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Dia: 15 de maio de 2025

Seminário São José celebra 177 anos formando padres para a Amazônia

No dia 14 de maio, o Seminário Arquidiocesano São José celebrou, solenemente e com profundo espírito de gratidão, seus 177 anos de existência. A celebração eucarística foi presidida por Dom Hudson Ribeiro, bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus, e reuniu seminaristas, formadores e bispos convidados Dom Raimundo Vanthuy Neto, bispo da Diocese de São Gabriel da Cachoeira e Dom Adolfo Zon Pereira, bispo da Diocese do Alto solimões. Todos unidos para render graças a Deus por quase dois séculos de história vocacional na Amazônia. É significativo celebrar 177 anos de história Para o reitor do Seminário São José, Pe. Pedro Cavalcante, este foi momento importante para celebrar e recordar a trajetória de formação de padres para a Amazônia. Segundo ele, “hoje afirmamos quanto é significativo celebrar os 177 anos da fundação do Seminário São José. É bom recordar e identificar quem foi que no início acreditou e abriu no coração da Amazônia essa bela aventura pelas vocações sacerdotais diocesanas autóctones . Foi com Dom José Morais Torres , bispo da imensa Diocese do Pará que no dia 14 de maio de 1848 , na antiga Barra do Rio Negro começa a história deste seminário. Ele dizia : ‘será destinado à instrução e educação da mocidade…’ Palavras que conotam a esperança em se ter agentes formados, mas sobretudo um clero próprio e preparado para esta realidade amazônica”. Pe. Pedro pontuou que o seminário percorreu inúmeros desafios que não impediram as graças de Deus sobre a Igreja na Amazônia, formando padres que chegaram ao episcopado e hoje são bispos no Regional Norte 1, como Dom Hudson Ribeiro e Dom Zenildo Lima, que são bispos auxiliares de Manaus; e Dom José Albuquerque, que ée bispo de Parintins. Desafios e avanços “Ao longo desta história, o Seminário enfrentou diversos períodos marcados por dificuldades e desafios , avanços e retrocessos, alegrias e incertezas, chegando a fechar duas vezes suas portas. Fatos estes que não foram capazes de impedir a graça de Deus em realizar os seus desígnios suscitando novos tempos e novos epíscopos e reitores, os quais retomaram com entusiasmo e determinação a abertura do processo formativo a partir de lugar e sede própria […] Olhando essa História com a lente da fé, podemos testemunhar que, o Seminário São José, nossa Casa de Formação, se consolida, torna-se uma realidade fundamental para a Evangelização da Amazônia. Aqui nossas Igrejas locais depositam a confiança. Esperam ver seus jovens seminaristas crescerem, maturarem e contribuírem para que O Evangelho , a Boa Nova seja transmitida e anunciada a partir de uma práxis autêntica e viva no meio das comunidades eclesiais , fruto da experiência com o Cristo Bom Pastor, que nos torna seus discípulos configurados a Ele como o enviado do Pai”, enfatizou Pe. Pedro. Também pediu aos atuais seminaristas, que se preparam para trilhar a vocação do sacerdócio, que compreendam a importância do seminário e contribuam com esta história de evangelização e pastoreio nas igrejas que estão na Amazônia. “Cabe a esta geração, a vocês, peregrinos da Esperança, escrever as novas páginas da história deste Seminário. Espero que este conhecimento histórico não seja estranho às vossas vidas. Ao contrário, que todos os anos, por volta desta data a celebremos e a façamos memória dentro não de um eterno retorno, mas de uma crescente e dinâmica espiral cheia da força transformadora do Espírito, pois somos protagonistas dessa nova etapa do Seminário São José”. Seminarista Francisco Jr

Diocese de Parintins inaugura o mausoleu de seu primeiro bispo, dom Arcângelo Cerquia

No dia 14 de maio de 2025, a Catedral de Nossa Senhora do Carmo de Parintins acolheu a benção do Mausoleu de dom Arcângelo Cerqua, primeiro bispo da diocese. Seu corpo se encontrava em um jazigo temporáreo na entrada da catedral, uma construção iniciada no tempo em que ele foi bispo. Se cumpre assim o desejo deixado pelo bispo em seu testamento espiritual: ser sepultado na catedral. Um desejo que reiterou nos últimos dias de sua vida, em Rancio de Lecco (Itália) ao padre Henrique Uggé. O traslado aconteceu no dia do aniversário de sua ordenação episcopal, sendo instalado próximo do altar da Penitência. Por iniciativa do Instituto Geografico e Histórico de Parintins, com a colaboração e parceria do PIME região amaznica e da Prefeitura de Parinlins, o corpo ãe dom Arcangelo Cerqua foi levado de Ducenta (Itália) a Parintins no dia 16 de julho 2008. Aquele dia, o traslado do aeroporto até a catedral foi uma imensa carreata, uma verdadeira homenagem do povo e das autoridades das cidades que fazem parte da diocese de Parintins. Segundo o padre Henrique Uggé, dom Arcângelo Cerquia deixou três grandes compromissos e desejos: deixo meu coração em Parintins; rezarei sempre pelos habitantes de Parintins; peço aos seminaristas perseverarem até alcançar o altar. O missionário do PIME lembrou os dois pilares da ação missionária de dom Arcângelo Cerqua: atividades sociais e atividades religiosas e pastorais. Entre as atividades sociais, o missionário lembrou a Rádio Alvorada, escolas, hospitais, centros em Parintins e Maués, escola de audiocomunicação, oficinas profissionais, hospital, projeto comunidades e colonias agrícolas. Já entre as atividades religiosas e pastorais, foram citadas a criação de paróquias, seminário, grupos Marianos, JAC (os jovens da Catedral que criaram o Festival Folclórico de Parintins), visitas no interior, pastoral indigenista, pastoral Jda saúde, cursilhos, ECC. O padre Henrique Uggé enfatizou que “sem dúvida dom Arcângelo está nos abençoando e intercedendo por esta diocese que nasceu do seu coração paterno de pastor“. A celebração foi presidida pelo bispo diocesano, dom José Albuquerque de Araújo, e contou com a participação de missionários do PIME, padres da diocese de Parintins e o povo de Deus dessa Igreja local. No início foi realizada a traslação dos restos mortais de dom Arcângelo Cerquia, sendo realizada a continuação a Eucaristia. Na homilia, o bispo diocesano lembrou a figura do primeiro bispo da diocese de Parintins, enfatizando sua missionariedade. Dom José Albuquerque destacou a importância da sinodalidade, de caminhar juntos, de assumir o amor como missão, como resposta, antídoto. Ele agradeceu a presença de tantos missionários e missionárias chaegados ao longo dos anos na diocese de Parintins e pediu a intercesção de dom Arcângelo para que a Igreja seja cada vez mais missionária.