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Dia: 20 de maio de 2025

Seminaristas e Vida Religiosa realizam formação sobre Proteção de Crianças, Adolescentes e Adultos Vulneráveis

Na manhã desta terça-feira, 20 de maio, a Comissão de Proteção de Crianças, Adolescentes e Adultos Vulneráveis da Arquidiocese de Manaus realizou uma formação no Seminário São José com todos os seminaristas diocesanos, religiosos e religiosas e das comunidades de vida. A formação foi conduzida por Pe. Gilson Pinto e Pietro Bianco Epis, com foco no “Decreto, Regulamento e Manual de Proteção de Crianças, Adolescentes e Adultos Vulneráveis”. Causa permanente no Regional Norte 1 O Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1) tem como causa permanente em suas Diretrizes para a Ação Evangelizadora o enfrentamento ao abuso sexual e a exploração de crianças e adolescentes. Uma urgência que tem avançado com passos concretos que ajudam a ir adiante no caminho percorrido pelo Regional e pelas nove igrejas locais que fazem parte dele. Daí a importância da formação nesse campo com os seminaristas das Igrejas locais que fazem parte do Regional Norte 1, que realizam seu processo formativo no Seminário São José da Arquidiocese de Manaus. O conhecimento dessa realidade representa um elemento fundamental dentro do processo de formação. Daí o empenho da equipe formativa e do reitor, padre Pedro Cavalcante. Encontros em todos os níveis O encontro faz parte dos muitos encontros que vem sendo realizados no Regional Norte 1 da CNBB, nas comunidades, paróquias, prelazias, dioceses, movimentos e pastorais. Dentre eles, cabe lembrar o encontro realizado na quinta-feira 15 de maio de 2025 com as atendentes das áreas missionárias e paróquias da Arquidiocese de Manaus, com a assessoria do padre Flávio Gomes dos Santos, Karen Lima do Amaral e Pietro Bianco Epis. Nesse encontro, além de ser trabalhado o “Decreto, Regulamento e Manual de Proteção de Crianças, Adolescentes e Adultos Vulneráveis”, foi abordada a questão dos sinais nas crianças que são abusadas, temática que foi aprofundada pela psicóloga Karen Lima do Amaral. Mais um passo para a Comissão de Escuta e Proteção Crianças, Adolescentes e pessoas Vulneráveis do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que ao longo do ano 2025 vai atingindo todos os níveis: casas religiosas, escolas, diáconos, presbíteros, buscando a orientação diante dessa realidade, segundo afirmou o padre Flávio Gomes dos Santos.

Encontro da RUC: “Educar para o cuidado, gerar propostas concretas para organizar a esperança”

