Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Dia: 16 de março de 2025

Representantes do Regional Norte 1 participam da Assembleia do Conselho Missionário Nacional

De 14 a 16 de março de 2025 aconteceu na sede das Pontifícias Obras Missionárias, em Brasília, a Assembleia do Conselho Missionário Nacional (Comina). Participaram os bispos referenciais da missão em cada Regional, dentre eles o bispo da prelazia de Tefé, dom José Altevir da Silva, referencial do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1), junto com o coordenador do Conselho Missionário Regional (Comire), padre Gutemberg Gonçalves Pinto. Durante o encontro foi sistematizado o Programa Missionário Nacional, tendo em conta as conclusões do 5º Congresso Missionário Nacional, realizado em Manaus em novembro de 2023, destacando as prioridades, os projetos, e as propostas metodológicas para a atualização do projeto do Programa Missionário Nacional, que será publicado nos próximos messes. A Assembleia teve como pano de fundo o tema da Campanha Missionária Nacional, cujo tema é “Missionários da Esperança entre os Povos”, e tem como lema, baseado no Ano Jubilar, “a esperança não decepciona.” Segundo dom Altevir, “a campanha, ela convida os fiéis a viver essa esperança que vem de Jesus Cristo, meio às realidades do mundo”, sendo apresentado o cartaz da campanha, que “é um convite para entrarmos no barco missionário, que parte em direção aos povos do mundo inteiro, com muita esperança. Do cartaz faz parte, o barco, a cruz, os povos, horizontes, cidades, interior. Um cartaz que nos inspira bastante, a viver essa campanha de uma maneira bastante entusiasmada”, acrescentou o bispo. Durante a assembleia foi apresentada uma síntese da análise de conjuntura eclesial feita na 61ª Assembleia Geral dos bispos, cujo tema era o descompasso à missão, à comunidade e à iniciação. Essa análise inspirou para começar os trabalhos da assembleia, sendo realizados os trabalhos com relação ao Programa Missional Nacional em três etapas, mediante um trabalho em grupos, seguindo o método Ver, Iluminar e Agir, sendo revisto o objetivo e todo o processo metodológico, em vista de um novo rosto no Programa Missionário Nacional que deve ser lançado nos próximos messes. Nos próximos anos, um dos grandes trabalhos do Conselho Missionário Nacional será a preparação do CAM 7, que será realizado no Brasil, sendo apresentados diversos locais para sediar o evento continental. Já foi apresentado um esquema para o CAM 7 e também o pós-CAM 7. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Cardeal Steiner: “No Sofredor somos convidados a transformar o rosto humano”

