Seminário São José celebra festa do Padroeiro: Um espelho para aqueles que estão na caminhada vocacional
O Seminário Arquidiocesano de Manaus, onde se formam os futuros presbíteros das igrejas locais do Regional Norte 1, celebrou neste 19 de março a festa do seu padroeiro, São José. Depois de um tríduo preparatório, realizado nos dias prévios, o Seminário iniciou sua festa com uma procissão e uma celebração eucarística, presidida pelo bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus, dom Samuel Ferreira de Lima, concelebrada por dom Hudson Ribeiro, também bispo auxiliar, a equipe formativa do seminário e padres da arquidiocese. Na homilia, o presidente da celebração iniciou suas palavras recordando que “a festa de São José padroeiro desta casa de formação, patrono da Igreja nos revela a magnitude da grandeza do segundo santo mais importante da história depois de Maria sua esposa. Pois nele contemplamos o homem, fiel, simples, terno, justo, obediente a lei por meio de quatro sonhos que em contrário a toda lógica humana assume em sua vida a missão de ser o esposo da Virgem Maria e o pai adotivo de Jesus, com todas as consequências que isso implica em sua vida.” Segundo dom Samuel, “nele se realiza a promessa de um herdeiro que do rei Davi vai governar para sempre e vai anunciar a glória de Deus, São José é movido por uma atitude de fé como a do patriarca Abraão que ‘creu em Deus que vivifica os mortos e faz existir o que antes não existia. Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na esperança e na fé.’ É esta atitude que se revela para todos nós como uma dádiva de transcender ao que na lógica humana não tem sentido, mas que na experiência do homem obediente tudo se transforma e toma a lucidez do sábio que age movido pela vontade de Deus, concretizando em sua história o projeto de salvação planeado pelo Criador.” “São José que assumiu a paternidade legal de Jesus e lhe deu o nome, que ofereceu o Menino ao senhor no templo, que defendeu Jesus de Herodes e se refugiou no Egito, que ao retornar a sua terra busca abrigo numa cidade simples e insignificante como Nazaré, lugar desprezado onde não era possível surgir um profeta ou mesmo sair nada de bom, que durante três dias junto com Maria procuram aflitos o seu filho e o encontram no Templo entre os doutores da lei”, afirmou o bispo auxiliar. O presidente da celebração referiu-se a São Jose como “aquele que em sua singeleza e simplicidade tem uma presença discreta e escondida, mas determinante e decisiva na colaboração no projeto da Salvação, que guiado pelo Espírito assume o protagonismo do cuidado, da proteção, de levar a bom termo a mensagem de Deus através dos sonhos”, citando as palavras de Papa Francisco em sua Carta Apostólica Patris Cordi, onde nos fala dos sonhos de São José. Àqueles que estão na caminhada vocacional do serviço e da entrega, o bispo auxiliar pediu-lhes se espelhar em São José. E fazer isso, “assumindo a Igreja como a esposa amada que suscita em cada um de nós o cuidado generoso, o sentido de pertença ao projeto de Deus, a ternura da acolhida dos desafios, o desejo da alteridade e de deixar-se inundar pela esperança e pela fé que deve mover os nossos corações e desejos. Devemos palmilhar pela estrada da simplicidade, do amor e do serviço que São José nos revela em seu cuidado com Maria e o Menino Jesus, do mesmo modo somos provocados a cuidar hoje dos pobres, atribulados, moribundos, estrangeiros, prisioneiros e doentes, da casa comum e da defesa da justiça e da paz.” Ele fez um chamado a rogar a São José que “imprima em nossos corações a sua coragem criativa que diante das dificuldades ‘soube transformar um problema em uma oportunidade, com a confiança na Providência’. Deus confia em nós, mas temos que inventar, projetar, buscar.” A partir daí, “nos lançar totalmente sem restrições em suas mãos, tendo presente que é Ele que realiza e dispõe os nossos dons e capacidades.” Para isso, o bispo pediu que “movidos por este desejo sejamos mais empenhados em buscar os caminhos do Senhor, de almejarmos ter o Espírito de Deus e seu santo modo de operar, que acolhamos os nossos sofrimentos diários não como um empecilho, mas como uma oportunidade de fazer desabrochar a força criativa de Deus que está em cada um de nós. Que ao celebrarmos hoje a festa de São José Patrono da Igreja se renove em nós o vigor da perseverança, da esperança e da fé.” O reitor do Seminário São José agradeceu aos presentes, dizendo-lhes que “vocês se tornam imprescindíveis no processo formativo pois ajudam consolidar as dimensões fundamentais exigidas para termos presbíteros integrados e inseridos neste contexto sociocultural e ambiental que é a Querida Amazônia”, pedindo aos seminaristas que “continuem entusiasmados na aventura do Reino de Deus.” Ele recordou o Ano Jubilar, em que somos chamados pela Igreja “a vivermos este ano como peregrinos da Esperança”, recordando que “nos torna esses peregrinos e encontrar razões para viver a esperança em todas as situações diversas e exigentes buscamos inspiração em São José, protetor deste Seminário e peregrino por excelência da Esperança. Guardião da Família de Nazaré e desta casa. Formador exemplar do jovem Jesus de Nazaré e dos jovens seminaristas provenientes das igrejas locais.” Segundo o reitor, “São José, sua história, a vida, os sonhos, suas dúvidas, o seu amor, a coragem, sua responsabilidade, o trabalho, a fé e sua missão. Tudo isto integrado e maturado no chão de uma existência concreta revela-nos uma presença extraordinária e tão próxima da condição humana e sobretudo próximo a cada um de nós. Este homem e apresenta como figura paternal e cuidadora dos que creem e fazem a vontade do Pai.” Ele recordou que “os fatos refletidos neste Tríduo e iniciado por D. Leonardo, fazendo memória e ressaltando a importância da devoção nos primórdios da evangelização no povoado da antiga Vila da Barra nos fez abrir os olhos para o patrocínio e o valor desta devoção por ter raízes profundas e comprometidas…
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