado atual, nem em razão do pecado original. Deus a preservou, Deus a preparou, porque quer, quis através dela nos buscar”, o que nos leva “a louvar e bendizer aquela que foi preservada”, aquela que “nos presenteou Jesus”. O cardeal lembrou duas palavras do Papa Francisco com relação a Nossa Senhora: admiração e fidelidade. Isso porque “Nossa Senhora ficou perturbada, diz Papa Francisco, interrogava-se sobre o significado. O significado dessas palavras, ela foi surpreendida, ela ficou impressionada, perturbada, ficou espantada”. Nossa Senhora, lembrando as palavras de Papa Francisco, é cheia do amor de Deus. Nesse sentido, “é uma atitude nobre saber maravilhar-se com a presença de Deus. É uma atitude nobre perceber que Deus nos enche de graças. É uma atitude nobre, é uma admiração poder dizer, Deus está no meio de nós”. Por isso, “ao celebrarmos a Imaculada Conceição, queridos irmãos, queridas irmãs, tenhamos uma atitude na vida de admiração”, sublinhou o arcebispo. Ele fez um chamado para que “admiremos as belezas, os dons que recebemos, as graças que recebemos, mas tenhamos também admiração pela beleza da natureza”. Junto com isso ter fidelidade às coisas mais simples, lembrando que “Nossa Senhora era uma mulher de aldeia, era uma mulher extremamente simples. Era uma daquelas meninas que viviam lá longe, no interior. E ela cuidava das coisas mais simples da casa. É por isso que ela se tornou cheia de graça”, reafirmando a necessidade de que “sejamos fiéis nas coisas pequenas, nas coisas simples, lá em casa, na comunidade”, sê-lo “nas pequenas coisas da nossa vida, as coisas mais simples da nossa vida, é porque é ali que acontece a vida e a graça de Deus”. Finalmente, o cardeal Steiner pediu que nossa proximidade com Nossa Senhora, “nos leve especialmente a termos um grande amor pelos irmãos mais necessitados. Termos um grande amor a Deus para servir melhor os nossos irmãos e irmãs”, encerrando suas palavras com uma oração de São Francisco, que fala de Maria como a virgem feita Igreja. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1