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Dia: 25 de fevereiro de 2025

Encontro Nacional do SAV-PV sobre direção espiritual e projeto de vida, com representantes do Regional Norte1

O Centro de Estudos Sumaré, no Rio de Janeiro, acolhe de 24 a 26 de fevereiro de 2025, o Encontro Nacional do Serviço de Animação Vocacional – Pastoral Vocacional, com o Tema: “A Direção Espiritual e Projeto pessoal de Vida no Discernimento Vocacional “. O assessor do encontro é o bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo, dom Cícero Alves. Entre os 85 participantes, em representação do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1), se fazem presentes o bispo de Parintins e membro Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, dom José Alburquerque de Araújo, a coordenadora do SAV-PV Regional Norte 1, Ir. Gervis Monteiro, a Ir. Michele Silva e o padre Jair Vieira Alves, da diocese de Borba. Segundo o bispo de Parintins, “o objetivo desse encontro, que acontece todos os anos, é realizarmos um momento de formação.” Na programação, junto com o momento formativo, aparece os encaminhamentos para as atividades que vão acontecer a nível nacional e também compartilhar o que vai acontecer nos regionais no que diz respeito à animação vocacional. Dom José Albuquerque de Araújo sublinhou que “o nosso foco é ajudar os nossos animadores vocacionais a se prepararem para, por exemplo, o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que acontece no quarto domingo do tempo da Páscoa, fazendo repercutir a mensagem que o Papa sempre escreve por ocasião desse dia. O bispo destacou igualmente a proposta de divulgar o material, o subsídio que já está aprovado, está sendo já comercializado para o Mês Vocacional deste ano, que acontece em agosto. Ele também se referiu à preparação do 5º Congresso Vocacional no Brasil, que vai acontecer em setembro de 2026, que será precedido pelos congressos nos regionais. Um encontro que segundo a Ir. Gervis Monteiro é uma oportunidade para aprofundar sobre o projeto de vida e a direção espiritual. A religiosa Paulina enfatizou que o encontro, “realmente nos ajuda para que nós possamos ter cada vez mais facilidade e capacidade e nos preparar para acompanhar melhor as pessoas do nosso Regional e, claro, do Brasil todo, porque aqui estamos representando todos os regionais do Brasil do Serviço de Animação Vocacional.” “O encontro tem sido muito interessante nessa dimensão do aprofundamento da direção espiritual, projeto de vida”, disse a Ir. Michele Silva. Ela ressaltou a significativa presença da Vida Consagrada, “que também se adentra nessa temática para melhor desenvolver o serviço de animação vocacional nas diversas regiões do Brasil.” Igualmente, a religiosa do Imaculado Coração de Maria afirmou que “para nós também está sendo um momento bem oportuno para aprimorar o nosso trabalho que está iniciando, como SAV, na CRB”, destacando que esse trabalho busca “desenvolver processos que ajudem principalmente as nossas juventudes a descobrirem a vocação.” O padre Jair Vieira Alves afirmou que no encontro se faz presente “o desejo de uma cultura vocacional em todas as dioceses do Brasil.” O reitor do Seminário Propedéutico e animador do SAV e a Pastoral Vocacional na diocese de Borba, disse que “o encontro está sendo muito proveitoso pelo fato de que o testemunho, a experiência, a partir da temática, faz com que nós possamos nos fortalecer e descobrir a grandeza do ministério que é o serviço de animação vocacional.” Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Na Quaresma, Papa Francisco pede uma conversão à Sinodalidade e à Esperança

