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Dia: 7 de maio de 2025

Com duas horas de atraso, fumaça preta após a primeira votação

Depois de uma longa espera, a fumaça deveria ter saído por volta das 19 horas de Roma e só saiu 21 horas, podemos dizer que na primeira votação ninguém alcançou os 89 votos que são necessários para se tornar o sucessor de Pedro, mas também o sucessor de Francisco, o primeiro Papa latino-americano. 133 eleitores, 89 votos necessários Milhares de pessoas se juntaram em volta da Praça de São Pedro esperando o resultado de uma votação que iniciou depois do “extra omnes”, as palavras com as quais é exigido que saiam da Capela Sistina aqueles que não participam do Conclave. 133 eleitores, dentre eles sete brasileiros, participam de um momento singular da vida da Igreja. Pessoas chegadas de todos os cantos do mundo ficaram na expectativa, ainda mais pela demora com que saiu a fumaça pela primeira vez. Pessoas que ainda lembram de Francisco com um sentimento de gratidão. Sua falta faz com que as pessoas desejem uma eleição que faça com que a cadeira de Pedro volte a ser ocupada. Uma noite de reflexão Como era esperado, depois desta primeira votação, a noite desta quarta-feira será uma oportunidade para refletir e assim buscar um maior consenso, que ajude a alcançar os votos dois terços dos cardeais eleitores. Mesmo com a demora, teria sido uma grande surpresa que alguém tivesse sido eleito neste primeiro dia de Conclave. Na quinta-feira, o programa diz que, sempre que não seja eleito o novo Papa, os cardeais, que iniciam seus trabalhos com uma missa às 8 horas, realizarão quatro votações, duas na manhã e duas na tarde. A fumaça deve sair, se não houver atraso de novo, ao meio-dia de Roma e às 19 horas. Se o Papa fosse eleito na segunda votação do Conclave, haverá fumaça branca por volta das 10:30 da manhã. Se ele fosse eleito na quarta votação, a fumaça seria por volta das 17:30, sempre no horário de Roma.

O Conclave iniciou para escolher o Papa que necessita nosso tempo

O momento mais esperado nos últimos dias, não só pela Igreja católica, mas pelo mundo, iniciou. 133 cardeais entraram na Capela Sistina para eleger o sucessor de Pedro, o sucessor de Francisco, o primeiro Papa latino-americano, o Papa que colocou a Amazônia no foco da Igreja e da sociedade planetária. Um Colégio Cardinalício diverso O Colégio Cardinalício mais diversificado da história da Igreja, depois de se reunir em profundo silencio na Capela Paulina, iniciaram a procissão em duas fileiras escutando a ladainha que pede a intercessão de Deus e dos santos para assumir um momento de grande responsabilidade, que os leve a escolher o Papa que necessita nosso tempo. 7 cardeais brasileiros, dentre eles o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner. O terceiro país com maior número de eleitores, estão entre aqueles a quem a Igreja confia “que seja eleito o Papa que a Igreja e a humanidade precisam neste momento tão difícil e complexo da história”, segundo foi pedido pelo decano do Colégio Cardinalício, o cardeal Re, na Missa Pro Elegendo Pontífice, na manhã do dia 7 de maio na Basílica de São Pedro. Milhares de jornalistas Uma cerimónia de grande solenidade, que está despertando grande interesse no mundo todo. Milhares de jornalistas informam dia e noite desde os arredores da Praça de São Pedro e dos diversos Media Center instalados na Cidade Eterna. Tanto a mídia católica como meios de comunicação de todo tipo estão atentos a cada detalhe que acontece em volta a uma das eleições mais importantes que acontecem no mundo. A figura do Romano Pontífice representa uma autoridade moral que é respeitada além da Igreja católica. Por isso, nos momentos prévios do juramento de cada um e da primeira votação, foi invocado o Espírito Santo no Veni Creator, pedindo que ele ilumine as mentes e os corações dos cardeais a quem a Igreja confia a missão que eles têm iniciado na tarde deste 7 de maio de 2025. À espera da fumaça branca Uma eleição que acontece sob os afrescos de Miguel Ângelo, as pinturas que têm escrutado com olhares carregados de grande força moral, a realização de numerosos conclaves. Sob a presidência do cardeal Pietro Parolin, o primeiro em fazer o juramento, um dos grandes favoritos para ser o próximo sucessor de Pedro, os cardeais começam um processo que vai captar o interesse de milhões de pessoas mundo afora até da chaminé da Capela Sistina aparecer a esperada fumaça branca. Um a um, os 133 eleitores, segundo sua condição de cardeais bispos, presbíteros ou diáconos, e o tempo de nomeação, foram fazendo seu juramento: “Et ego N. Cardinalis N. spondeo, voveo ac iuro Sic me Deus adiuvet et haec Sancta Dei Evangelia, quae manu mea tango” (E eu, N. Cardeal N., prometo, faço votos e juro. Assim que Deus me aiude a mim e a estes Santos Evangelhos de Deus, que toco com minha mão). Tudo isso antes do “Extra omnes” que encerrou os cardeais “com chave”.