“O Evangelho proclamado, narra a transfiguração de Jesus: enquanto Ele rezava no alto da montanha, muda de aparência, a sua veste torna-se branca e brilhante, e na luminosidade da sua glória aparecem Moisés e Elias”, disse o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Ulrich Steiner, no Segundo Domingo da Quaresma. Segundo ele, “eles apareceram revestidos de glória e conversavam sobre a morte, que Jesus iria sofrer em Jerusalém. Moisés e Elias a lançar luz sobre a paixão, a morte e a ressurreição.” São Lucas nos diz, lembrou o arcebispo, que “‘seu rosto mudou de aparência’ enquanto rezava e, no rezar, conversava com Moisés e Elias.” Ele ressaltou que “o rosto mudou de aparência, se iluminou, transfigurou, ao ler e meditar os profetas, ao observar Moisés. O rosto, a sua verdade, trouxe à claridade a vida, o anúncio, as palavras dos profetas, a predição dos profetas, que apontavam para a presença da Vida nova. Veio à claridade o dizer de Moisés, as promessas feitas anunciadas pelos profetas e, agora, cumpridas no rosto do Filho de Deus. E na sua força verdadeira do Filho amado iluminou, brilhou, cintilou a verdade dos profetas e da Lei. Os profetas que iluminam o rosto do Filho de Deus e o rosto de Filho de Deus a iluminar a Moisés e os profetas.” “O rosto mudou de aparência, na conversação da paixão, da morte, que Jesus haveria de sofrer em Jerusalém. Foi revelado o rosto do Filho Amado, o rosto do Filho do Homem, no visibilizar os dias da paixão, do sofrimento, da cruz! A aparência mudou, desapareceu a aparência fez-se transparência na prece da Cruz!”, insistiu o cardeal Steiner. “Diante da transfiguração, Pedro João e Tiago, não entenderam, não compreenderam o porquê da desaparência do rosto, ao verem a transparência do seu rosto. Foi então que ouviram da nuvem uma voz dizia: ‘este é o meu Filho, o escolhido. Escutai o que Ele diz!’ Então sim perceberam e viram, o rosto do Filho amado, do Filho de Deus. Jesus não era alguém desconhecido, era o aproximado, o mais próximo, aquele que convidara para subir a montanha, sem saber de encontrar Elias e Moisés. Eles até aquele momento, tinham visto apenas a aparência, a humanidade do Filho do Homem, sem perceber o Filho de Deus. Ao verem Elias e Moisés a conversarem com Jesus viram como resplandecia o rosto do Filho de Deus no rosto do Filho do Homem.” O arcebispo de Manaus comentou que “na luminosidade, na transparência, na transfiguração do Filho de Deus, o Escolhido, entreveem o esplendor da Cruz e da Ressurreição. O Filho amado, cujo rosto brilha, ilumina o caminho da dor e da cruz. Ao vê-lo ali tão perto tão próximo em prece, na ocupação, no encontro com Elias e Moisés, viram a diafania do Homem das Dores. Viram a sua grandeza, a sua beleza, a sua leveza; viram a verdade de nossa humanidade que pende da cruz por amor.” Segundo o cardeal, “na conversação sobre o sofrer e a morte em Jerusalém, entreleram todas as dores, sofreres, doenças, mortes, as desumanidades, as violências, os abusos. Viram a finitude, a fraqueza da humanidade ser transformada, a história dor e do sofre e da morte ser elevada. Resplandecente nas vestes, o rosto sem aparência, o Filho Amado, o rosto do Filho de Deus, quem falavam e anunciavam os profetas, de quem, sonhara e esperara Moisés.” Analisando o texto, ele sublinhou que “o Rosto era cheio de graça, de verdade, de força e vida. E viram todos os rostos humanos, mulheres e homens, os rostos envelhecidos e carcomidos ainda na juventude, todos os rostos não nascidos. Viram na transfiguração do rosto e no brilho das vestes todos os rostos com a mesma força, com a mesma graça e graciosidade. Rostos graciosos, cheios de graça transparentes. Sim, todos estavam ali na sua verdade, no seu nascer: ‘o meu Filho, o escolhido. Escutai o que Ele diz!’. E na escutação do ensinar do Filho amado, a transformação do ser humano revestido de Cristo Jesus.” “Como escreveu São Paulo aos Filipenses: Nós somos cidadãos do céu. De lá aguardamos o nosso Salvador, o Senhor, Jesus Cristo. Ele transformará o nosso corpo humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso, com o poder que tem de sujeitar a si todas as coisas (cf. Fl 3,20-21). Na transformação, na transfiguração do rosto de Jesus e na iluminação de suas vestes, no apercebemos pertencentes a esse modo transformativo e por isso, salvífico. Somos na morte de Jesus na cruz também transformados e na sua ressurreição participamos da vida nova!”, lembrou o cardeal Steiner. Segundo ele, “no sofrer de Jerusalém, na morte, tomamos parte do amor de Deus. Esse amor que se manifestou na promessa a Abraão, como ouvíamos na primeira leitura: olha para o céu e conta as estrelas, se fores capaz. Assim será a tua descendência (cf. Gn 15,5). E continuava o texto: aos teus descendentes darei esta terra! Sim, a terra onde Deus viu que tudo era muito bom, o Reino de Deus. O desejo e a promessa de Deus: a participação de todos na abundância, na generosidade, na magnanimidade de amor, o Jardim de Deus que tudo cria e nos gera.” “Estamos no caminho quaresmal”, lembrou o arcebispo, recordando que “expressa o nosso desejo de sempre mais pertencermos ao Reino de Deus, participarmos do mistério amoroso da Cruz e da Ressurreição. O caminho quaresmal, por isso, é por excelência da busca da conversão, e, assim entrevermos no rosto do Amado, o nosso rosto. No tempo de conversão meditamos a fraternidade e a ecologia integral. É a possibilidade de também vermos que tudo o que Deus fez é muito bom.” Ele disse que “Papa Francisco nos lembra que a crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior. Alguns cristãos, até comprometidos e piedosos, diz ele, com o pretexto do realismo pragmático frequentemente se desviam das preocupações pelo meio ambiente. Outros são passivos, não se decidem a mudar os seus hábitos e tornam-se incoerentes. Falta…
Leia mais