Um chamado a caminhar juntos na esperança é o pedido de Papa Francisco para a Quaresma 2025, fazendo assim uma referência à vivência da sinodalidade e a praticar a esperança, tema do Ano Jubilar. O texto explica o sentido da Quaresma: nos prepararmos para a Páscoa, oferecendo “algumas reflexões sobre o que significa caminhar juntos na esperança e evidenciar os apelos à conversão que a misericórdia de Deus dirige a todos nós, enquanto indivíduos e comunidades.” O Santo Padre parte da necessidade de caminhar, tendo como referência o Êxodo, fazendo um apelo à conversão.  Para isso, ele suscita algumas perguntas e sugere durante a Quaresma, “confrontar-nos com a realidade concreta de algum migrante ou peregrino e deixar que ela nos interpele, a fim de descobrir o que Deus pede de nós para sermos melhores viajantes rumo à casa do Pai.” Um caminho juntos, sinodal, que ele define como “a vocação da Igreja”, pedindo “percorrer o caminho em conjunto, jamais como viajantes solitários.” Isso porque “o Espírito Santo impele-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro de Deus e dos nossos irmãos, e nunca a fechar-nos em nós mesmos.” Papa Francisco explica o que significa caminhar juntos: tecer a unidade, caminhar lado a lado, sem pisar ou subjugar o outro, sem alimentar invejas ou hipocrisias, sem deixar que ninguém fique para trás ou se sinta excluído.” Para isso, ele pede seguir o mesmo rumo e escuta com amor e paciência. O Santo Padre questiona “se somos capazes de trabalhar juntos ao serviço do Reino de Deus, como bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e leigos”, com gestos concretos, sendo acolhedores com todos, uma conversão à sinodalidade. E fazer isso, “na esperança de uma promessa”, fazendo um apelo à esperança, à confiança em Deus e a sua grande promessa, a vida eterna. Nesse ponto, Francisco questiona novamente sobre nossa convicção do perdão de Deus, lhe pedir ajuda, nos comprometermos com a justiça, a fraternidade, o cuidado da casa comum, garantindo que ninguém seja deixado para trás. Nesse caminho quaresmal, ele pede a intercessão da “Virgem Maria, Mãe da Esperança”. Caminhemos juntos na esperança Queridos irmãos e irmãs! Com o sinal penitencial das cinzas sobre as nossas cabeças, iniciamos na fé e na esperança a peregrinação anual da Santa Quaresma. A Igreja, mãe e mestra, convida-nos a preparar os nossos corações e a abrir-nos à graça de Deus para podermos celebrar com grande alegria o triunfo pascal de Cristo, o Senhor, sobre o pecado e a morte, como exclamava São Paulo: «A morte foi tragada pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» (1Cor15, 54-55). Realmente, Jesus Cristo, morto e ressuscitado, é o centro da nossa fé e a garantia da nossa esperança na grande promessa do Pai, já realizada n’Ele, Seu Filho amado: a vida eterna (cf.Jo10, 28; 17, 3)[1]. Nesta Quaresma, enriquecida pela graça do Ano Jubilar, gostaria de oferecer algumas reflexões sobre o que significacaminhar juntos na esperançae evidenciar os apelos à conversão que a misericórdia de Deus dirige a todos nós, enquanto indivíduos e comunidades. Antes de tudo,caminhar. O lema do Jubileu – “Peregrinos de Esperança” – traz à mente a longa travessia do povo de Israel em direção à Terra Prometida, narrada no livro do Êxodo: a difícil passagem da escravidão para a liberdade, desejada e guiada pelo Senhor, que ama o seu povo e sempre lhe é fiel.E não podemos recordar o êxodo bíblico sem pensar em tantos irmãos e irmãs que, hoje, fogem de situações de miséria e violência e vão à procura de uma vida melhor para si e para seus entes queridos.Aqui, surge um primeiro apelo à conversão, porque todos nós somos peregrinos na vida, mas cada um pode perguntar-se: como me deixo interpelar por esta condição? Estou realmente a caminho ou estou paralisado, estático, com medo e sem esperança, acomodado na minha zona de conforto? Busco caminhos de libertação das situações de pecado e falta de dignidade? Seria um bom exercício quaresmal confrontar-nos com a realidade concreta de algum migrante ou peregrino e deixar que ela nos interpele, a fim de descobrir o que Deus pede de nós para sermos melhores viajantes rumo à casa do Pai. Esse é um bom “exame” para o viandante. Em segundo lugar, façamos esta viagemjuntos. Caminhar juntos, ser sinodal, é esta a vocação da Igreja[2]. Os cristãos são chamados a percorrer o caminho em conjunto, jamais como viajantes solitários. O Espírito Santo impele-nosa sair de nós mesmos para ir ao encontro de Deus e dos nossos irmãos, e nunca a fechar-nos em nós mesmos[3]. Caminhar juntossignifica ser tecelões de unidade, partindo da nossa dignidade comum de filhos de Deus (cf.Gl3, 26-28); significa caminhar lado a lado, sem pisar ou subjugar o outro, sem alimentar invejas ou hipocrisias, sem deixar que ninguém fique para trás ou se sinta excluído. Sigamos na mesma direção, rumo a uma única meta, ouvindo-nos uns aos outros com amor e paciência. Nesta Quaresma, Deus pede-nos que verifiquemos se nas nossas vidas e famílias, nos locais onde trabalhamos, nas comunidades paroquiais ou religiosas, somos capazes de caminhar com os outros, de ouvir, de vencer a tentação de nos entrincheirarmos na nossa autorreferencialidade e de olharmos apenas para as nossas próprias necessidades. Perguntemo-nos diante do Senhor se somos capazes de trabalhar juntos ao serviço do Reino de Deus, como bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e leigos; se, com gestos concretos, temos uma atitude acolhedora em relação àqueles que se aproximam de nós e a quantos se encontram distantes; se fazemos com que as pessoas se sintam parte da comunidade ou se as mantemos à margem[4]. Este é o segundo apelo: a conversão à sinodalidade. Em terceiro lugar, façamos este caminho juntosna esperançade uma promessa. Aesperança que não engana(cf.Rm5, 5), mensagem central do Jubileu[5], seja para nós o horizonte do caminho quaresmal rumo à vitória pascal. Como o Papa Bento XVI nos ensinou na EncíclicaSpe salvi, «o ser humano necessita do amor incondicionado. Precisa daquela certeza que o…
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