Em clima sinodal, buscando caminhar juntos, está sendo realizado na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), de 20 a 24 de maio de 2025, o II Encontro Sinodal de Reitores Universitários para o Cuidado da Casa Comum, com o apoio da Pontifícia Comissão para a América Latina (PCAL). Um encontro realizado em coordenação com o Dicastério para a Cultura e a Educação, o Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe (CELAM), a Caritas América Latina e Caribe, a Associação de Universidades Confiadas à Companhia de Jesus na América Latina (AUSJAL) e o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI). Dívida Ecológica e Esperança Pública O encontro tem como tema “Dívida Ecológica e Esperança Pública” e comemora o 10º aniversário da Laudato si’. Em vista de preparar a COP 30, conta com representantes de universidades das Américas, Espanha, Portugal e Reino Unido. O objetivo é “organizar a esperança” e, para isso, durante cinco dias haverá um diálogo sinodal sobre os quatro sonhos propostos pelo Papa Francisco na exortação apostólica “Querida Amazônia”, que incorpora os debates sobre Dívida Pública e Esperança Pública. Para isso, será seguido o método de ver, discernir e agir, com palestras que motivarão o discernimento em pequenos grupos com base no método sinodal. Isso busca assumir a responsabilidade e trabalhar seriamente para mudar o curso do desenvolvimento, como disse o secretário executivo da RUC, Francisco Piñón. Tudo isso em um congresso onde “estamos fazendo um evento político, estamos nos posicionando”, nas palavras do reitor da PUC-Rio, Anderson Pedroso. O jesuíta compartilhou os passos que estão sendo dados nesta universidade por meio do Projeto Amazonizar, que envolve entender a lógica, a complexidade e a potência da ecologia integral a partir da perspectiva da Querida Amazônia e seus quatro sonhos, com foco no sonho eclesial, renomeado como sonho comunitário, entendendo que a comunidade, mais do que somar forças, é um espaço de entrega de cada indivíduo, “retirando um pouco de si para dar espaço ao que é comum”. Tudo isso porque “o lugar da esperança é a comunidade, um lugar para algo novo nascer”. Homenagem ao Papa Francisco Um encontro que é uma homenagem ao Papa Francisco, como disse Agustina Rodríguez Saa, Reitora da Universidade Nacional de Comechingones e Presidente da Rede de Universidades para o Cuidado da Casa Comum da Argentina. O Papa Francisco é visto como alguém que deixa “uma palavra que irá inspirar e guiar aqueles de nós que acreditam que outra forma de habitar a Terra é possível”. Recordando o chamado a ser ponte que Leão XIV pede, ela pediu para organizar a esperança nas universidades em três níveis: internamente, a partir do aprofundamento da interdisciplinaridade e do diálogo dos saberes; ser comunidade em rede, a partir da diversidade, com pluralidade de vozes unidas sob uma preocupação comum, o cuidado da nossa casa comum e a criação de novos espaços; construindo pontes entre ciência e política, entre academia e sociedade, entre Norte e Sul. O objetivo é refletir, dialogar e sonhar com novos caminhos para o cuidado da nossa casa comum, segundo o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta. Mas também para tomar consciência de que “não estamos sozinhos, que precisamos uns dos outros”, como recordou o prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, Cardeal José Tolentino de Mendoça. Ele fez isso refletindo sobre os desafios, os valores a serem promovidos e os recursos disponíveis, servindo como pontes. Ideias presentes na mensagem do Papa Leão XIV, que destacou a importância do Congresso como “um trabalho sinodal de discernimento em preparação à COP30” e um espaço para “refletir juntos sobre uma possível remissão entre a dívida pública e a dívida ecológica, proposta que o Papa Francisco havia sugerido em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz”. Para isso, ele encorajou os reitores “nesta missão que assumiram: ser construtores de pontes de integração entre as Américas e com a Península Ibérica, trabalhando pela justiça ecológica, social e ambiental”. Coordenação Comunitária Internacional Um caminho que exige a constituição de uma “Coordenação Comunitária Intercontinental para o Desenvolvimento Sustentável“, tema da conferência de abertura, da qual participaram Román Ángel Pardo Manrique, decano de Teologia da Universidade de Salamanca e diretor da Subcomissão Episcopal de Caridade e Ação Social da Conferência Episcopal Espanhola, e Jorge Calzoni, reitor da Universidade de Avellaneda, na Argentina. Uma reflexão que busca como ser uma comunidade organizada, tendo consciência das dificuldades de organizar a esperança. Para isso, é preciso ir além dos pequenos grupos e educar para o cuidado, gerando propostas concretas para organizar a esperança como RUC. Isso deve levar a uma reflexão sobre o peso da dívida externa dos países, transformando o peso da dívida em um recurso educativo para gerar uma cultura do encontro. Uma reflexão que ofereceu ferramentas para o trabalho em grupo, que juntos contribuíram com elementos para ajudar a desenvolver um documento para a COP30. Um caminho do Rio para Belém Este documento é um caminho, o caminho do Rio a Belém, do congresso da RUC à COP30. Não podemos esquecer que as universidades são “uma interface entre a base e os órgãos governamentais”, como destacou Mauricio López Oropeza, diretor do Programa Universitário da Amazônia (PUAM). Um caminho para Belém, que seja um caminho para a periferia, para os excluídos, a longo prazo e com participação popular efetiva. Construindo pontes, como está sendo feito na Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, de acordo com seu representante no congresso, Christopher Ljungquist. Pontes que levem a Doutrina Social da Igreja aos políticos americanos, trazendo a periferia para o centro para que a periferia possa falar por si mesma, buscando fazer a ponte entre as ideias e a realidade, tarefa na qual a Igreja Católica se destaca. De fato, afirmou Federico Montero, secretário organizacional da Federação Nacional de Professores Universitários (CONADU), a educação é uma ponte, e o papel do professor é construir essa ponte por meio do processo pedagógico. Para isso, é necessário criar laços comunitários que permitam fortalecer-nos mutuamente, garantir maior participação nos processos…
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Leão XIV à RUC: “Trabalhem por uma justiça ecológica, social e ambiental”

