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Dia: 7 de fevereiro de 2025

Dom Samuel chega em Manaus para “aprender e caminhar juntos na busca sempre de promover a vida”

Dom Samuel Ferreira de Lima, nomeado bispo auxiliar de Manaus pelo Papa Francisco no dia 25 de novembro de 2024 e ordenado no dia 1º de fevereiro de 2025 em Rodeio (SC), e que será acolhido na Eucaristia que será celebrada no domingo dia 09 de fevereiro às 10  horas da manhã na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, Igreja Matriz da arquidiocese de Manaus, chegou na manhã desta sexta-feira 07 de fevereiro no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes da capital amazonense. No aeroporto, dom Samuel foi recebido por uma comitiva da arquidiocese de Manaus e o arcebispo, cardeal Leonardo Steiner, que mostrou sua alegria e de toda a arquidiocese diante da chegada do novo bispo auxiliar, que irá acompanhar a Região Episcopal Nossa Senhora dos Navegantes. O cardeal destacou que “nós como bispos, sempre juntos, unidos, servindo às nossas comunidades”. O arcebispo disse que “ele vai se inserir no meio de nós e vai nos ajudar”, definindo dom Samuel como “um homem muito disponível, com grande espírito missionário, tem uma espiritualidade muito profunda, vai nos ajudar a ser uma Igreja ainda mais missionária e uma Igreja ainda bem inserida nas nossas comunidades”. O cardeal lembrou que dom Samuel Ferreira de Lima será apresentado à Igreja de Manaus no domingo dia 09 às 10 horas da manhã na Catedral. Na celebração será lida a Bulla de nomeação e presidirá a celebração da Eucaristia. O novo bispo auxiliar disse estar vivendo um momento “de grande alegria, de grande expectativa, um novo trabalho, uma nova missão, uma nova realidade que a gente está assumindo, vindo lá do Sul do Brasil, agora para o Norte. Então, é com muita alegria e esperança que eu chego aqui, com o coração aberto, para viver esse tempo de caminhada junto com vocês”. Dom Samuel insistiu em que “vamos aprender juntos, ver as situações e caminhar juntos na busca sempre de promover a vida, redimensionar cada vez mais a esperança”. Ele disse que “a gente como frade é sempre itinerante e peregrino, onde a gente está é a nossa casa. Com quem a gente está junto, caminhar e aprender para ser um só povo no seguimento de Jesus Cristo”. Dom Samuel ainda deixou “uma saudação de paz e bem, a alegria de estar junto com vocês e juntos fazer essa caminhada daqui em diante, sempre buscando cada vez mais viver o Evangelho de uma forma autêntica, dando testemunho da justiça, da paz e da esperança”. bri Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Fotos Ana Paula Lourenço

11º Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas: Um crime invisível que precisamos combater

No 11º Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas, realizado em 8 de fevereiro, unimo-nos em solidariedade e ação contra uma das formas mais cruéis de violação dos direitos humanos. Em 2024, o Brasil registrou 1 caso alarmante de tráfico humano por dia, evidenciando a gravidade desse crime que afeta milhões globalmente, especialmente mulheres, crianças, migrantes e refugiados. Como destacou a irmã Rose Bertoldo, do Grupo de Mulheres da REPAM-Brasil e secretária executiva do Regional Norte I da CNBB, este dia não apenas lança luz sobre o problema, mas também nos convoca a agir. “O tráfico humano abrange formas ocultas de exploração, desde a exploração sexual até o trabalho escravo e a venda ilegal de órgãos. A vulnerabilidade social muitas vezes coloca as pessoas em maior risco, tornando-as alvos fáceis para os traficantes.” A fala da professora Márcia Oliveira também nos traz uma reflexão importante sobre essa questão, especialmente no contexto da Amazônia e suas fronteiras. Doutora em Sociedade e Cultura na Amazônia, Márcia enfatiza a gravidade do tráfico de pessoas, uma grande economia mundial baseada na exploração, violação sexual e sofrimento humano. Para ela, mais do que em qualquer outro momento da história, a sociedade e a igreja precisam estar atentas a essa questão e trabalhar para prevenir, combater e criar condições para que as pessoas não se tornem vítimas desse crime. A oração, como destaca, é um primeiro passo fundamental, pois sensibiliza e coloca todos em sintonia com a defesa da vida, orientando-nos a agir na prevenção e no enfrentamento dessa violação dos direitos humanos. Ela ainda ressalta: “O tráfico de pessoas virou uma grande economia mundial, baseada no crime, na injustiça, no sofrimento e na exploração das pessoas, na violação sexual, na violação da dignidade humana. Então, mais do que em outros tempos, precisamos, como igreja, como sociedade, estar mais atentos e sensíveis a esse tema, trabalhando no enfrentamento, no combate, na prevenção, na orientação, mas, acima de tudo, criando condições para que as pessoas não se submetam ao tráfico, não sejam enganadas, não se sujeitem a trabalhos degradantes, análogos à escravidão, não percam sua dignidade.” As fronteiras da Amazônia estão terrivelmente afetadas pela atuação de redes especializadas no contrabando de imigrantes e no tráfico de pessoas, ferindo a dignidade e roubando a esperança de tantas pessoas em todo o planeta. Mas, de modo muito especial, devemos estar atentos ao que ocorre nas fronteiras da Amazônia. Daí a importância da Repam também assumir essa pauta, estando nessa luta, no combate a esse crime, que é uma violação terrível dos direitos humanos. A campanha deste ano, sob o tema “Embaixadoras da Esperança”, destaca a importância da prevenção e da conscientização. Através da operação e da mobilização global, buscamos não apenas dar visibilidade a essas atrocidades, mas também promover ações concretas para proteger os vulneráveis e combater o tráfico de pessoas em todas as suas formas. É essencial denunciar quaisquer suspeitas de tráfico humano através dos canais adequados, como o Disque 100 – Direitos Humanos ou Disque 180. Somente através do esforço conjunto, incluindo organizações como a Rede Um Grito Pela Vida e outras instituições engajadas, podemos fazer a diferença e oferecer esperança às vítimas. Neste Dia Mundial de Oração e Reflexão, unamo-nos em solidariedade, fortalecendo nosso compromisso de não apenas orar, mas também agir contra o tráfico de pessoas, protegendo os mais vulneráveis e defendendo a dignidade de todos os seres humanos. Como Márcia ressaltou, a oração é o ponto de partida, mas precisamos avançar com ações concretas que realmente transformem a realidade, combinando cuidado com os afetados e o combate a essa violação sistêmica.  REPAM Brasil