Missa Pro Elegendo Pontífice: “O Espírito suscite o Papa que a Igreja e a humanidade precisam

A Basílica de São Pedro acolheu na manhã deste 7 de maio de 2025 a Missa Pro Elegendo Pontífice, onde a Igreja rezou pelo Conclave que inicia às 16:30 horas, no horário de Roma. O Colégio cardinalício, os 133 eleitores e aqueles que já completaram 80 anos, participaram de uma celebração presidida pelo decano, o cardeal Re. O amor muda o mundo O purpurado italiano destacou que “o amor é a única força capaz de mudar o mundo”. Ele comparou o momento atual da Igreja com o dia de Pentecostes, afirmando sentir “unido a nós todo o povo de Deus, com o seu sentido de fé, de amor ao Papa e de espera confiante.” Uma celebração para “para invocar a ajuda do Espírito Santo, para implorar a sua luz e a sua força, a fim de que seja eleito o Papa que a Igreja e a humanidade precisam neste momento tão difícil e complexo da história”, afirmou. Segundo o cardeal Re, “rezar, invocando o Espírito Santo, é a única atitude justa e necessária, enquanto os Cardeais eleitores se preparam para um ato de máxima responsabilidade humana e eclesial e para uma escolha de excepcional importância; um ato humano pelo qual se deve deixar de lado qualquer consideração pessoal, tendo na mente e no coração apenas o Deus de Jesus Cristo e o bem da Igreja e da humanidade”. Construir a “civilização do amor” Analisando o texto do Evangelho lido, ele disse que “o amor que Jesus revela não conhece limites e deve caracterizar os pensamentos e as ações de todos os seus discípulos”, para construir a “civilização do amor”. Um amor que em Jesus se concretiza em que “abaixou-se para servir os outros, lavando os pés dos Apóstolos, sem discriminação, sem excluir Judas, que o trairia”. Algo que tem a ver com o pedido que o profeta Isaias fazia aos Pastores a amar “até à entrega total de si mesmo”. Textos que fazem “um convite ao amor fraterno, à ajuda recíproca e ao empenho em favor da comunhão eclesial e da fraternidade humana universal”. O cardeal italiano disse que o sucessor de Pedro deve “fazer crescer a comunhão”, insistindo em que seja “não uma comunhão autorreferencial, mas totalmente orientada para a comunhão entre as pessoas, os povos e as culturas”. Junto com isso manter a unidade na Igreja, que “é desejada por Cristo, uma unidade que não significa uniformidade, mas comunhão sólida e profunda na diversidade, desde que se permaneça plenamente fiel ao Evangelho”. O Papa que é “a rocha sobre a qual a Igreja é edificada”. Um Papa segundo o coração de Deus O decano do Colégio Cardinalício, refletiu sobre a figura de Pedro, que sempre retorna em cada Conclave, e sobre a eleição na Capela Sistina. Ele pediu orações para que o Espírito Santo, “nos conceda um novo Papa segundo o coração de Deus, para o bem da Igreja e da humanidade”. O Papa que “melhor saiba despertar as consciências de todos e as energias morais e espirituais na sociedade atual, caracterizada por um grande progresso tecnológico, mas que tende a esquecer Deus”. Segundo o cardeal Re, “o mundo de hoje espera muito da Igreja para a salvaguarda daqueles valores fundamentais, humanos e espirituais, sem os quais a convivência humana nem será melhor nem beneficiará as gerações futuras”. Para isso, ele pediu o auxílio de Maria, “para que o Espírito Santo ilumine as mentes dos Cardeais eleitores e os torne concordes na eleição do Papa de que o nosso tempo necessita”.