Com uma grande saudação à Rede de Universidades para o Cuidado da Casa Comum (RUC), o Papa Leão XIV iniciou suas palavras aos participantes do II Encontro Sinodal de Reitores de Universidades para o Cuidado da Casa Comum. Representantes de universidades de todo o continente americano e da Península Ibérica e Reino Unido, se reúnem na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), de 20 a 24 de maio de 2025, para debater de modo sinodal sobre como consolidar o compromisso universitário com o cuidado da Casa Comum. O tema abordado é “Dívida Ecológica e Esperança Pública”. Apoio do Vaticano O Vaticano apoia o encontro através da Pontifícia Comissão para América Latina (PCAL) e do Dicastério para a Cultura e a Educação. Um apoio que se fez explícito com as palavras do Papa Leão XIV, presidente da PCAL até sua eleição como pontífice. Ele recordou que o encontro “têm este belo motivo do 10º aniversário do documento do Santo Padre Francisco, a encíclica Laudato si’”. O Santo Padre enfatizou que no Congresso será realizado “um trabalho sinodal de discernimento como preparação para a COP30”. Junto com isso que, será um encontro onde “vão refletir juntos sobre uma possível remissão entre a dívida pública e a dívida ecológica, uma proposta que o Papa Francisco havia sugerido em sua mensagem para a Jornada Mundial da Paz”. Construir pontes de integração Neste Ano Jubilar, Ano de Esperança, o Papa Leão XIV enfatizou que “esta mensagem é muito importante”. Nessa perspectiva, o pontífice mostrou aos reitores universitários, seu desejo de “encorajá-los nessa missão que assumiram: a serem construtores de pontes de integração entre as Américas e com a Península Ibérica, trabalhando por uma justiça ecológica, social e ambiental”. Finalmente, o Papa agradeceu “por todos os seus esforços e seu trabalho”. Ao mesmo tempo, os animou a “continuar construindo pontes”. Leão XIV encerrou suas palavras enviando uma bênção, “confiando na graça de Deus que sempre nos acompanha”. Junto com o 10º aniversário da Laudato si’, o congresso elaborará um documento para ser enviado à COP30, que também será realizada no Brasil, especificamente em Belém do Pará. Nesse contexto, representantes do mundo acadêmico, governamental e eclesiástico, bem como de organizações multilaterais, se reúnem na PUC-Rio. O objetivo é uma proposta sinodal que promova a escuta, o discernimento coletivo e a ação concreta diante da crise socioambiental. É uma oportunidade de levar adiante as propostas iniciais do Papa Leão XIV, que defende a construção de pontes de paz e o desenvolvimento dos povos.

Cardeal Tolentino: “Fazer das universidades laboratórios de comunhão e de futuro”

Aos 10 anos da Laudato Si, a Rede Universitária para o Cuidado da Casa Comum (RUC), organizou na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) o II Encontro Sinodal de Reitores de Universidades para o Cuidado da Casa Comum. Um evento que conta com a apoio do Vaticano através da Pontifícia Comissão para a América Latina (PCAL), que até sua eleição como Papa Leão XIV era presidida pelo cardeal Robert Prevost. Recepção da Laudato Si nas universidades católicas Um apoio vaticano que também se concretiza através do Dicastério para a Cultura e a Educação. Seu prefeito, o cardeal José Tolentino de Mendoça, enviou uma mensagem em vídeo, onde ele afirma que, “desde o princípio, as universidades católicas receberam com entusiasmo a mensagem da Laudato si’ e que deu origem a tantos projetos de pesquisa, a tanta criatividade e, sobretudo, a uma consciência eclesial nova”. O cardeal português vê na Laudato Si um fator de transformação de mentalidade, oferecendo ao mundo “essa consciência de que não estamos sós, de que precisamos uns dos outros, que tudo está interconexo e que precisamos disputar, ao mesmo tempo, os desafios da casa comum e os desafios da fraternidade”. O prefeito destacou que “em vista da COP30 e neste caminho jubilar de construção de pontes, como diz Papa Leão XIV, é junto que podemos fazer verdadeiramente das nossas universidades e das nossas redes universitárias, laboratórios de comunhão e de futuro”. Três perguntas Tolentino referiu-se em sua intervenção a algumas perguntas úteis que o Papa Leão XIV chama a “deixar ressoar no interior da nossa reflexão”. A primeira pergunta: “Quais são, hoje, os desafios mais importantes a enfrentar?”, respondendo que “a universidade não é uma torre de marfim, não é uma bolha ao lado da realidade. A universidade está implicada nos grandes processos de reflexão, de inovação, de qualificação ética, de justiça das nossas sociedades. Só assim a identidade católica se pode verdadeiramente espelhar. Então, a primeira pergunta é essa, de escutar quais são, hoje, os desafios mais urgentes”. “A segunda pergunta é sobre que valores promover. E essa também é uma interrogação que nos deve fraternizar a todos, porque nós transmitimos conhecimento, projetos, saber. Mas tudo isso, sabemos que sem os valores é ainda insuficiente. Por isso é importante nos colocarmos de acordo sobre que valores fundamentais nós temos de transmitir”, disse o cardeal. Finalmente, “Quais são os recursos sobre os quais nós podemos contar? Quais são os desafios? Quais são os valores? E quais são os recursos?”. O cardeal respondeu que “um valor é ousar juntos. Um valor é poder reunir duzentas universidades diferentes. Um valor é essa experiência da mística do comum. Porque verdadeiramente a união faz a esperança. A união torna-nos artesãos da paz, do diálogo, dando um testemunho de que é possível vencer a cultura da polarização e do desencontro”. Ser ponte Aos participantes do Congresso, ele pediu que “este importante encontro, seja uma ponte, seja a parábola de uma ponte, que nós construímos juntos e oferecemos ao presente como um apor, um contributo que as universidades dedicam ao futuro”.